OBI 2023 - Fase 2 - Tipo B - Programação Nível Júnior

OBI 2023 - Fase 2 - Turno B - Programação Nível Júnior

Se você quiser se preparar para a OBI, não deixe de conferir o Roteiro de estudos de informática, e também a página de informática do NOIC, com todos os nossos materiais.

Para conferir a prova na integra, entre no site da OBI.

UPA

Comentário escrito por Estela Baron

Conhecimento prévio necessário:

Observe o que o enunciado quer saber o maior espaço destinado aos ônibus, ou seja, queremos saber qual é a maior quantidade de veículos que coexistirão. Para isso, vamos dar uma olhada nas subtarefas.

Subtarefa 1:

Quando a tarefa define que P_i = C_i + 1, temos que o ônibus só ocupa a posição C_i, ou seja, só precisamos nos preocupar com um ponto. Portanto, basta criarmos um vetor que guarda os instantes e adicionarmos +1 para cada C_i. Ao final, queremos saber o maior valor, pois indica a coexistência da quantidade máxima de veículos daquele momento/ponto. Lembre de multiplicar por 20.

Subtarefa 2:

A partir da tarefa 2, passamos a lidar com intervalos, então a nossa ideia anterior não funciona. Porém, como o N, C_i e P_i são menores ou iguais a 1000, podemos criar um vetor de instantes que guarda a quantidade de ônibus presentes no instante[i]. Com isso podemos adaptar a ideia da tarefa anterior: para todo instante compreendido de C_i e P_i -1, adicionamos +1. Da mesma forma, temos que armazenar a maior resposta (podemos criar uma variável que guarda o maior valor e ir atualizando), e multiplicá-la por 20. A complexidade fica O(N*P) = O(N^2). Como N <= 1000, então passa no limite do tempo.

Subtarefa 3:

Observe que, na teoria, não passaria no tempo aplicar a ideia da sub2 nessa tarefa. No entanto, como nos é garantida que a resposta é no máximo 1000, podemos inferir que temos no máximo 1000/20 = 50 ônibus coexistindo. Ou seja, se analisarmos o nosso vetor de instantes, teríamos que o valor máximo seria 50. Portanto, só visitaríamos no máximo 50 vezes cada posição. Com isso, a nossa complexidade ficaria O(P*50) = O(10^6 * 50).

Subtarefa 4 - Solução 1:

No intuito de conseguir lidar com valores grandes de N,C_i, P_i e de não depender de uma resposta máxima definida, podemos utilizar a técnica da soma de prefixos. Basicamente, é a mesma ideia da subtarefa 2, no entanto, em vez de ir adicionando um por um no intervalo, vamos adicionar +1 no C_i e adicionar -1 P_i. Ao fazer a soma acumulada, cada posição será somada ao valor da anterior. Com isso, o +1 do C_i irá se "propagar" até o final do intervalo. Contudo, como também tem o -1, também propagamos o -1 do P_i até o final, observe que o +1 e o -1 irão resultar em 0, o que possibilita a soma do +1 do C_i até o P_i -1 - no instante P_i, o ônibus já saiu.

Resumindo, para cada ônibus, iremos adicionar +1 em C_i e -1 em P_i. Depois de ter processado todos os veículos, iremos fazer a soma acumulada: adicionar o valor do instante[i-1] ao instante[i]. Em cada instante, teremos a quantidade de ônibus estacionados naquele tempo. Por fim, basta guardar o maior valor encontrado e multiplicar por 20. A complexidade fica O(max(N, P)).

Subtarefa 4 - Solução 2:

Outra solução possível é, para cada ônibus, adicionar em um vetor um par com: o instante da entrada e o valor +1 - indicando que o ônibus novo entrou no estacionamento- e um outro par com : o instante da partida e o valor -1 - indicando que o ônibus saiu. Depois de ter colocado todos os valores dos N veículos, vamos ordenar o vetor em ordem crescente do instante.

Com isso, vamos percorrer o vetor e vamos criar uma variável para guardar a quantidade de veículos. Toda vez que o instante indica a entrada de algum ônibus, vamos adicionar +1 na quantidade e ,toda vez que algum ônibus sai, vamos adicionar -1 na quantidade. Com isso, conseguimos ter a quantidade de veículos no estacionamento entre cada "evento novo" (chegada ou saída). De novo, vamos guardar o maior valor da quantidade e multiplicar por 20. Complexidade: O(N*logN).

