Soluções Física - Semana 89

Escrito por Matheus Ponciano

Iniciante:

Situação Física

Desconsiderando o efeito da resistência do ar no corpo durante seu movimento, o sistema se torna conservativo. Podemos então conservar energia mecânica durante o seu movimento, e utilizá-la para descobrir a altura do prédio.

[collapse]
Solução

Tratando como o sistema sendo conservativo (desconsiderando o efeito de resistência do ar), podemos conservar a energia mecânica do sistema. Conservando então a energia entre o instante que ele foi lançado do prédio até o instante que ele é parado pela mola, pondo o nível de referência no solo e considerando que o corpo é parado pela mola nas proximidades do chão, temos que:

E_{lancamento} = E_{corpo para}

\dfrac{mv^2}{2} + m g h = \dfrac{kx^2}{2}

mgh= \dfrac{kx^2}{2} - \dfrac{mv^2}{2}

h = \dfrac{kx^2-mv^2}{2mg}

Substituindo os valores e convertendo a deformação da mola pro S.I.:

h = \dfrac{10^4* \left(\dfrac{1}{2}\right)^2 - 1*40^2}{2*1*10}

h = \dfrac{2500-1600}{20}

h=\dfrac{900}{20}

h=45 m

[collapse]
Gabarito

h=45 m

[collapse]

Intermediário:

Situação Física

A onda do microondas ao incidir no prato se dividirá em 2 partes, uma parte que reflete e outra parte que entra no prato, reflete na face oposta e sai do prato. Estes percursos apresentam diferentes caminhos ópticos, tendo então uma diferença de fase entre as ondas.

[collapse]
Solução

As microondas são ondas eletromagnéticas, se movendo então na velocidade v=3*10^8 m/s. Desta forma podemos descobrir o comprimento de onda desta onda utilizando a relação:

v=\lambda f

\lambda = \dfrac{v}{f}

\lambda = \dfrac{3*10^8}{2,5*10^9}

\lambda = \dfrac{3}{25}

\lambda= 0,12 m

\lambda = 12 cm

A onda ao incidir em uma das faces do prato, terá uma parte refletida e a outra parte irá entrar no prato, refletindo então depois na face oposta do prato e saindo dele. Considerando a incidência normal, a porção da onda que atravessa a primeira face do prato percorrerá uma distância de 2e, onde e é a espessura do prato. Por fazer isto em um meio de índice de refração n=1,5, o caminho óptico feito por esta onda é:

D=(2e)n

D=3e

A parte da onda que não entrou no prato por refletir em um meio menos refringente que o do outro lado do dioptro inverte sua fase, somando \pi a sua fase atual. Ocorrerá então a interferência entre as duas ondas. Suas fases logo após saírem do prato é:

P/ porção que reflete:

\phi_1= \pi

P/ porção que entra no prato:

\phi_2 = kD

Onde k=\dfrac{2\pi}{\lambda}, que é o número de onda.

Para que ocorra o máximo de reflexão, a interferência entre elas deve ser construtiva. A diferença de fase entre elas deve ser então:

\phi_2 - \phi_1 = 2m\pi

Onde m é um natural. Temos então:

kD - \pi = 2m\pi

\dfrac{2\pi}{\lambda}*3e =\left( 2 m+1\right) \pi

e = \dfrac{(2 m +1)}{6} \lambda

O caso mínimo é quando m=0, tendo então:

e = \dfrac{\lambda}{6}

e = \dfrac{12}{6}

e = 2 cm

[collapse]
Gabarito

e = 2 cm

[collapse]

Avançado:

Situação Física

Uma onda eletromagnética ao incidir numa superfície exerce nesta uma pressão chamada pressão de radiação. Esta pressão é devido a luz possuir momento linear e energia.

[collapse]
Solução

Suponhamos que em um intervalo de tempo \Delta t, N fótons colidam com a superfície. Há então 2 possibilidades para a colisão do fóton com esta superfície: ou ao colidir o fóton é absorvido por ela, ou ele é refletido. Vejamos ambos os casos:

Caso 1: Fóton absorvido:

O fóton possui momento p e irá colidir com o plano sendo absorvido. A imagem acima está virada apenas para efeito de visualização. Como o fóton é absorvido ao colidir com o plano, temos que a variação de momento no eixo x é:

\Delta p_1 = 0 - p_x

\Delta p_1 = -pcos(\theta)

Caso 2: Fóton refletido:

Neste caso o fóton possui momento p e irá colidir com o plano sendo refletido. Ao ser refletido, seu momento no eixo x é invertido, tendo então que a variação de momento neste caso é:

\Delta p_2 = (-p_x) -p_x

\Delta p_2 = -2pcos(\theta)

Dos N fótons que colidem apenas uma parte reflete, sendo esta parte:

r = \dfrac{N_{refletido}}{N_{incidente}}

N_{refletido} = rN

Então a parte absorvida corresponde a (1-r)N fótons. Desta forma, neste tempo a variação total de momento é:

\Delta p = N_{absorvido} \Delta p_1 + N_{refletido} \Delta p_2

\Delta p = (1-r)N(pcos(\theta)) + rN(2pcos(\theta)

\Delta p = (1+r)Npcos(\theta)

Isto pegando apenas o módulo.

Tendo que a força resultante é definida por:

F_{res} = \dfrac{\Delta p}{\Delta t}

Temos que a força resultante exercida na superfície é:

F_{res} = \dfrac{(1+r)Npcos(\theta)}{\Delta t}

Todos os termos na parte do numerador são constantes independentes do tempo, sendo características ou do feixe ou da superfície, exceto o número de fótons incidentes, que depende do tempo. Devemos achar então quanto vale \dfrac{N}{\Delta t}. Para isto, vejamos como fica a imagem com o feixe incidindo na superfície:

Tendo que o feixe de luz possui uma área transversal A, nós temos que no intervalo \Delta t, o feixe se movimenta de uma distância c \Delta t. O número de fótons N pode ser descoberto a partir do volume deslocado do feixe. Temos que:

n = \dfrac{N}{Volume}

n = \dfrac{N}{A c \Delta t}

 \dfrac{N}{\Delta t} = A n c

Podemos tirar também da imagem que a área que o feixe incide na superfície vai ser:

A_s = \dfrac{A}{Cos(\theta)}

Dessa forma, a força exercida na superfície é:

F_{res} = (1+r) n A c p cos(theta)

E a pressão exercida na área de incidência na superfície é:

P = \dfrac{F_{res}}{A_s}

P = \dfrac{(1+r) n A c p cos(theta)}{\dfrac{A}{cos(\theta}}

P = (1+r) n c p cos^2(\theta)

Para ficar em função de f:

E_{foton} = h f

E_{foton} = p c

p c = hf

Logo:

P = (1+r) n h f cos^2(\theta)

[collapse]
Gabarito

P = (1+r) n h f cos^2(\theta)

[collapse]