INICIANTE
a) A distância de uma estrela pode ser determinada a partir da paralaxe trigonométrica da seguinte maneira:
Onde é o semi-eixo maior da orbita do planeta a partir do qual se mede o ângulo paralático
.
Calculando para a Terra, onde :
b)Utilizando o módulo da distância, temos:
Substituindo valores e resolvendo para , temos:
c) Adaptando a Lei de Pogson para magnitudes absolutas e luminosidades (Análogo à magnitudes aparentes e fluxos):
Substituindo valores e resolvendo para , temos:
INTERMEDIÁRIO
As duas soluções do problema diferem porque os azimutes das estrelas podem ser iguais ou separados por .
Primeiro, para o caso em que ambas as estrelas têm mesmo azimute:
Utilizando a figura, vemos que o dobro da distância polar é a diferença de alturas. Assim, encontramos a declinação:
Ainda utilizando a figura, vemos que o módulo da latitude é dado pela soma da menor altura com a distância polar ou a diferença entre a maior altura e a distância polar.
Segundo, para o caso em que as estrelas tem azimutes separados de :
Pela figura, vemos que a soma das alturas com o dobro da distância polar deve ser igual a .
Agora, calculemos a latitude :
Somando a distância polar com a menor das alturas obtemos o módulo da latitude.
Finalmente:
AVANÇADO
Este problema pode ser resolvido pensando sobre o que são matéria, radiação e sobre o conceito de energia escura fornecido no problema.
a) A partir da famosa equação podemos chegar numa relação entre densidade de energia e densidade de matéria:
Dividindo ambos os lados pelo volume do universo, :
Onde é a densidade de energia e
é a densidade de matéria.
Assim, conclui-se que e
são diretamente proporcionais.
Se a densidade é inversamente proporcional ao volume e, consequentemente, inversamente proporcional ao cubo do raio do universo, que, por sua vez, é proporcional ao fator de escala, temos que a densidade é inversamente proporcional ao cubo do fator de escala. Temos assim:
Onde e
são as densidades de matéria e de energia atualmente.
b) Assim como a matéria, a densidade de fótons cairá com o cubo do fator de escala. No entanto, a energia dos fótons é inversamente proporcional ao comprimento de onda, que, por ser um comprimento, é proporcional ao fator de escala, logo, a energia de um fóton somente será inversamente proporcional ao fator de escala. Juntando esses dois fatores, temos que a energia da radiação será inversamente proporcional à quarta potência do fator de escala.
Assim:
c) Se a energia escura é a energia do espaço vazio e somente há energia escura, quer dizer que este universo é vazio!
Logo, à medida que ele expande mais espaço vazio é criado e, dessa forma, mais energia escura é gerada. Assim, a densidade de energia escura é constante, e consequentemente, a densidade de energia total desse universo, em específico, também.