OBF 2021 - Primeira Fase (Nível 1)

Escrito por Ualype Uchôa, Wanderson Faustino Patricio, Matheus Felipe R. Borges, Rafael Ribeiro, Wesley Andrade

Você pode acessar a prova clicando aqui.

Gabarito NOIC (Extraoficial):

Gabarito

 

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Comentário:

Questão 1

Assunto abordado

Cinemática: Movimento retilíneo e uniforme

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Solução

Primeiramente, é necessário ressaltar que há um erro de grafia na questão: os intervalos de tempo dados foram 1h59min30s8 e 1h59min31s7. Acreditamos que os algarismos 7 e 8 foram colocados depois do símbolo de segundos (s) erroneamente, quando na verdade a grafia correta deveria ser 1h59min30,8s e 1h59min31,7s. Isso ficará mais claro quando fizermos as contas numéricas.

Sejam v_1 e v_2, t_1, t_2 as velocidades médias e tempos de Ana e Sharon, respectivamente. Seja também D o comprimento total da maratona e d a distância entre elas quando Ana termina a corrida. Veja a figura abaixo que ilustra a situação no momento em que Ana chega em B, terminando a maratona.

Figura 1: Esquema da situação

Vamos assumir que Sharon se desloca com velocidade constante e igual à sua velocidade média. Considerando que as duas partiram de A ao mesmo tempo em t=0, temos (ver figura abaixo):

D=v_2t_1+d

d=D-v_2t_1=D-\dfrac{D}{t_2} \cdot t_1,

onde usamos que v_2=D/t_2, pois Sharon termina a maratona de comprimento D em um tempo t_2. Isolando d:

d=\dfrac{D\left(t_2-t_1\right)}{t_2}.

Agora, resta substituir os valores numéricos. Temos D=10\,km=10^4\,m, t_2-t_1=1h59min31,7s-1h59min30,8s=0,9\,s. Atente-se, nesse caso, de transformar t_2 para segundos (poderíamos, alternativamente, ter calculado a diferença de tempos em horas):

t_2 = 1h59min31,7\,s = 3600+59\cdot 60 +31,7 = 7171,7\,s.

Por fim:

d=10^4\cdot \dfrac{0,9}{7171,7} \,m\approx 1,25 \,m.

Então, o item correto é o item c).

OBS.: O aluno, na hora da prova, poderia ter poupado uma conta mais complicada caso tivesse a sagacidade de perceber que t_2 poderia facilmente ser arredondado para 2\,h:

d=10^4\cdot \dfrac{0,9}{2\cdot 3600}=10^4\cdot \dfrac{0,1}{800}=1,25\,m,

deixando a conta bem mais simples.

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Gabarito

Item c)

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Questão 2

Assunto abordado

Equação de Torricelli; 2ª Lei de Newton

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Solução

Sabendo sua velocidade final e a distância percorrida até alçar voo, podemos usar a Equação de Torricelli, para determinar a aceleração do avião.

V = 306 \ \text{km h}^{-1} = 85 \ \text{m s}^{-1}

\Delta S = \dfrac{80}{100} \cdot 3700 \ \text{m} = 2960 \ \text{m}

Com isso, temos que:

V^2 = V_{0}^2 + 2 a \Delta S

85^2 = 2a \cdot 2960 \Rightarrow a = 1,22 \ \text{m s}^{-2}

A massa total do corpo (avião + gerador) é:

m = 300 + 182 \ \text{t} = 482.000 \ \text{kg}

Logo, pela 2ª Lei de Newton:

F_{r} = 482.000 \cdot 1,22 \ \text{N} \approx 588,3 \cdot 10^3 \ \text{N} = 588,3 \ \text{kN}

A força resultante pode ser expressa somando as forças de cada motor e subtraindo a força resistiva média do ar (simbolizada por F):

F_{r} = 6 \cdot 229,5 \ \text{kN} - F = 588,3 \ \text{kN}

\boxed{F = 788,7 \ \text{kN} \approx 789 \ \text{kN}}

Com isso, Item d) é a resposta correta.

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Gabarito

Item d)

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Questão 3

Assunto abordado

Conceitos Matemáticos

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Solução

Como dado no enunciado, d_{asteroide} = 5d_{Lua}. Ou seja, d_{Lua} = \dfrac{d_{asteroide}}{5} = 403 \, 231,6 \, km = 403 \, 231 \, 600 \, m \approx 4,03\cdot10^8 \, m. Assim, a questão pode acabar gerando um pouco de dúvida por causa das convenções que existem para definir a ordem de grandeza (O.G.). Isto é, dado um número n = x\cdot10^k, com 1 \leq |x|<10, temos estas três convenções:

(i) Se x < 5,5, O.G. = 10^k. Se x \geq 5,5, O.G. = 10^{k+1};

(ii) Se x < \sqrt{10}, O.G. = 10^{k}. Se x \geq \sqrt{10}, O.G. = 10^{k+1}.

(iii) Apenas utilizar o expoente de 10 como a ordem de grandeza, independentemente de x.

Assim, entramos em um impasse pois  \sqrt{10} \approx 3,16 < 4,03 < 5,5. Portanto, considerando (i) ou (iii), chegamos que a ordem de grandeza é 10^8, resultando no item d). Considerando (ii), chegamos que a ordem de grandeza é 10^9, o que resultaria no item e). Entretanto, apesar de as regras (i) e (ii) serem as mais usuais, a OBF muito provavelmente utilizou (i) ou (iii) no gabarito provisório (item d)). A equipe NOIC acredita que, no gabarito final, ou devem ser considerados corretos ambos os itens d) e e), em face das possíveis regras a serem adotadas pelo aluno, ou a questão deve sofrer anulação devido a mais de um item correto. Nossa resposta final será item d) ou e), a depender da convenção adotada para a ordem de grandeza.

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Gabarito

Item d) ou e); ver solução

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Questão 4

Assunto abordado

Cinemática: Movimento retilíneo e uniforme

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Solução

Do texto, obtemos a distância do asteroide à Terra:

"Um grande asteroide passa a 2 milhões de quilômetros da Terra sem provocar risco. O corpo rochoso alcançou o ponto de maior aproximação do planeta no domingo às 14h UTC (11h de Brasília), segundo o Observatório de Paris. Naquele momento, o asteroide ficou a 2 016 158 km da Terra. [...]"

E sua velocidade:

"[...] Batizado de 2001 FO32 e com menos de um quilômetro de diâmetro, o objeto passou a 124 000 km/h, segundo a Nasa. [...]"

Logo, utilizando a distância exata:

t=\dfrac{d}{v}=\dfrac{2016158}{124000}\,h \rightarrow

\rightarrow t \approx 16,3 \,h .

Portanto, o item correto é o item c).

OBS.: Ressaltamos que o aluno, na hora da prova, poderia ter evitado fazer a divisão acima - que  é um tanto trabalhosa - utilizando uma distância aproximada de 2 milhões de km e uma velocidade de cerca de 100000 km/h como estimativa, o que corresponderia a um tempo de cerca de 20\,h. Fora a letra c) - que se aproxima razoavelmente de 20\,h -, nenhuma alternativa chega muito perto da resposta obtida, o que seria suficiente para fazer o aluno marcá-la.

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Gabarito

Item c)

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Questão 5

Assunto abordado

Noções de Astronomia e Cinemática

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Solução

Uma questão extremamente similar foi explorada no primeiro simulado do NOIC para a 1ª da OBF, na questão 7 do nível 2 (acesse a prova aqui) e na questão 10 do nível 3 (acesse a prova aqui). A mesma ideia foi também explorada na prova especial teórica da 2ª/3ª  fase da OBF, em 2020, em todos os níveis (questão 4, 8 e 2 nos níveis 1, 2 e 3 respectivamente). Confira o comentário da 2/3ª fase de 2020 clicando aqui.

