OBF 2011 - Terceira Fase (Nível 1)

Escrito por Antônio Ítalo

Você pode acessar a prova aqui

Questão 1:

Um foguete de 1000 kg é lançado da superfície da Terra a partir do repouso e numa trajetória
vertical ascendente. Nos primeiros 60 segundos da subida a altura h (a partir da superfície) do foguete foi determinada em km em intervalos de 5 segundos e o resultado indicado na tabela a seguir:

a) Escreva a equação horária h(t) para o foguete.
b) Determine a força de empuxo ascendente que atua no foguete.

Assuntos Abordados

Cinemática

[collapse]
Solução

a) É possível perceber uma propriedade interessante ao analisar esses dados:

\dfrac{h(t+\Delta t)-h(t)}{\Delta t} \propto t

Isso é uma característica de um M.U.V. com velocidade inicial nula. Testemos então uma função do tipo:

h(t)=\dfrac{at^{2}}{2}

Que é a função horária do M.U.V. nesse caso. Para t=5 s, obtemos então:

a=0,02 km/s^{2}=20 m/s^{2}

Sabendo disso, podemos testar se isso é válido para todos os outros pontos e obtemos resposta positiva. Portanto:

h(t)=10t^{2}

Com t em segundos e h em metros.

b) Pela segunda lei de Newton, temos:

E-mg=ma

E=m \left( g + a \right)

Substituindo os valores da massa, da aceleração e do campo gravitacional, obtemos:

E=30000 N

[collapse]
Gabarito

a)

h(t)=10t^{2}

Com t em segundos e h em metros.

b)

E=30000 N

[collapse]

Questão 2:

Um móvel se desloca ao longo de uma reta. No primeiro trecho da viagem ele parte do repouso
com uma aceleração constante  a_{1} e atinge uma velocidade máxima v_{1}. No segundo trecho, de duração t, ele possui uma aceleração constante e menor ܽa_{2} e atinge uma velocidade máxima v_{2}. No terceiro trecho ele desacelera com aceleração -a_{3} até atingir o repouso novamente. Sabendo que o tempo total da viagem foi T, determine qual a distância total percorrida pelo móvel.

Assunto Abordado

Cinemática

[collapse]
Solução

Essa é uma questão que à primeira vista parece simples, contudo, há um pequeno detalhe escondido no enunciado que pode facilmente passar despercebido. Note que o enunciado deixa claro que, em cada trecho, o móvel atingirá sua velocidade máxima daquele trecho, v_{1} ou v_{2}, contudo, não é especificado se quando isso ocorre o trecho se encerra. Como o enunciado informou o tempo do trecho 2 e o tempo total do trecho podemos notar que na realidade o móvel ainda se deslocará com sua velocidade máxima por um certo tempo. Veja o gráfico a seguir para melhor entendimento:

Para calcular a distância total percorrida pelo móvel podemos simplesmente calcular a área abaixo desse gráfico. Note que os tempos t_{1} e t_{2} podem ser descobertos conforme mostraremos a seguir:

T=\dfrac{v_{1}}{a_{1}}+t_{1}+t+\dfrac{v_{2}}{a_{3}}

Isolando t_{1}, obtemos:

t_{1}=T-\dfrac{v_{1}}{a_{1}}-\dfrac{v_{2}}{a_{3}}-t

Para t_{2}, faremos o mesmo processo:

t=t_{2}+\dfrac{v_{2}-v_{1}}{a_{2}}

Isolando t_{2}, obtemos:

t_{2}=t-\dfrac{v_{2}-v_{1}}{a_{2}}

Podemos então calcular as distâncias percorridas nos cinco intervalos demarcados no gráfico:

\Delta S_{1}=\dfrac{v_{1}^{2}}{2a_{1}}

Para o segundo trecho, temos:

\Delta S_{2}=v_{1}t_{1}=v_{1}\left(T-\dfrac{v_{1}}{a_{1}}-\dfrac{v_{2}}{a_{3}}-t\right)

Para o terceiro trecho, obtemos:

\Delta S_{3}=\dfrac{v_{1}+v_{2}}{2}\dfrac{v_{2}-v_{1}}{a_{2}}=\dfrac{v_{2}^{2}-v_{1}^{2}}{2a_{2}}

Para o quarto trecho, obtemos:

\Delta S_{4}=v_{2} \left(t-\dfrac{v_{2}-v_{1}}{a_{2}}\right)

Para o quinto e último trecho, temos:

\Delta S_{5}=\dfrac{v_{2}^{2}}{2a_{3}}

A distância total percorrida é então:

\Delta S=\Delta S_{1}+ \Delta S_{2}+ \Delta S_{3} + \Delta S_{4} + \Delta S_{5}

\Delta S=\dfrac{v_{1}^{2}}{2a_{1}}+v_{1}\left(T-\dfrac{v_{1}}{a_{1}}-\dfrac{v_{2}}{a_{3}}-t\right)+\dfrac{v_{2}^{2}-v_{1}^{2}}{2a_{2}}+v_{2} \left(t-\dfrac{v_{2}-v_{1}}{a_{2}}\right)+\dfrac{v_{2}^{2}}{2a_{3}}

\Delta S=\dfrac{v_{2}^{2}}{2} \left( \dfrac{1}{a_{3}}-\dfrac{1}{a_{2}} \right)-\dfrac{v_{1}^{2}}{2}\left(\dfrac{1}{a_{1}}+\dfrac{1}{a_{2}} \right)+v_{1}\left(T-t\right)+v_{2}t+v_{1}v_{2}\left( \dfrac{1}{a_{2}}-\dfrac{1}{a_{3}}\right)

 

[collapse]
Gabarito

\Delta S=\dfrac{v_{2}^{2}}{2} \left( \dfrac{1}{a_{3}}-\dfrac{1}{a_{2}} \right)-\dfrac{v_{1}^{2}}{2}\left(\dfrac{1}{a_{1}}+\dfrac{1}{a_{2}} \right)+v_{1}\left(T-t\right)+v_{2}t+v_{1}v_{2}\left( \dfrac{1}{a_{2}}-\dfrac{1}{a_{3}}\right)

[collapse]

Questão 3:

Um corpo é lançado do fundo de um lago com velocidade horizontal v_{0}. O lago, de profundidade H, possui água de densidade \rho_{L}. Sabendo que a densidade da água é maior que a densidade \rho_{C} do corpo, determine qual deve ser a razão entre as duas para que o alcance total do corpo, medido na linha horizontal de lançamento do mesmo, seja mínimo.

Assunto Abordado

Cinemática, Leis de Newton e Empuxo

[collapse]
Solução

Nesse problema é importante notar que o alcance total do corpo é a distância entre o ponto de lançamento e o ponto em que o corpo volta a tocar o fundo do lago pela segunda vez. Dividiremos o problema então em três trechos.

A partir da segunda lei de Newton podemos calcular a aceleração vertical para cima a do corpo no primeiro trecho:

\rho_{C} V_{ol} a=\rho_{L} V_{ol} g - \rho_{C} V_{ol} g

a=g \left(\dfrac{\rho_{L}}{\rho_{C}}-1 \right)

A partir de agora, temos um problema de cinemática. Defina o eixo x como horizontal no sentido da velocidade inicial e o eixo y vertical para cima. A origem é definida no ponto de lançamento. Podemos escrever y(t) e x(t):

y(t)=\dfrac{at^{2}}{2}

E:

x(t)=V_{0} t

O tempo de subida é então obtido quando fazemos y=H:

T_{1}=\sqrt{2H}{a}

O alcance A_{1} será então o próprio valor de x:

A_{1}=V_{0}\sqrt{\dfrac{2H}{a}}=V_{0}\sqrt{\dfrac{2H}{\left(\dfrac{\rho_{L}}{\rho_{C}}-1 \right)g}}

A velocidade no eixo y nesse segundo trecho será então:

V_{y2}=\sqrt{2 \left( \dfrac{\rho_{L}}{\rho_{C}}-1 \right)gH}

O alcance nesse segundo trecho será simplesmente o alcance de um lançamento normal, que é dado por:

A_{2}=\dfrac{2V_{x}V_{y}}{g}

Logo:

A_{2}=2V_{0}\sqrt{\dfrac{2\left(\dfrac{\rho_{L}}{\rho_{C}}-1 \right)H}{g}}

Por simetria, temos:

A_{1}=A_{3}

Logo, o alcance total é dado por:

A_{tot}=A_{1}+A_{2}+A_{3}

A_{tot}=2V_{0}\sqrt{\dfrac{2H}{g}}\left(x+\dfrac{1}{x}\right)

Onde x é \sqrt{\dfrac{\rho_{L}}{\rho_{C}}-1}. Para minimizar o alcance, devemos minimizar então a função x+\dfrac{1}{x}. Há diversas formas de fazer isso, contudo, a mais comum seria partindo da seguinte inequação:

\left(x-1 \right)^{2} \geq 0

Abrindo o produto notável temos:

x^{2}+1 \geq 2x

Dividindo por x, obtemos:

x+\dfrac{1}{x} \geq 2

Logo, o valor máximo da nossa função é 2. Note que isso ocorre justamente em x=1. Sendo assim:

\dfrac{\rho_{L}}{\rho_{C}}=2

[collapse]
Gabarito

\dfrac{\rho_{L}}{\rho_{C}}=2

Onde t está em segundos e x em metros

[collapse]

Questão 4:

Uma massa m_{1}, com velocidade inicial v_{0}, atinge um sistema massa-mola, cuja massa é m_{2},
inicialmente em repouso, mas livre para se movimentar. A mola é ideal e possui constante elástica ݇k,
conforme a figura. Não há atrito com o solo.

a) Qual é a compressão máxima da mola?
b) Se, após um longo tempo, ambos os objetos, se deslocam na mesma direção, quais serão as
velocidades finais ܸv_{1} e ܸv_{2} das massas ݉m_{1} e ݉m_{2}, respectivamente?

Assunto Abordado

Conservação do Momento e da energia

[collapse]
Solução

a) Primeiramente, deve-se perceber que o instante da compressão máxima é quando as velocidades de ambas as massas são iguais, pois enquanto a massa  m_{1} tiver velocidade maior a mola continuará a ser comprimida cada vez mais. Sabendo disso, podemos descobrir a velocidade das massas nesse instante a partir da conservação da quantidade de movimento.

m_{1}v_{0}=\left( m_{1} + m_{2} \right) v

v= \dfrac{m_{1} v_{0}}{m_{1}+m_{2}}

Agora, note que não atuam forças dissipativas nesse sistema, portanto:

E_{0}=E

\dfrac{m_{1}v_{0}^{2}}{2}=\dfrac{kx^{2}}{2}+\dfrac{\left(m_{1}+m_{2}\right)v^{2}}{2}

kx^{2}=m_{1}v_{0}^{2}-\left(m_{1}+m_{2}\right)\dfrac{m_{1}^{2}v_{0}^{2}}{\left(m_{1}+m_{2} \right)^{2}}

kx^{2}=m_{1}v_{0}^{2}\left(1- \dfrac{m_{1}}{m_{1}+m_{2}} \right)

x=v_{0}\sqrt{\dfrac{m_{1}m_{2}}{\left(m_{1}+m_{2} \right) k }}

b) Como na situação final só haverá a energia cinética das massas e o momento se conservará, temos simplesmente uma colisão perfeitamente elástica, portanto, podemos utilizar o conceito de coeficiente de restituição:

e=1=\dfrac{v_{2}-v_{1}}{v_{0}}

v_{2}=v_{1}+v_{0}

Pela conservação do momento linear (quantidade de movimento), temos:

m_{1}v_{0}=m_{1}v_{1}+m_{2}v_{2}

v_{2}=\dfrac{m_{1}}{m_{2}}\left(v_{0}-v_{1} \right)

