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Soluções Astronomia - Semana 38

INICIANTE

Pela Lei do Deslocamento de Wien temos:

λpicoT=2,9103mK

T=2,9103mK500109m

T=5800K

INTERMEDIÁRIO

Se o universo é plano e feito somente de matéria, pode-se partir da gravitação de Newton:

m¨R=GM(R)mR2

¨R=GM(R)R2

Mas, M(R)=4π3R(t)3ρ(t):

¨R=G4π3R(t)3ρ(t)R(t)2

¨R=G4π3R(t)2ρ(t)R(t)2

¨R=4πGρ(t)R(t)3

¨R=4πGρ(t)R(t)3

Mas, R(t)=a(t)r0, onde r0 é a distância comóvel:

r0¨a=4πGρ(t)a(t)r03

¨a=4πGρ(t)a(t)3 (Equação da aceleração na formulação newtoniana)

Substituindo na equação do parâmetro de desaceleração:

q=4πGρ(t)a(t)23(˙a)2

Para encontrar a densidade crítica, partiremos da equação da aceleração na formulação newtoniana. A densidade crítica é, por definição, a densidade de um universo descrito por geometria euclideana, isto é, com curvatura zero.

¨a=4πGρ(t)a(t)3

¨a+4πGρ(t)a(t)3=0

Multiplicando a equação por ˙a

¨a˙a+4πGρ(t)a(t)3˙a=0

ρ(t)=ρ0a(t)3

¨a˙a+4πGρ03a(t)2˙a=0

Notando-se que 2¨a˙a=ddt[(˙a)2] e que ˙aa2=ddt[1a], temos:

12ddt[(˙a)2]4πGρ03ddt[1a]=0

ddt[(˙a)28πGρ031a]=0

(˙a)28πGρ031a=k

Para um universo plano, k=0;

logo:

(˙a)2=8πGρ031a(t)

mas, ρ(t)a(t)3=ρ0

(˙a)2=8πGρca(t)23

Resolvendo para ρc

ρc=3(˙aa)28πG

O parâmetro de densidade será:

Ω=ρ(t)ρc

Ω=8πGρ(t)a(t)23(˙a)2

Dividindo q por Ω:

qΩ=1/2

AVANÇADO

a) Primeiramente, devemos converter para coordenadas eclípticas:

   Figura 1: esfera para conversão de coordenadas equatoriais (2019) em coordenadas eclípticas, a distância angular entre os pontos PCN e PNE é 2327 .

Pela lei dos cossenos, obtemos a latitude eclíptica:

senβ=senδ2019cos2327cosδsen2327senα2019

β=393643,06"

Pela lei dos senos, obtemos a longitude eclíptica:

cosλ2019=cosδ2019cosβcosα

λ2019=1042057,5"

Agora, convertamos as coordenadas de 2019 para as da data. Para isso, calculemos a variação na longitude eclíptica:

Δλ=2019(2700)25772360

Δλ=65554,98"

Logo:

λdata=λ2019Δλ

λdata=382552,59"

 Figura 2: esfera de precessão.

Calculemos o ângulo θ:

Aplicando a lei dos cossenos no triângulo Estrela - PCN2019 - PNE:

cosθ=senδ2019cos2327senβsen2327cosβ

θ=142057,57"

Calculemos a declinação de Sírius na data:

Aplicando a lei dos cossenos no triângulo Estrela - PCN Data - PNE:

senδData=cos2327senβ+sen2327cosβcos(Δλθ)

δData=231335,58"

Agora, calculemos a ascensão reta na data:

Figura 3: esfera para conversão de coordenadas eclípticas em equatoriais da data, a distância angular entre os pontos PCN e PNE é 2327 .

Pela lei dos senos:

cosαdata=cosβcosδDatacosλData

αData=3h15min48,23s

b) De agora em diante, não serão mais usados os códigos 2019 e Data, pois todos os ângulos serão trabalhados na data.

Para calcular o tempo sideral, lembremos a sua definição:

t=α+H

Calculemos H, o ângulo horário:

No nascer, o ângulo horário será:

H=arccos(tanϕtanδ)

H=5h10min56,74s

Logo, t será:

t=22h4min51,49s

c) Para obter a longitude eclíptica do Sol, primeiro deveremos conhecer sua ascensão reta. Como não podemos assumir que o Sol esteja na mesma declinação de Sírius, necessariamente, não podemos dizer que seu ângulo horário é o mesmo. Temos a equação αSol+HSol=t, com duas incógnitas. Para resolver o problema, precisamos de outra equação também com essas duas incógnitas.

Similar ao que fizemos para Sírius, temos:

HSol=arccos(tanϕtanδSol)

No entanto, podemos encontrar tanδSol em função de αSol

Figura 4, conversão de coordenadas eclípticas em equatoriais do Sol. Créditos: BOCZKO, Roberto - Conceitos de Astronomia.

Pela lei do cosseno-cosseno:

cosαSolcos90=senαSolcotδSolsen90cotϵ

tanδSol=tanϵsenαSol

Substituindo:

cosHSol=(tanϕtanϵsenαSol)

Temos a nossa segunda equação!

sejam tanϕtanϵ=k

HSol=x

αSol=y

Logo:

t=x+y

cosx=kseny

Pelo seno da soma, temos:

sent=senxcosy+senycosx

sent=1cos2x1sen2yksen2y

Seja sent=u e sen2y=v

Resolvendo para v:

u+kv=(1k2v)(1v)

Elevando a equação ao quadrado:

u2+2kuv+k2v2=(1k2v)(1v)

u2+2kuv+k2v2=1vk2v+k2v2

v=1u21+2ku+k2

αSol=4h52min16,06s

Da figura 4 e da lei do cosseno-cosseno, tiramos que:

tanλSol=tanαSolcosϵ

λSol=742340,2"

d) Os equinócios ocorrem quando a longitude eclíptica do Sol é 0 ou 180.

λ=λ0+N360365, onde N é o número de dias.

Resolvendo para N:

N=(λλ0)365360

Onde λ0=742340,2"

Resolvendo:

N0=284,6; ou o dia 44 da Colheita

N180=107,1; ou o dia 107 da Cheia

e)Os solstícios ocorrem quando o Sol tem longitude eclíptica 90 e 270.

Utilizando a mesma equação do item D:

N=(λλ0)365360

N90=15,8; ou o dia 15 da Cheia.

N270=198,3; ou o dia 78 da Emergência.