Primeiramente, consideremos todas as órbitas circulares. Abaixo temos um esquema da configuração Sol (S), Terra (T) e Lua (L) em duas Luas cheias consecutivas; a primeira em t=0 e a segunda em t=\Delta t. Lembre-se de que, nesse caso, a fase da Lua Cheia ocorre quando T, S L estão alinhados, com T entre S e L. Na figura, adotaremos o sentido de rotação de T em torno de S como sendo horário.

Figura 2: Esquema das configurações dos astros entre duas luas cheias consecutivas

Primeiramente, imagine o que aconteceria caso T não transladasse ao redor de S; é fácil perceber que, para esse caso, o intervalo de tempo \Delta t seria igual ao próprio período T de L, pois L precisaria retornar à mesma posição. No entanto, observando a figura acima, podemos perceber que, para chegar novamente numa configuração de Lua Cheia, deverá retornar ao ponto em que estava em sua órbita em torno de em t=0 (isto é, O) e percorrer ainda um ângulo adicional \theta, que corresponde exatamente ao quanto girou em torno de S. Sendo assim, o intervalo de tempo \Delta t será evidentemente maior que T, já levando ao item e) como correto. O fato de \Delta t ser apenas um pouco maior do que T ocorre pois o ciclo lunar de 27,32 dias é relativamente pequeno quando comparado à duração do ano de 365 dias, de forma que o ângulo \theta acaba não sendo tão grande assim.

Recomendamos fortemente a leitura da seção abaixo - apesar de não ser necessária para a solução - por ser um procedimento bastante conhecido e "querido" em olímpiadas de física, além de fornecer um maior entendimento da situação.

Solução algébrica:

Na figura, adotaremos o sentido de rotação de T em torno de S como sendo horário. Durante o intervalo de tempo \Delta t, T girou um ângulo \theta em sua órbita em torno de S. Chamando de T_P o período da órbita de T, temos

\theta=\omega_P \Delta t=\dfrac{2 \pi}{T_P}\Delta t.

ii) Agora, resta relacionar \Delta t com T por meio de \theta. Como fornecido no enunciado, a translação de L em torno de T ocorre no mesmo sentido da translação de T em torno de S, portanto também se dá no sentido horário.

Deve-se ter muito cuidado ao analisar o ângulo que L varreu na sua órbita em torno de T. Tal ângulo deve ser medido em relação à posição original que L estava em sua órbita (i.e. em t=0), que é o ponto O na figura acima. Para o cálculo do ângulo girado, deve-se observar que L dá uma volta completa (2\pi), voltando para O, e então gira de um ângulo \theta adicional, ou seja

2\pi+\theta=\dfrac{2\pi}{T}\Delta t.

Substituindo \theta:

2\pi+\dfrac{2 \pi}{T_P}\Delta t=\omega_S \Delta t=\dfrac{2\pi}{T}\Delta t.

Dividindo por 2\pi e isolando \Delta t/T:

\dfrac{\Delta t}{T}=1+\dfrac{T}{T_P}.

Portanto, \Delta t  data-recalc-dims=T" />. Lembrando que T_P=365\,dias é a duração média do ano terrestre, e T=27,32\,dias temos, numericamente:

\dfrac{\Delta t}{T}=1+\dfrac{27,32}{365}\approx 1,075,

o que é, de fato, pouco maior que 1, e portanto \Delta t é um pouco maior do que T.

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Gabarito

Item e)

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Questão 6

Assunto abordado

Conceitos Matemáticos

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Solução

Como, para o conceito de densidade, não importa o volume ocupado pela substância que forma o corpo, e sim o volume total, temos que \rho_{1} = \dfrac{m_1}{V_1} e \rho_{2} = \dfrac{m_2}{V_2}. Assim, como m_1 = m_2 e V_1 = V_2, \rho_1 = \rho_2. Ou seja, as densidades são as mesmas independentemente da massa específica da substância que forma cada um dos corpos. Portanto, a resposta da questão é o item e).

