Soluções Física - Semana 133

Escrito por Wanderson Faustino Patricio

Iniciante

Assunto abordado

Ondulatória/ Efeito Doppler

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Solução

Sabemos que como o emissor de som está em queda livre, ele começará a ganhar velocidade. Como a gravidade é constante, temos que:

v_E=v_0+gt

Como no início o emissor estava parado:

v_0=0

\rightarrow v_E=gt

Da equação do efeito Doppler sabemos que a frequência percebida pelo observador (o qual se move com velocidade v_o) será:

f=f_0\dfrac{V_s-v_o}{V_s-v_E}

Como o observador está parado (v_o=0):

f=f_0\dfrac{V_s}{V_s-v_E}=f_0\dfrac{V_s}{V_s-gt}

\dfrac{1}{f}=\dfrac{1}{f_0}\cdot \dfrac{V_s-gt}{V_s}

\rightarrow \dfrac{1}{f}=\dfrac{1}{f_0}-\dfrac{g}{f_0\cdot V_s}t

Se plotarmos o gráfico \dfrac{1}{f}xt o coeficiente angular será -\dfrac{g}{f_0\cdot V_s}. Portanto:

-\dfrac{g}{f_0\cdot V_s}=-3,00\cdot 10^{-5}

\dfrac{10}{f_0\cdot 340}=3,00\cdot 10^{-5}

\rightarrow f_0=980,39Hz

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Gabarito

f_0=980,39Hz

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Intermediário

Assunto Abordado

Empuxo hidrostático/ Oscilações mecânicas

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Solução

Analisemos a posição de equilíbrio desse sistema. Suponha que na posição de equilíbrio a parte do cilindro no líquido de cima tenha altura h.

A força resultante no cilindro é zero:

\rho_BShg+\rho_AS(H-h)g-mg=0

\rho_Bh+\rho_AH-\rho_Ah=\dfrac{m}{S}

h=\dfrac{\dfrac{m}{S}-\rho_AH}{\rho_B-\rho_A}=0,05m=5cm

Tiremos o cilindro de sua  posição de equilíbrio, impulsionando uma distância x para cima.

F_r=\rho_BS(h+x)g+\rho_AS(H-h-x)-mg=m\ddot x

m\ddot x=-(\rho_A-\rho_B)Sgx+(\rho_BShg+\rho_AS(H-h)g-mg)

Como visto anteriormente a segunda parcela se anula. Portanto:

m\ddot x=-(\rho_A-\rho_B)Sgx

\ddot x=-\left[\dfrac{(\rho_A-\rho_B)Sg}{m}\right]x

Essa é a equação de um M.H.S. Portanto, o período do movimento é:

T=2\pi\sqrt{\dfrac{m}{(\rho_A-\rho_B)Sg}}

T\approx 0,99s

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Gabarito

T=2\pi\sqrt{\dfrac{m}{(\rho_A-\rho_B)Sg}}

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Avançado

Assunto abordado

Átomo de Bohr/ Radiação de Larmor

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Solução

a) Como a única força atuando no elétron é a força elétrica, basta aplicarmos a lei de Coulomb:

\vec F=\dfrac{e(-e)}{4\pi \epsilon_0 r^2}\hat r

\vec F=-\dfrac{e^2}{4\pi \epsilon_0 r^2}\hat r

b) Como a força está na direção radial, ela deve ser igual a resultante centrípeta.

\vec F=\vec F_{cp}

-\dfrac{e^2}{4\pi \epsilon_0 r^2}\hat r=-\dfrac{m_ev^2}{r}\hat r

v=\sqrt{\dfrac{e^2}{4\pi \epsilon_0 m_e r}}

c) A energia resultante será a soma da energia cinética com a energia potencial eletrostática:

E=-\dfrac{e^2}{4\pi \epsilon_0 r}+\dfrac{m_ev^2}{2}

E=-\dfrac{e^2}{4\pi \epsilon_0 r}+\dfrac{m_e}{2}\dfrac{e^2}{4\pi \epsilon_0 m_e r}

E=-\dfrac{1}{2}\dfrac{e^2}{4\pi \epsilon_0 r}

d) Pela regra da cadeia temos que:

\dfrac{dE}{dt}=\dfrac{dE}{dr}\dfrac{dr}{dt}

Olhando para a equação do item c):

\dfrac{dE}{dr}=\dfrac{1}{2}\dfrac{e^2}{4\pi \epsilon_0 r^2}

Pela 2^a lei de Newton:

F=m_ea \rightarrow -\dfrac{e^2}{4\pi \epsilon_0 r^2}=m_ea

a=-\dfrac{e^2}{4\pi \epsilon_0m_er^2}

Aplicando a equação de Larmor:

\dfrac{dE}{dr}\dfrac{dr}{dt}=-\dfrac{e^2a^2}{6\pi \epsilon_0c^3}

\dfrac{1}{2}\dfrac{e^2}{4\pi \epsilon_0 r^2}\dfrac{dr}{dt}=-\dfrac{e^2}{6\pi \epsilon_0c^3}\left(-\dfrac{e^2}{4\pi \epsilon_0m_er^2}\right)^2

r^2dr=-\dfrac{e^4}{12\pi^2\epsilon_0^2m_e^2c^3}dt

Seja \tau=\dfrac{12\pi^2\epsilon_0^2m_e^2c^3}{e^4}:

\displaystyle \int_{r_0}^r r^2dr=-\dfrac{1}{\tau} \displaystyle \int_0^t dt

Logo:

r^3=r_0^3-\dfrac{3}{\tau}t

Para r=0:

t=\dfrac{\tau r_0^3}{3}

t=\dfrac{36\pi^2\epsilon_0^2m_e^2c^3r_0^3}{e^4}

A distância média para o primeiro estado do átomo de hidrogênio é da ordem de 1 ângstron (10^{-10}m).

Aplicando esse valor na equação anterior chegamos a uma aproximação de:

t\approx 9,5\cdot 10^{-10}s

Com esse resultado, podemos perceber que pela análise clássica, a existência do átomo é impossível.

e) Utilizaremos o momento angular para calcular as velocidades.

Como não há forças tengenciais, o momento angular é constante.

L=mvr=cte

Portanto:

\displaystyle \oint Ld\theta=nh

m_evr\cdot 2\pi=nh

\rightarrow v=\dfrac{nh}{2\pi m_e r}

f) Utilizando o resultado do item b):

v=\sqrt{\dfrac{e^2}{4\pi \epsilon_0 m_e r}}

Logo:

\sqrt{\dfrac{e^2}{4\pi \epsilon_0 m_e r}}=\dfrac{nh}{2\pi m_e r}

Portanto:

r_n=\dfrac{\epsilon_0h^2}{\pi m_ee^2}n^2

Utilizando o resultado do item c):

E_n=-\dfrac{1}{2}\dfrac{e^2}{4\pi \epsilon_0 r_n}

E_n=-\dfrac{1}{2}\dfrac{e^2}{4\pi \epsilon_0}\cdot \dfrac{\pi m_e e^2}{\epsilon_0 h^2 n^2}

\rightarrow E_n=-\dfrac{m_ee^2}{8\epsilon_0^2h^2}\dfrac{1}{n^2}

Calculando os valores temos que:

E_n=-\dfrac{13,6eV}{n^2}

g) A diferença entre as energias dos dois estados é:

\Delta E=E_{n_2}-E_{n_1}=-\dfrac{m_ee^2}{8\epsilon_0^2h^2}\dfrac{1}{n_2^2}-\left(-\dfrac{m_ee^2}{8\epsilon_0^2h^2}\dfrac{1}{n_1^2}\right)

\Delta E=\dfrac{m_ee^2}{8\epsilon_0^2h^2}\left(\dfrac{1}{n_1^2}-\dfrac{1}{n_2^2}\right)

Essa diferença de energia é liberada na forma de luz. A energia do fóton é:

E=hf=\dfrac{hc}{\lambda}

Portanto:

\dfrac{hc}{\lambda}=\dfrac{m_ee^2}{8\epsilon_0^2h^2}\left(\dfrac{1}{n_1^2}-\dfrac{1}{n_2^2}\right)

\rightarrow \dfrac{1}{\lambda}=\dfrac{m_ee^2}{8\epsilon_0^2h^3c}\left(\dfrac{1}{n_1^2}-\dfrac{1}{n_2^2}\right)

Colocando os valores:

\dfrac{1}{\lambda}=1,097\cdot 10^7\left(\dfrac{1}{n_1^2}-\dfrac{1}{n_2^2}\right)m^{-1}

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Gabarito

a) \vec F=-\dfrac{e^2}{4\pi \epsilon_0 r^2}\hat r

b) v=\sqrt{\dfrac{e^2}{4\pi \epsilon_0 m_e r}}

c) E=-\dfrac{1}{2}\dfrac{e^2}{4\pi \epsilon_0 r}

d) t=\dfrac{36\pi^2\epsilon_0^2m_e^2c^3r_0^3}{e^4}

e)  v=\dfrac{nh}{2\pi m_e r}

f)  E_n=-\dfrac{m_ee^2}{8\epsilon_0^2h^2}\dfrac{1}{n^2}

g)  \dfrac{1}{\lambda}=\dfrac{m_ee^2}{8\epsilon_0^2h^3c}\left(\dfrac{1}{n_1^2}-\dfrac{1}{n_2^2}\right)

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