A robótica, principalmente a voltada para competições, explora muito o lado “inteligente” da máquina, tentando desenvolver técnicas novas e rápidas de colocar o seu robô a frente dos adversários. Nesse sentido, surge, em 1993, a RoboCup ( e consequentemente depois, a RoboCup Junior ), como um pilar para a início das competições mundiais de robótica. Assim, cabe ao competidor aspirante entender a vasta gama de possibilidades que essas competições apresentam, contendo desde competições de dança até competições de drones. Assim, separamos um guia prático, com dicas e passos, para guiá-lo neste mundo que é a robótica de competição.
Novo nesse mundo da robótica?
Bem, uma das primeiras formas de entrar na robótica é pela OBR(olimpíada brasileira de robótica), uma das maiores competições nacionais do gênero, que engloba provas práticas e teóricas. Nas provas práticas, o estudante deve construir um robô autônomo que realize certas tarefas o mais rápido possível, essa categoria conta com fases regional, nacional e internacional. Mas, caso a construção do robô for um problema por algum motivo específico, a OBR ainda tem outra opção: a prova teórica, que envolve várias áreas do conhecimento e dá prêmios em âmbito nacional. Para acessar provas passadas da OBR teórica, clique aqui.
Fora a OBR, também indicamos começar com a MNR(Mostra Nacional de Robótica), que é uma feira de ciências voltada para a inovação e tecnologia na seara da robótica, que contém fases regionais e nacionais assim como a OBR.
Entenda melhor sobre essas competições em nossos artigos dedicados a elas na parte das olimpíadas de robótica.
O que vem depois da OBR?
Caso você já tenha conseguido se sair bem na OBR ou queira um desafio diferente, saiba que a OBR não é a única forma de chegar na RoboCup Junior, existe também a LARC(Competição Latino-Americana de Robótica): uma competição a nível internacional organizada por um comitê brasileiro, que ocorre junto da fase nacional da OBR e conta com diversas modalidades, como dança e até mesmo futebol de robôs.
Indicamos ela para aqueles que tenham certa disponibilidade e habilidade para a robótica, além de que ela é dividida em dois níveis, possibilitando a participação de alunos graduandos para que esses possam ingressar na RoboCup.
Para ingressar nessa competição os participantes devem submeter artigos de descrição do robô, e estarão sujeitos a avaliações e possíveis negações ou aceitações.
Por onde estudar?
Certamente, a robótica é uma das áreas mais avançadas possíveis para os estudantes do ensino médio, o que torna o estudo dessa área bastante complexo pela quantidade de conteúdo disponível versus o quanto ele é realmente útil para você, sendo assim, o estudante novato tem duas alternativas principais, usar plataformas do tipo pre-prontas ou usar as “opensource”.
Se a preferência for pelas plataformas modulares como a Lego, o estudante terá um modelo instrucional muito mais completo e seguro de se seguir, visto que esse tipo de plataforma visa o aprendizado do aluno e já acompanha materiais de estudo inclusos, tornando essa alternativa a mais fácil de se seguir, porém a mais limitada, devido a modularidade desse tipo de sistema educacional.
Por outro lado, os que desejam usar plataformas livres como o arduíno ficaram mais livres para usar uma programação mais complexa, atuadores mais específicos e sensores que melhor encaixarem no projeto. Entretanto, não existe materiais fixos sobre o que fazer com esses microcontroladores, a maneira mais fácil é por meio de videoaulas direcionadas dependendo da necessidade do projeto. Outro material de fácil acesso na internet são as apostilas, mas é indicado que se procure por conteúdos básicos, os mais complexos tendem a não serem objetivos para o nível das competições do ensino médio. Por último, um outro material fundamental é o “datasheet”, uma folha de dados fornecida pelos fabricantes de sensores/atuadores que contém informações que devem ser lidas para saber se aquele componente funciona no seu projeto (informações como alimentação, temperatura de operação, etc.)
Conteúdo avançado
Após ser selecionado para alguma competição internacional a preparação para ela deve ser muito mais intensiva que as preparações anteriormente feitas, sugerimos a busca de livros mais avançados para melhorar a base. Geralmente é nesse momento que os integrantes analisam tudo que já foi feito e o que pode ser melhorado, mudança de peças, e o que mais for necessário.
Vale citar que as fases internacionais comummente tem tarefas mais complexas e alguns desafios específicos, vale sempre procurar material de divulgação das competições, mostrando edições passadas, para se ter uma ideia dos desafios e dos oponentes.