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Gabarito

Item e)

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Questão 7

Assunto abordado

Energia

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Solução

Sabemos que 8 \% da energia desenvolvida por Bolt se tornou energia cinética. Com isso:

E_{c} = \dfrac{1}{2} m v^2 = \dfrac{90}{2} v^2 = \dfrac{8}{100} \cdot 81 \cdot 10^3

v^2 = 144 \ \text{m}^{2} \text{s}^{-2}

Logo, sua velocidade máxima atingida foi de:

\boxed{v = 12 \ \text{m s}^{-1}}

Com isso, Item c) é a opção correta.

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Gabarito

Item c)

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Questão 8

Assundo abordado

Cinemática / movimento circular uniforme

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Solução

I) Cálculo da circunferência terrestre

O raio da Terra não foi fornecido pelo enunciado, e não estava presente na folha de dados. Desta forma utilizaremos o valor de R=6400\,km que foi fornecido nas prova dos níveis 2 e 3.

C=2\pi R

C=2\cdot 3,1\cdot 6400\,km

C=39680\,km

II) cálculo do tempo gasto para circular a terra

v=\dfrac{\Delta S}{\Delta t}

19080\,km/h=\dfrac{39680\,km}{\Delta t}

\boxed{\Delta t\approx 2,08\,h}

Item a)

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Gabarito

Item a)

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Questão 9

Assunto abordado

Termometria

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Solução

Segundo o texto, o nitrogênio entra em ebulição aos -196^{\circ}C:

"[...] O primeiro a ser liberado é o nitrogênio, que, ao atingir -196 ºC, entra em ebulição e passa para o estado gasoso. [...]"

Enquanto o oxigênio é obtido ao entrar em ebulição aos -183^{\circ}C:

"[...] Após a etapa de extração do argônio, o oxigênio, que tem a temperatura de ebulição em -183 ºC, é obtido. [...]"

Isso resulta numa variação de temperatura de -183-(-196)=13^{\circ}C. Como variações de temperatura nas escalas Kelvin (K) e Celsius (^{\circ}C) são numericamente iguais, a variação em K corresponde a 13\,K, levando ao item e) como correto.

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Gabarito

Item e)

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Questão 10

Assunto abordado

Conceitos matemáticos

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Solução

Em primeira vista, o estudante do nível 1 poderia estranhar os dados sobre temperatura, pressão e volume dados no enunciado, uma vez que Termodinâmica - mais especificamente, a parte de gases ideais - não está presente no programa do nível 1. No entanto, as informações sobre pressão e temperatura não eram necessárias para a resolução e faziam parte somente da contextualização da situação do problema.

Para solucionar a questão, deve-se perceber que a massa de oxigênio é constante, por estar aprisionada dentro do cilindro. Lembrando da relação entre massa e densidade m=\rho V, escrevemos

\rho_i V_i=\rho_f V_f,

sendo \rho_i=1,43\,kg/m^3, V_i=7\,m^3, V_f=40\,l (litros) e \rho_f a densidade final do oxigênio. Numericamente:

\rho_f=\dfrac{1,43\, \frac{kg}{m^3} \cdot 7\,m^3}{40 \cdot10^{-3} \,m^3} \rightarrow

\rightarrow \rho_f \approx 2,5 \cdot 10^{2} \, kg/m^3.

Acima, utilizou-se a conversão 1\,l=10^{-3}\,m^3. A resposta encontrada corresponde, portanto, ao item d).

