Processing math: 100%

Soluções Astronomia - Semana 93

Iniciante

Observando o satélite

a) Para determinar o diâmetro angular, vamos utilizar o seguinte esquema:

Observando o triângulo retângulo, podemos ver que:

sinθ2=RaRM

Substituindo os valores numéricos:

θ13

b) Para determinar o intervalo de latitudes vamos analisar o caso limite em que Phobos está no horizonte do observador e sobre o meridiano local.

Utilizando a lei dos senos:

sin90a=sin(90|ϕmax|)RM

Resolvendo:

|ϕmax|69

Ou seja, poderemos observar Phobos no intervalo de latitudes marcianas 69ϕ69.

Intermediário

Colapsando o satélite

a) Para encontrar a expressão do Limite de Roche, precisamos analisar a variação de força gravitacional entre dois pontos diferentes no satélite. Vamos utilizar o caso em que o diferencial de força é máximo, analisando uma massa de prova no centro do satélite e outra na superfície.

Equacionando, encontramos:

ΔF=F(Ff)

ΔF=GMμd2GMμ(dR)2+GmμR2

O Limite de Roche é o caso limite da expressão acima, em que ΔF=0, assim:

GMμd2GMμ(dR)2+GmμR2=0

GMμ(dR)2GMμd2=GmμR2

Utilizando a aproximação (1+x)n1+nx para x<<1:

GMμd2(1+2Rd)GMμd2=GmμR2

Desenvolvendo:

2GMμd3R=GmμR2

2Md3=mR3

d=32MmR

Em que d é a distância do Limite de Roche. Substituindo os valores numéricos:

d5500km

b) Tomando uma massa de prova μ na superfície de Marte que é elevada a uma altura h devido à força de maré de Phobos, podemos dizer que sua energia potencial gravitacional é:

E=μgMh

Para manter o equilíbrio, vamos igualar essa expressão ao trabalho realizado pela força de maré:

μgMh=μagRM

Sendo ag a aceleração gravitacional causada pela força de maré de Phobos em Marte e RM o raio de Marte.

Sendo os termos das acelerações gravitacionais:

gM=GMMR2M

ag=2GMPRMa3

Substituindo na expressão inicial:

h=aggMRM

h=2GMPRMa3GMMR2MRM

h=2MPMMR4Ma3

Substituindo os valores numéricos:

h6mm

Avançado

Anéis de Marte

Para a determinação do período dos anéis formados vamos nos basear na conservação do momento angular, já que não houve dissipação de energia no processo de colapso de Phobos.

Utilizando a relação entre o momento de inércia e a velocidade angular temos que:

ω=LI

2πT=LI

T=2πIL

Sendo o momento angular da órbita de Phobos, aproximando a órbita para circular temos que:

L=mvr

Como v=GMMr

L=mGMMr

Agora vamos calcular o momento de inércia da nuvem em cada uma das distribuições de massa.

a) Para um anel temos:

I=r2dm

Analisando a distribuiçã de massa do anel, temos:

dmm=dθ2π

dm=mdθ2π

Assim:

I=d22π0m2πdθ

IAnel=md2

Substituindo na expressão inicial:

T=2πmd2mGMMr

T=2πd2GMMr

Onde d é a distância entre o centro de Marte e o anel, MM a massa de Marte e r o raio orbital de Phobos antes do colapso.

b) Para um disco temos:

I=r2dm

Analisando a distribuiçã de massa do anel, temos:

dmm=dAπR2

Como dA=2πrdr:

dmm=2πrdrπR2

dm=m2rdrR2

Então:

IDisco=2mR2R0r3dr

I=mR22

Substituindo na expressão inicial:

T=2πmR22mGMMr

T=πR2GMMr

Onde R é o raio do disco formado, MM a massa de Marte e r o raio orbital de Phobos antes do colapso.

c) Para um toróide temos:

I=ρR2dxdydz

utilizando coordenadas cilíndricas, x=Rcosθ, y=Rsinθ e z=z:

dxdydz=Rdzdrdθ

Então:

I=ρR3dzdrdθ=2πρR3dzdr

I=2πρx3dzdx

Realizando uma substituição de variável para deslocar o eixo de rotação:

x=xr

dx=dx

Temos que:

I=2πρRRR2x2R2x2(x+r)3dzdx

I=4πρRR(x+r)3R2x2dx

Resolvendo a integral:

I=2π2ρrR2(34R2+r2)

Como m=2π2ρrR2:

IToroide=m(34R2+r2)

Substituindo na expressão inicial:

T=2πm(34R2+d2)mGMMr

T=2π(34R2+d2)GMMr

Onde d é a distância entre o centro de Marte e o centro do toróide, R é o raio da seção transversal do toróide, MM a massa de Marte e r o raio orbital de Phobos antes do colapso.