Escrito por Paulo Henrique
Iniciante
Segunda lei de Newton: polias
Seja a aceleração vertical da massa , e , da esquerda para a direita. Considere a tração no fio que conecta as massas e e a tração na outra parte do fio. Observe que essas trações não são iguais, a priori. Pela segunda lei de Newton, obtemos equações que, juntamente com as duas equações de vínculo, determinam todas as icóginitas.
Observe que o termo da equação acima surge do equilíbrio da polia ideal mais baixa na figura do enunciado. Evidentemente, pelo vínculo que o fio da esquerda impõe:
Agora, a outra parte do fio impõe um vínculo entre as acelerações das massas e . Se a massa sobe , a massa deve subir a fim de manter o comprimento do fio constante, logo, . Com as cinco equações, resolvemos para :
Intermediário
Mecânica: conservação de energia com corpos rígidos
Seja o raio do cilindro maior e o raio do cilindro menor. Nessa solução, utilizaremos a conservação de energia para encontrarmos a equação de movimento, qualquer outro formalismo também servirá, se usado corretamente. A energia potencial é simplesmente
Onde será a coordenada utilizada para localizar o centro do cilindro móvel (o cilindro começa em ). Observe que o sistema só tem um grau de liberdade, portanto, a coordenada é suficiente para caracterizar todo o movimento (a menos de uma constante arbitrária, que é a condição inicial do ângulo , o ângulo que o cilindro gira em torno de si). Como o cilindro gira, inicialmente, sem deslizar, podemos escrever a seguinte relação entre os ângulos e :
Que é obtida impondo que a velocidade do ponto do cilindro instantaneamente em contato com a superfície do cilindro fixo é nula. Podemos escrever a energia cinética do sistema como sendo a energia cinética de um corpo pontual de massa igual a massa do cilindro cuja posição coincide com a posição do centro de massa (que nesse caso é o centro geométrico do cilindro) do cilindro mais a energia cinética do corpo no referencial desse ponto, essa ultima parcela é conhecida como energia cinética de rotação, justamente pelo fato que o movimento do corpo em relação ao é uma simples rotação. O momento de inércia do cilindro homogêneo (girando em torno do eixo de simetria) é . Logo, a energia do sistema é:
Usando a equação de vínculo, escrevamos a energia total do sistema como função do ângulo :
Se o cilindro não desliza, a energia total é conservada, portanto, sua primeira derivada em relação à é nula, essa operação determina a equação de movimento:
A aceleração tangencial do cilindro é:
Onde na última igualdade da equação acima, é a força de atrito estático. Logo:
Agora, devemos encontrar a força normal para relacionarmos com a força de atrito através do coeficiente de atrito. Para isso, escrevamos as relações de força centrípeta e conservamos a energia entre a posição inicial do cilindro e uma posição genérica onde é o ângulo no qual o cilindro começa a deslizar, a partir desse momento, a equação de movimento não é mais válida, evidentemente.
Força centrípeta:
Conservação de energia:
Juntando as duas equações acima, obtemos :
Finalmente, façamos , para descobrirmos . O processo agora é puramente braçal. Uma sugestão é elevar ao quadrado os dois lados da equação obtida acima. Isso resultará numa equação quadrática para . As duas soluções são:
e
Como escolher a solução correta? Veja, para o cilindro deve sempre deslizar, portanto, deve ser igual a zero. Seguinda essa linha de raciocínio, a solução correta é .
Demonstração
Avançado
Termodinâmica: primeira lei
O êmbolo condutor mantém a temperatura de ambas secções iguais a . Um agente externo deve realizar trabalho no sistema. Como não há calor:
Onde é o número de mols de cada secção. Como o êmbolo está em equilibrio a todo instante:
Onde o subcrito 1 e 2 correspondem às secções em expansão e compressão, respectivamente. Pela lei dos gases:
Onde é o deslocamento do êmbolo e é sua área transversal. Logo, juntando as equações acima e definindo :
Agora, escrevemos em função de :
Finalmente, façamos a integral:
Realizando a integral e fazendo simplificações: