Soluções Linguística - Semana 02

INICIANTE

Pelas traduções, é possível perceber que essa questão faz um jogo com os plurais.

As frases em português seguem a estrutura:

A¹ X de A² Y (Sendo X e Y os dois substantivos no singular ou no plural e A¹ e A² os artigos, sejam plural ou singular, masculino ou feminino)

E as frases em grego:

Ho/hoi tu/ton P Q (Sendo P e Q duas outras palavras que não possuem um elevado índice de repetição)

Comparando a estrutura das duas línguas, podemos supor que P e Q significam X e Y (não necessariamente nessa ordem).

Se contarmos a quantidade de Y, veremos que são 3 no singular e 5 no plural.

Agora, indo para as frases em grego, contaremos a repetição de ho, hoi, tu e ton:

Ho – 4x Tu – 3x
Hoi – 4x Ton- 5x

Assim, podemos ver que “tu” e “ton” concordam com Y, sendo “tu” para o singular e “ton” para o plural.

Se fizermos o mesmo para o X, saberemos que “ho” e “hoi” concordam, mas não sabemos qual é plural e qual é singular, pois os dois aparecem 4 vezes.

Observando as frases em grego, perceberemos que só existem duas frases com “ho tu”. Olhando as frases em português, o único padrão que possui dois exemplos é singular-singular, ou seja, “ho” é para singular e “hoi” para plural.

Dessa forma, podemos perceber que essas quatro palavras funcionam como uma espécie de artigo.

Agora, indo para P e Q, dá para ver que eles são flexionados de alguma forma dependendo da frase e que possuem radicais.

Separaremos as frases em grupos, dependendo da sua combinação de singular/plural. Começaremos com singular-singular.

> Singular - singular (ho tu)

Cyriu onos Burro – mestre
Oicu cyrios Mestre - casa

Nesse grupo, podemos ver que o radical “cyri” em grego aparece duas vezes, assim como a palavra “mestre”, ou seja, é a tradução. Porém, não podemos ainda relacionar as frases, porque não sabemos se X significa P e Y significa Q, pode ser uma ordem inversa.

Agora iremos comparar dois grupos: singular-plural e plural-singular.

> Singular-plural (ho ton)

Hyion dulos Escravo - filhos
Aldephon oicos Casa - irmãos

> Plural-singular (hoi tu)

Emporu adelphoi Irmãos - comerciante

Os dois grupos têm em comum a palavra “irmãos”, assim como o radical “adelph”, ou seja, são as traduções. Assim, podemos concluir que P é o Y e Q é o X, então, refazendo a estrutura, temos:

Português: A¹ X de A² Y

Grego: A¹ A² Y X

Sendo: X e Y dois substantivos, seja plural ou singular, e A¹ o artigo de X e A² o artigo de Y.

Então, até o momento, temos:

- (A) ho ton hyion dulos = (5) o escravo dos filhos

- (C) hoi tu emporu adelphoi = (2) os irmãos do comerciante

- (E) ho tu cyriu onos = (1) o burro do mestre

- (F) ho tu oicu cyrios = (8) o mestre da casa

- (G) ho ton adelphon oicos = (7) a casa dos irmãos

O que está em negrito em grego, corresponde ao que está em negrito em português. O mesmo para o sublinhado.

 

Ainda estão seis frases para relacionar, mas é só seguir o padrão das outras.  Ficará assim: sobrando as seguintes frases:

- (B) hoi ton dulon cyrioi = (6) os mestres dos escravos

- (D) hoi ton onon emporoi = (3) os comerciantes dos burros

- (H) hoi ton cyrion hyioi = (4) os filhos dos mestres

Dessa forma, respondemos o item A. Para resolver o B, precisamos partir para a flexão das palavras. Podemos ver que no final de Y, é adicionado “on” ou “u” e no final de X é adicionado “oi” ou “os”. Se observamos as frases que cada um aparece, concluiremos:

Y – Para singular: “u”/ Para plural: “on”

X- Para singular: “os” / Para plural “oi”

Dessa forma,

1- As casas dos comerciantes

A¹: as = hoi ; A²: os = ton; X: casas = oic + oi ; Y: comerciantes = empor + on; ou seja:

Hoi ton emporon oicoi

2- Os burros do escravo

A¹: os = hoi ; A²: o = tu; X: burros= dul + oi ; Y: escravo = empor + u; então:

Hoi tu dulu onoi

 

INTERMEDIÁRIO

Como sempre, precisamos primeiro organizar os dados. Sabemos que são palavras compostas, então devemos desmembrá-las. Para fazer isso, só é necessário comparar uma palavra com a outra. Exemplo:

Nakayama e yamamichi: as duas possuem “yama”, então é um dos membros.

Depois de separarmos as partes de cada palavra, ficaremos em dúvida sobre “sakuragi”, pois nenhum dos membros aparece em outra palavra. Mas, supondo que ela tem dois membros que nem todos as outras palavras, ficará bem explícito que existem mais membros do que palavras em português. Em japonês, terão 23 partes/palavras (considerando que as duas partes de “sakuragi” não são iguais a nenhuma outra) e em português 19 (considerando que “meio”= “média”– por causa do asterisco no enunciado – “original” = “origem” e “alto” = “alta”). Ou seja, terão sinônimos nas palavras japonesas.

Escolheremos palavras parecidas para analisar: gawa e kawa; ta ,da e ka; saka e zaka; san e zan. Podemos perceber que há uma mudança de consoante sonora para surda nessas palavras. “ga” vira “ka”, “da” vira “ta” (eliminaremos o “ka”, porque acabamos de descobrir que ele vira “ga”) e “za” vira “as”. Então, podemos considerar que elas são sinônimos, assim:
gawa = kawa ; ta = da ; saka = zaka ; san = zan

Se “ka” é “ga”, então “ki” é “gi”. Logo, podemos dizer que “sakuragi” é “sakura | gi”

Ō ta
Naka yama
Ki gawa
Ka zan
Mura kami
Ka gawa
O no
Fuji san
No mura
Ta naka
Sakura gi
Ni hon
Ō saka
Yama zaka
Kawa kami
Hon da
Yama michi

 

Antes de começar a descobrir os significados de cada membro, devemos anotar quantas vezes cada um aparece, tanto em japonês quanto em português

 

Japonês:

3x - > ta/da, yama, kawa/gawa

2x -> Ō, naka, ki/gi, ka, san/zan, mura, kami, hon, saka/zaka, no

1x -> ni, michi, fuji, o, sakura

Português:

3x - > rio, montanha, arrozal

2x -> grande, declívio, árvore, aldeia, campo, alto/alta, meio/média, monte, fogo, origem/original

1x -> pequeno, estrada, cereja, fuji, sol

Começando pelo óbvio, temos que “fuji” aparece apenas uma vez. Como é a mesma palavra em português e em japonês, podemos concluir que “fujisan” é “monte fuji”. Como monte aparece apenas duas vezes, pode-se dizer que “Kazan” é “monte de fogo”. “Fogo” (“ka”) também só aparece duas vezes, então “kagawa” é “rio de fogo”.

No enunciado, existe uma dica: ele diz que “japonês” significa “nihongo”, logo, “japão” será “nihon”. “ni” é “sol”, pois os dois se repetem só uma vez, e “hon” é “origem/original”.

“hon” aparece a segunda vez em “honda” que é “arrozal original” (“origem/original” aparece só duas vezes). Dessa forma, “da/ta” é “arrozal”.

Organizando o que descobrimos até agora:

- Fujisan = Monte Fuji

- Kazan= Monte de fogo

- Kagawa = Rio de fogo

- Nihon= Origem do Sol

- Honda= Arrozal original

Sendo, Fuji=Fuji, Ka=fogo, san/zan = monte, ni=Sol, hon = origem/original, da/ta = arrozal.

