Movimentos da Terra e Estações do ano

Escrito por Antonio Carlos Freire de Sousa Júnior

Movimentos da Terra e Estações do ano

Olá, caro internauta! Seja bem-vindo para mais uma aula de Geografia. Hoje falaremos sobre movimentos da Terra e Estações do ano. Um assunto de extrema importância dentro dessa ciência. Vamos lá!

Rotação

É o movimento que a Terra executa em torno de seu eixo, ou seja, em torno de si mesma no sentido oeste-leste. Leva aproximadamente um dia para fazer esse movimento (23 horas, 56 minutos e 4segundos).

Em decorrência do movimento de rotação, há:

  • movimento aparente do Sol;
  • sucessão de dias e noites;
  • horários diferenciados (fusos horários);
Movimento de rotação

Devido ao movimento de rotação da Terra, de oeste para leste, o sol descreve um movimento diário e aparente, de leste para oeste, que é percebido de qualquer lugar do planeta.

Translação

É o movimento da Terra em torno do Sol, com duração de um ano solar ou 365 dias. A cada quatro anos, temos um ano de 366 dias, que é chamado ano bissexto. O movimento de translação é responsável pela mudança nas estações do ano.

 

Movimento de translação

Quando observamos a história da humanidade não sabemos exatamente quando o ser humano descobriu que a Terra é esférica. Sabemos que os antigos gregos, observando a sombra da Terra sobre a Lua durante os eclipses, já tinham certeza da esfericidade de nosso planeta. Portanto, o desaparecimento progressivo das embarcações que se distanciavam no horizonte do mar também fornecia argumentos aos defensores dessa premissa.

imagem de um estudioso antigo

 

Embarcação desaparecendo devido a curvatura da Terra, tal conceito é chamado de linha do horizonte, ou seja, uma linha imaginária que determina a capacidade de visualização um objeto para um observador.

 

A esfericidade de nosso planeta é responsável pela existência das diferentes zonas climáticas (polares, temperadas e tropicais), porque os raios solares atingem a Terra com diferentes inclinações e intensidades.

 

Zonas Climáticas

Próximo ao equador, os raios solares incidem perpendicularmente sobre a superfície terrestre, porém, quanto mais nos afastamos dessa linha, mais inclinada é essa incidência. Consequentemente, a mesma quantidade de energia se distribui por uma área cada vez maior, diminuindo, portanto, sua intensidade. Esse fato torna as temperaturas progressivamente mais baixas à medida que nos aproximamos dos polos O eixo da Terra é inclinado em relação ao plano de sua órbita ao redor do Sol (movimento de translação). Uma consequência desse fato é a ocorrência das estações do ano, conforme se pode verificar na ilustração sobre o movimento de translação e as estações
do ano

Em 21 ou 22 de dezembro, o hemisfério sul recebe os raios solares perpendicularmente ao trópico de
Capricórnio; dizemos, então, que está ocorrendo o solstício de verão. O solstício define o momento do ano em que os raios solares incidem perpendicularmente ao trópico de Capricórnio, dando início ao verão no hemisfério sul. Depois de incidir nessa posição, parecendo estacionar por um momento, o Sol inicia seu movimento em direção ao norte. Esse mesmo instante marca o solstício de inverno no hemisfério norte, onde os raios estão incidindo com inclinação máxima.

Seis meses mais tarde, em 20 ou 21 de junho, quando metade do movimento de translação já se
completou, as posições se invertem: o trópico de Câncer passa a receber os raios solares perpendicularmente (solstício), dando início ao verão no hemisfério norte e ao inverno no sul.

Em 20 ou 21 de março e em 22 ou 23 de setembro, os raios solares incidem sobre a superfície terrestre perpendicularmente ao equador. Dizemos então que estão ocorrendo os equinócios, ou seja, os hemisférios estão iluminados por igual. Nesses momentos, iniciam-se, respectivamente, o outono e a primavera no hemisfério sul, ocorrendo o inverso no hemisfério norte. O dia e a hora do início dos solstícios e dos equinócios mudam de ano para ano; consequentemente, a duração de cada estação também varia.

