Solução OBF 2021 Prova Especial Teórica das 2ª e 3ª Fases - Nível 2

Escrito por Wesley Andrade, Wanderson Patricio, Matheus Felipe R. Borges e Rafael Ribeiro

Você pode acessar a prova clicando aqui.

Questão 01 (Exclusiva para alunos da 1ª série)

Assunto Abordado

Conceitos de potência

[collapse]
Solução

Primeiro, devemos calcular a quantidade total de energia produzida:

E_{tot} = 0,7\cdot400\cdot10^6\dfrac{J}{s}\cdot8\cdot3600 \, s = 8,064\cdot10^{12} \, J

No entanto, 60% dessa energia não é consumida e deve, portanto, ser armazenada pelo UHR, isto é, E_{UHR} = 4,8384 \cdot 10^{12} \, J. Assim, como o desnível é h = 500 \, m, temos que

E_{UHR} = mgh \Rightarrow m = 9,6768 \cdot 10^8 kg \Rightarrow \boxed{V = 967680 \, m^3}

[collapse]
Gabarito

V = 967680 \, m^3

[collapse]

Questão 02 (Exclusiva para alunos da 1ª série)

Assunto Abordado

Cinemática

[collapse]
Solução

a)A distância percorrida pelo avião B pode ser determinada multiplicando o tempo de voo, 6 minutos como dito no enunciado, pela velocidade, 900\,km/h.

d=(900\,km/h)\times\left(\dfrac{6}{60}h\right)

\boxed{d=90\,km}

b)A figura a baixo mostra o caminho percorrido pelos aviões, os pontos F e E mostram, respectivamente, as posições finais de A e B e o caminho em vermelho mostra a trajetória de B.

 

Figura 2: Trajetória dos aviões

Vamos definir as posições dos aviões em um plano cartesiano, para facilitar os cálculos. A posição inicial de A será considerara a origem (0,0), como B está inicialmente na direção no nordeste a reta AB faz 45^{\circ} com a horizontal, então a posição inicial de B é (30\sqrt{2},30\sqrt{2}). A posição final de A pode ser facilmente determinada, dado que o movimento de A é para o norte. A distância percorrida por A em 6 minutos é

AF=(450\,km/h)\times\left(\dfrac{6}{60}h\right)

AF=45\,km

Então posição final de A é dado por (0,45) (posição do ponto F). Em cada um dos trechos, BC, CD, DE, o avião B passa o mesmo tempo, 2 minutos, ou seja, cada um mede 30\,km,

d=(900\,km/h)\times\left(\dfrac{2}{60}h\right)

d=30\,km

Sendo BC na direção vertical, DE na direção horizontal e CD faz 45^{\circ} com a horizontal (pois ele anda na direção sudoeste), conseguimos assim determinar a posição final de B

 

Figura 3: Distancias percorridas por B

Como mostra a figura a cima, B percorre a mesma distância horizontal e vertical, (30+15\sqrt{2})\,km, então sua posição final é

x_B-x_E=(30+15\sqrt{2})

x_E-30\sqrt{2}=-(30+15\sqrt{2})

x_E=15\sqrt{2}-30

Analogamente

y_E=15\sqrt{2}-30

Conclui-se que a posição do ponto E é (15\sqrt{2}-30,15\sqrt{2}-30), Portanto podemos calcular a distância final entre A e B da seguente forma:

d=\sqrt{(x_F-x_E)^2+(y_F-y_E)^2}

d=\sqrt{(30-15\sqrt{2})^2+(75-15\sqrt{2})^2}\,km

d=\sqrt{7425-3150\sqrt{2}}\,km\simeq\sqrt{7425-3150{\times}1,4}\,km=\sqrt{3015}\,km

Podemos fazer o calculo aproximado de \sqrt{3015} da seguinte forma

\sqrt{3025-10}=\sqrt{55^2-10}=55\sqrt{1-\dfrac{10}{55^2}}

Perceba que \dfrac{10}{55^2}<<1, então vale a aproximação: (1+x)^n\simeq(1+nx) se |x|<<1

d=55\left(1-\dfrac{10}{55^2}\right)^{\frac{1}{2}}\,km\simeq55\left(1-\dfrac{5}{55^2}\right)\,km

d=55-\dfrac{5}{55}\,km=\left(55-\dfrac{1}{11}\right)\,km

\boxed{d=54,9\,km}

[collapse]
Gabarito

a)

d=90\,km

b)

d=54,9\,km

[collapse]

