Soluções Física - Semana 129

Iniciante

Assunto abordado

Dinâmica: movimento com atrito

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Solução

a) Pela segunda lei de Newton:

a{\gamma}=g\sin{\alpha}-{\mu}g\cos{\alpha}\cos{\chi}

e

a_{\theta}=g\sin{\alpha}\cos{\chi}-{\mu}g\cos{\alpha}

b)

No instante t_0, a_{gamma}=a_{theta}=0. Logo:

a{\gamma}=g\sin{\alpha}-{\mu}g\cos{\alpha}\cos{\chi}=0

e

a_{\theta}=g\sin{\alpha}\cos{\chi}-{\mu}g\cos{\alpha}=0

c)

Resolvendo o sistema, chegamos em:

\mu=\tan{\alpha}

e

\cos{\chi_0}=1

d)

Com os valores descobertos no item passado, o item a se torna:

a{\gamma}=g\sin{\alpha}-\dfrac{\sin{\alpha}}{\cos{\alpha}}g\cos{\alpha}\cos{\chi}

e

a_{\theta}=g\sin{\alpha}\cos{\chi}-\dfrac{\sin{\alpha}}{\cos{\alpha}}g\cos{\alpha}

Dai:

a_{\theta}+a_{\gamma}=0

e)

Como a_{\theta}+a_{\gamma}=0, temos:

v(t+\delta{t})+v_{\gamma}(t+\delta{t})=v(t)+v_{\gamma}(t)

Aplicando a fórmula acima sucessivamente:

v(t+\delta{t})+v_{\gamma}(t+\delta{t})=v(t)+v_{\gamma}(t)=v(t+2\delta{t})+v_{\gamma}(t+2\delta{t})=v(t+3\delta{t})+v_{\gamma}(t+3\delta{t})=...=v(t+N\delta{t})+v_{\gamma}(t+N\delta{t})=v(t+\Delta{t})+v_{\gamma}(t+\Delta{t})

Escolhendo t=t_1 e \Delta{t}=t_2-t_1, chega-se no resultado esperado.

f)

Podemos usar a relação do item passado e aplicá-la entre entre os instantes inicial e final. No lançamento, v=v_0 e v_{\gamma}=0, por outro lado, quando a partícula atinge a velocidade terminal: v=v_T e v_{\gamma}=v_T, pois \chi_0=0. Dai:

v_0=2v_T\to{\boxed{v_T=\dfrac{v_0}{2}}}

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Gabarito

a)

a{\gamma}=g\sin{\alpha}-{\mu}g\cos{\alpha}\cos{\chi}

e

a_{\theta}=g\sin{\alpha}\cos{\chi}-{\mu}g\cos{\alpha}

b)

a{\gamma}=g\sin{\alpha}-{\mu}g\cos{\alpha}\cos{\chi}=0

e

a_{\theta}=g\sin{\alpha}\cos{\chi}-{\mu}g\cos{\alpha}=0

c)

\mu=\tan{\alpha}

e

\cos{\chi_0}=1

f)

v_0=2v_T\to{\boxed{v_T=\dfrac{v_0}{2}}}

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Intermediário

Assunto abordado

Conservação de momento angular

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Solução

Observe que a forma aparentemente complicada do coeficiente de atrito é irrelevante: ao escolhermos um sistema de eixos na superfície, o torque resultante é nulo, visto que a força de atrito é a força resultante atuando na esfera e esta não gera torque, além disso, essa análise independe do coeficiente de atrito. O momento angular inicial é dado por L=mv_0R, onde m é a massa da esfera e R o raio. Quando a esfera não desliza, o momento angular será dado por: L=m{\omega}R^2+\dfrac{2}{5}mR^2\omega=\dfrac{7}{5}m{\omega}R^2. As duas expressões nos dão a velocidade terminal v={\omega}R:

\dfrac{7}{5}m{\omega}R^2=mv_0R\to{\boxed{v=\dfrac{5}{7}v_0}}

Onde foi usado que o momento de inércia de uma esfera homogênea com relação a um eixo passando pelo centro é \dfrac{2}{5}mR^2.

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Gabarito

\dfrac{7}{5}m{\omega}R^2=mv_0R\to{\boxed{v=\dfrac{5}{7}v_0}}

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Avançado

Assunto abordado

Dinâmica com atrito: um método analítico

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Solução

a)

Observe que para |F(x)| data-recalc-dims={\mu}_emg" />, onde F(x) é a força elástica, a força de atrito não consegue equilibrar a força restauradora e o movimento acontece. Caso o contrário acontecer, isto é, |F(x)|\le{{\mu}_emg}, a força de atrito equilibra a força elástica e o movimento cessa. Portanto, para \dot{x}=0:

f={\mu}_emg          Para x data-recalc-dims=\lambda_e" />

f=-{\mu}_emg          Para x<-\lambda_e

f=m{\omega}^2x          Para |x|\le{\lambda_e}

b)

