Escrito por Felipe Maia
Iniciante
Relações orbitais em sistemas binários
a) Num sistema de binárias as duas estrelas possuem a mesma velocidade angular em torno do centro de massa. Do equilíbrio de forças, temos:
Isolando e :
Somando as duas equações chegamos em uma expressão para
Podemos substituir por . Com isso e isolando , chegamos na relação pedida:
b) Da teoria do centro de massa: isso nos leva a:
Ao utilizarmos as unidades de anos para tempo e UA para distância, a constante gravitacional assume valor numérico igual a , utiliznado isso e substituindo na fórmula, temos:
c) Para determinarmos a velocidade, temos que:
Resolvendo para , chegamos em:
d) A curva de luz registra a variação na intensidade da luz emitida pelo sistema ao longo do tempo. Quando duas estrelas orbitam uma à outra, podem ocorrer eclipses, que causam quedas periódicas no brilho observado.
Para determinar as massas das estrelas, os astrônomos medem o período orbital, que é o tempo que as estrelas levam para completar uma órbita, e a velocidade radial, que é a velocidade com que cada estrela se move em relação ao observador, medida pelo efeito Doppler. Com essas informações e aplicando a terceira lei de Kepler, é possível calcular as massas das estrelas.
Os tamanhos relativos das estrelas podem ser estimados analisando a profundidade e a duração dos eclipses na curva de luz. A profundidade dos eclipses indica quanta luz é bloqueada, o que ajuda a inferir o tamanho relativo das estrelas. A duração dos eclipses fornece informações adicionais sobre os tamanhos das estrelas e a dimensão da órbita.
Intermediário
Estrela V3-RdE
O primeiro passo para resolver essa questão é converter todas as cordenadas para o mesmo sistema. Para converter as cordenadas eclípiticas para equatoriais, vamos usar o seguinte triângulo esférico:
Aplicando primeiramente uma lei dos cossenos:
O que nos resulta em . Agora basta aplicar uma lei dos senos:
Agora, com as cordenadas no mesmo sistema, podemos montar o triângulo de posição que nos mostra o paralaxe da estrela:
Basta aplicar uma lei dos cossenos para acharmos a paralaxe da estrela:
Com a paralaxe em mãos, basta utilizar que:
A estrela V3 - RdE está realmente bem perto de nós.
Avançado
Universo Rosquinha
a) Usando a dica dada no enunciado, é fácil perceber que o volume do Universo Rosquinha é o mesmo volume de um cilíndro de raio e altura , portanto
b) Da Lei de Gauss, temos que:
Como dito no enunciado, a área do Universo Rosquinha, pode ser aproximada para um cilíndro de altura e raio , portanto .
Como , temos que:
Para achar a energia potenical associada a particula, vamos definir , logo . A energia potencial é dada por:
Podemos definir
Substituindo :
c) A energia mecânica, associada a partícula, tem forma de:
Dividindo ambos os lados por temos:
Reorganiznado:
Portanto:
d) Da Primeira lei da termodinânica:
Onde é a densidade de energia. A pressão pode ser escrita como , como sendo uma constante adimensional que depende das propriedades da máteria/energia (para a resolução dessa questão o valor de é indiferente, tendo em vista que o exercício pede que a resposta fique em função do mesmo). Aplicando a regra do produto na equação a cima, temos:
Uma vez que não há uma energia adicional sendo colocada no nosso Universo Rosquinha ().
Como o Universo Rosquinha expande em 3 dimensões, , temos que . Reorganizando:
Por fim, derivando em relação ao tempo, temos que:
e) Temos que a primeira equação de Friedmann é dada da forma:
Multiplicando ambos os lados por , temos:
Derivando em relação ao tempo, temos do lado esquerdo:
E do lado direito:
Dividindo os dois lados por temos:
Substituindo encontrado na equação dos flúidos, temos:
Por fim: