Escrito por Ualype Uchôa
Iniciante
Mecânica: Conservação de Energia
Devemos analisar a altura máxima atingida como função do parâmetro , o ângulo de lançamento com relação ao solo. Observe a figura a seguir, que ilustra o momento em que uma partícula de lama abandona a roda:
Figura 1: Ilustração da roda e de uma partícula de lama no momento em que esta é lançada.
A partícula de lama, evidentemente, sai com velocidade inicial do movimento circular. Sua altura inicial é
.
Seja o solo nosso nível de referência. Agora, conservemos a energia mecânica (não existem forças dissipativas) entre a posição inicial da lama e a posição de máxima altura, na qual a partícula possui apenas a componente horizontal da velocidade, que é constante. Equacionando:
,
.
Isolando , obtemos uma equação quadrática em :
.
Perceba que o coeficiente do termo quadrático é negativo, ou seja, existe de fato uma altura limite. Podemos maximizar essa função facilmente utilizando as coordenadas do vértice da parábola, resultando exatamente na expressão do enunciado:
.
Demonstração.
Intermediário
Óptica geométrica: Lentes
(a) Como a lente fica mais curvada, a sua espessura aumentará. Isso significa que as moléculas de água estarão tentando se afastar da superfície; ou seja, concluímos que o líquido é repelido.
(b) Da geometria, decorre:
.
c) A lente possui o formato de uma calota esférica cuja altura é , com o raio da esfera sendo . Então:
.
É válido considerar a aproximação (simplificará as contas e será necessário para o próximo item), de tal forma que podemos desprezar o termo frente à :
.
Porém, do item anterior, . Substituindo:
.
(d) Sendo a espessura desprezível em relação ao raio, podemos utilizar a famosa equação dos fabricantes de lentes para calcular o foco da lente líquida.
.
Sendo . Para os raios das faces da lente, usamos as seguintes convenções:
Face convexa → ;
Face côncava → ;
Face plana → .
Na situação presente, temos e , o último podendo ser expressado em função do volume e do ângulo de contato, pelo item anterior. Logo:
,
.
(a) O líquido sofre repulsão.
(b) .
(c) .
(d) .
Avançado
Efeito fotoelétrico
(a) Utilizemos a célebre equação do efeito fotoelétrico:
,
sendo a função trabalho do metal e a frequência para uma dada radiação incidente. Do enunciado, . Logo:
,
mas , logo:
.
(b) A D.D.P entre a esfera e o infinito o acelera até atingir uma certa velocidade máxima no infinito, quando a interação com as demais cargas é nula. Utilizando o teorema da energia cinética para o elétron (entre a saída da esfera e chegada no infinito):
.
(c) Primeiramente, devemos entender o porquê do potencial da esfera convergir para um certo valor. Depois de um certo tempo, vários elétrons terão abandonado a esfera, e, consequentemente, sua carga aumentará (pois os elétrons possuem carga negativa), e, por sua vez, o potencial também. Haverá, então, um certo momento em que um fotoelétron sairá da esfera e não conseguirá chegar até o infinito. Apliquemos, novamente, o teorema da energia cinética, mas na condição limitante em que a velocidade do fotoelétron no infinito é nula:
,
.
Perceba, então, que a carga (resultante) final da esfera é positiva; ou seja, restam mais prótons do que elétrons.
(d) Após a exposição prolongada, o potencial elétrico da esfera variou de:
.
Contudo, a variação da carga na esfera foi somente devido aos elétrons que a abandonaram. Sendo assim, o número de fotoelétrons que escaparam é:
.
Dessa forma, podemos encontrar o número de fotoelétrons que escaparam:
.
(a) .
(b) .
(c) .
(d) .