Os raios solares só incidem perpendicularmente em pontos localizados entre os trópicos (a chamada zona tropical), que, por isso, apresentam temperaturas mais elevadas. Nas zonas temperadas (entre os trópicos e os círculos polares) e polares, o Sol nunca fica a pino, porque os raios sempre incidem obliquamente. Outra consequência da inclinação do eixo terrestre, associada ao movimento de rotação da Terra, é a desigual duração do dia e da noite ao longo do ano.

Nos dois dias de equinócio, quando os raios solares incidem perpendicularmente ao equador, o dia e a noite têm 12 horas de duração em todo o planeta, com exceção dos polos, que têm 24 horas de crepúsculo (Claridade no céu entre o fim da noite e o nascer do Sol ou entre o pôr do Sol e a chegada da noite; transição entre o dia e a noite.).

Fenômeno de Crepúsculo

No dia de solstício de verão, ocorrem o dia mais longo e a noite mais curta do ano no respectivo hemisfério; já no solstício de inverno, acontecem a noite mais longa e o dia mais curto, no equador não há variação no fotoperíodo (Período em que um ponto qualquer da superfície terrestre fica exposto à incidência dos raios solares), e a diferença aumenta à medida que nos afastamos dele. Conforme aumenta a latitude, tanto para o norte como para o sul, os dias ficam mais longos no verão e as noites mais longas no inverno.

Esquema da entre a relação da movimentação da terra com as estações do ano.

 

 

1) (Mack-2005) “A primavera começa hoje às 13h30min no hemisfério sul. É quando ocorre o equinócio, momento astronômico em que o Sol cruza a linha do Equador. A expectativa do meteorologista da empresa Climatempo, Alexandre Nascimento, para a nova estação, é de comportamento climático normal, porque não ocorreu e nem devem ocorrer, neste ano, os efeitos do El Niño e do fenômeno La Niña”. Adaptado de O Estado de São Paulo — 22.09.2004 A partir do momento da ocorrência do equinócio:
a) as noites ficam cada vez mais curtas e os dias mais
longos.
b) as noites e os dias passam a ter a mesma duração.
c) os dias ficam cada vez mais curtos e as noites mais
longas.
d) as médias térmicas tendem a diminuir, pois é
evidenciada uma maior inclinação dos raios solares.
e) as médias térmicas tendem a aumentar, pois os raios
solares incidem perpendicularmente quando se dirigem
em direção ao Trópico de Câncer.

 

 

Resposta: A

 

2) (ENEM-2000) “Casa que não entra sol, entra médico.”
Esse antigo ditado reforça a importância de, ao
construirmos casas, darmos orientações adequadas aos
dormitórios, de forma a garantir o máximo conforto
térmico e salubridade. Assim, confrontando casas
construídas em Lisboa (ao norte do Trópico de Câncer) e
em Curitiba (ao sul do Trópico de Capricórnio), para
garantir a necessária luz do sol, as janelas dos quartos não
devem estar voltadas, respectivamente, para os pontos
cardeais:
a) norte/sul.
b) sul/norte.
c) leste/oeste.
d) oeste/leste.
e) oeste/oeste.

 

Resposta: A

 

3) (FUVEST 2010)

A personagem Mafalda, que está em Buenos Aires, olha o globo em que o Norte está para cima e afirma: “a gente está de cabeça pra baixo”. Quem olha para o céu noturno dessa posição geográfica não vê a estrela Polar, referência do polo astronômico Norte, e sim o Cruzeiro do Sul, referência do polo astronômico Sul. Se os polos do globo de Mafalda estivessem posicionados de acordo com os polos astronômicos, ou seja, o pólo geográfico Sul apontando para o polo astronômico Sul, seria correto afirmar que
a) o Norte do globo estaria para cima, o Sul para baixo e
Mafalda estaria realmente de cabeça para baixo.
b) o Norte do globo estaria para cima e o Sul para baixo,
mas Mafalda não estaria de cabeça para baixo por causa
da gravidade.
c) o Norte do globo estaria para cima, o Sul para baixo, e
quem estaria de cabeça para baixo seriam os habitantes do
hemisfério norte.
d) o Sul do globo estaria para cima e o Norte para baixo,
mas Mafalda estaria de cabeça para baixo por causa da
gravidade.
e) o Sul do globo estaria para cima, o Norte para baixo e
Mafalda não teria razão em afirmar que está de cabeça
para baixo.

 

Resposta: E