Iniciante
a)Geralmente se estima o erro de um instrumento manual como sendo metade da sua graduação.Isso faz sentido,pense,quando você mede algo com uma régua você consegue identificar o menor número inteiro de graduações,mas entre uma graduação e outra já fica algo meio incerto.DaÃ,estima-se que você não vai fugir de metade da graduação na sua medida.
(G é a gradação)
b)Já que o cronômetro tem seu último digito em centésimos de segundos,se perde o sentido em falar da incerteza dele,não é isso que vai acabar ou não com sua medida,mas o seu tempo de reação.O tempo de reação humano é estimado como cerca de .Sendo essa nossa incerteza
c)Para responder isso precisamos pensar nos parâmetros relevantes que podem afetar nosso problema:
Lei de Hooke:
-Efeitos estranhos da mola para pequenas forças
-Resistência do ar
-Incerteza da régua
-A mola nunca para de oscilar 100%,a medição do x de equilÃbrio se torna complicada devido a isso
Oscilador Massa-Mola:
-Discrepância do perÃodo para amplitudes grandes
-Resistência do ar
-Tempo de reação humana
-Efeitos da massa da mola na oscilação
-Pertubações transversais ao movimento (Se o oscilador "balançar" para a esquerda e a direita,começarão a aparecer efeitos graças a força centrÃfuga)
Com isso,vemos que a lei de Hooke tem tudo para ser um experimento mais preciso,logo vamos toma-lá como nosso,provavelmente,mais preciso experimento.
Intermediário
Vamos começar nossa solução lembrando de algumas regras.Primeiro de tudo,quando temos uma medida de uma grandeza fÃsica,e nossa incerteza sobre ela é estimada,devemos fazer nosso valor médio ser um múltiplo da incerteza.
Por exemplo:
É na verdade:
Pois devemos arredondar a média pra o múltiplo mais próximo da incerteza.
Assim,corrigindo nossas medidas pra :
Temos agora duas abordagens para esse problema:
1-Método dos mÃnimos quadrados:
Um método extremamente preciso que usa de resultados da teoria de erros e da sua habilidade na calculadora
2-Método Por gráfico:
Você desenha um gráfico (y X x) de suas variáveis,e desenha uma reta que você ache que melhor se ajuste aos dados experimentais.Há várias maneiras de achar a melhor reta.
Faremos aqui pelos método dos mÃnimos quadrados.
Método dos mÃnimos quadrados:
Leia o começo da questão avançada,até a parte que é lhe solicitado parar,lá ensinarei o mÃnimo que se precisa para continuar.
Continuando:
Vamos definir quem será nosso y e nosso x.
Sabemos que:
Vamos chamar mg de x e de y (Não confunda \Delta x com x.....),assim conseguimos a reta:
Contudo,nossas medidas pra m e pra g são incertas,logo devemos saber a incerteza de um produto se quisermos a incerteza para x.
(Não confunda (Incerteza do produto g.u) com )
A equação acima é dada nas provas geralmente,a dedução envolve cálculo.
Nós encontramos todos valores para y () com suas respectivas incertezas,achemos agora para x,perceba que ela não será constante,pois ela é dada por:
Ela varia com a massa,logo cada x terá uma incerteza associada:
Agora só resta plotar todos x e y na calculadora e achar os dados,comecemos com o :
Contudo,para acabar com o problema estamos interessados em ,que é a constante elástica da nossa mola,e obviamente,na sua incerteza.A incerteza dessa grandeza é bem interessante.
Sabemos que a incerteza de uma divisão é:
Se :
Assim,para k:
Como esperado,o k por lei de hooke é mais preciso.A constante elástica da mola é na realidade 500 N/m.O nosso resultado é compatÃvel,o que significa compatÃvel?Uma grandeza é compatÃvel com outra se uma é valor possÃvel da outra.Nosso k tem valores possÃveis entre 496 e 500.Duas grandezas são compatÃveis se elas tem ao menos um valor possÃvel em comum.É fácil ver que k é compatÃvel com a constante real da mola,pois ele chega até 500.
