Iniciante
O mecanismo para se observar algo consiste em alguns passos,basicamente haverá um cruzamento de raios luminosos que irão chegar em seus olhos e criar uma imagem na retina, e com isso seu cérebro recebe a informação e codifica pra você ver o que você vê. Esses raios luminosos vem do objeto observado, no caso de uma parede, por exemplo, os raios de luz chegam na parede, refletem, chegam em seus olhos, e voilá! A imagem é formada. No caso, quando olhamos para o horizonte, nós temos a visão de quase tudo a frente, pois já que a terra é curva a partir de um momento não podemos mais observar a "frente",pense por exemplo em duas pessoas, uma no brasil e outra no japão, elas estão praticamente em lados opostos do globo,logo olhando pra frente de onde estão não podem ver um ao outro, pois a luz se propaga em linha reta e não vai "dar uma volta" no mundo pra chegar onde você quer. O limite do nosso horizonte está no ponto em que os raios de luz emitidos por nossos olhos passam "tangenciando" a terra,ou seja,o vetor de propagação do raio passa paralelo à superfície da terra naquele ponto. O ponto onde você está localizado está a uma distância do centro da terra, considerando que você está a uma altura h, a distância entre seu olho e o ponto limite do horizonte pode ser encontrado com um pouco de geometria.A distância entre você e o centro da terra é a hipotenusa de um triângulo retângulo de catetos (sua distância ao horizonte), e , assim, podemos fazer:
O triângulo é retângulo pois os raios luminosos tangenciam a terra, fazendo assim 90 graus com o vetor "Raio da terra".
Intermediário
A altura da bola deve ser dada por:
Em que é a altura que corresponde à melhor estimativa sua, e é a incerteza na sua medida.
A incerteza na nossa medida por ser estimada a partir da graduação do nosso instrumento de medida, como antes foi usado, a incerteza pode ser estimada como metade da graduação:
Tomamos como regra que a nossa melhor estimativa (pra erros estimados) deve ser um múltiplo da incerteza. Nesse caso pra cada região de valores temos que admitir um valor para a melhor estimativa (Como assim? :O)
Por exemplo, imagine você fazendo as contas e pegando um valor para , como por exemplo, , para esse caso devemos arrendondar o número pra o múltiplo mais próximo da incerteza, no caso temos e . é mais próximo de , assim nosso valor mais provável é mm. Então nós nunca iremos achar o previsto,mas uma região em que ele está. Se ele tiver entre e , seu valor na nossa declaração de dados será , se entre mm e mm nossa declaração seria ,entre e teríamos e daí por diante..... Para nossa medida ser válida vamos estimar que nossa incerteza pode ser no máximo por cento do valor mais provável, ou seja:
Agora indo para as colisões, a medida que a bolinha ricochetear no chão, irá voltará a uma altura limite cada vez menor,graças ao fato da colisão da bolinha com o chão dissipar energia a cada batida. Temos que:
Em que é o coeficiente de restituição da bolinha, é a velocidade relativa de afastamento e é a velocidade relativa de aproximação. A velocidade de afastamento da bolinha é a que ela "sobe" depois da colisão, e a de aproximação é a que ela chega ao chão. Considere a colisão "n", após a colisão com o chão a partícula vai subir com velocidade , chegar a um pico, e voltar ao chão com uma velocidade de queda ,colidindo e subindo com velocidade . Assim a cada colisão a velocidade sofre uma redução,pois é multiplicada por um fator que é menor que um. Podemos achar a velocidade de "subida" após uma colisão genérica se soubermos a velocidade da bolinha antes de qualquer colisão. Se a bolinha chega com , após n colisões ela terá:
E, com essa nova velocidade, a partícula chegará a uma nova altura ,menor que a anterior, podemos achar isso conservando a energia da bolinha (ela se conserva durante o vôo, é dissipada durante e somente nas colisões) o trabalho do peso é igual à variação de energia cinética, logo:
Sabemos que ela foi jogada de uma altura H no começo, conservando energia até o momento da primeira colisão:
Assim, para cada temos um , temos com isso então uma função de , e vários dados,podemos construir com isso uma curva exponencial e achar nosso .
Avançado
Vamos considerar aqui que as partículas numa superfície qualquer podem sofrer forças mediantes apenas a dois estímulos:
-Contato com a superfície
-Interação com o resto do ambiente
Assim a força na i-ésima partícula é dada por:
Dado um sistema de n partículas, sabemos que as forças de contato não realizaram trabalho sobre "deslocamentos virtuais", e o que são esses deslocamentos virtuais?? Considere uma superfície genérica,num dado instante de tempo t. Mantendo esse tempo t constante vamos mexer a partícula por essa superfície através de deslocamentos "virtuais", pois são deslocamentos "imaginários", "hipotéticos",mas que podem afetar sim a energia da partícula (Forças de vínculos não ideais como o atrito causam dissipação de energia por deslocamentos virtuais).Basicamente um deslocamento virtual faz uma translação no espaço mantendo o tempo constante.Enfim, denotaremos deslocamentos virtuais infinitesimais por .
Mas (Força resultante em i):
E nosso deslocamento virtual pode ser decomposto de maneira agradável(decompondo o vetor em N graus de liberdade ortogonais):
Reescrevendo nosso somatório:
(1)
E chamamos:
(2)
de k-ésima componente da força generalizada.
Podemos também reescrever o primeiro termo da soma de uma maneira mais inteligente.
Note que:
(3)
Pois a projeção do vetor deslocamento em k é em proporção igual à projeção do vetor velocidade em k, pois "".Assim:
No final ficamos com dois termos, o termo da direita pode ser escrito de maneira mais concisa se fizermos (3) de volta nele,pois:
Assim, se definirmos como:
(Energia Cinética)
e usamos:
Sendo uma variável genérica, e temos:
Juntando nossas equações para reescrever (1), temos:
E isso tem que ser verdade para um deslocamento virtual arbitrário, e já que todas direções são independentes entre si devemos impor a condição que o termo multiplicando deve ser zero pra todas componentes k (todos zeros pois vale para qualquer deslocamento virtual).
Que é uma das equações mais gerais da mecânica, o princípio de D'Alembert!! Dela podemos derivar a equação de Euler-Lagrange se supormos as seguintes condições:
1-As forças no sistema são conservativas
2-A energia potencial do sistema não depende da velocidade da partícula.
Podemos escrever então:
(Força é menos o gradiente da energia potencial)
Escrevendo também:
(Definição)
Perceba que subtrai a energia potencial no primeiro termo, a derivada parcial dela em (não depende de v) deve ser , logo apenas somei à equação, assim temos:
Como queríamos demonstrar.