Igualando, obtemos então:

v_{1}+v_{0}=\dfrac{m_{1}}{m_{2}}v_{0}-\dfrac{m_{1}}{m_{2}}v_{1}

v_{1}\left(1+\dfrac{m_{1}}{m_{2}} \right) = \left(\dfrac{m_{1}}{m_{2}}-1 \right)v_{0}

v_{1}=\dfrac{m_{1}-m_{2}}{m_{1}+m_{2}}v_{0}

E, substituindo na equação para v_{2}, temos:

v_{2}=\dfrac{2m_{1}}{m_{1}+m_{2}}v_{0}

[collapse]
Gabarito

a)

x=v_{0}\sqrt{\dfrac{m_{1}m_{2}}{\left(m_{1}+m_{2} \right) k }}

b)

v_{1}=\dfrac{m_{1}-m_{2}}{m_{1}+m_{2}}v_{0}

e

v_{2}=\dfrac{2m_{1}}{m_{1}+m_{2}}v_{0}

[collapse]

Questão 5:

Um paraquedista de 80 kg, em queda livre, leva 3 minutos, após a abertura (início da contagem
do tempo t=0) do paraquedista, para atingir o solo de uma altura de 1700 m. O gráfico a seguir representa a velocidade do paraquedista nos primeiros dois minutos após a abertura do pára-quedas.

a) Qual a aceleração média sofrida pelo pára-quedista durante a queda?
b) Calcule a energia mecânica perdida devido ao atrito com o ar durante a queda.

Assunto Abordado

Energia e Cinemática

[collapse]
Solução

a) Por definição, a aceleração média é dada por:

a_{m}=\dfrac{\Delta V}{\Delta t}

Pela análise do gráfico, é fácil notar que o paraquedista atinge a velocidade limite de 5 m/s, sendo assim:

a_{m}=\dfrac{5-45}{180} m/s

a_{m}=-\dfrac{2}{9} m/s^{2}

Onde foi adotado um sistema de referência com velocidades positivas para baixo.

b) A energia mecânica inicial é dada por:

E_{M0}=mgH+\dfrac{mV_{0}^{2}}{2}=1,441.10^{6} J

Note que foi tomado o solo como nível de referência para a energia potencial gravitacional. A energia mecânica antes da colisão com o solo é:

E_{M}=\dfrac{mV_{lim}^{2}}{2}=1,0.10^{3} J

A energia dissipada pelo atrito com o ar é então:

E_{Mdis}=-\Delta E_{M} = 1,44.10^{6} J

[collapse]
Gabarito

a)

a_{m}=-\dfrac{2}{9} m/s^{2}

Onde foi adotado um sistema de referência com velocidades positivas para baixo.

b)

E_{Mdis}=-\Delta E_{M} = 1,44.10^{6} J

[collapse]

Questão 6:

Uma partícula é lançada com velocidade v_{0} perpendicularmente a um plano inclinado, de
inclinação \alpha com a horizontal, como mostra a figura. Determine:

a) A distância máxima \overline{AB} que a partícula fica do plano inclinado.
b) O alcance da partícula ao longo do plano inclinado.
c) A razão entre ݀d_{1} e ݀d_{2} mostrada na figura. Obs.: Sendo A o ponto cuja partícula está à distância
máxima do plano e B sua projeção sobre o mesmo, as distâncias ݀d_{1} e ݀d_{2} são definidas como a
distância do ponto de lançamento a B, e a distância de B ao ponto de retorno da partícula ao plano,
respectivamente.

Assunto Abordado

Lançamento oblíquo

[collapse]
Solução

Primeiramente, escolheremos dois eixos para serem trabalhados. Nessa situação a melhor escolha é a do eixo x como o eixo ao longo do plano inclinado e que está descendo e a do eixo y como o eixo perpendicular ao plano inclinado e que está subindo.

a) Podemos escrever a função horária do espaço para cada eixo. Observe que ambas serão um M.U.V.

y(t)=V_{0}t-\dfrac{g \cos \left( \alpha \right) t^{2}}{2}

x(t)=\dfrac{g \sin \left( \alpha \right) t^{2}}{2}

A distância \overline{AB} será o valor de y_{max}, que pode ser obtido pela aplicação de Torricelli no eixo y:

0=V_{0}^{2}-2 g \cos \left( \alpha \right) \overline{AB}

\overline{AB}=\dfrac{V_{0}^{2}}{2 g \cos \left( \alpha \right)}

b) Fazendo y=0 obtemos:

t=0

ou

t=\dfrac{2V_{0}}{g \cos \left( \alpha \right))}

Substituindo na função horária do espaço de x, obtemos o alcance:

A=\dfrac{2V_{0}^{2}\tan \left( \alpha \right)}{g \cos \left( \alpha \right)}

c) Note que o tempo para percorrer d_{1} é o mesmo levado para percorrer d_{2}, sendo assim, podemos utilizar o resultado das proporções de Galileu para afirmar imediatamente que:

\dfrac{d_{1}}{d_{2}}=\dfrac{1}{3}

Mas para quem não conhece esse resultado, segue a demonstração dessa equação:

d_{1}=\dfrac{at^{2}}{2}

d_{2}=\dfrac{a \left( 4t^{2}-t^{2} \right) }{2}

Logo:

\dfrac{d_{1}}{d_{2}}=\dfrac{1}{3}

[collapse]
Gabarito

a)

\overline{AB}=\dfrac{V_{0}^{2}}{2g \cos \left( \alpha \right)}

b)

A=\dfrac{2V_{0}^{2}\tan \left( \alpha \right)}{g \cos \left( \alpha \right)}

c)

\dfrac{d_{1}}{d_{2}}=\dfrac{1}{3}

[collapse]

 

Questão 7:

Neste problema você será apresentado a um método desenvolvido por Isaac Newton e Gottfried
Leibnitz independentemente. Nele você irá aprender a derivar a velocidade de um corpo em movimento tendo
conhecimento apenas da sua função horária da posição.
Considere um móvel cuja equação horária é x(t)= 3 t^{2} -2 t + 1, onde x é dado em metros e t em
segundos.
a) Qual a posição do móvel nos instantes t_{0}=0 s, t_{1}=1 s e t_{2}=2 s.

Sabendo que a velocidade média de um móvel entre os instantes t e t+\Delta t é dada por

v_{m}=\dfrac{x \left( t+ \Delta t \right) - x \left( t \right)}{\Delta t}

b) Determine a velocidade média do móvel nos intervalos \left( t_{0}, t_{1} \right), \left( t_{1}, t_{2} \right) e \left( t_{0}, t_{2} \right).

Agora, vamos aprender a determinar a velocidade instantânea de um móvel num instante dado. Para calcular a velocidade do móvel no instante t_{1}=1 s, proceda da seguinte maneira:

c) Determine o valor da velocidade média do móvel entre t_{1} e t_{1}+\Delta t, em função de \Delta t.

d) A velocidade do móvel é obtida fazendo-se \Delta t = 0 na expressão obtida no item anterior. Determine
essa velocidade.

e) Repita o mesmo procedimento dos itens c) e d) para determinar o valor da velocidade em qualquer
instante de tempo t.

