Escrito por Davi Lucas
Iniciante
Ramanujan explorando universos
a) A partir do gráfico, podemos escolher o seguinte ponto: (90km/s,4000Mpc)
Dessa forma, como este gráfico é moldado pela Lei de Hubble:
v=Hod
90=4000H0
Ho≈2,25×10−2 km/sMpc
b) Consideremos duas galáxias que no início do universo (Big Bang) estavam juntas, e que atualmente estão a uma distância r uma da outra, movendo com velocidade relativa v. Estimando que essa velocidade é constante e, pela lei de Hubble igual a:
v=Hor
Temos que o tempo é:
t=rv=rH0r=1H0
Assim, sabendo que 1Mpc≈3,09×1019km podemos converter as unidades do H0 de km/sMpc para s−1:
Ho≈7,27×10−22 s−1
Logo, o tempo estimado t é:
t≈1,37×1021 s
Convertendo para anos:
t≈4,36×1013 anos
Isso é apenas uma estimativa pelo fato de que a "constante de Hubble" não é realmente constante. Como o universo está expandindo, temos que a distância entre dois pontos diferentes quaisquer aumenta conforme o tempo passa. Assim, podemos definir o fator de escala a(t) como um fator entre a distância num tempo atual t0 e em outro tempo qualquer t. Desse modo, tendo a distância atual ro e a distância num tempo qualquer r, temos a seguinte relação:
r(t)=r0 a(t)
Derivando em função do tempo essa relação, temos que:
v(t)=r0 ˙a(t)
Substituindo r0=r(t)a(t) na equação acima:
v(t)=˙a(t)a(t)r(t)
Chegamos na lei de Hubble, onde a "constante de Hubble" é definida como:
H0≡˙a(t)a(t)
Assim, como dito anteriormente, pela definição da constante de Hubble ser em relação ao fator de escala, ela não é constante durante o tempo.
c) Considerando uma galáxia de massa m movendo-se com velocidade v, a uma distância r de um sistema de coordenadas qualquer, em um sistema de massa total M contida no volume de raio r. A energia mecânica, assim como dita no enunciado, é nula:
E=mv22−G′Mmr=0
Pela lei de Hubble, temos:
v=H0r
Além disso, podemos escrever a massa M em função da densidade:
M=4π3pcr3
Logo:
H20mr22−4G′πpcmr23=0
pc=3H208πG′
Substituindo os valores do problema, temos que:
pc≈9,46×10−34kgm3
pc≈9,46×10−37gcm3
Intermediário
Perdido na Índia
a) Aplicando a lei das cotangentes no triângulo da posição:
cot(Le)sin(Li)=cot(Ae)sin(Ai)+cos(Li)cos(Ai)
cot(90∘−h⊙)sin(90∘−ϕ)=cot(H⊙)sin(360∘−A⊙)+cos(90∘−ϕ)cos(360∘−A⊙)
tan(h⊙)cos(ϕ)=−cot(H⊙)sin(A⊙)+cos(A⊙)sin(ϕ)
cot(H⊙)sin(A⊙)=cos(A⊙)sin(ϕ)−tan(h⊙)cos(ϕ)
cot(H⊙)=cos(A⊙)sin(ϕ)−tan(h⊙)cos(ϕ)sin(A⊙)
H⊙=arctan(sin(A⊙)cos(A⊙)sin(28,61∘)−tan(h⊙)cos(28,61∘))
b) Pelo GMT, temos que
Δλ=77,23∘−75∘=2,23∘
Δλ15∘×1h=8min55s
O tempo solar verdadeiro é:
TSV=H⊙+12h
O tempo de fuso, leva em conta a diferença de longitude até o centro de fuso, e é:
TF=TSV+Δλ15∘
O tempo civil é o tempo de fuso levando em consideração a equação do tempo ET:
TC=TF+ET
Logo, o tempo civil é:
TC=H⊙+ET+12h8min55s
c) Utilizando o tempo sideral local:
TSL=HΩ+αΩ=H⊙+α⊙
Temos a seguinte ascensão reta do Sol:
α⊙=HΩ+12h−H⊙
Considerando o seguinte triângulo esférico sendo que Ω é o ponto anti-vernal, em que o Sol passa por volta de 21 de setembro e supondo que a observação foi feita antes desta data.
