Soluções Física - Semana 138

Escrito por Wanderson Faustino Patricio

Iniciante

Assunto abordado

Dinâmica / Força de atrito

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Solução

a) Vamos analisar todas as forças aplicadas no bloco.

Figura 01: Forças no bloco

Inicialmente, decompondo a força \vec F nas direções x e y:

F_x=F\cdot \cos{\beta} e F_y=F\cdot \sin{\beta}

Como F=Mg, o corpo não conseguirá sair do chão, independente do ângulo. Portanto, a força resultante em y é zero.

N+F_y=Mg \rightarrow N=Mg-F\sin{\beta}

A força de atrito cinético será:

F_{at}=\mu \cdot N=\mu Mg-\mu F\sin{\beta}

Aplicando a 2ª lei de Newton na direção x:

F_x-F_{at}=Ma

Ma=F\cos{\beta}-\mu Mg+\mu F\sin{\beta}

a=-\mu g+\dfrac{F}{M}\left(\cos{\beta}+\mu \sin{\beta}\right)

\rightarrow \boxed{a(\beta)=-\mu g+g\left(\cos{\beta}+\mu \sin{\beta}\right)}

b) Seja a função g(\beta):

g(\beta)=\cos{\beta}+\mu \sin{\beta}

Se você já conhece as aplicações do cálculo, você poderia tirar a primeira e a segunda derivada de g(\beta) em função de \beta e verificar o máximo da equação, mas não iremos fazer isso nessa solução.

Sabemos que:

\cos{(a-b)}=\cos{a}\cdot \cos{b}+\sin{a}\cdot \sin{b}

Perceba que a função g(\beta) possui bastante semelhança com essa relação. Portanto, considere o ângulo \theta e o número real A, tais que:

g(\beta)=A\cos{(\beta-\theta)}

Logo:

g(\beta)=A\cos{\theta}\cdot \cos{\beta}+A\sin{\theta}\cdot \sin{\beta}=\cos{\beta}+\mu \sin{\beta}

Para que essa relação seja válida para qualquer \beta:

\begin{cases} A\cos{\theta}=1 \\A\sin{\theta}=\mu \end{cases}

Resolvendo esse sistema chegamos a:

A=\sqrt{1+\mu^2} e \tan{\theta}=\mu

Se queremos que a aceleração seja máxima, a função g(\beta) seja máxima.

O máximo da função cosseno ocorre para o zero. Portanto:

\beta-\theta=0 \rightarrow \boxed{\beta=\arctan{\mu}}

A aceleração máxima será:

a_{max}=-\mu g+g\cdot A

\rightarrow \boxed{a_{max}=g\left(\sqrt{\mu^2+1}-\mu\right)}

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Gabarito

a)  \boxed{a(\beta)=-\mu g+g\left(\cos{\beta}+\mu \sin{\beta}\right)}

b) \boxed{\beta=\arctan{\mu}}

 \boxed{a_{max}=g\left(\sqrt{\mu^2+1}-\mu\right)}

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Intermediário

Assunto abordado

Conservação da energia / Força centrípeta

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Solução

Antes de iniciarmos a solução em si, precisamos ressaltar algumas considerações iniciais.

Primeiramente, a casca poderia deslizar para fora do buraco, rodando ao redor de uma das quinas, inclusive, isso ocorreria antes dela perder contato na direção vertical. Porém, o enunciado deixa claro que as condições do buraco não permitem que isso ocorra. Portanto, a casca perderá contato com o solo na direção vertical.

Segundo, não é trivial para esse problema perceber que para a condição de perda de contato a massa m deve estar no topo de esfera. Embora a componente vertical da normal esteja aumentando, como a massa m terá sua velocidade diminuída, não é fácil perceber para qual ângulo ocorre a menor velocidade.

Dadas a considerações iniciais, vamos a resolução do problema.

Considere que a casca perde contato a um ângulo \theta em relação a vertical.

Figura 02: Representação do sistema

Seja v_0 a velocidade com que a massa m foi lançada. Conservando a energia:

\dfrac{mv^2}{2}+mgR(1+\cos{\theta})=\dfrac{mv_0^2}{2}

v^2=v_0^2-2gR(1+\cos{\theta})

Aplicando a força centrípeta:

N+mg\cos{\theta}=\dfrac{mv^2}{R}

N=\dfrac{m(v_0^2-2gR(1+\cos{\theta}))}{R}

N=\dfrac{mv_0^2}{R}-mg(2+3\cos{\theta})

Olhando para as forças na casca:

Figura 03: Forças na casca

Seja a normal que o solo exerce na casca N_C. Como antes da perda de contato a casca não perde contato:

N_C+N\cos{\theta}=5mg

N_C=5mg-\left(\dfrac{mv_0^2}{R}-mg(2+3\cos{\theta})\right)\cos{\theta}

Para o momento da perda de contato N_C=0:

0=5mg-\left(\dfrac{mv_0^2}{R}-mg(2+3\cos{\theta})\right)\cos{\theta}

5g=\dfrac{v_0^2\cos{\theta}}{R}-2g\cos{\theta}-3g\cos^2{\theta}

Portanto, a velocidade para a massa perder contato em um ângulo \theta é:

v_0(\theta)=\sqrt{gR\left(\dfrac{5}{\cos{\theta}}+3\cos{\theta}+2\right)}

Não é trivial perceber que o mínimo dessa função ocorre para \theta=0. Considere, porém, a função:

g(\theta)=\dfrac{5}{\cos{\theta}}+3\cos{\theta}

Sabemos, pela desigualdade das médias, que, dados dois números reais, a e b maiores que, ou iguais a zero:

\dfrac{a+b}{2}\geq\sqrt{ab}

A igualdade ocorrerá para a=b.

Olhando para g(\theta), o mínimo da função ocorreria para:

\dfrac{5}{\cos{\theta}}=3\cos{\theta}

\cos{\theta}=\sqrt{\dfrac{5}{3}} data-recalc-dims=1" />

Como estamos trabalhando com ângulos reais:

-1\leq \cos{\theta} \leq 1

Portanto essa não é a solução desejada. Logo, como a função diminui conforme \cos{\theta} aumenta, até \cos{\theta}=\sqrt{\dfrac{5}{3}}, que não é um ângulo real, o mínimo da função ocorrerá para \cos{\theta}=1.

{v_0}_{min}=\sqrt{gR\left(\dfrac{5}{1}+3\cdot 1+2\right)}

\rightarrow \boxed{{v_0}_{min}=\sqrt{10gR}}

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Gabarito

\boxed{{v_0}_{min}=\sqrt{10gR}}

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Avançado

Assunto abordado

Eletromagnetismo / Dinâmica da rotação / Torque de precessão

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Solução

a) Para a resolução dessa questão utilizaremos dois sistemas de coordenas, para a rotação da esfera ao redor do próprio eixo utilizaremos o sistema de coordenadas esféricas, e para o movimento circular da esfera ao redor do eixo pelo ponto P utilizaremos o sistema de coordenadas cilíndricas.

Como a esfera rola sem deslizamento, ela possui velocidade angular \vec \Omega, tal que:

\left| \vec \Omega \right|=\dfrac{v_0}{R}

A velocidade de uma carga na posição \vec r será:

\vec v=\vec v_0+ \vec \Omega \times \vec r

A força magnética resultante é:

\vec F_m=\displaystyle \int dq(\vec v \times \vec B)

\vec F_m=\displaystyle \int dq(\vec v_0+ \vec \Omega \times \vec r)\times \vec B

\vec F_m=\displaystyle \int dq \,(\vec v_0\times \vec B)+ \displaystyle \int dq\,( \vec \Omega \times \vec r\times \vec B)

Sabemos, pelo enunciado, que \vec v_0, \vec B e R são constantes, portanto, \vec \Omega também será constante. Utilizando a identidade apresentada pelo enunciado:

\vec F_m=\left(\displaystyle \int dq\right) \,(\vec v_0\times \vec B)+ \displaystyle \int dq\,\left[\vec r\,(\vec{\Omega}\cdot \vec B)-\vec B\,(\vec{\Omega}\cdot \vec r)\right]

\vec F_m=Q(\vec v_0\times \vec B)+ \displaystyle \int dq\,\left[\vec r\,(\vec{\Omega}\cdot \vec B)-\vec B\,(\vec{\Omega}\cdot \vec r)\right]

\vec F_m=Q(\vec v_0\times \vec B)+ (\vec{\Omega}\cdot \vec B)\displaystyle \int dq\,\vec r-\vec B\,\displaystyle \int dq\,(\vec{\Omega}\cdot \vec r)

Como a carga é uniformemente distríbuida pelo volume, definiremos uma densidade volumétrica de carga \rho_q:

\rho_q=\dfrac{Q}{\dfrac{4}{3}\pi\,R^3}

No sistema de coordenadas esféricas, o diferencial de volume será:

dV=r^2dr\cdot \sin{\theta}d\theta \cdot d\varphi

Portanto, o meu diferencial de carga será:

dq=\rho_q \cdot r^2dr\cdot \sin{\theta}d\theta \cdot d\varphi

Integrando a função somente em \theta e \varphi.

dq=\rho_q r^2dr\cdot \displaystyle \int_0^{\pi} sin{\theta}\,d\theta\displaystyle \int_0^{2\pi} d\varphi

dq=\rho_q\cdot 4\pi r^2dr

Voltando para a força, calculemos as integrais restantes separadamente:

I)

I_1=(\vec{\Omega}\cdot \vec B)\displaystyle \int dq\,\vec r

I_1=(\vec{\Omega}\cdot \vec B)\displaystyle \int \rho_q\cdot 4\pi r^2\,\vec rdr

I_1=4\pi\rho_q(\vec{\Omega}\cdot \vec B)\,\displaystyle \int_{-\vec R}^{\vec R} r^2\,\vec rdr

Perceba que a função r^2\vec r é uma função ímpar. Portanto no intervalo de -\vec R a \vec R:

I_1=0

II)

I_2=\vec B\,\displaystyle \int dq\,(\vec{\Omega}\cdot \vec r)

I_2=\vec B\,\displaystyle \int \rho_q\cdot 4\pi r^2\,(\vec{\Omega}\cdot \vec r)dr

I_2=\rho_q\cdot 4\pi\,\vec B\,\displaystyle \int r^2\,(\vec{\Omega}\cdot \vec r)dr

I_2=\rho_q\cdot 4\pi\,\vec B\,\displaystyle \int r^3\,\left|\vec{\Omega}\right|\cos{\alpha}\cdot dr

Onde \alpha é o ângulo entre \vec{\Omega} e \vec r.

O ângulo varia de 0 até \pi, portanto, a função r^3\cdot \cos{\alpha} é antissimétrica nesse intervalo. Portanto:

I_2=0

Voltando a equação da força:

\vec F_m=Q\,(\vec{v}_0\times \vec B)

Olhando agora para o sistema de coordenadas cilíndricas, com eixo vertical que passa pelo ponto P.

Figura 04: Representação do sistema de coordenadas cilíndricas

Sendo \hat r, \hat \theta e \hat z os vetores unitários de cada direção.

Do enunciado podemos perceber que:

\vec v_0=v_0(-\hat \theta) e \vec B=B\hat z

Logo:

\vec F_m=Q(-v_0\hat \theta)\times(B\hat z)

\vec F_m=-Qv_0B\,(\hat \theta \times \hat z)

\rightarrow \boxed{\vec F_m=-Qv_0B\,\hat r}

Essa força atuará no centro de massa da esfera.

b) Como esse corpo está girando ao redor de seu próprio eixo e ao redor do eixo vertical, sua velocidade angular resultante será:

\vec{\omega}_R=\vec \omega+\vec \Omega

Como o corpo é simétrico, o momento angular resultante será:

\vec L=I\vec{\omega}_R=I(\vec \omega+\vec \Omega)

Pela definição de torque, sabemos que:

\vec \tau=\dfrac{d\vec L}{dt}

\vec \tau=\dfrac{d(L\hat L)}{dt}; onde L=\left|\vec L\right|

\vec \tau=\dfrac{dL}{dt}\hat L+L\cdot \dfrac{d\hat L}{dt}

Como o momento de inércia e a velocidade angular possuem módulo constante, o módulo do momento angular é constante, portanto:

\dfrac{dL}{dt}=0

Podemos ver que a razão \dfrac{d\hat L}{dt} é a velocidade angular com que o vetor momento angular gira.

\vec \tau=L(\vec \Omega\times \hat L)

\rightarrow \vec \tau=\vec \Omega \times \vec L

\vec \tau=(\vec \Omega) \times \left[I(\vec \omega+\vec \Omega)\right]

\vec \tau=I(\vec \Omega \times \vec \omega)

Percebemos que:

\vec \Omega=\left|\vec \Omega\right|\hat r=\dfrac{v_0}{R}\hat r e \vec \omega=\omega \hat z

\vec \tau=I\omega\,\Omega(\hat r \times \hat z)=\dfrac{2}{5}mR^2\cdot \dfrac{v_0}{R}\omega\,(\hat r \times \hat z)

\rightarrow \boxed{\vec \tau=-\dfrac{2mv_0R\omega}{5}\hat \theta}

c) Inicialmente vamos analisar o rolamento perfeito.

Sendo a distância entre o ponto e o centro da esfera d, temos que:

\omega d=v_0

Analisando as forças na esfera:

 

Figura 05: Representação das forças (cima e perfil)

Como o corpo tem a tendência de deslizar na direção radial, existirá uma força de atrito nessa direção.

Aplicando a 2ª lei de Newton nessa direção:

F_m-F_{at}=\dfrac{mv_0^2}{d}

Qv_0B-F_{at}=\dfrac{mv_0^2}{d} (EQ 01)

Podemos perceber que que o torque da força de atrito é:

\vec \tau_{at}=(-R\hat z)\times(F_{at}\hat r)

\vec \tau_{at}=-F_{at}\cdot R\,\hat \theta

Aqui, o aluno pode pensar que somente o atrito gera torque no centro de massa da esfera, visto que a força magnética está atuando no centro de massa. Porém, há um dipolo magnético resultante na esfera, e esse dipolo não estará paralelo ao campo magnético.

Mas como calcular esse torque então?

Vamos olhar um caso geral:

Considere um corpo de dimensões e propriedades quaisquer (conhecidas), uniformes, girando com velocidade angular \omega ao redor de um eixo.

Figura 06: Corpo girando

Vamos calcular inicialmente o diferencial de volume no corpo em coordenadas cilíndricas:

dV=(dr)\cdot(dz)\cdot(rd\theta)

dV=rdr\cdot d\theta\cdot dz

Sendo \rho_m a densidade volumétrica de massa, vamos calcular o momento de inércia do corpo:

I=\displaystyle \int dm\cdot r^2

I=\displaystyle \int \rho_mdV\cdot r^2

I=\displaystyle \int \rho_m(rdr\cdot d\theta\cdot dz)\cdot r^2

I=\rho_m\cdot \displaystyle \int \displaystyle \int \displaystyle \int r^3dr\cdot d\theta \cdot dz

Vamos guardar esse resultado.

Seja a densidade volumétrica de carga \rho_q. Calcularemos agora o momento de dipolo (\vec \mu):

\vec \mu=\displaystyle \int I\cdot d\vec A

Onde a área aponta na direção da velocidade angular.