Avançado
(Leitura também do intermediário)Para começarmos a análise é importante começar deixando claro a existência de algumas fórmulas (Muitas delas estão nas provas experimentais aplicadas pela SBF)
Onde ,sendo g uma variável genérica,é o valor médio de g.
(Definição 1)
é o i-ésimo valor medido de g
representa o desvio padrão da variável g (que será usado nesse problema como incerteza de uma medida),ele é definido como:
(Definição 2)
Vamos desenvolver essa função para reescreve-lá de maneira mais inteligente:
Usando a definição 1:
Assim,extende-se a definição 2 para:
Deixando claro tudo que usaremos,podemos começar a análise de erros.
Primeiro,vamos encontrar A e B não corrigidos pela calculadora (A e B vão ser lhe dados com um número grande de significativos,geralmente,o que você provavelmente não terá..),lhe darei a instrução para fazer isso numa Casio fx-82ms,mas geralmente isso funciona em qualquer calculadora.Para começar,aperte o botão CLR e selecione 3 (All),aparecerá na tela RESET ALL,significa que se houvesse qualquer dado plotado antes nela,agora estão apagados,assim podemos colocar os nossos sem medo de ter algum erro graças aos antigos.Aperte o botão MODE,aperte 3 (REG),e selecione 1(Lin).
Feito isso,vamos construir uma função f(x) linear..Você deve fazer o seguinte procedimento para plotar dados:
1-Escreva seu valor de x
2-Aperte ,
3-Coloque seu valor de y
4-Aperte M+
5-Seu dado está plotado
Faça isso para todos e você terá pela calculadora o valor de A e B que melhor se ajustam pra esses pontos experimentais.
E como você faz para a calculadora lhe dar?
Aperte S-Var (Em cima do 2),você terá então uma lista de variáveis que você pode pedir,mova com o curso da calculadora duas vezes para direita e você terá para a correspondente tecla:
r é uma medida de o quanto sua reta está ajustada aos pontos experimentais,ela vai de 0 a 1,quanto mais próximo de 1,mais preciso.
(Aqui acaba a parte que também é leitura do intermediário)
Se não ficou claro quem será seu y e x,veja:
A última equação é linear em m,o que está variando no experimento,logo é inteligente fazer y ser e x ser ,contudo essa equação fica mais correta se colocarmos a massa da mola na jogada,a correção se dá por:
(M é a massa da mola)
Comparando as duas:
Agora vamos começar a achar os números,comecemos pelo ,para achar o epsilon use o A e B que a calculadora lhe dá,não se importando ainda com o número correto de algarismos significativos.
Assim:
Agora vamos achar nosso k e M.
É dado nos materias de teoria dos erros que a incerteza numa divisão () é:
Na nossa expressão pra k, é só um número,com incerteza zero então (não é uma medida ou algo do gênero...).
Logo:
( Nossa incerteza pode ter 2 dÃgitos,pois ela começa com 1,uma exceção à regra)
Agora,para M precisaremos conhecer a incerteza de um produto,pois:
E sabemos que k e A são medidas com incerteza,logo usaremos outra expressão:
A massa não faz sentido pois,seu valor mais provável é negativo e a incerteza dela é maior do que o valor mais provável.Quando achamos algo assim é razoável falar que essa coisa na verdade é zero.Assim,achamos que a mola tem massa tão próxima de zero,que é praticamente zero.E nosso equipamento não tem capacidade de medir-lá.(Isso aconteceu porque o que ia nos dar a massa era o desvio do caso de massa nula,se tivermos uma massa nula de mola achariamos A=0,a massa ser não nula ia criar um erro sistemático que ia gerar um A,e com esse A iamos encontrar a massa da mola,contudo os erros aleatórios foram de magnitude tão elevada que apagaram a informação gerada pelo erro sistemático da massa,esse que pra ser tão fraco deve ter vindo de uma massa muito pequena)