Soluções Astronomia - Semana 31

Iniciante

Primeiramente, calculemos o raio orbital do satélite

Pela terceira lei de Kepler, temos:

P^2=\frac{4\pi^2}{GM}{r^3}.

P=86400s, M=5,97 \cdot 10^{24} kg, G = 6,67 \cdot 10^-11 N \cdot kg^-2 \cdot m^2.

Assim,

r= 42,23 \cdot 10^6 m.

Esquematizando a situação de distância zenital mínima:

Temos, por lei dos cossenos, que:

d=\sqrt{R_T^2+r^2-2R_Trcos(\phi-i)},

onde R_T = 6,37 \cdot 10^6 m. Assim, por lei dos senos:

\frac{r}{sen(180-z)}=\frac{d}{sen(\phi-i)}.

Substituindo valores, temos que z será:

z = 16^{\circ} 48^{'} .

Doze horas depois, temos a seguinte situação:

Da figura, temos que d' será:

d'=\sqrt{R_T^2+r^2-2R_Trcos(\phi+i)}.

Assim, novamente pela lei dos senos, temos:

\frac{r}{sen(180-z)}=\frac{d'}{sen(\phi+i)}.

Dessa forma,

z = 30^{\circ} 2^{'} .

 

Intermediário

a) O fluxo observado será o fluxo incidente na janela (F_0) multiplicado por um fator de perda que depende de n e de r. O fluxo observado será:

F=F_0{(1-r)^{2n}}. (1)

Assim, da equação de Pogson, temos:

\Delta m = -2,5log(\frac{F}{F_0}). (2)

Substituindo (1) em (2), vem:

\Delta m = -2,5log(1-r)^{2n}.

Assim, chegamos a:

\Delta m = -5n{log(1-r)}.

b) O fluxo observado pode ser expressado por:

F=F_0 e^{-\tau}.

Onde \tau é a profundidade óptica. Isolando \tau na equação acima, temos:

\tau = -ln(\frac{F}{F_0}).

Assim, vem:

\tau = -ln(1-r)^{2n}.

Temos, portanto:

\tau = -2n{ln(1-r)}.

 

Avançado

Para resolver este problema, pode-se usar a segunda lei de Kepler, que nada mais é do que a conservação do momento angular.

\frac{L}{2m}=\frac{dA}{dt},

mas L = m(\vec{v} \times \vec{r}) e \frac{dA}{dt}=\frac{\Delta A}{\Delta t}, visto que \frac{dA}{dt} é constante.

Assim:

\frac{\vec{v} \times \vec{r}}{2}=\frac{\Delta A}{\Delta t}.

Escolhendo \vec{v} e \vec{r} no periélio, isto é, quando o ângulo entre esses vetores for 90^{\circ}, e isolando \Delta t, temos:

\Delta t = \frac{2\Delta A}{vr}. (1)

Visto que se trata de uma órbita parabólica e que o asteróide está no periélio, temos que:

v = v_{esc} = \sqrt{\frac{2GM}{r}}. (2)

Além disso, modelando um função para a trajetória, temos:

f(x)=-\frac{x^2}{4}+1,

que é uma parábola com foco na origem do plano cartesiano e com r=1. Assim, temos que, para que o asteróide percorra 90^{\circ}, para obter a área percorrida, é necessário integrar a função de 0 a 2. Integrando:

\int_0^2 (-\frac{x^2}{4}+1) dx = \frac{4}{3}.

Como definimos r=1,

\Delta A = \frac{4}{3}{r^2}. (3)

Substituindo (2) e (3) na equação (1), vem:

\Delta t = \frac{8}{3\sqrt{2GM}}{r^{3/2}}.