Escrito por Ualype Uchôa
Iniciante
Gravitação
a) A energia mecânica da órbita é a soma das energias potencial gravitacional e cinética. Já que ela é nula na órbita parabólica, escrevemos
,
.
b) Do que foi dito no enunciado, conservemos o momento angular da partícula. Na posição de Marte:
,
e, no ponto de tangência com a órbita da Terra:
,
logo:
.
Com o resultado do item a), obtemos, por fim:
,
.
Substituindo os dados numéricos, temos:
.
a) .
b) .
.
Intermediário
Hidrostática
A solução que será apresentada aqui segue o mesmo método do Exemplo 3 da Aula 1.14 do Curso NOIC de Física. Vamos distinguir os dois corpos (funil e massa de água) e analisar as forças atuantes em cada um. No funil, atuam as forças de pressão da água, seu peso, e a normal da mesa (que tomaremos como nula). Devido à simetria, é evidente que as componentes radiais das forças de pressão da água se cancelam, então só precisamos olhar para a soma das componentes verticais. Sendo essa resultante , escrevamos a condição de equilíbrio vertical do funil. Como nós consideramos sempre que a atmosfera é isobárica, desconsiderando mudanças de pressão com a altitude, a força resultante da mesma no nosso sistema é zero, portanto, podemos desconsiderá-la sem grandes problemas.
.
Para a massa de água, temos a reação do funil para baixo, seu peso , e a normal do solo, que pode ser obtida utilizando-se a pressão da água:
.
Sendo assim, escrevemos a condição de equilíbrio para a água:
.
Por fim:
,
.
Inserindo os valores numéricos:
,
.
.
Avançado
Termodinâmica e Eletrostática na matéria
a) Sabemos que a probabilidade de um dipolo possui energia é proporcional ao fator de Boltzmann. Sendo a constante de proporcionalidade, temos
.
As energias máximas e mínimas possíveis para o dipolo são e , respectivamente. Integrando-se ambos os membros, com o membro direito de à , devemos obter uma probabilidade total de , pois qualquer um dos dipolos certamente possuirá uma energia dentro desse intervalo; o que acabamos de fazer chama-se normalização da distribuição. Com isso, descobrimos a constante :
Agora, podemos determinar a energia média computando-se a integral
,
,
.
No último passo, substituímos e o passamos para fora da integral, haja vista que é uma constante. A integral do denominador é trivial, e vale
.
A do numerador pode ser realizada utilizando-se integração por partes:
,
.
Portanto:
,
o que pode ser reescrito - lembrando-se que - como
.
Como o campo elétrico tende a alinhar os dipolos na direção deste, o "momento de dipolo médio" estará na direção do campo. Sendo assim, podemos achar seu módulo utilizando
.
Por último, lembre-se que o vetor polarização corresponde ao momento de dipolo por unidade de volume. Logo, podemos escrever que a polarização média é dada em módulo por
,
o que produz, substituindo os resultados derivados, a expressão do enunciado:
.
b) Faça e , para simplificação. Com isso, nossa função se torna
.
Utilizando-se a dica dada:
Primeiramente, observemos os seguintes limites; quando , , portanto o gráfico inicia na origem e com uma inclinação inicial de , desconsiderando termos de ordens superiores. Para , , pois e o termo vai à zero; desse modo, o gráfico cresce com concavidade negativa (verifique tomando ) até atingir uma assíntota com . Segue seu esboço:
Figura 1: Gráfico de versus .
c) Como , , e podemos desprezar termos de ordens superiores na expansão de , obtendo . Logo:
.
Nessa aproximação, vale a relação constitutiva linear entre e . Logo, vale
,
.