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Gabarito

Item d)

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Questão 11

Assunto abordado

Cinemática

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Solução

O tempo que o atleta A vai demorar para percorrer toda a pista será

t=\dfrac{21\,km}{14\,km/h}+\dfrac{21\,km}{18\,km/h}

t=\dfrac{8}{3}h

como o atleta B demora o mesmo tempo para percorrer a maratona, temos

42\,km=\left(\dfrac{4}{3}h\right)14\,km/h+\left(\dfrac{4}{3}h\right)V

V=17.5\,km/h

Portanto, o item correto é o item b).

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Gabarito

Item b)

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Questão 12

Assunto abordado

Movimento circular

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Solução

Note que a fita está presa à trave, ou seja, o ponto que a fita deixa o rolo está parado em relação à terra. Como a velocidade linear da periferia do rolo de fita v é constante, podemos então escrever

v={\omega}r=0,8\,m/s=const.

Onde \omega é a velocidade angular do rolo e r o seu raio. Podemos, então, calcular como o período de rotação T varia com o raio:

\omega=\dfrac{2\pi}{T}

\dfrac{v}{r}=\dfrac{2 \pi}{T}

Logo:

r=T \cdot \dfrac{v}{2 \pi}= T \cdot const.

Portanto, conforme o raio diminui, o período de rotação da fita - que é o mesmo da manivela, uma vez que ela está acoplada ao mesmo eixo da rolo de fita - diminui. Como a manivela tem um tamanho fixo, o qual chamaremos de d, a velocidade linear de sua extremidade será

V_m={\omega}d

Note que \omega aumenta conforme o raio da fita diminui (de forma a manter a constância da velocidade da fita), e, portanto, conclui-se que a velocidade linear da ponta da manivela irá aumentar. Portanto, o item correto é o item b).

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Gabarito

Item b)

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Questão 13

Assunto abordado

2ª Lei de Newton; Força Centrípeta

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Solução

No ponto mais baixo da trajetória, vale que:

N_{b} - P = F_{cp} = \dfrac{m v^2}{R}

Já no ponto mais alto, a 2ª Lei de Newton diz:

N_{t} + P = F_{cp} = \dfrac{m v^2}{R}

Subtraindo as equações, obtemos:

N_{b} - N_{t} - 2P = 0

\boxed{\Delta N = 2P}

Desse modo, Item d) é a alternativa correta.

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Gabarito

Item d)

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Questão 14

Assunto abordado

Mecânica / Movimentos circulares e resultante centrípeta

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Solução

I) Cálculo da velocidade

v=\dfrac{\Delta S}{\Delta t}

v=\dfrac{2\pi R}{T}

v=\dfrac{2\cdot 3,1\cdot 3\,m}{2\,s}

v=9,3\,m/s

II) Cálculo da aceleração

Como o motociclista está executando o movimento em um loop circular com velocidade constante, a única aceleração no corpo será a aceleração centrípeta.

a=a_{cp}=\dfrac{v^2}{R}

a=\dfrac{(9,3\,m/s)^2}{3\,m}

\boxed{a\approx 29\,m/s^2}

Item d)

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Gabarito

Item d)

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Questão 15

Assunto abordado

Cinemática

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Solução

Para a carreta passar sem colidir com o trem, a carreta deve ter passado totalmente pelo trilho quando o trem percorrer 50\,m, ou seja, no limite o ponto P deve percorrer 55\,m (tamanho da carreta + distância ao trilho + largura do trem) no mesmo tempo que o trem percorre os 50\,m

t=\dfrac{\Delta{S}}{V}

t=\dfrac{55}{V}=\dfrac{50}{10}

V=11\,m/s

Note que a velocidade do trem deve ser usada em m/s, por isso foi usado \dfrac{36\,km/h}{3.6}=10\,m/s

Figura 3: Cena do filme

Portanto, o item correto é o item b)

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Gabarito

Item b)

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Questão 16

Assunto abordado

Conceitos Matemáticos

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Solução

Em 10 moedas brasileiras, teríamos

m_{ouro} = 10\cdot\dfrac{916,6}{1000}\cdot0,89 \, g

Em uma moeda suíça, é necessário

m_{swiss} = \dfrac{999,9}{1000}\cdot0,063 \, g

Assim, fazendo N\cdot m_{swiss} = m_{ouro}, N = \dfrac{10\cdot916,6\cdot0,89}{999,9\cdot0,063} \approx 129. Logo, esse ouro seria suficiente para produir 129 moedas suíças. Portanto, a resposta da questão é o item b).

