Soluções Física - Semana 87

Escrito por Matheus Ponciano

Iniciante:

Situação Física

O bloco ao passar por uma superfície rugosa desacelera, pela atuação da força de atrito. Dessa forma, dependendo de como ele é lançado, ele pode ou não atingir a outra parede.

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Solução

a) O bloquinho durante seu movimento sofrerá uma força de atrito durante seu percurso.  O atrito é dado por:

F_{at} = - \mu N

Onde N é a força normal que o bloquinho exerce no solo. Como no eixo vertical atua apenas o peso mg, a força normal é:

N=mg

Daí:

F_{at} = -\mu mg

Escrevendo a segunda lei de Newton no eixo x:

F_{res}=ma

-\mu mg=m a

a = -\mu g

Para a velocidade v_o se mínima, o bloquinho deve estar praticamente parado ao chegar na parede, escrevendo então a equação de Torricceli:

v^2 = v_o^2 + 2ad

Dessa forma: v=0

0 = v_o^2 - 2 \mu g d

v_o^2 = 2 \mu g d

v_o = \sqrt{2 \mu g d}

Nas condições do problema:

v_o = \sqrt{2*0,2*10*9}

v_o = \sqrt{36}

v_o = 6 m/s

b) Podemos escrever a equação horária da velocidade:

\Delta S = v_o t +\dfrac{a}{2}t^2

No caso, o deslocamento \Delta S será d para quando ele atingir a parede, dessa forma:

d = v_ot - \dfrac{ \mu g}{2}t^2

9 = 10t - \dfrac{2}{2}t^2

Reorganizando a equação:

t^2 - 10t + 9 =0

Podemos então descobrir o tempo a partir da fórmula de Bhaskara:

\Delta = b^2 - 4ac

Onde a b e c são os coeficientes de uma equação de segundo grau do tipo:

y = ax^2 + bx +c

Nesse caso:

\Delta = 10^2 - 4*1*9

\Delta = 100 - 36

\Delta = 64

Os possíveis tempos são:

t = \dfrac{-b \pm \sqrt{\Delta}}{2a}

t = \dfrac{10 \pm \sqrt{64}}{2}

t = \dfrac{10 \pm 8}{2}

Pegando a menor raiz positiva:

t = 1 s

A outra raiz existe pois nessa formulação matemática, seria como o bloco passasse a parede e continuasse desacelerando, para depois parar e voltar, passando pela parede novamente.

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Gabarito

a) v_o = 6 m/s

b) t = 1 s

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Intermediário:

Situação Física

Ao um objeto deslizar sobre uma superfície não lisa, será atuado nele uma força de atrito no ponto de contato entre ele e a superfície, causando uma desaceleração e um torque em relação ao centro de massa.

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Solução

a) Atuará na bola uma força de atrito F_{at} no ponto de contato entre a bola e a superfície. Como a bola está deslizando, a força de atrito será de módulo:

F_{at} = \mu mg

Esse atrito aponta pro lado contrário ao movimento da bola, gerando então um desaceleração dela e fazendo-a rotacionar por gerar um torque. Dessa forma temos que:

-F_{at}=m a

-\mu mg = ma

a = - \mu g

\tau = R F_{at}

I \alpha = R \mu mg

\dfrac{2}{5} m R^2 \alpha= R \mu mg

\alpha = \dfrac{5 \mu g}{2R}

Escrevendo então as funções horárias da velocidade de deslocamento e da velocidade angular:

v = v_o + at

v = v_o - \mu g t

\omega = \omega_o + \alpha t

\omega = \dfrac{5 \mu g}{2R}t

Na situação de rolamento perfeito, nós temos que a velocidade no ponto de contato é 0, e daí:

v = \omega R

v_o - \mu g t = \dfrac{5 \mu g}{2R} t R

v_o = \dfrac{7 \mu g}{2} t

t = \dfrac{2 v_o}{7 \mu g}

b) Podemos então substituir este tempo para encontrar a velocidade final de rolamento, daí:

v = v_o - \mu g t

v = v_o - \dfrac{2}{7}v_o

v = \dfrac{5}{7} v_o

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Gabarito

a) t = \dfrac{2 v_o}{7 \mu g}

b) v = \dfrac{5}{7} v_o

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Avançado:

Situação Física

Uma das propriedas de um aro é que quando ele faz um rolamento perfeito, sua energia cinética relacionada à translação é igual a energia cinética relacionada à rotação. Isto é devido ao seu momento de inércia I=MR^2.

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Solução

a) Como ele desce o morro realizando um rolamento perfeito, não há deslizamento entre o aro e a superfície do morro. Dessa forma, a força de atrito exercida será a estática. Podemos então conservar a energia mecânica entre o topo do morro e no pé do morro:

E_{topo}=E_{base}

E_{cin topo} + E_{pot topo} = E_{cin base} + E_{pot base}

0 + MgH = \left( \dfrac{1}{2} M v_o^2 + \dfrac{1}{2}I\omega_o ^2 \right) + 0

Por ser um aro, seu momento de inércia é:

I= MR^2

E por realizar um rolamento durante todo o percurso:

V = \omega R

Daí:

Mg H = \dfrac{1}{2}Mv_o^2 + \dfrac{1}{2}MR^2\dfrac{v_o^2}{R^2}

 Mg H = Mv_o^2

v_o^2 = g H

v_o = \sqrt{gH}

\omega_o = \dfrac{\sqrt{gH}}{R}

b) Ao colidir com a parede, sua velocidade de deslocamento inverte de sentido e sua velocidade angular continua a mesma. Da mesma forma que a questão anterior, o aro irá deslizar em relação ao solo e terá uma força de atrito gerando um torque. Dessa forma:

ma = -\mu m g

a = -\mu g

I \alpha =- \mu mg R

MR^2 \alpha =- \mu mg

\alpha =-\dfrac{\mu g}{R}

Escrevendo a função horária da velocidade de deslocamento e da velocidade angular:

v = - v_o + \mu g t

\omega = \omega_o -\dfrac{\mu g}{R}t

Ao atingir novamente o rolamento perfeito, temos a condição:

v = \omega R

-v_o + \mu g t = \omega_o R - \dfrac{\mu g}{R}t R

-v_o \mu g t = v_o - \mu g t

2 \mu g t = 2 v_o

t = \dfrac{v_o}{\mu g}

Dessa forma as velocidades serão:

v = -v_o + \mu g \dfrac{v_o}{\mu g}

v= v_o -v_o

v = 0

\omega = 0

Ou seja, o aro para.

c) Como ele está parado, ele não poderá subir o morro, logo:

h = 0

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Gabarito

a)

v_o = \sqrt{gH}

\omega_o = \dfrac{\sqrt{gH}}{R}

b)

v = 0

\omega = 0

c)

h = 0

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