Escrito por Davi Lucas
Iniciante
Cabelo de Romene
A partir do que foi dado no enunciado, podemos analisar a situação vetorialmente no seguinte esquema geométrico:
Primeiramente, para analisarmos a influência da latitude, devemos ter algum padrão de referência para comparar. Considerando a aceleração da gravidade no centro do planeta Terra devido à Lua como referência, temos que esta é dada por:
Agora, analisando no ponto específico em que o Romene está, a aceleração que ele sofre devido à Lua é dada por:
Perceba que a única diferença está na distância, por isso, tentaremos achar alguma relação entre e .
Olhando novamente o esquema geométrico, temos que vetorialmente:
Aplicando a lei dos cossenos no triângulo formado pelos três vetores , e , temos:
Como , podemos desprezar o termo :
Utilizando a aproximação binomial:
Substituiremos essa expressão encontrada para em :
Utilizando novamente a aproximação binomial, temos que:
Em relação ao centro da Terra, temos a aceleração relativa :
Definindo as referências do plano cartesiano, usaremos o eixo x com a unidade valendo o raio da Terra , sendo a origem o centro da Terra, e o eixo y será aquele perpendicular ao x.
Com isso podemos descrever o vetor como:
Substituindo o resultado que encontramos para o vetor na fórmula encontrada para a gravidade relativa , isto é, aquela causa pela força de maré da Lua:
Simplificando:
Com isso, temos que a força de maré é:
Intermediário
Pequenininho
a) Sabendo que as constantes citadas no enunciado tem as seguintes unidades:
Temos que a distância de planck pode ser dada em função dessas constantes com expoentes ainda desconhecidos:
Analisando a dimensão, temos:
Para que o princípio da homogeneidade seja respeitado, isto é a dimensão de ambos os lados da equação seja o mesmo. Temos que:
Resolvendo este sistema, chegamos que:
Assim:
b) Nesta situação particular, a energia do fóton é expressa em termos da massa de repouso, ou, neste caso, da massa equivalente, pois um fóton jamais alcançaria esse estado.
Além disso, temos a equação da energia de um fóton em função do seu comprimento de onda .
Igualando ambas:
c) Analisando a situação com os dois fótons representados em vermelho e o centro de massa C.M:
Temos que estes fótons realizarão uma órbita circular em torno do C.M. Assim analisando a força gravitacional como resultante centrípeta:
Definindo o diâmetro orbital como :
Substituindo a massa equivalente encontrada no item anterior:
d) Para que a informação não escape, o maior comprimento de onda deve ser igual ao comprimento da órbita. Qualquer comprimento de onda maior que esse resultaria na fuga de informação da órbita. Assim, .
Substituindo essa condição na expressão do diâmetro orbital encontrada no último item:
E assim, descobrimos que a distância de planck é o diâmetro da órbita estudada:
Avançado
Fotometria da lambança?
Antes de resolvermos o problema, gostaria de dar duas ressalvas, primeiramente você não é obrigado a resolver todas as integrais na mão, caso sinta dificuldade principalmente no item D, fique a vontade para utilizar ferramentas matemáticas online, assim como você pode usar nas listas de Vinhedo! Outra coisa, esse assunto é bem complicado e poucas pessoas realmente o entendem completamente, por isso, fique a vontade para tirar suas dúvidas no grupo de astronomia do NOIC ou aprender um pouco mais na Apostila Magna.
a) Como mencionado no texto, o fluxo que chega é proporcional à área iluminada do visível do astro. Portanto, devemos explorar a geometria desse problema a fim de encontrar tal área. Observe atentamente a seguinte figura sabendo que a porção cinza é aquela que não recebe luz solar e a porção em azul claro é aquela em que um observador terrestre não consegue enxergar mesmo que estivesse iluminiada.
Além disso, é interessante notar que na visão do observador, metade da lua visível (ou seja, na realidade ) é observável e mais meia elipse de raio assim como na seguinte imagem:
Dessa forma, a área que um observador terrestre enxerga é:
Agora, podemos calcular a função de fase integral . Quando o ângulo de fase , a área visível corresponde a toda a Lua, ou seja, . Portanto:
b) A partir da fórmula dada, podemos cortar o dos dois lados:
A partir da seguinte visualização retirada do livro Introduction to Planetary Photometry, podemos encontrar interessantes relações para o .
Dessa maneira o infinitesimal de área pode ser escrito como:
Como o infinitesimal de ângulo sólido pode ser definido como :
Substituindo na equação anterior com os devidos intervalos, temos:
Realizando as devidas integrações, chegamos em:
Devido às características da superfície lambertiana, existem propriedades relacionadas ao cosseno dos ângulos de inclinação e emissão que, no final, se equilibram, fazendo com que a radiância seja independente do ângulo de observação. Perceba pela seguinte figura que a inclinação afeta na quantidade de energia:
Temos que a energia nada mais é que o fluxo multiplicado por um termo cosseno:
Perceba que essa energia depende da área e possui mesma unidade que o fluxo, realmente um grande problema na fotometria são as definições e convenções de unidades. Mas saiba que estamos usando dessa maneira por aqui.
Assim, substituindo na fórmula encontrada pós-integração:
c) A partir da figura do enunciado, podemos desenhar o seguinte triângulo esférico:
Aplicando a lei dos cossenos, temos:
Além disso, também temos o seguinte triângulo:
Aplicando a lei dos cossenos:
d) Pela fórmula que já chegamos anteriormente:
Indo para um referência normal, saindo da visão inclinada que possuí a interferência do ângulo de emissão , temos:
Encontrando o infinitesimal de intensidade luminosa:
Substituindo as fórmulas encontradas por trigonometria esférica no item anterior:
Analise a seguinte figura que nos mostra a área analisada:Temos que:
Substituindo na fórmula encontrada anteriormente para :
Integrando de até e de até , chegamos em:
Temos que a função de fase integral é: