Iniciante:
Utilizando a Equação de Pogson temos:
\begin{equation}
m = m_0 - 2,5 \log \left(\frac{F}{F_0}\right)
\end{equation}
e sabendo que a relação entre os fluxos, antes (prefixo ) e depois de passar por um meio com profundidade óptica é dada por , podemos substutuir os valores numéricos, chegando em:
\begin{equation}
m = -12,74 - 2,5 \log \left(\frac{F_0e^{-\ln 12}}{F_0}\right) \equiv -12,74 + 2,5 \log12 = -10,04
\end{equation}
Portanto, a magnetude aparente da Lua, após passar pelas núvens é de .
Utilizando novamente a Equação de Pogson, mas agora, comparando a magnetude aparente da Lua (após sua luz passar pelas núvens) com o Sol, temos:
\begin{equation}
m - m_{\odot} = -2,5\log\left(\frac{F}{F_{\odot}}\right)
\end{equation}
Isolando temos:
Agora basta substituir numericamente, resultando em .
Fazendo uma analise dimensional, podemos perceber que , onde é a energia total, a área de coleta e o tempo percorrido. Também podemos escrever onde é o número total de fótons, a velocidade da luz, a constante de Plank e o comprimento de onda de cada fóton. Logo:
\begin{equation}
F = \frac{nhc}{\lambda A \Delta t}
\end{equation}
Como queremos achar o tempo necessário para Clafique tirar a foto, vamos isolar em nossa equação.
\begin{equation}
\Delta t = \frac{nhc}{\lambda A F}
\end{equation}
Como a camera possuí diametro , a área de abertura dela é . Substituindo numéricamente, achamos que:
Portanto, Clafique consegue fotografar a Lua sem ser roubado.
Intermediário
Vamos, primeiramente, obter alguns dados que serão úteis ao longo da solução:
- Temos que o período do cometa é anos. Utilizando a Terceira Lei de Kepler, temos UA.
- O enunciado nos dá o valor do periélio do cometa, portanto, sabemos que: isolando , chegamos que a excentricidade da órbita é de:
a) O fenomeno que causa a "cauda" do cometa, é a sublimação do gelo (e/ou outros materiais presentes em sua superfície). Logo, a temperatura do cometa quanto sua cauda aparecer será de K. Considerando que a potência absorvida e a potência emitida são as mesmas, podemos equacionar chegando em:
Perceba que nesse caso, se refere à área seccional do cometa, uma vez que está é a área pelo qual o fluxo passa. Portanto:
Escrevendo o fluxo como onde é a distância ao Sol, temos:
Isolando :
\begin{equation}
d = \left(\frac{L_{\odot}(1-\alpha)}{16\pi \sigma T^4} \right)^{1/2}
\end{equation}
Numéricamente, chegamos em:
b) Temos que , portanto:
Reescrevendo :
Para resolver esse tipo de integral, uma ideia valiosa é perceber que o momento angular é dado por:
Portanto:
Aplicando essas substituições na nossa equação, chegamos em:
Agora, precisamos encontrar e com base nos parametros fornecidos pelo exercício. Não é segredo para ninguém que , agora, para o calculo de temos:
Vamos escolher o perélio da órbita, pois nesse ponto o ângulo entre os vetores e é fazendo com que o produto vetorial de ambos, seja apenas a multiplicação dos seus módulos. No períelio, e com a equação vis-visa, podemos achar a velocidade no periélio:
Agora, basta multiplicar esses valores para achar o valor de , resultando em:
\begin{equation}
h = \sqrt{GM_{\odot}a(1-e^2)}
\end{equation}
Agora, podemos finalmente encontrar , como sendo:
Como queremos o valor médio de energia por período, temos:
\begin{equation}
\langle ET \rangle = \frac{\pi R^2(1-\alpha)L_{\odot}}{2\sqrt{GM_{\odot}a(1-e^2)}}
\end{equation}
Substituindo numéricamente, temos que a energia total absorvida pelo cometa durante a sua órbita é de .
\textbf{c)} A energia necessária para "derreter" todo o gelo do cometa é
Como o cometa é formado 90\% de gelo, temos que ,
logo:
Então, o número de órbitas que o cometa ainda poderá dar antes de perder a sua cauda, será:
Perceba que como deve ser um número natural, o número de órbitas é .
Avançado
a) Para colisões elásticas, o maior ângulo de deflexão que uma massa pode causar em uma massa de massa é dado por . Já para colisões inelásticas, é dado por . Perceba que como a massa é a analogia ao asteróide, , portanto, . Logo, o tipo de colisão que apresentaria um maior desvio, em coerência com a realidade seria a do tipo inelástica.
b) Dada a situação inicial, temos que o menor ângulo de desvio que o cometa deve sofrer é: .
Com isso, conservando momento nos eixos e :
Dividindo a equação de pela de :
\begin{equation}
\tan\theta = \frac{mv\cos\phi}{mv\sin\phi - MV}
\end{equation}
Essa é uma equação que não pode ser resolvida pelos métodos, tradicionais, mas pode ser resolvida por iteração. Isolando um dos termos temos:
Substituindo numericamente:
\begin{equation}
\phi = \arccos\left(\frac{1,0908 \times10^{21}\sin\phi - 2,121 \times10^{23}}{1.8 \times10^{25}}\right )
\end{equation}
Iterando, chegamos em
c) Para esse exercício, temos que utilizar a Segunda lei de Kepler. Esta diz que:
\begin{equation}
\frac{dA}{dt} = \frac{L}{2m}
\label{Eq. 2.11}
\end{equation}
Como a órbita do asteroide é parabólica, seu momento angular é dado por:
A área que o vetor posição do asteroide ''varre'' do ponto inicial até o ponto A, pode ser calculada utilizando a forma polar da parábola. O cálculo da mesma é o seguinte:
\begin{equation}
= \frac{p^2}{2}\int_0^{\alpha}\frac{d\theta}{(1+\cos\theta)^2} = \frac{p^2}{2}(\tan (\frac{\alpha}{2}) + \frac{1}{6}\tan ^3(\frac{\alpha}{2}))
\end{equation}
Substituindo o valor numérico, chegamos em:
Perceba que UA, uma vez que é o raio da órbita da Terra. Com isso temos que .
Isolando o tempo, na Eq. temos:
Integrando dos dois lados:
Utilizando agora a Terceira Lei de Kepler, temos que:
\begin{equation}
GM_{\odot} = \frac{p^3 4\pi^2}{T^2}
\end{equation}
Logo:
\begin{equation}
\Delta t \approx 0,76 \text{ anos} = \boxed{276,7 \text{ dias}}
\end{equation}
d) Primeiramente, vamos calcular a potência que o asteroide ira refletir do Sol:
\begin{equation}
P_{emi} = \frac{L_{\odot}R^2}{4d^2}A
\end{equation}
Onde é a distância entre o asteroide e o Sol. Seja a distância entre o asteroide e a Terra. o fluxo de luz, vindo do asteroide, que chegará na Terra, será dado por:
\begin{equation}
F_a = \frac{P_{emi}}{4\pi r^2} = \frac{L_{\odot}R^2}{16\pi r^2d^2}A
\label{2.16}
\end{equation}
O maior desafio dessa questão é perceber como varia com o tempo.
Do triângulo formado pelo asteroide, Terra e Sol. Vamos definir a separação angular entre a Terra e o asteroide, a partir do Sol. Por lei dos cossenos:
O valor de será mínimo, quando o valor de for mínimo, portanto, podemos derivar a expressão a cima e igualar a mesma a zero.
o que resulta em:
\begin{equation}
\frac{dr^2}{dt}= 2d\dot{d} - 2p\dot{d}\cos\theta +2p\sin\theta\dot{\theta}d
\label{eq. 2.17}
\end{equation}
Podemos encontrar através fórmula polar da parábola e é simplesmente a velocidade angular do asteroide menos a da Terra.
\begin{equation}
\dot{d} = \frac{p\sin\alpha}{(1+\cos\alpha)^2}\dot{\alpha}
\end{equation}
Onde é a velocidade angular do cometa.
Podemos reescrever a \ref{eq. 2.17} como:
Como é e, para encontrar o valor minimo a expressão acima deve ser igual a , temos:
Como e usando , podemos resolver essa expressão para encontrando:
Agora, para saber o para o correspondente temos que descobrir o tempo percorrido entre .
Pela órbita do asteroide ser parabólica:
Separando as variáveis:
O lado esquerdo dessa equação deve ser resolvido numéricamente, resultando em , já a constante tem valor numérico de . Portanto, o valor de é:
Com isso, encontramos que , logo, nosso . Utilizando a lei dos cossenos:
\begin{equation}
r^2 = \frac{p^2}{(1+\cos123^{\circ})^2} + p^2 - 2\frac{p^2\cos43^{\circ}}{1+\cos123^{\circ}}
\end{equation}
O que resulta em: . Agora, voltando em \ref{2.16}, podemos calcular o fluxo do asteroide, que será:
Logo, a magnitude aparente no momento de maior aproximação com a Terra, será:
Perceba que a magnitude no momento de maior aproximação é , portanto, o asteróide não será visível a olho nu.