Sabemos que as palavras “Ōta” e “tanaka” se relacionam com “arrozal”, ou seja, “Ō” e “naka” são “meio/média” e “grande”. As duas palavras aparecem mais uma vez: “média” com “montanha” e “grande” com “declívio”. “Montanha” aparece 3x e “declívio” 2x, se observarmos, uma daquelas duas palavras, a única que aparece junto com outra que se repete três vezes é “naka”, junto com “yama”. Ou seja, podemos dizer que:

- Tanaka = Meio do arrozal

- Ōta = Grande arrozal

Ainda podemos continuar:

- Nakayama= Montanha média

- Ōsaka = grande declívio

Sendo yama=montanha e saka/zaka= declívio. Assim:

- yamazaka = declívio da montanha

“Montanha” se repete 3x, já descobrimos duas, então a última só pode ser:

- Yamamichi= estrada da montanha

Recapitulando as palavras que falta descobrir as traduções: kigawa, Murakami, ono, nomura, sakuragi, kawakami. E estão sobrando as seguintes traduções: árvore do rio, aldeia alta, rio alto, árvore de cereijas, aldeia do campo, campo pequeno

Sabemos que “kigawa” e “kawakami” estão relacionadas com “rio”, ou seja, “gi/ki” e “kami” só podem ser “alto/alta” e “árvore”. “árvore” aparece só mais uma vez, junto com “cereija”, “alto/alta” também, mas é junto com aldeia, que se repete duas vezes. Então:

- Kigawa= árvore do rio

- Kawakami = Rio alto

Também:

- Murakami = Aldeia alta

- Sakuragi = árvore de cereja

Podemos continuar, por eliminação:

- Nomura= Aldeia do campo

-Ono = aldeia alta

Então, o resultado final será:

Ō ta Grande arrozal
Naka yama Montanha média
Ki gawa Árvore do rio
Ka zan Monte de fogo
Mura kami Aldeia alta
Ka gawa Rio de fogo
O no Campo pequeno
Fuji san Monte Fuji
No mura Aldeia do campo
Ta naka Meio do arrozal
Sakura gi Cerejeira
Ni hon Japão
Ō saka Grande declívio
Yama zaka Declívio da montanha
Kawa kami Rio alto
Hon da Arrozal original
Yama michi Estrada da montanha

 

 

AVANÇADO

Lembre-se de sempre ler toda a questão antes de começar a resolver. Muitas vezes os próprios exemplos das perguntas ajudam a descobrir mais informações.

 

Primeiramente, como sempre, devemos organizar os dados fornecidos na questão. Iremos separar as frases em grupos, de acordo com o pronome.

 

Grupo 1: Eu

ahyvykõima = Eu estava curtindo

namomaiteiri = Eu não estou cumprimentando

añe'ẽta = Eu vou estar conversando

 

Grupo 2: Ele

nohyvykõiri = Ele não está curtindo

noñe'ẽi = Ele não está conversando

ombokapu = Ele está atirando

okororõ = Ele está chorando

ndokarumo'ãi = Ele não vai estar comendo

 

Grupo 3: Nós

Ndajajupirima = Nós não estávamos acordando

japurahei = Nós estamos cantando

japyhyta = Nós vamos estar capturando

 

Grupo 4: Vocês

ndapevo'oima = Vocês não estavam pegando

pemomaitei = Vocês estão cumprimentando

napekororõmo'ãi = Vocês não vão estar chorando

 

 

Primeiro, vamos descobrir os sujeitos. Precisamos ver o que se repete em cada frase, independentemente do tempo verbal ou se é uma negação ou afirmação.

No grupo 1, dá para perceber que a letra “a” se repete sempre no começo da palavra (depois do “n” ou “nd” quando é uma negação – guardaremos essa observação), o mesmo acontece com o grupo 2, a letra “o”. Ou seja, podemos dizer que “a” e “o” são “eu” e “ele” respectivamente.