Assunto Abordado

Cinemática

[collapse]
Solução

a) Substituindo os tempos na função horária, obtemos:

x(t_{0})=1 m

x(t_{1})=2 m

x(t_{2})=9 m

b) Utilizando a definição fornecida e substituindo os valores encontrados no item anterior, obtemos:

v_{m1}=1 m/s

v_{m2}=7 m/s

v_{m3}=4 m/s

c) Por definição, temos:

v_{m}(\Delta t)= \dfrac{x(t_{1}+\Delta t)-x(t_{1})}{\Delta t}

v_{m}(\Delta t)=\dfrac{3\left(1+\Delta t \right)^{2} -2 \left(1+\Delta t \right) + 1 - 2}{\Delta t}

v_{m}(\Delta t)=\dfrac{3 \left(1 + 2\Delta t + \left( \Delta t \right) ^{2} \right)-2 - 2 \Delta t + 1 -2}{\Delta t}

v_{m}(\Delta t)=\dfrac{3+6 \Delta t +3 \left( \Delta t \right) ^{2}-3-2\Delta t}{\Delta t}

v_{m}(\Delta t)=4+3\Delta t

Onde v_{m} está em metros por segundo e \Delta t em segundos.

d) Substituindo, obtemos:

v=4 m/s

e) Primeiramente, encontremos a fórmula em função de \Delta t e t:

v_{m}(\Delta t, t)=\dfrac{x(t+\Delta t)-x(t)}{\Delta t}

v_{m}(\Delta t, t)=\dfrac{\left( 3 \left(t+\Delta t \right)^{2}-2 \left(t+\Delta t \right) + 1\right)- \left( 3t^{2}-2t+1\right)}{\Delta t}

v_{m}(\Delta t, t )=\dfrac{3t^{2}+6t \Delta t +3\left(\Delta t \right)^{2} - 2t -2 \Delta t +1 - 3t^{2}+2t-1}{\Delta t}

v_{m}(\Delta t, t) =6t - 2 + 3 \Delta t

Fazendo \Delta t=0, temos:

v(t)=6t-2

Com v em metros por segundo e t em segundos.

[collapse]
Gabarito

a)

x(t_{0})=1 m

x(t_{1})=2 m

x(t_{2})=9 m

b)

v_{m1}=1 m/s

v_{m2}=7 m/s

v_{m3}=4 m/s

c)

v_{m}(\Delta t)=4+3\Delta t

Onde v_{m} está em metros por segundo e \Delta t em segundos.

d)

v=4 m/s

e)

v(t)=6t-2

Com v em metros por segundo e t em segundos.

[collapse]

Questão 8:

Segundo a teoria da Relatividade de Einstein um elétron relativístico tem uma massa de repouso
m_{0} e uma massa inercial m representada pela seguinte equação:

m=\dfrac{m_{0}}{\sqrt{1-\dfrac{v^{2}}{c^{2}}}}

onde v é a velocidade do elétron relativa a um referencial inercial e c a velocidade da luz no vácuo. Esta
equação implica que o elétron em movimento tem uma massa que depende da sua velocidade!
a) Qual a massa inercial do elétron quando v=0,5c.
b) Porque um elétron não pode viajar a velocidade da luz segundo a teoria de Einstein. Sua resposta
deve ser baseada na interpretação da equação anterior.

Assunto Abordado

Noções de Relatividade

[collapse]
Solução

a) Substituindo a velocidade na fórmula apresentada, temos:

m=\dfrac{m_{0}}{\sqrt{1-\dfrac{\left(0,5 c \right)^{2}}{c^{2}}}}

m=\dfrac{m_{0}}{\sqrt{0,75}}

m=2m_{0}\dfrac{\sqrt{3}}{3}

b) A velocidade do elétron não pode chegar à c pois, caso isso ocorresse, haveria uma indeterminação na massa inercial do elétron (divisão por zero) de forma que a mesma iria para o infinito, sendo assim, seria necessária energia infinita para levar um elétron do repouso para a velocidade da luz, ou seja, é impossível.

[collapse]
Gabarito

a)

m=2m_{0}\dfrac{\sqrt{3}}{3}

b) Questão teórica, ver solução acima.

[collapse]