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Gabarito

Item b)

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Questão 17

Assunto abordado

Cinemática: Movimento circular e cinemática vetorial

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Solução

i) Primeiramente, devemos obter a velocidade angular \omega do móvel e o raio r de sua trajetória.

Tenha em mente que deslocamento é uma grandeza vetorial; ele é um vetor que vai do ponto de início ao de chegada. Sendo assim, é fácil ver que o maior deslocamento possível é quando B é diametralmente oposto à A, conforme figura a seguir. (Convencionamos horário o sentido de rotação, mas isso só influenciará na segunda parte da solução)

Figura 4: Ilustração da situação na qual o móvel vai de A a B

Nesse caso, podemos imediatamente escrever

|\vec{d}_{AB}|=d_{AB}=2r,

logo:

12=2r \rightarrow r= 6\,cm

E, como a partícula girou de um ângulo \pi, em radianos:

\pi=\omega \cdot t_{AB},

\pi = \omega \cdot 3,0 \rightarrow \omega=\dfrac{\pi}{3}\, rad/s.

ii) Seja C o ponto em que o móvel se encontra após t_{AC}=7,5=2,5 \cdot 3\,s. Isso corresponde a um giro \alpha de

\alpha=\omega t_{AC}=\dfrac{\pi}{3} \cdot 2,5 \cdot 3 \rightarrow

\rightarrow \alpha=2,5 \pi= 2\pi + \dfrac{\pi}{2}.

Isto é, o móvel completa uma volta, retornando à A, de onde percorre mais 90^{\circ}, chegando em C, conforme ilustra a figura abaixo:

Figura 5: Ilustração da situação na qual o móvel foi de A a C

Como o triângulo \Delta AOC é retângulo em O, utilizamos o teorema de Pitágoras para determinar, por fim, o módulo do vetor deslocamento \vec{d}_{AC}:

d_{AC}=\sqrt{r^2+r^2}=r\sqrt{2}  \rightarrow

\rightarrow d_{AC}=6\sqrt{2}=8,4\,cm.

Resultando no item c) como correto. No último passo, substituímos \sqrt{2}=1,4 dado na prova.

OBS: Para evitar confusões, o ponto C é dito como o centro da trajetória circular no enunciado, mas o modificamos para O na solução.

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Gabarito

Item c)

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Questão 18

Assunto abordado

Equação de Torricelli; 2ª Lei de Newton

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Solução

Sabendo sua velocidade inicial e a distância percorrida até o repouso, podemos usar a Equação de Torricelli, para determinar a aceleração do navio.

V_{0} = 42,2 \ \text{km h}^{-1} \approx 11,7 \ \text{m s}^{-1}

\Delta S = 3 \ \text{km} = 3000 \ \text{m}

Com isso, temos que:

V^2 = V_{0}^2 + 2 a \Delta S

11,7^2 = 2 \times a \times 3000 \Rightarrow a = 0,0228 \ \text{m s}^{-2}

A massa total do corpo (navio + carga) é:

m = 220.940 + 199.692 t = 420.632.000 \text{kg}

Logo, pela 2ª Lei de Newton:

F = 420.632.000 \cdot 0,0228 \ \text{N} \approx 9,6 \cdot 10^6 \ \text{N}

\boxed{F = 9,6 \cdot 10^{6} \ \text{N}}

Com isso, Item c) é a nossa alternativa correta.

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Gabarito

Item c)

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Questão 19

Assunto abordado

Calorimetria: transformação de fases

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Solução

Vamos modelar o iceberg como um grande cilindro de área de secção transversal A=4\,320\,km^2 e altura H, como mostra figura. (Também é possível considerar o iceberg como um paralelepípedo de dimensões 170\,km, 25\,km e H)

Figura 6: Iceberg cilíndrico

Como dito no enunciado somente 80\% do volume está submerso, ou seja,

(H-20)A=0.8HA

H=100\,m

Então podemos encontrar o volume do iceberg

V=HA

V=4,32\cdot10^{11}\,m^3

Como o iceberg é composto por gelo, podemos usar a densidade dada no início da prova \rho_{gelo}=920kg/m^3 para calcular a massa.

m\cong4\cdot10^{17}\,g

Podemos então calcular o calor necessário para derreter todo o gelo.

Q=mc_{gelo}\Delta{T}+mL_{fusao}

Q=4\cdot10^{17}(0.5(0-2)+80)

Q\cong3,2\cdot10^{19}\,cal

Conclui-se que o item correto é o item a).

OBS: Você poderia pensar em calcular a massa do iceberg fazendo o equilíbrio do peso com a força de empuxo.

V_{sub}\rho_{agua}g=mg

V_{sub}=0.8V

mg=0.8V\rho_{agua}g

m\cong3,5\cdot10^{17}\,g

Porém, esse resultado é falso, e isso é explicado pelo fato do iceberg tocar no solo, ou seja, é necessário colocar a força normal na equação do equilíbrio

N+V_{sub}\rho_{agua}g=mg

Icebergs com muita massa geralmente tocam o solo e esse é o motivo do nível da água subir quando eles derretem, pois, antes de um iceberg derreter, o que sustenta seu peso e do oceano é a normal do iceberg com o solo e a força de pressão ({\rho}gh_0A), mas quando o gelo derreter o que sustentará o peso será somente a força de pressão ({\rho}gh_fA); isto é, mg={\rho}gh_fA={\rho}gh_0A+N, logo h_f data-recalc-dims=h_0" />.

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Gabarito

Item a)

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Questão 20

Assunto abordado

Cinemática

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Solução

A primeira vista você pode pensar em fazer a seguinte solução: Existirá uma força de resistência do ar que, normalmente, é proporcional à velocidade ao quadrado F_{ar}=-kV^2, em que k é uma constante que depende do formato do corpo e da densidade do ar. Sendo assim a aceleração será, pela segunda lei de Newton,

mg-kV^2=ma

a=g-\dfrac{kV^2}{m}

Constata-se que aceleração do paraquedista não é constante. Note que enquanto a velocidade aumenta a aceleração diminui, portanto, chega um momento em que a aceleração tende a 0 e a velocidade admite um valor constante, chamado de velocidade terminal. Então a velocidade do paraquedista aumentou até 193\,km/h, valor que permaneceu constante até ele atingir a rede. Entretanto, essa solução não é correta, pois a constante k depende da densidade do ar e como o paraquedista salta de uma altura muito alta a densidade sofrerá mudanças significativas durante o percurso, por consequência o k irá variar com a altura, o que torna uma possível analise matemática mais detalhada inviável. Vamos analisar alguns trechos do enunciado

"[…] ele saltou de um avião a 25 mil pés (aproximadamente 7 620 metros) do solo."

"[...] o voo durou dois minutos [...] "

Então o paraquedista percorreu 7,620\,km em \dfrac{1}{30}\,h (2 minutos), calculando a velocidade média no percurso chegamos em,

V_m=\dfrac{7,620\,km}{\frac{1}{30}\,h}

V_m=228,6\,km/h

Ou seja, com certeza o paraquedista obteve valores de velocidade maiores que 193\,km/h , caso contrario não conseguiria uma velocidade média maior que 193\,km/h. Portanto o item correto é o item e)

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Gabarito

Item e)

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