Aplicando a lei das cotangentes no triângulo acima:
cot(Le)sin(Li)=cot(Ae)sin(Ai)+cos(Li)cos(Ai)
cot(wΔt)sin(180∘−α⊙)=cot(90∘)sin(ϵ)+cos(180∘−α⊙)cos(ϵ)
cot(wΔt)sin(α⊙)=−cos(α⊙)cos(ϵ)
cot(wΔt)=−cot(α⊙)cos(ϵ)
tan(wΔt)=−tan(α⊙)cos(ϵ)
Δt=1warctan(−tan(α⊙)cos(ϵ))
Desconsiderando a excentricidade da órbita, temos que a velocidade angular do Sol é:
w=2π365,25dias
Portanto:
Δt=365,25dias2π arctan(−tan(α⊙)cos(ϵ))
Assim, mesmo que tenhamos considerado que α⊙<180∘, como a outra situação, ou seja α⊙>180∘, é análoga, apenas teríamos um Δt com sinal invertido indicando que o Sol já teria passado o ponto Ω.
Definindo o dia do equinócio de outono(21 de setembro) como DΩ, temos que o dia em que Heitor está é:
DΩ±365,252π arctan(−tan(α⊙)cos(ϵ))dias
Avançado
Modelando nebulosas
a) Como o gás é homogêneo, este possuí uma densidade numérica de partículas constante:
η≡NV
Considerando uma camada infinitesimal de gás de área A e espessura dϵ
O número N′ de partículas nessa camada infinitesimal é:
N′=ηAdϵ
Considerando as partículas esféricas de raio r, a superfície total absorvida S, onde haverá luz atravessando gás é:
S=N′πr2
S=ηAπr2dϵ
Como a perda de intensidade luminosa está diretamente relacionada à porcentagem de superfície em que luz atravessará o gás:
dLL=−SA
Integrando a equação anterior:
∫LL0dLL=∫ϵ0−ηπr2dϵAA
∫LL0dLL=−ηπr2∫ϵ0dϵ
ln(LL0)=−ηπr2ϵ
LL0=e−ηπr2ϵ
Dessa forma como a profundidade óptica se relaciona com as intensidades da seguinte maneira:
τ≡NVπr2ϵ∴L=L0e−τ
b) Primeiramente devemos calcular a autoenergia de uma esfera de raio R', no caso a energia potencial de um corpo esférico. Podemos montar um corpo deste juntando cascas esféricas de raio r e espessura dr:
No caso, a massa dm dessa casca esférica pode ser descrita como:
dm=4πρr2dr
E a massa total M:
M=4πr3ρ3
E a energia potêncial adicionada por essa casca esférica dU é:
dU=−GMdmr
dU=−16π2Gr4drρ23
Como a densidade dessa esfera é constante:
ρ=3M4πR′3
Encontramos que:
∫U0dU=−16Gπ239M216π2R6∫R′0r4dr
U=−3M2GR′55R′6
U=−3GM25R′
Pelo teorema da equipartição da energia, temos que com N partículas nesta nuvem, a energia térmica K é:
K=3NRT2Na
Para a nebulosa atingir o equilíbrio hidrostático e se tornar uma estrela, temos pelo teorema do virial que:
2K+U=0
3NRTNa=3GM25R′
NRTNa=GM25R′
Relacionando o raio R′ com o volume da estrela:
V=43πR′3
R′=(3V4π)1/3
Substituindo R′ no teorema do virial:
5NRTNa (3V4π)1/3=GM2
5NRTGNa (3V4π)1/3=M2
Temos que em função das variáveis dadas, a Massa de Jeans pode ser escrita como:
M=(5NRTGNa)1/2 (3V4π)1/6