Soluções Física - Semana 93

Escrito por Matheus Ponciano

Iniciante:

Assunto Abordado

Calorimetria.

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Solução

Primeiro devemos saber o calor necessário para que cada parte da água mude de estado físico. Para o gelo derreter, o calor cedido a ele deve ser:

Q_f = 10*80 =800 cal

Para o vapor condensar ele deve liberar:

Q_c = 10*(-540) = -5400 cal

Logo pode-se observar que o vapor pode fornecer muito mais energia do que a necessária para derreter o gelo, mudando apenas de estado. O gelo então descongela, condensando um pouco do vapor. A partir dai teremos 2 partes da água, uma à 0 ^oC e outra a 50 ^oC. O vapor ainda pode fornecer 5400-800=4600 cal de energia para as porções de água. Para chegarem à 100 ^oC elas precisam receber:

Q_a = 10*1*(100-0) +10*1*(100-50)

Q_a = 1000+500

Q_a =1500 cal

Logo ambas as porções de água conseguem chegar aos 100 ^oC, atingindo o equilíbrio térmico. O vapor teve que fornecer no total ao sistema:

Q_v = 800 +1500 =2300 cal

Esse calor é devido ao condensamento do vapor, logo foi condensado uma massa de água de:

m = \dfrac{2300}{540}

m = \dfrac{115}{27}

m \approx 4,3 g

No final, teremos então o sistema a 100^oC com 24,3 g de água e 5,7 g de vapor de água.

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Gabarito

No final, teremos então o sistema a 100^oC com 24,3 g de água e 5,7 g de vapor de água.

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Intermediário:

Assunto Abordado

Gravitação, Energia.

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Solução

Para uma dada massa de teste m, a energia potencial gravitacional vai ser proporcional à:

U \propto \dfrac{GMm}{L}

Onde G é a constante gravitacional, M é a massa do corpo a ser estudado e L é a distância entre seus CM. Suponhamos um cubo de massa M e de lado l, e a massa de teste está em um de seus vértices.

Neste caso, a densidade do cubo vai ser:

\rho = \dfrac{M}{a^3}

A energia potencial gravitacional que a massa m vai ter vai ser proporcional à:

U_{ponta} \propto \dfrac{GM}{\sqrt{\dfrac{3}{4}a^2}}

U_{ponta} \propto \dfrac{GM}{a}

Pois os números entram na constante proporcional.

Podemos dizer já que esta constante tem um certo valor \alpha, daí:

U_{ponta} = \alpha \dfrac{GM}{a}

Quando colocamos m no centro do cubo, podemos imaginar que m está na verdade rodeada por 8 cubos idênticos de massa \dfrac{M}{8} que possuem um dos vértices em m. A aresta b deste cubo vai ser:

\rho = cte

\dfrac{M}{a^3} = \dfrac{M}{8b^3}

b = \dfrac{a}{2}

Também se pode ver isso desenhando o cubo cortado em 8 pedaços. Já que a energia potencial é um escalar, podemos somar a contribuição de cada cubinho para a energia total de m. Temos então:

U_{centro} = \alpha 8\dfrac{GM}{8b}

U_{centro} = \alpha \dfrac{2GM}{a}

Daí:

U_{centro} = 2\left(\alpha \dfrac{GM}{a} \right)

U_{centro} = 2 U_{ponta}

\dfrac{U_{ponta}}{U_{centro}} = \dfrac{1}{2}

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Gabarito

\dfrac{U_{ponta}}{U_{centro}} = \dfrac{1}{2}

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Avançado:

Assunto Abordado

Referenciais não Inerciais, Coordenadas Cilíndricas.

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Solução

Considere no referencial do centro do circulo. O pivô estará girando em torno dele com velocidade angular \omega, e o pêndulo estará oscilando em torno deste pivô. Temos então que o referencial do pivô é um referencial girante. Neste referencial, a segunda lei de Newton precisa de uma "correção" pela consideração de forças fictícias ou forças de inércia. Num referencial girante de velocidade angular constante, a segunda lei de Newton pode ser escrita como:

m \vec {a}_{girante} = m \vec {a}_{fixado} -m \vec {a}_{referencial} -2 \vec {\omega} \times \vec {v}_{girante} - \vec {\omega} \times \left( \vec {\omega} \times \vec {r}_{girante}\right)

Onde r_{girante}, v_{girante}, a_{girante} são a posição, velocidade e aceleração da partícula de massa m (a massa do pêndulo) no referencial girante (pivô), a_{fixado} é a aceleração da massa no referencial não girante (centro do circulo) e a_{referencial} é a aceleração translacional do referencial girante em relação ao referencial parado (pivô em relação ao centro do círculo).

Utilizando coordenadas cilíndricas, adotamos o \vec {\omega} apontando para fora da tela no eixo z sendo positivo. No referencial fixado, a única força atuante vai ser a tração do fio. desse jeito:

\vec {T} = m \vec {a}_{fixado}

E aponta radialmente no sistema de coordenadas girantes.

O termo translacional corresponde apenas ao movimento circular que o pivô faz em torno do centro do círculo. Assim, vai ser:

m {a_{referencial}} = m \omega^2 R

E aponta do pivô para o centro do círculo.

No referencial girante, a velocidade da massinha aponta tangencialmente ao fio, e como o fio aponta no sentido do radial, a sua velocidade vai ser tangencial também. Desta forma temos:

Vendo a direção de cada componente, temos que:

m \vec {a}_{fixado} é radial. (\vec {T})

-m \vec {a}_{referencial} aponta para baixo. (\vec {F}_{Trans})

-2 \vec {\omega} \times \vec {v_{girante}} aponta radialmente. (\vec {F}_{Cor})

-\vec \omega \times \left( \vec {\omega} \times \vec {r_{girante}}\right) é radial. (\vec {F}_{Cent})

Assim, temos a seguinte configuração de forças:

Os termos radiais não gerarão torque em relação ao pivô, sendo o termo \vec {F_{Trans}} unicamente responsável por isso. Desta forma, o torque gerado por esta força vai ser:

\tau = I \alpha = ml^2 \alpha

\tau = -m\omega^2 R lsen(\theta)

ml^2 \alpha = - m \omega^2 R l sen(\theta)

\alpha = - \dfrac{\omega^2 R}{l} sen(\theta)

Como \omega^2 R=g:

\alpha = -\dfrac{g}{l}sen(\theta)

Que é a mesma equação de movimento encontrada para um pêndulo simples na Terra.

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Gabarito

Demonstração.

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