Clique aqui para conferir a solução 1 e a solução 2.

Empresa

Comentário escrito por João Pedro Castro

Conhecimento prévio necessário:

Podemos visualizar a hierarquia dessa empresa como um grafo, onde os vértices (funcionários) tem outros vértices se ligando à ele (os subordinados). Além da estrutura do grafo, para cada funcionário vamos guardar seu chefe, salário, e a quantidade de subordinados com os quais ele está insatisfeito. Também é necessário guardar a quantidade de funcionários insatisfeitos no total, chamaremos esse valor de f.

Após montar o grafo (feito com as arestas sendo: \text{chefe} \rightarrow \text{subordinado}), receber o chefe de cada um e o salário, para preencher a quantidade de insatisfações basta percorrer o grafo começando do vértice 1 e aumentando o valor de insatisfacoes[vertice] em uma unidade toda vez que salario[subordinado]  data-recalc-dims= salario[vertice]" />, quando isso acontecer, também aumente f em 1 caso insatisfacoes[vertice] = 0, já que o estado do vertice vai mudar de satisfeito para insatisfeito.

Para todo funcionário i atualizado a ideia é checar se o "estado" (satisfeito ou insatisfeito) de seu chefe e dele mesmo (em relação ao seus subordinados) foram alterados, já que eles são os únicos com os quais isso pode ter acontecido. E isso pode ser feito com uma série de estruturas condicionais, que se resumem à:

  • (chefe insatisfeito antes com o funcionário) e (chefe satisfeito agora)
  • (chefe satisfeito antes com o funcionário) e (chefe insatisfeito agora)

Agora, para achar o valor de f (a resposta) atualizado, é só seguir o seguinte algoritimo:

  • Se i \neq 1 ~\&~ salario[i] \geq salario[chefe[i]] ~\&~ novoSalario  data-recalc-dims= salario[chefe[i]]" />
    • insatisfacoes[chefe[i]]++
    • Se insatisfacoes[chefe[i]] = 1 (novo chefe insatisfeito):
      • f++
  • Se não se: salario[i]  data-recalc-dims= salario[chefe[i]] ~\&~ salario[chefe[i]] \geq novoSalario" />
    • insatisfacoes[chefe[i]]--
    • Se insatisfacoes[chefe[i]] = 0 (chefe satisfeito de novo):
      • f--
  • Para cada subordinado u de i:
    • Se salario[i] \geq salario[u] ~\&~ salario[u]  data-recalc-dims= novoSalario" />:
      • insatisfacoes[i]++
      • Se insatisfacoes[i] = 1 (novo chefe insatisfeito):
        • f++
    • Se não se: salario[u]  data-recalc-dims= salario[i] ~\&~ novoSalario \geq salario[u]" />:
      • insatisfacoes[i]--
      • Se insatisfacoes[i] = 0 (chefe satisfeito de novo):
        • f--
  • salario[i] = novoSalario
  • imprimir~f

Assim você também garante que os valores de insatisfacoes e f sempre permanecem atualizados. Segue a solução em C++:

Clique aqui para ver o código

Brincadeiras de Roda

Comentário escrito por Enzo Dantas

Conhecimento prévio necessário:

Imagine um círculo com 5 pessoas. Se o professor bate palma 5 vezes, percebemos que todas as pessoas dão uma volta completa e continuam no mesmo lugar, e percebemos que isso também vale para qualquer número múltiplo de 5. Sendo assim, em um círculo com n pessoas, vamos nos importar apenas com a quantidade de palmas P módulo n. É fácil ver que uma pessoa qualquer que começa na posição x vai terminar aproximadamente na posição (x+P) (mod n). Trabalhando com casos pequenos chegamos na fórmula exata (x+P-1) (mod P) + 1, e essa é a solução em O(1).

Além disso, os limites pequenos do problema permitem uma solução ainda mais direta: simular cada palma do professor. Se a posição atual é igual a n, então a posição depois da palma é 1. Caso contrário apenas adicionamos 1 à posição. Complexidade: O(P).

Clique aqui para conferir o código (Solução 1)

Clique aqui para conferir o código (Solução 2)