Soluções Física - Semana 104

Escrito por Ualype Uchôa

Iniciante:

Assunto Abordado

Análise Dimensional

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Solução

Aqui, nos deparamos com um problema de análise dimensional, pois foi pedida apenas a dependência de \ni com as outras grandezas. Sendo assim, podemos escrever a dimensão de \ni como sendo:

[\ni]=[\rho]^{\alpha}[R]^{\beta}[G]^{\gamma}

Para aqueles não familiarizados com tal notação, representa a dimensão física de determinada grandeza. Trabalhando no SI, sabemos de forma direta que [\ni]=s^{-1}, [\rho]=kg.m^{-3} e [R]=m. Para encontrarmos [G], utilizamos a Lei da Gravitação Universal \left(F=\dfrac{GMm}{d^2}\right), da qual decorre que a dimensão de G é de m^{3}.kg^{-1}.s^{-2}. Substituindo os resultados na primeira equação:

[\ni]=(kg.m^{-3})^{\alpha}m^{\beta}(m^{3}.kg^{-1}.s^{-2})^{\gamma}

s^{-1}=kg^{(\alpha - \gamma)}m^{(\beta+3\gamma-3\alpha)}s^{-2\gamma}

Para que a dimensão de ambos os lados seja igual, temos que os expoentes de kg e m devem ser zero, e o de s deve ser -1. Logo, temos que:

\alpha=\gamma  (1)

\beta+3\gamma-3\alpha=0 (2)

\gamma=\dfrac{1}{2} (3)

De (3) em (1), \alpha=\dfrac{1}{2}, e de (3) e (1) em (2), \beta=0. Por fim, podemos escrever:

\ni \propto \sqrt{\rho G}

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Gabarito

\ni \propto \sqrt{\rho G}

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Intermediário:

Assunto Abordado

Termologia e Conservação de Energia

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Solução

O segredo deste problema é identificar como será utilizado o calor Q fornecido às esferas. A princípio, não deveria haver diferença na temperatura final de ambas as esferas; contudo, o calor Q, por conservação de energia, transforma-se em energia térmica, aquecendo a esfera, e, também, em um acréscimo/decréscimo de energia potencial gravitacional, pois a esfera se expande durante o processo, logo, sua força peso deve realizar trabalho para elevar/descer seu centro de massa, que, dependendo da esfera, será positivo ou negativo, o que causará uma diferença nas temperaturas finais atingidas. Com a compreensão teórica do problema, podemos iniciar a equacioná-lo. Em ambas as esferas, o nível de referência para o cálculo da energia potencial será o seu CM inicial. Escrevendo a conservação de energia para a esfera B:

Q=C \Delta T + U

Q=C \Delta T + mg \Delta R

Utilizando a dilatação linear da esfera, podemos descobrir \Delta R:

\Delta R = R \alpha \Delta T

Q=(C+mgR \alpha) \Delta T

\Delta T = \dfrac{Q}{C+mgR \alpha}

T_B=\dfrac{Q}{C+mgR \alpha}+T_0

No mesmo processo, para A, a diferença está na energia potencial, pois seu CM, ao final, encontra-se mais abaixo de sua posição inicial. Logo a energia potencial final é -mg\Delta R. Assim:

T_A=\dfrac{Q}{C-mgR\alpha}+T_0

Logo:

T_A-T_B = \dfrac{Q}{C-mgR\alpha} - \dfrac{Q}{C+mgR\alpha}

T_A-T_B = \dfrac{2mgRQ\alpha}{C^2-m^2g^2R^2 \alpha^2}

Como \alpha é, em geral, muito pequeno, podemos desprezar o termo de segunda ordem no denominador, deixando a resposta com uma aparência levemente mais agradável:

T_A-T_B \approx \dfrac{2mgRQ\alpha}{C^2}

Note que a temperatura final da esfera A é maior.

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Gabarito

T_A-T_B = \dfrac{2mgRQ\alpha}{C^2-m^2g^2R^2 \alpha^2} \approx \dfrac{2mgRQ\alpha}{C^2}

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Avançado:

Assunto Abordado

Oscilações acopladas

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Solução

Escolhamos a origem na massa m quando a mola está não deformada. Seja x_1 a coordenada de m e x_2 a coordenada da massa pendular. Obteremos as equações de movimento pela 2a Lei de Newton. Sendo T a tração no fio, para o pêndulo, temos, na vertical:

T\cos{\phi}=Mg

T \approx Mg

E na horizontal:

-T\sin{\phi}=M\ddot{x_2}

Mas observe que \sin{\phi}=\dfrac{x_2-x_1}{L}, logo:

\ddot{x_2}+\dfrac{g}{L}x_1-\dfrac{g}{L}x_2=0

\ddot{x_2}+ \omega_{p}^2 x_1 - \omega_{p}^2 x_2 = 0 (1)

Para a massa m (=M), não olharemos para as forças na vertical. Na horizontal, temos a força elástica e a tração do fio (apontando no sentido positivo). Sendo assim:

-kx_1+T\sin{\phi}=m\ddot{x_1}

-\omega_{s}^2 x_1 + \omega_{p}^2 x_2 - \omega_{p}^2 x_1 = \ddot{x_1}

\ddot{x_1}+(\omega_{s}^2+\omega_{p}^2)x_1+\omega_{p}^2 x_2 = 0 (2)

Em posse das equações de movimento, podemos determinar as frequências naturais de oscilação; isto é, as frequências de oscilação nos modos normais. Como, em qualquer um desses modos, a frequência de oscilação de ambos os corpos é igual, podemos chutar uma solução oscilatória para cada um dos corpos: para a massa m, x_1(t)=A\cos{\omega t} e x_2(t)=B\cos{\omega t}. Não nos preocuparemos com as fases iniciais, pois buscamos apenas as frequências, e não descrever o movimento com rigor. Nosso objetivo será relacionar as constantes A e B de forma a isolar \omega. Substituindo x_1 e x_2 e suas demais derivadas nas equações de movimento, obtemos as seguintes relações:

De (1):

\dfrac{A}{B}=\dfrac{\omega_{p}^2}{\omega^2-\omega^2}

De (2):

\dfrac{A}{B}=\dfrac{\omega_{p}^2+\omega_{s}^2-\omega^2}{\omega_{p}^2}

Fazendo a igualdade de ambas as expressões acima, e com um pequeno esforço algébrico, chegamos à seguinte equação biquadrática:

\omega^4-(2\omega_{p}^2+\omega_{s}^2)\omega^2+\omega_{p}^2 \omega_{s}^2=0

Fazendo a substituição \omega^2=\alpha, a equação reduz-se à uma do segundo grau, cuja solução é facilmente obtida pela fórmula de Bháskara.

\omega=\pm \left[\dfrac{1}{2}(2\omega_{p}^2+\omega_{s}^2) \pm \dfrac{1}{2}(4\omega_{p}^2+\omega_{s}^4)^{\dfrac{1}{2}}\right]^{\dfrac{1}{2}}

As quatro soluções matematicamente possíveis reduzem-se a apenas duas com sentido físico (que correspondem às frequências nos dois modos de oscilação normal), tendo em vista que o sinal de no lado de fora dos colchetes torna a frequência negativa, o que não tem sentido. Sendo assim, as duas frequências podem ser condensadas na seguinte resposta:

\omega=\left[\dfrac{1}{2}(2\omega_{p}^2+\omega_{s}^2) \pm \dfrac{1}{2}(4\omega_{p}^4+\omega_{s}^4)^{\dfrac{1}{2}}\right]^{\dfrac{1}{2}}

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Gabarito

\omega=\left[\dfrac{1}{2}(2\omega_{p}^2+\omega_{s}^2) \pm \dfrac{1}{2}(4\omega_{p}^4+\omega_{s}^4)^{\dfrac{1}{2}}\right]^{\dfrac{1}{2}}

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