Iniciante
Olhando a terra "Por cima" temos a imagem de um disco de raio "R".A distância percorrida de Siene até Alexandria é um arco da circunferência nos limites desse disco.Ou seja,o comprimento do arco pode ser encontrado por regra de três,pois sabemos que o comprimento total da circunferência é:
Mas já que o comprimento do arco é proporcional ao ângulo,podemos fazer uma regra de três:
Tal que:
(1)
Sendo o ângulo em radianos que o arco cobre (Perceba que no enunciado foi nos dado um ângulo em graus,ainda precisamos transformar-lo em radianos)
O raio de luz faz um ângulo com a vertical igual ao ângulo que o arco de circunferência entre Siene e Alexandria cobre,isso pode ser verificado por construção da figura.Agora vamos trabalhar o ângulo.Sabemos que 360 graus (uma volta) é a mesma coisa que um ângulo de radianos,assim,podemos construir uma regra de três para transformar as unidades de ângulos para radianos.
Substituindo tudo em (1):
Já que o arco foi medido com um transferidor de graduação ,podemos estimar sua incerteza como sendo metade disso,logo:
A nossa expressão pra R tem incerteza apenas em um fator,o ,o resto não tem incerteza alguma associada.O aparece dividindo,e como vimos:
(Demonstrado no último problema,mas isso seria dado para você numa questão comum)
logo:
Esse raio é aproximadamente o raio medido atualmente da terra,é impressionante como um experimento tão antigo trouxe uma estimativa tão razoável.
Intermediário
A energia cinética do sistema é a soma da energia cinética das duas partículas:
(1)
Nós podemos considerar que a energia do sistema é devido a uma contribuição devido à energia do centro de massa,mais uma contribuição devido à velocidade relativa das duas partículas,o que pode ser escrito como:
Considerando que a contribuição do centro de massa é a energia cinética de uma massa representando o sistema,essa que é a massa total dela,com a velocidade dele,afinal,isso é o centro de massa....
Mas,a velocidade do centro de massa é a velocidade que uma partícula de massa tem,tal que a quantidade de movimento dela é igual à quantidade de movimento do sistema.O que pode ser escrito como:
(Considerando o sistema com N partículas)
No nosso caso só temos duas massas,logo:
(2)
Podemos achar o se juntarmoss a equação (1) com a equação (2):
E simplificando com produtos notáveis:
O que mostra que:
é o momento linear do centro de massa.
Assim,vimos que a energia do sistema pode vista como composta de duas maneiras (equivalentes).Podemos ver a energia do sistema como a energia da partícula 1 mais a energia da partícula 2,ou como a soma da energia do centro de massa do sistema com um termo residual da velocidade relativa entre as partículas.Perceba que eu usei o termo "residual" para a energia devido à velocidade relativa,eu usei pois a velocidade relativa entre as partículas é a mesma em qualquer referencial.Logo a energia do movimento relativo é a mesma em todos os referenciais!!!Assim não importa se você zera a velocidade do centro de massa,ainda sim resta um resíduo de energia devido à velocidade relativa das partículas.O que muda na energia quando vamos de um referencial para o outro é a energia do centro de massa,pois a velocidade do centro de massa muda quando mudamos a velocidade do referencial,podemos zerar a velocidade do centro de massa se formos para o referencial do centro de massa,pois a velocidade do centro de massa no referencial do centro de massa é zero (Sua velocidade em relação a você mesmo é zero),logo a energia se deve apenas ao termo de velocidade relativa.Assim,o centro de massa é o referencial de menor energia cinética do sistema,e nele,a energia do sistema é:
Avançado
O método mais interessante para se lidar com movimentos dotados de vínculos estranhos (como o pêndulo duplo),é o Lagrangiano.
Usaremos aqui apenas a construção da Lagrangeana ,e a equação de euler lagrange.
Primeiro de tudo,vamos achar a energia potencial do sistema,o que é mais trivial.
A energia potencial das massas é apenas gravitacional.Vamos tomar o ponto onde o fio "mais alto" está preso como .
Assim:
Obs: T-Energia cinética V-Energia Potencial
A energia cinética é um pouco mais trabalhosa de se achar. Sabemos que:
Agora,usemos do fato que os ângulos são muito pequenos,ou seja:
Assim:
Aplicando a equação de Euler Lagrange:
Fazendo (x) e aplicando:
x=1)
x=2)
Num modo normal de vibração os dois pêndulos oscilam com a mesma frequêncial,tal que podemos escrever:
(i=1,2)
Simplificando tudo temos:
Isolando chegamos a:
Substituindo para encontrar os respectivos as:
Caso +)
Caso -)
É esperado realmente que o caso em que eles oscilam com defasagem (amplitude negativa se comparada a outra) tenha uma frequência maior,é como se houvesse um "puxão" do outro lado sempre.