\vec \mu=\left(\displaystyle \int \dfrac{dq}{dt}\cdot dA\right)\hat \omega

\vec \mu=\left(\displaystyle \int \dfrac{\rho_qdV}{dt}\cdot dA\right)\hat \omega

\vec \mu=\left(\displaystyle \int \dfrac{\rho_qrdr\cdot d\theta\cdot dz}{dt}\cdot dA\right)\hat \omega

Porém, \dfrac{d\theta}{dt} é o módulo da velocidade angular (\omega), a qual independe da distância, e pode sair da integral.

\vec \mu=\rho_q\left(\displaystyle \int \displaystyle \int \displaystyle \int rdr\cdot dz\cdot dA\right)\omega \hat \omega

vamos calcular a área que esntra no cálculo do momento de dipolo.

Olhando de cima o movimento do diferencial de carga:

Figura 07: Vista de cima do movimento

Sabemos que a área possui uma relação linear com o ângulo:

\dfrac{\pi r^2}{2\pi}=\dfrac{dA}{d\theta}

dA=\dfrac{r^2\cdot d\theta}{2}

Voltando ao cáculo do momento de dipolo e utilizando que \omega \hat \omega=\vec \omega:

\vec \mu=\rho_q\left(\displaystyle \int \displaystyle \int \displaystyle \int rdr\cdot dz\cdot \dfrac{r^2\cdot d\theta}{2}\right)\vec \omega

\vec \mu=\dfrac{\rho_q\vec \omega}{2}\,\displaystyle \int \displaystyle \int \displaystyle \int r^3dr\cdot d\theta \cdot dz

Comparando com o resultado do momento de inércia:

\vec \mu=\dfrac{\rho_q\cdot I\vec \omega}{2\rho_m}

Como a distribuição de carga e massa são uniformes:

\dfrac{\rho_q}{\rho_m}=\dfrac{Q}{m}

Portanto:

\vec \mu=\dfrac{Q}{2m}\cdot I\vec \omega

Lembrando que esse \omega é a velocidade angular resultante.

Sabemos que o torque de um campo magnético externo em um dipolo é:

\vec \tau_m=\vec \mu \times \vec B

\vec \tau_m=\left(\dfrac{Q}{2m}\cdot I(\vec \omega+\vec \Omega)\right)\times \vec B

\vec \tau_m=\dfrac{Q}{2m}\cdot I(\omega \hat z)\times(B \hat z)+\dfrac{Q}{2m}\cdot I(\Omega \hat r)\times(B \hat z)

\vec \tau_m=\dfrac{Q}{2m}\cdot \dfrac{2mR^2}{5}\omega B (\hat r)\times(\hat z)

\vec \tau_m=-\dfrac{1}{5}Q\Omega R^2B\,\hat \theta

\vec \tau_m=-\dfrac{1}{5}Qv_0BR\,\hat \theta

Aplicando o torque magnético e o do atrito na equação original (encontrado no item b)), e lembrando que \omega d=v_0.

-F_{at}\cdot R\hat \theta -\dfrac{1}{5}Qv_0BR\,\hat \theta=-\dfrac{2mv_oR\omega}{5}\hat \theta

F_{at}+\dfrac{Qv_0B}{5}=\dfrac{2mv_0^2}{5d} (EQ 02)

Unindo EQ 01 EQ 02:

\begin{cases} Qv_0B-F_{at}=\dfrac{mv_0^2}{d}\\ F_{at}+\dfrac{Qv_0B}{5}=\dfrac{2mv_0^2}{5d} \end{cases}

Somando as duas equações:

Qv_0B+\dfrac{Qv_0B}{5}=\dfrac{mv_0^2}{d}+\dfrac{2mv_0^2}{5d}

\rightarrow \boxed{d=\dfrac{7mv_0}{6QB}}

Como \omega d=v_0:

\rightarrow \boxed{\omega=\dfrac{6QB}{7m}}

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Gabarito

a) \boxed{\vec F_m=-Qv_0B\,\hat r}

b) \boxed{\vec \tau=-\dfrac{2mv_0R\omega}{5}\hat \theta}

c) \boxed{d=\dfrac{7mv_0}{6QB}} e \boxed{\omega=\dfrac{6QB}{7m}}

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