 

Fazendo o mesmo procedimento para os grupos 3 e 4 (a única diferença é que nesses grupos a parte que se repete fica depois de “na” e “nda” nas negações), obtemos que “ja” é “nós” e “pe” é vocês.

 

Agora, compararemos os verbos, seguindo o exemplo:

Usaremos duas frases com o mesmo verbo. A primeira comparação, de preferência, deve ser entre frases bem diferentes (sujeito e tempo verbal diferentes) para podermos saber como as frases em guarani funcionam e não nos confundirmos mais pra frente.

ahyvykõima = Eu estava curtindo

nohyvykõiri = Ele não está curtindo

 

O termo que se repete nessas duas frases é “hyvykõi”. Por enquanto, guardaremos isso como o significado de “curtindo”.

Fazendo o mesmo para as outras frases, iremos obter:

ñe'ẽ= conversando

momaitei= cumprimentando

kororõ= chorando

Ainda estão sobrando os verbos “atirando”, “comendo”, “acordando”, “cantando”, “capturando”. Não temos como descobri-los agora, porque ainda não temos informações suficientes sobre a estrutura das frases em guarani.

 

Com os verbos que descobrimos, podemos desmembrar as frases:

- Sabemos que o “n”, “na”, “nd”, “nda” no começo das frases negativas não fazem parte do sujeito, então separemos elas das letras que descobrimos que são pronomes

- Também isolaremos a parte da frase em guarani que descobrimos ser o verbo

Então:

 

A | hyvykõi | ma = Eu estava curtindo

N | a | momaitei | ri = Eu não estou cumprimentando

A | ñe'ẽ | ta = Eu vou estar conversando

 

N | o | ñe'ẽ | i = Ele não está conversando

n | o | hyvykõi | ri = Ele não está curtindo

o | kororõ = Ele está chorando

 

na | pe | kororõ | mo'ãi = Vocês não vão estar chorando

pe | momaitei = Vocês estão cumprimentando

 

Depois dessas separações, podemos perceber que:

- As frases negativas sempre começam e terminam com partículas que as frases positivas não possuem.

- As positivas no presente terminam no verbo, não tem mais nada depois.

 

Sabendo disso, podemos separar outras frases seguindo o mesmo modelo:

Obs.: Entre parênteses está o tipo de frase que comparamos para saber a separação.

Nd | o | karu | mo'ãi = Ele não vai estar comendo (negativa no futuro)

O | mbokapu = Ele está atirando (positiva no presente)

Ja | pyhy | ta = Nós vamos estar capturando (positiva no futuro)

Ja | purahei = Nós estamos cantando (positiva no presente)

 

Ainda faltam duas frases, as duas são negativas no passado, não temos nenhum modelo para seguir. Voltaremos para a primeira coisa que foi dita na solução: ler o enunciado. Se observamos, o item b da questão A usa o verbo “jupi” (separando a palavra, seguindo os modelos anteriores, teríamos: o | jupi | ta), dessa forma, podemos dizer que a separação de uma das duas sentenças é:

Nda | ja| jupi | rima = Nós não estávamos acordando

 

Então, a outra será:

Nda | pe | vo'o | ima = Vocês não estavam pegando

 

Agora podemos analisar cada parte das palavras, observando as palavras separadas.

Examinando primeiro os tempos verbais, olharemos para as palavras positivas, deixaremos as negativas de lado para esse primeiro momento. Temos que a única variação para os tempos verbais são os sufixos: no passado é “ma”, no presente não existe e no futuro é “ta”.

 

Agora iremos para as negativas: Temos que entender a diferença entre “n”, “na”, “nd” e “nda”.  Pelo que podemos observar, não há uma diferença nesses prefixos quando se muda o tempo verbal, ou seja, não devemos olhar para o tempo verbal das frases.

 

Podemos perceber que há uma adição da letra “a” nas partículas. Observando as situações que essa letra aparece junto às partículas, podemos perceber que tem algo a ver com o sujeito: só aparece com “pe” e “ja”, nunca com “a” e “o” (até mesmo nos itens da questão A). Logo, é adicionado um “a” no prefixo de negação quando o sujeito começa com uma consoante.

 

Agora temos que entender o porquê de aparecer o “d”. Mais uma vez a importância de ler tudo antes de começar a resolver: nas notas, é citado sons nasais. Sabemos, pela descrição dada, que “m” e “n” também são sons nasais. Se analisarmos as palavras que aparecem só “n” (seja “n” ou “na”), todos os verbos terão pelo menos um som nasal, já nas palavras com “nd”/”nda”, os verbos não possuem nenhum som nasal.

 

Já que estamos falando sobre partes da negação, continuaremos no mesmo assunto. Olhando novamente para as frases separadas, chegaremos à conclusão de que os sufixos “i”, “ri”, “ima”, “rima” e “mo’ãi” só aparecem em frases negativas. Os dois primeiros para o presente, os dois seguintes para o passado e o último para o futuro.

Vemos que foi adicionado um “r” nos sufixos utilizados para o presente e para o passado. Se observarmos as frases que eles aparecem, podemos perceber que só é adicionado o “r” quando o verbo em guarani termina em “i”.

Podemos ver que para os tempos verbais presente e passado é apenas adicionado o “(r)i” no final da palavra, no caso do presente, ou no começo do sufixo já existente, para o passado. Seguindo essa lógica, poderíamos dizer que o sufixo que indicaria negação no futuro seria “(r)ita”, mas não é. Em vez disso, é “mo’ãi” e é o mesmo independente da terminação do verbo.

 

E, finalmente, terminamos de descobrir todos os dados. Agora iremos às perguntas.

 

No item A, ele pede para você traduzir as palavras. Iremos resolver separando as partes das palavras dadas, do mesmo jeito que fizemos anteriormente.

 

(a) a | karu | ma

“a” significa o pronome “eu”, “karu” é o verbo “comendo” e “ma” indica passado, então:

Akaruma= eu estava comendo

 

(b) o | jupi | ta

“o” é “ele”, “jupi” é “acordando” e “ta” dá ideia de futuro, logo:

Ojupita= ele vai estar acordando

 

(c) nd | a | vo’o | mo'ãi

“nd” é negação e “mo’ãi” indica que é uma negação no futuro, “a” é “eu” e “vo’o” é “pegando”:

ndavo’omo'ãi= Eu não vou estar pegando

 

(d) na | pe | kororõ | i

“na” e “i” indicam negação no presente, “pe” é “vocês” e “kororõ” é “chorando”, então:

Napekororõi= Vocês não estão chorando

 

(e) nd | a | pyhy | ima

“nd” e “ima” é negação no passado, “a” é “eu” e “pyhy” é “capturando”, logo:

Ndapyhyima= Eu não estava capturando

 

Item B:

(a) Vocês não estão atirando

“vocês” é “pe”, “atirando” é “mbokapu” e “não estão” é uma negação no presente, ou seja, nesse caso, “na” e “i”

Napembokapui = Vocês não estão atirando

 

(b) Ele não está cantando

“Ele” é “o”, “cantando” é “purahei” e “não está”, nesse caso, é “nd” e “ri”:

Ndopuraheiri = Ele não está cantando

 

(c) Ele vai estar comendo

“karu” é “comendo”, “ele” é “o” e “vai estar” é futuro que é “ta”, então:

Okaruta = Ele vai estar comendo

 

(d) Eu não vou estar cantando.

“Eu” é “a”, “cantando” é “purahei”, “não vou estar” é negação no futuro que nesse caso é “nd” e “mo’ãi”, logo:

Ndapuraheimo’ãi = Eu não vou estar cantando.