Um caso será mostrado aqui e os outros, totalmente análogos, não serão resolvidos aqui. Por exemplo, para v_0 data-recalc-dims=0" /> e x_0<0, devemos ter etapas pares com f=-{\mu}_cmg e para etapas ímpares f={\mu}_cmg, o que concorda com a expressão dada no enunciado, pois nesse caso, f_0=-1 e \cos{n\pi} é 1 para etapas pares e -1 para etapas ímpares. Observe que todos os casos em que x_0\ne{0} são análogos e só dependem do sinal da velocidade inicial. Analisemos agora o caso em que v_0=0. Nesse caso, f_0=\Delta(x_0). Se x_0 data-recalc-dims=0" /> (estando fora da zona de parada), a mola puxa o oscilador para a origem, consequentemente devemos ter f data-recalc-dims=0" /> para etapas pares e f<0 para etapas ímpares, o que concorda com a expressão do enunciado com \Delta(x_0)=1, nesse caso.

c)

A solução geral é dada pela solução geral da equação diferencial homogênea (f_n=0) somada com alguma solução particular. Logo, podemos escrever:

x_n(t)=a_n\cos{{\omega}t}+b_n\sin{{\omega}t}+A_n

Onde A_n é uma solução particular. Claramente, a quantidade A_n=f_0{\lambda}_c\cos{n\pi} é solução da equação diferencial. Com isso, chegamos na solução geral dado no enunciado.

d)

Sabemos que para n data-recalc-dims=0" />, as velocidades \dot{x}(t_n)=\dot{x}(t_{n+1})=0. Evidentemente, podemos usar a expressão para x_n para computar essas velocidades: apesar delas serão obtidas por uma equação de movimento válida somente entre os pontos de parada, a continuidade da velocidade e posição nos permitem escrever que: \dot{x}(t_n)=v(t_n), onde v(t_n) é a velocidade do oscilador em t_n e \dot{x}(t_n) é a primeira derivada de x_n em t_n. Derivando x_n em relação ao tempo e aplicando t=t_n e t=t_{n+1}, ficamos com:

\tan{{\omega}t_n}=\tan{{\omega}t_{n+1}}=\dfrac{b_n}{a_n}

Como o período da função tangente é \pi, juntamente com a imposição t_{n+1} data-recalc-dims=t{n}" />, segue que:

t_{n+1}=t_n+\dfrac{\pi}{\omega}

Por outro lado:

t_1=\dfrac{1}{\omega}\arctan{\dfrac{a_0}{b_0}}

e)

Podemos resolver facilmente para t_n percebendo que a relação de recursão que o define é uma P.A. de razão \dfrac{\pi}{\omega}. Portanto:

t_n=t_1+(n-1)\dfrac{\pi}{\omega}

Para descobrirmos as outras constantes, podemos usar a continuidade na posição e velocidade, isto é:

x_n(t_n)=x_{n-1}(t_n)

e

\dot{x_n}(t_n)=\dot{x_{n-1}}(t_n)

As operações acima nos dão, após alguma conta:

a_n=a_{n-1}+2f_0\lambda_c\cos{{\omega}t_1}

e

b_n=b_{n-1}+2f_0\lambda_c\cos{{\omega}t_1}

Que também é uma P.A. Logo:

a_n=a_{0}+2nf_0\lambda_c\cos{{\omega}t_1}

e

b_n=b_{0}+2nf_0\lambda_c\cos{{\omega}t_1}

f)

Usemos: x_0(0)=x_0 e \dot{x_0}(0)=v_0. Isso gera o seguinte resultado:

a_0=x_0-f_0\lambda_c

e

b_0=\dfrac{v_0}{\omega}

g)

A equação requerida é obtida impondo: |x_{n_0}(t_{n_0})|\le{\lambda\_e}. Utilizando as equações para a_n, b_n e t_n, chega-se no resultado requerido.

h)

Multiplicando a expressão anterior por |\dfrac{f_0}{{\lambda}_c}|=\dfrac{1}{\lambda_c}, chegamos em duas desigualdades para n_0:

n_0\ge{\dfrac{{\lambda}_c-\lambda_e-f_0\left(a_0\cos{{\omega}t_1}+b_0\sin{{\omega}t_1}\right)}{2{\lambda}_c}}

e

n_0\le{\dfrac{{\lambda}_c+\lambda_e-f_0\left(a_0\cos{{\omega}t_1}+b_0\sin{{\omega}t_1}\right)}{2{\lambda}_c}}

Dessas duas expressões, apenas a primeira guarda realidade física com o fenômeno estudado. O menor valor que satisfaz a condição de parada é, portanto:

n_0=\lceil \dfrac{{\lambda}_c-\lambda_e-f_0\left(a_0\cos{{\omega}t_1}+b_0\sin{{\omega}t_1}\right)}{2{\lambda}_c} \rceil

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Gabarito

a)

f={\mu}_emg          Para x data-recalc-dims=\lambda_e" />

f=-{\mu}_emg          Para x<-\lambda_e

f=m{\omega}^2x          Para |x|\le{\lambda_e}

d)

t_{n+1}=t_n+\dfrac{\pi}{\omega}

Por outro lado:

t_1=\dfrac{1}{\omega}\arctan{\dfrac{a_0}{b_0}}

e)

a_n=a_{0}+2nf_0\lambda_c\cos{{\omega}t_1}

e

b_n=b_{0}+2nf_0\lambda_c\cos{{\omega}t_1}

f)

a_0=x_0-f_0\lambda_c

e

b_0=\dfrac{v_0}{\omega}

 

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