Escrito por Matheus Ponciano
Iniciante:
O problema exemplifica um possÃvel caso de encontro entre dois corpos, um mantendo m.r.u. e o outro acelerando e desacelerando.
Josias para alcançar o ônibus no instante que ele chega à próxima parada deve percorrer , fazendo tal em um m.r.u. com velocidade . O ônibus deve percorrer para chegar à parada, saindo com velocidade inicial e chegando com velocidade final também . O ônibus pode estabelecer dois movimentos, dependendo da distância entre as paradas. Num ele acelera até atingir , movimentando-se a partir daà em m.r.u, e desacelerando de para quando estiver próximo de chegar à parada. Em outro, ele acelera até atingir uma velocidade , e já desacelera novamente para . Este último caso pode ocorrer caso não seja grande o suficiente para ter tempo do ônibus acelerar até atingir .
Para saber com mais precisão cada caso, devemos ver o limite da transição entre os dois casos. Esse limite ocorre quando , calculando D então para essa caso:
O tempo que ele leva para acelerar de a é o mesmo que ele leva para desacelerar de a , já que o módulo da aceleração e da desaceleração é o mesmo. Com isso:
Utilizando a equação horária do espaço, temos que o espaço percorrido acelerando somado ao espaço percorrido desacelerando deve ser igual a , logo:
Ou seja, se , o ônibus atinge a velocidade e percorre um m.r.u. com ela por algum instante. E se o ônibus atinge uma velocidade .
Um método de resolver essa questão de forma mais prática, é de trabalhar graficamente, esboçando um gráfico da velocidade em função do tempo de Josias e do ônibus, para ambos os casos.
Caso 1: Se
Em um gráfico de velocidade por tempo, a área determinada pela velocidade representa o quanto o objeto percorreu. Estando representado em vermelho a velocidade de Josias, e em azul a velocidade do ônibus, tem-se que:
Temos que é o tempo para o ônibus acelerar das velocidades até , e o tempo que o ônibus leva para desacelerar da velocidade até 0. Como o ônibus possui um mesmo módulo de aceleração durante ambos os percursos, esses tempos são iguais, sendo obtidos pela equação horária da velocidade, logo:
Substituindo estes valores na equação do percurso do ônibus, temos que:
Observe que, ao somar os tempos percorridos pelo ônibus para acelerar, movimentar em m.r.u. e desacelerar deve resultar no tempo de encontro , logo:
Com o valor do tempo total decorrido, podemos substituir na primeira fórmula, tendo então que:
Caso 2: Se
Utilizando novamente que a área abaixo da velocidade representa o quanto um objeto percorreu, temos que:
Sendo o tempo o utilizado para o ônibus acelerar da velocidade a , e o tempo para para ele desacelerar até novamente. Como os módulos das acelerações nestes trajetos são os mesmos, os tempos também são, daÃ:
Com isso, temos que:
Descobrindo e a partir disso:
Substituindo na equação do movimento de Josias:
Caso 1: Se
Caso 2: Se
Intermediário:
Ao retirar o canudo do lÃquido, haverá uma diferença de pressão na base do lÃquido, fazendo com que ele escorra. Qual deve ser a altura restante de lÃquido para que esta secção do lÃquido entre em equilÃbrio?
Como metade do canudo está submersa no lÃquido, a altura de lÃquido é de e a de ar dentro do canudo é de também. Ao retirar o canudo do lÃquido, essa coluna de água começa a escorrer pelo canudo, e com isso o volume de lÃquido diminui. Como o canudo está fechado na parte de cima, não entra mais ar no canudo para ocupar o espaço de lÃquido que vazou, dessa forma, como a atmosfera atua como um reservatório térmico, pode-se concluir que o ar preso dentro do canudo vai sofrer uma expansão isotérmica. Quando o sistema estiver estável, ou seja, quando o lÃquido parar de escorrer e restar apenas uma porção, a pressão resultante que atua na última camada de lÃquido na base do canudo deve ser zero. Essa camada está em contato com a atmosfera, atuando então para cima, e existe a pressão do ar expandido somado com a pressão da coluna de lÃquido de altura acima dele, atuando para baixo. Logo:
Antes de retirar o canudo do lÃquido, o ar dentro do canudo ocupava um volume e tinha pressão . Por sofrer uma expansão isotérmica, ele passa a ter uma pressão e ocupar um volume de . Usando a lei de Boyle-Mariotte para gases ideais, temos que:
Com isso, temos que:
Por Bhaskara, temos que:
Ao pegar a raÃz em que ocorre a soma, vamos encontrar que , que é um absurdo, logo devemos pegar a raÃz com a subtração, logo:
Avançado:
O aparato ótico em questão é o Espelho de Lloyd, um método de gerar interferência de luz a partir de uma mesma fonte.
A luz que sai da fonte pode realizar dois caminhos para atingir o anteparo, ela pode ir diretamente (caminho 2), ou pode sofrer uma reflexão no espelho e incidir no anteparo (caminho 1). Para cada um desses trajetos existe um caminho óptico associado, e ao determinar a diferença dos caminhos ópticos, determinamos a diferença de fase entre as ondas de luz. Já que o problema pede para que ocorra uma interferência construtiva, as ondas que chegam no mesmo ponto do anteparo devem estar na mesma fase, logo:
Onde é a fase que a luz tem percorrendo o caminho e é a fase que a luz tem percorrendo o caminho e é um natural. Estas fases são dadas por:
Já que no caminho a luz reflete indo de um meio menos refringente (ar) para um mais refringente (vidro do espelho), ela inverte sua fase, ou seja, ela tem a mais. DaÃ:
Onde que é o número de onda, e e são os caminhos ópticos que a luz percorre. Substituindo na fórmula da interferência:
Calculando os caminhos ópticos:
No trajeto sem a reflexão, a luz apenas percorre a distância para atingir o ponto, logo:
Já no trajeto com reflexão, a luz ao incidir em um meio mais refringente do que o seu atual (ar para o espelho), ela inverte sua fase na reflexão, sendo o equivalente a ter percorrido a mais nesse percurso, logo:
Substituindo os valores e usando
Para a altura ser mÃnima, temos que , logo: