Soluções Física - Semana 114

Iniciante

Assunto abordado

Estática

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Solução

Podemos utilizar aqui o teorema das três forças: no corpo atuam as forças peso, normal e tração e suas linahs de ação devem coincidir em um ponto C, conforme a figura abaixo:

Fazendo a semelhança de triângulos {\Delta}ABC e {\Delta}ADE:

\dfrac{\overline{AB}}{\overline{AD}}=\dfrac{\overline{BC}}{\overline{DE}}=\dfrac{1}{2}=\dfrac{h}{\sqrt{s^2-l^2\cos^2{\theta}}}

Como h=\sqrt{s^2-l^2\cos^2{\theta}}-l\sin{\theta}, temos:

2l\sin{\theta}=\sqrt{s^2-l^2\cos^2{\theta}}

l^2\cos^2{\theta}=\dfrac{4l^2-s^2}{3}

Portanto:

h=\sqrt{\dfrac{s^2-l^2}{3}}

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Gabarito

h=\sqrt{\dfrac{s^2-l^2}{3}}

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Intermediário

Assunto abordado

Forças centrais

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Solução

Primeiramente, osbervemos um fato importante da órbita da partícula: a posição C do centro de força. Suponha que C se encontre fora da circunferencia. Agora, traçe uma reta que passa por O, o centro da circunferência. Essa reta intercepta a órbita em dois pontos, e as velocidades da partícula nesses dois pontos são opostas. Dessa forma, o vetor momento angular em torno de C posssui sentido oposto nesses dois pontos, como o vetor momento angular é constante (a força é central) isso é um absurdo. Logo, concluí-se que C não pode estar fora da circunferência: deve estar sob ela ou dentro, digamos que a uma distância a do centro. Pela segunda lei de Kepler, a velocidade aerolar é contante e durante um período o vetor posição da partícula em relação a C varre a área da circunferência de raio R, independentemente de a (Verifique isso visualmente). Logo, o período pode ser achada através da segunda lei:

\dfrac{L}{2m}{\tau}={\pi}R^2

Onde \dfrac{L}{2m} é a velocidade aerolar e \tau é o período requerido. Portanto, nossa última tarefa é expressar L em função de \beta. Faremos isso rigorosamente. Considere que a força central em questão tenha a forma K(r). Isto é, a força resultante é dada por:

\vec{F}_{RES}=-K(r)\hat{r}

Onde \hat{r} é o versor que aponta na direção do vetor posição da partícula em relação à C. Para um ponto genérico P da órbita, consideremos o momento angular em torno de C:

L=mv_p\sin{\theta}r_p=mRr_p\sin{\theta\omega(r_p)}

Sendo \theta o ângulo formado entre o vetor velocidade e a reta PC. Esse ângulo pode ser obtido pela lei dos cossenos:

\sin{\theta}=\dfrac{r_p^2+R^2-a^2}{2r_pR}

Por outro lado, podemos igualar a resultante centrípeta com a força resultante na direção de O:

K(r_p)\sin{\theta}=m{\omega(r_p)}^2R

\omega(r_p)=\sqrt{\dfrac{K(r_p)\left(r_p^2+R^2-a^2\right)}{2mr_pR^2}}

Portanto, podemos agora resolver para K(r_p) e \omega(r_p):

K(r_p)=\dfrac{8r_pR^2L^2}{m\left(r_p^2+R^2-a^2\right)}

e

\omega(r_p)=\dfrac{L}{m\left(r_p^2+R^2-a^2\right)}

Da equação acima, obtem-se rapidamente:

v_1=\dfrac{LR}{2mR\left(R+a\right)}

e

v_2=\dfrac{LR}{2mR\left(R-a\right)}

Eliminando a dessas duas equações:

L=\dfrac{4mR}{\beta}

Logo:

\tau=\dfrac{{\pi}R\beta}{2}

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Gabarito

\tau=\dfrac{{\pi}R\beta}{2}

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Avançado

Assunto abordado

Gravitação

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Solução

a) A energia potencial gravitacional é o trabalho contra as forças gravitacionais (como essa força é atrativa essa energia é, evidentemente, negativa) necessário para formar a nuvem. A energia potencial não depende da forma no qual a nuvem foi formada, depende apenas do seu estado final. Convenientemente, faremos o cálculo considerando que a nuvem é formada trazendo pequenas (infinitesimais) porções de massa do infinito e distribuindo as mesmas uniformente, formando cascas de massas infinitesimais. Essas cascas de massa infinitesimal dm=4{\pi}r^2{\rho}dr interage com a esfera de massa de raio r formada pelo conjunto das cascas infitesimais anteriores. A energia de interação entre essas duas massas é:

dU=-\dfrac{Gm(r)dm}{r}

Onde m(r)={\rho}\dfrac{4}{3}{\pi}r^3. Integrando a expressão acima, obtem-se a energia total.

U=-G\dfrac{4}{3}{\pi}{\rho}\int_{0}^{R} r^4dr=-\dfrac{3}{5}\dfrac{GM^2}{R}

b) A energia interna é a soma das contribuições de cada partícula. Cada partícula contribui com \dfrac{3}{2}kT. Portanto, a energia interna total U é igual a \dfrac{3}{2}NkT. Usando o critério fornecido no enunciado, chega-se na massa mínima:

M_j=\left(\dfrac{3kT}{2Gm}\right)^{3/2}\left(\dfrac{3}{4{\pi}{\rho}}\right)^{1/2}

Onde foi usado que:

\rho=\dfrac{M}{\dfrac{4}{3}{\pi}R^3}

c) A densidade de massa crítica é dada por:

{\rho}_j=\dfrac{3}{4{\pi}M^2}\left(\dfrac{3kT}{2Gm}\right)^{3}

E a concentração n=\dfrac{{\rho}_j}{m}. Substituido os valores numéricos, chega-se em:

n=1,85.10^6m^{-3}

d) Devemos fazer o equilíbrio da parcela da nuvem compreendida entre r e r+dr:

\left(p(r)-p(r+dr)\right)4{\pi}r^2=\dfrac{Gm(r)}{r^2}4{\pi}r^2dr

Onde foi usado o teorema das cascas, que afirma que a parte externa da nuvem não exerce força na parcela da nuvem que foi feito o equilíbrio. Cancelando os fatores númericos, chega-se na expressão do enunciado.

e) Nesse caso, \rho é constante e, portanto, m(r)={\rho}\dfrac{4}{3}{\pi}r^3. Intergração direta da expressão acima, nos dá o valor esperado:

P_0=\dfrac{2}{3}{\pi}G{\rho}^2R^2

f) Para um processo adiabático a quantidade pV^{\gamma} é constante, ou seja, sua diferencial é nula, portanto:

{\gamma}\dfrac{dV}{V}+\dfrac{dp}{p}=0

Pela primeira lei dU=-pdV e da equação acima concluí-se que:

d(pV)=-({\gamma}-1)pdV

Logo:

dU=\dfrac{1}{{\gamma}-1}d(pV)

Integrando a expressão acima, chega-se na expressão do enunciado.

g) Usando a dica do enunciado, temos:

\int_{0}^{R}4{\pi}r^3\dfrac{dp}{dr}dr=-\int_{0}^{R}\dfrac{Gm(r){\rho}(r)}{r}4{\pi}r^2dr

Uma simples integração por partes no lado esquerdo, nos dá o resultado requerido:

[p(r)4\pi r^3]^{R}_{0}-3\displaystyle \int_{0}^{R} p(r) 4\pi r^2 dr

h) Observe que o primeiro termo da equação acima é nulo: a pressão em R é zero. O segundo termo é igual a -3V<p>. O primeiro termo do lado direto da equação é igual a energia potencial gravitacional \Omega já calculada. Agora, basta substituir isso na expressão para a energia interna. O resultado obtido é:

-3(\gamma-1)U=\Omega

j) A energia total é a soma da energia potencial gravitacional com a energia interna. Usando o teorema do virial:

E=\dfrac{3{\gamma}-4}{3({\gamma}-1)}\Omega

Para \gamma=\dfrac{5}{3}:

E=\dfrac{\Omega}{2}

Como \Omega é negativo, E também será. Ou seja, caso E diminua, U aumenta e, consequentemente, T aumenta. Isso significa que o sistema tem uma capacidade térmica negativa e quando a estrela radia energia, ela contrai e esquenta (aumento de temperatura).

k) Pelo dado do enunciado, podemos estimar a energia total disponível do sol como sendo 0,008Mc^2. Portanto, o tempo de vida pode ser estimar mediante:

t=\dfrac{0,008Mc^2}{L}

Substituindo os valores numéricos, obtemos a ordem de grandeza de t: 10^{11} anos. O valor obtido através dessa estimativa é coerente com a idade atual do sol.

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Gabarito

a) [\-\dfrac{3}{5}\dfrac{GM^2}{R}</p>
<p><strong>b) </strong>!M_j={\dfrac{3kT}{2Gm}}^{3/2}{\dfrac{3}{4{\pi}{\rho}}}^{1/2}</p>
<p><strong>c) </strong>!n=1,85.10^6m^{-3}</p>
<p><strong>d) </strong>Demonstração.</p>
<p><strong>e) </strong>!P_0=\dfrac{2}{3}{\pi}G{\rho}^2R^2</p>
<p><strong>f) </strong>Demonstração.</p>
<p><strong>g) </strong>Demonstração.</p>
<p><strong>h)</strong> Demonstração.</p>
<p><strong>j) </strong>Negativa.</p>
<p><strong>k)</strong> !t=\dfrac{0,008Mc^2}{L}$$

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