Escrito por Matheus Ponciano
Iniciante:
Calorimetria.
Primeiro devemos saber o calor necessário para que cada parte da água mude de estado físico. Para o gelo derreter, o calor cedido a ele deve ser:
Para o vapor condensar ele deve liberar:
Logo pode-se observar que o vapor pode fornecer muito mais energia do que a necessária para derreter o gelo, mudando apenas de estado. O gelo então descongela, condensando um pouco do vapor. A partir dai teremos partes da água, uma à
e outra a
. O vapor ainda pode fornecer
de energia para as porções de água. Para chegarem à
elas precisam receber:
Logo ambas as porções de água conseguem chegar aos
, atingindo o equilíbrio térmico. O vapor teve que fornecer no total ao sistema:
Esse calor é devido ao condensamento do vapor, logo foi condensado uma massa de água de:
No final, teremos então o sistema a com
de água e
de vapor de água.
No final, teremos então o sistema a com
de água e
de vapor de água.
Intermediário:
Gravitação, Energia.
Para uma dada massa de teste , a energia potencial gravitacional vai ser proporcional à:
Onde é a constante gravitacional,
é a massa do corpo a ser estudado e
é a distância entre seus
. Suponhamos um cubo de massa
e de lado
, e a massa de teste está em um de seus vértices.
Neste caso, a densidade do cubo vai ser:
A energia potencial gravitacional que a massa vai ter vai ser proporcional à:
Pois os números entram na constante proporcional.
Podemos dizer já que esta constante tem um certo valor , daí:
Quando colocamos no centro do cubo, podemos imaginar que
está na verdade rodeada por
cubos idênticos de massa
que possuem um dos vértices em
. A aresta
deste cubo vai ser:
Também se pode ver isso desenhando o cubo cortado em pedaços. Já que a energia potencial é um escalar, podemos somar a contribuição de cada cubinho para a energia total de
. Temos então:
Daí:
Avançado:
Referenciais não Inerciais, Coordenadas Cilíndricas.
Considere no referencial do centro do circulo. O pivô estará girando em torno dele com velocidade angular , e o pêndulo estará oscilando em torno deste pivô. Temos então que o referencial do pivô é um referencial girante. Neste referencial, a segunda lei de Newton precisa de uma "correção" pela consideração de forças fictícias ou forças de inércia. Num referencial girante de velocidade angular constante, a segunda lei de Newton pode ser escrita como:
Onde ,
,
são a posição, velocidade e aceleração da partícula de massa
(a massa do pêndulo) no referencial girante (pivô),
é a aceleração da massa no referencial não girante (centro do circulo) e
é a aceleração translacional do referencial girante em relação ao referencial parado (pivô em relação ao centro do círculo).
Utilizando coordenadas cilíndricas, adotamos o apontando para fora da tela no eixo
sendo positivo. No referencial fixado, a única força atuante vai ser a tração do fio. desse jeito:
E aponta radialmente no sistema de coordenadas girantes.
O termo translacional corresponde apenas ao movimento circular que o pivô faz em torno do centro do círculo. Assim, vai ser:
E aponta do pivô para o centro do círculo.
No referencial girante, a velocidade da massinha aponta tangencialmente ao fio, e como o fio aponta no sentido do radial, a sua velocidade vai ser tangencial também. Desta forma temos:
Vendo a direção de cada componente, temos que:
é radial. (
)
aponta para baixo. (
)
aponta radialmente. (
)
é radial. (
)
Assim, temos a seguinte configuração de forças:
Os termos radiais não gerarão torque em relação ao pivô, sendo o termo unicamente responsável por isso. Desta forma, o torque gerado por esta força vai ser:
Como :
Que é a mesma equação de movimento encontrada para um pêndulo simples na Terra.
Demonstração.