Questão 03 (Exclusiva para alunos da 1ª série)

Assunto Abordado

Trocas de calor

[collapse]
Solução

Para calcular a temperatura final do sistema podemos usar a conservação da energia, ou seja, a soma do calor recebido pela lata Q_L e do calor recebido pelo vapor de água que condensou Q_V é 0.

\displaystyle\sum{Q}=0

Q_L+Q_V=0

O calor da lata pode ser calculado da seguinte forma:

Q_L=m_{agua}c_{agua}\Delta{T}+m_{alum}c_{alum}\Delta{T}

Q_L=m_{agua}c_{agua}(T_f-2)+m_{alum}c_{alum}(T_f-2)

Q_L=350(T_f-2)+15\times0,22(T_f-2)=353,3(T_f-2)

O calor específico da água e do alumínio são encontrados no início da prova. O vapor de água variará sua temperatura de 20^{\circ} até T_f e cederá calor para condensar, no início da prova é dado o calor latente de condensação da água a 0^{\circ}C, porém como T_f não é muito distante de 0^{\circ}C podemos usar esse valor de calor latente para resolver a questão. (O calor específico do vapor de água é dado no início da prova c_V=0,5\,Cal/g^{\circ}C)

Q_V=m_Vc_V\Delta{T}-m_VL

Q_V=m_Vc_V(T_f-20)-m_VL

Q_V=4\times0,5(T_f-20)-4\times600=2(T_f-20)-2400

Portanto

Q_L+Q_V=0

353,3(T_f-2)+2(T_f-20)-2400=0

355,3T_f=3014,6

\boxed{T_f=8,86^{\circ}C}

 

[collapse]
Gabarito

T_f=8,86^{\circ}C

[collapse]

Questão 04 (Exclusiva para alunos da 1ª série)

Assunto Abordado

Cinemática

[collapse]
Solução

Primeiramente vamos destacar alguns trechos do enunciado.

"O skatista, termina a sua manobra “aterrissando” no mesmo ponto da prancha do skate de onde pulou."

"[..] o skate se move com velocidade \vec{V_0} constante de módulo 2 m/s"

Essas passagens sugerem que a velocidade horizontal do skatista não muda quando ele pula e tem módulo 2\, m/s.

"Em determinado instante, ele dá um pulo vertical e passa por cima da haste, quase tocando-a [...]"

"[...]a altura da haste horizontal em relação à prancha de skate é de 30 cm[...]"

Modelando o salto do skatista como um lançamento de uma partícula, a altura máxima desse lançamento mede 30\,cm

Figura 1: Lançamento do skatista

Conseguimos encontrar a velocidade vertical do skatista na hora do salto utilizando a equação de Torricelli para o movimento vertical

0=V_y^2-2gh_{max}

V_y=\sqrt{2gh_{max}}

V_y=\sqrt{6}\,m/s=\sqrt{2}\times\sqrt{3}\,m/s=1,4\times1,7\,m/s

V_y=2,38\,m/s

O tempo que o skatista demora para percorrer a distância do ponto de laçamento à haste, chamado de x na figura, é

t=\dfrac{V_y}{g}

t=0,238\,s

Portanto

x=V_0{\times}t

\boxed{x=47,6\,cm}

Essa é a resposta do item a). A velocidade resultante quando a partícula é ejetada é

V=\sqrt{V_0^2+V_y^2}

V=\sqrt{(4+6)}\,m/s=\sqrt{10}\,m/s=\sqrt{2}\times\sqrt{5}\,m/s=1,4{\times}2,2\,m/s

\boxed{V=3,08\,m/s}

Essa é a resposta do item b).

[collapse]
Gabarito

a)

x=47,6\,cm

b)

V=3,08\,m/s

[collapse]

Questão 05

Assuntos abordados

Leis de Kepler e Gravitação

[collapse]
Solução

a) Pela Terceira Lei de Kepler, temos:

\dfrac{T^{2}}{R^{3}} = \text{constante}

\dfrac{T_{A}^{2}}{R_{A}^{3}} = \dfrac{T_{B}^{2}}{R_{B}^{3}}

\dfrac{R_{B}^{3}}{R_{A}^{3}} = \dfrac{T_{B}^{2}}{T_{A}^{2}}

\dfrac{R_{B}^{3}}{R_{A}^{3}} = \dfrac{(8T_{A})^{2}}{T_{A}^{2}} = 8^{2} = 2^{6}

Tirando a raiz cúbica dos dois lados, obtemos que:

\boxed{\dfrac{R_{B}}{R_{A}} = 4}

b) 

Primeiramente calculemos a força exercida pelo planeta na lua B. A Lei da Gravitação Universal de Newton diz que:

F_{BP} = \dfrac{m_{B}m_{P}G}{R_{B}^{2}} = \dfrac{m_{B}m_{P}G}{16 R_{A}^{2}}

Pelo esquema acima, vemos que a distância de máxima aproximação entre os dois planetas vale r_{\text{min}} = R_{B} - R_{A} = 3 R_{A}. Logo, a força máxima entre esses dois corpos é:

f_{BA, \text{max}} = \dfrac{m_{A}m_{B}G}{r^{2}} = \dfrac{m_{A}m_{B}G}{9 R_{A}^{2}}

Desse modo, a razão requerida é dada por:

\dfrac{f_{BA, \text{max}}}{F_{BP}} = \dfrac{m_{A}m_{B}G}{9 R_{A}^{2}} \cdot \dfrac{16 R_{A}^{2}}{m_{B}m_{P}G}

\dfrac{f_{BA, \text{max}}}{F_{BP}} = \dfrac{16m_{A}}{9m_{P}} = \dfrac{16 \cdot 6m_{B}}{9 \cdot 1000m_{B}}

\dfrac{f_{BA, \text{max}}}{F_{BP}} = \dfrac{96}{9000}

\boxed{\dfrac{f_{BA, \text{max}}}{F_{BP}} = \dfrac{4}{375} \approx 1,067 \cdot 10^{-2}}

[collapse]
Gabarito

a) \boxed{\dfrac{R_{B}}{R_{A}} = 4}

b) \boxed{\dfrac{f_{BA, \text{max}}}{F_{BP}} = \dfrac{4}{375} \approx 1,067 \cdot 10^{-2}}

[collapse]

Questão 06

Assunto abordado

Equilíbrio dos corpos pontuais

[collapse]
Solução

Inicialmente, antes de começarmos nossa solução propriamente dita, podemos perceber que pela simetria do nosso sistema, como em todos os itens m_A=m_B, em todos os itens:

\theta_A=\theta_B=\theta  e  \theta_{CA}=\theta_{CB}=\alpha

Consideremos portanto:

m_A=m_B=M  e  m_c=m

Também devido a simetria:

T_A=T_B=T_2  e  T_{CA}=T_{CB}=T_1

Representando mais simplificadamente nosso sistema:

I) Como as argolas superiores estão fixas, o tamanho D é constante.

D=L\sin{\alpha}+L\sin{\theta}+L\sin{\theta}+L\sin{\alpha}

D=2L(\sin{\alpha}+\sin{\theta})=cte

Portanto:

\sin{\alpha}+\sin{\theta}=cte

No item a) vemos que: \theta=30^{\circ} e \alpha=60^{\circ}

Logo:

\boxed{\sin{\alpha}+\sin{\theta}=\dfrac{\sqrt{3}+1}{2}}  (EQ 01)

Vamos deixar esse resultado guardado por enquanto.

Agora podemos começar a nossa solução:

a) Equilibrando a força em x na argola B:

T_2\sin{\theta}=T_1\sin{\alpha}

\dfrac{T_1}{T_2}=\dfrac{\sin{\theta}}{\sin{\alpha}}  (EQ 02)

Aplicando os valores do enunciado:

\dfrac{T_1}{T_2}=\dfrac{\frac{1}{2}}{\frac{\sqrt{3}}{2}}

\boxed{\dfrac{T_1}{T_2}=\dfrac{\sqrt{3}}{3}\approx 0,57}

b) Equlibrando a força em y em C:

2T_1\cos{\alpha}=mg

T_1\cos{\alpha}=\dfrac{mg}{2}  (EQ 03)

Equilibrando a força em y em B:

T_2\cos{\theta}=T_1\cos{\alpha}+Mg

T_2\cos{\theta}=\dfrac{(m+2M)g}{2}  (EQ 04)

Podemos organizar as equações de 01 a 04 no sistema:

\begin{cases} \sin{\alpha}+\sin{\theta}=\dfrac{\sqrt{3}+1}{2}\\ \dfrac{T_1}{T_2}=\dfrac{\sin{\theta}}{\sin{\alpha}}\\ T_1\cos{\alpha}=\dfrac{mg}{2}\\ T_2\cos{\theta}=\dfrac{(m+2M)g}{2} \end{cases}

Dividindo a EQ 03 pela EQ 04:

\dfrac{T_1}{T_2}\cdot \dfrac{\cos{\alpha}}{\cos{\theta}}=\dfrac{m}{m+2M}

\dfrac{\tan{\theta}}{\tan{\alpha}}=\dfrac{m}{m+2M}

para simplificação de cálculos, tomemos as notações:

\dfrac{m}{m+2M}=a  e  \dfrac{\sqrt{3}+1}{2}=b

reescrevendo o sistema:

\begin{cases} \tan{\theta}=a\cdot \tan{\alpha}\\ \sin{\theta}+\sin{\alpha}=b \end{cases}

Como estamos trablhando no intervalo (0, 90^{\circ}):

\tan{\theta}, \tan{\alpha}>0

Logo:

\sin{\theta}=\dfrac{a\cdot \tan{\alpha}}{\sqrt{1+a^2\tan^2{\alpha}}}

Portanto:

\sin{\alpha}+\dfrac{a\cdot \tan{\alpha}}{\sqrt{1+a^2\tan^2{\alpha}}}=b

\boxed{\sin{\alpha}+\dfrac{a\cdot \sin{\alpha}}{\sqrt{1-(1-a^2)\sin^2{\alpha}}}=b}  (EQ 05)

Através da equação encontrada logo acima, é possível encontrar o valor de \sin{\alpha} para qualquer valor de m e M.

Como neste item é dito que M>>m:

a=\dfrac{m}{m+2M}

\rightarrow a\rightarrow 0

Se aplicarmos a=0 na equação 05, encontramos:

\sin{\alpha}=\dfrac{\sqrt{3}+1}{2}>1

Esse resultado é incoerente para a realidade. Logo, a única solução deve ser \alpha\rightarrow 90^{\circ}, visto que:

\displaystyle \lim_{\alpha \rightarrow \frac{\pi}{2}^{-}} \tan{\alpha}=+\infty

E ao multiplicarmos por a, que tende a 0, é possível achar um valor possível para a nossa equação.

\boxed{\alpha=90^{\circ}}

Aplicando esse valor na equação 01:

\sin{\theta}=\dfrac{\sqrt{3}-1}{2}

\cos{\theta}=\sqrt{\dfrac{\sqrt{3}}{2}}

Aplicando na equação 04:

T_2\approx Mg\cdot \sqrt{\dfrac{2}{\sqrt{3}}}

Aplicando esse valor na equação 02:

\boxed{T_1=\dfrac{\sqrt{3}-1}{\sqrt{2\sqrt{3}}}\cdot Mg}

Como o valor de M não é dado pelo enunciado, não é possível encontrar uma solução.

c) Como M<<m:

a=\dfrac{m}{m+2M}\approx 1

Aplicando esse valor na equação 05:

\sin{\alpha}+\dfrac{1\cdot \sin{\alpha}}{\sqrt{1-(1-1^2)\sin^2{\alpha}}}=\dfrac{\sqrt{3}+1}{2}

\sin{\alpha}=\dfrac{\sqrt{3}+1}{4}

\rightarrow \cos{\alpha}=\dfrac{\sqrt{12-2\sqrt{3}}}{4}

Aplicando na equação 03:

\boxed{T_1=mg\cdot \dfrac{2}{\sqrt{12-2\sqrt{3}}}}

Aplicando valores encontramos:

\boxed{T_1\approx 6,85 N}

[collapse]
Gabarito

a)

\boxed{\dfrac{T_1}{T_2}=\dfrac{\sqrt{3}}{3}\approx 0,57}

b)

Não é possível encontrar o valor de T_1 (ver solução)

c)

\boxed{T_1\approx 6,85 N}

[collapse]

Questão 07

Assunto abordado

Equilíbrio do corpo extenso

[collapse]
Solução

a) Inicialmente, vejamos a relação entre as forças nas pernas da mesa. Sendo F_A, F_B e F_C as forças de contato das pernas A, e C com o chão, respectivamente.

I) Torque em relação a diagonal AC:

\tau_{ac}=0

(F_B-m_{perna}g)\cdot L\dfrac{\sqrt{2}}{2}=0

F_B=m_{perna}g

II) Torque em relação a diagonal BD:

\tau_{bd}=0

(F_A-m_{perna}g)\cdot L\dfrac{\sqrt{2}}{2}-(F_C-m_{perna}g)\cdot L\dfrac{\sqrt{2}}{2}=0

F_A=F_C

Equilibrando as forças na vertical:

F_A+F_B+F_C=3m_{perna}g+m_{mesa}g+m_{garrafa}g

Substituindo o valor de força da perna B, temos:

2F_A=(3+2+1)\cdot 10

\boxed{F_A=30\,N}

b) Perceba que pela simetria se o peso for posto em qualquer ponto da diagonal AC o tampo não rotacionará.

Logo, basta apoiar em cima do canto A ou do canto C.

x=\dfrac{diagonal}{2}=\dfrac{1}{2}l\sqrt{2}

\boxed{x=84\,cm}

[collapse]
Gabarito

a)

F_A=30\,N

b)

x_{max}=84\,cm

[collapse]

Questão 08

Assunto abordado

Noções de geometria espacial / Cálculo de volume

[collapse]
Solução

a) O volume inicial é o volume de um paralelepípedo de água:

V_o=c\cdot l\cdot h

V_o=32\cdot 100\cdot 4,25

\boxed{V_o=13600\,m^3}

b) Considerando como t=0 o momento em que a ponta do barco entra na ponte, e como momento final o instante em que a traseira do barco sai da ponte, temos:

v=\dfrac{\Delta S}{\Delta t}

2=\dfrac{100+40}{\Delta t}

\boxed{\Delta t=70\,s}

c) Considere que em um certo instante t, um volume V_{barco} da carcaça do barco está imerso na água da ponte, e há um volume V(t) de água na ponte.

Pela conservação do volume:

V_{barco}+V(t)=V_o

V(t)-V_o=-V_{barco}

\Delta V(t)=-V_{barco}

Vamos calcular como o volume do barco imerso na água varia com o tempo.

I) A traseira da barcaça ainda não entrou na ponte:

Como a traseira ainda não entrou, o tempo deve ser menor que o tempo de entrada do barco.

t<\dfrac{40\,m}{2\,m/s}

t<20\,s

Seja x o comprimento do barco que está dentro da ponte.

x=v\cdot t \rightarrow x=2t

O volume do barco será portanto:

V_{barco}=3\cdot 8\cdot x

V_{barco}=48t

Logo:

\boxed{\Delta V(t)=-48t\, ;\, 0\leq t<20\,s}

II) Todo o barco está dentro da ponte:

Para calcular o volume do barco após entrar totalmente, basta aplicarmos x=40\,m na equação do item I).

V_{barco}=3\cdot 8\cdot 40

V_{barco}=960\,m^3

Quanto tempo o barco passará dentro da ponte?

Como o barco tem 40\,m de comprimento e a ponte 100\,m, temos:

\Delta t=\dfrac{100-40}{2}

\Delta t=30\,s

Dessa forma ele estará do instante t=20\,s até o instante t=50\,s completamente dentro da ponte.

\boxed{\Delta V(t)=-960\,m^3\,;\,20\,s\leq t\leq50\,s}

III) A ponta da barcaça já saiu da ponte:

Essa situação se manterá até o momento t=70\,s (já calculado anteriormente).

Como o barco se move com velocidade constante, o comprimento do barco na ponte é descrito por uma função linear.

x=A+Bt

Em t=50\,s o comprimento é 40\,m, e em t=70\,s o barco saiu completamente.

\begin{cases} 40=A+50B\\0=A+70B\end{cases}

Chegamos portanto a:

x=140-2t

Logo o volume do barco nesses momentos será:

V_{barco}=3\cdot 8\cdot (140-2t)

V_{barco}=3360-48t

Portanto, a nossa variação será:

\boxed{\Delta V(t)=-3360+48t\,;\,50\,s<t\leq 70\,s}

Organizando essas três regiões da nossa função chegamos a:

\Delta V(t)=\left\{\begin{array}{rll} -48t & \hbox{se} & 0\leq t<20 \\ -960 & \hbox{se} & 20\leq t\leq 50\\ -3360+48t&\hbox{se}& 50<t\leq 70 \end{array}\right.

Plotando em um gráfico:

A área no gráfico é o mesmo que o de um trapézio, porém seu sinal será negativo, visto que todos os valores estão abaixo do eixo das abscissas.

A=-\dfrac{960(30+70)}{2}

A=-48000\,m^3\cdot s

Portanto, o valor médio será:

\Delta V_{med}=\dfrac{A}{70}

\boxed{\Delta V_{med}=-\dfrac{4800}{7}\,m^3\approx -685,7\,m^3}

[collapse]
Gabarito

a) 

V_o=13600\,m^3

b)

\Delta t=70\,s

c)

\Delta V_{med}=-\dfrac{4800}{7}\,m^3\approx -685,7\,m^3

[collapse]

Questão 09

Assunto Abordado

Termodinâmica

[collapse]
Solução

a) Nesse item, devemos usar, diretamente, a primeira lei da termodinâmica no trecho total AB, já que ela representa uma equação de estados. Portanto,

\Delta U_{AB} = Q_{AB} - W_{AB}

nC_v (T_B-T_A) = Q_{AB} - W_{AB}

Como o valor numérico de W_{AB} é igual à área debaixo do gráfico p \times V, temos que

nC_v (T_B-T_A) = Q_{AB} - \dfrac{(p_A+p_B)(V_B-V_A)}{2}

Por se tratar de um gás monoatômico, C_v = \dfrac{3}{2}R. Assim, utilizando a relação de Clayperon, podemos isolar Q_{AB}:

Q_{AB} = \dfrac{3}{2}(p_BV_B-p_AV_A)+\dfrac{(p_A+p_B)(V_B-V_A)}{2} = \dfrac{1}{2}\left[\dfrac{33}{32}\cdot 7 + 3\left(\dfrac{1}{4}-1\right)\right] =

= 2,284\cdot10^5 \, Pa\cdot L = \boxed{248,4 \, J}

b) Como em C há a troca de endotérmico para exotérmico, temos que o calor trocado momentaneamente naquele ponto é nulo. Então, podemos tomar um (\Delta Q)_C = dQ_C (OBS: a notação df representa uma variação bem pequena da variável f) bem pequeno e fazer dQ_C = 0. Assim, tomando a primeira lei da termodinâmica nessa escala pequena, temos que:

dW_C +dU_C = p_CdV_C + dU_C = dQ_C = 0

p_CdV_C + \dfrac{3}{2}nRdT_C = p_CdV_C +\dfrac{3}{2}nRdT_C = p_CdV_C +\dfrac{3}{2}d(pV) = 0

2p_CdV_C+3[(p+dp)(V+dV)-pV)=0

Como dp e dV são muito pequenos, o produto dp\cdot dV é desconsiderável em relação aos outros termos.

2p_CdV_C+3[(p+dp)(V+dV)-pV)\approx 2p_CdV_C+3p_CdV_C+3V_Cdp_C = 0

5p_C + 3V_C\dfrac{dp}{dV} = 0

Assim, como p e V seguem uma relação linear, podemos escrever que p=aV+b \Rightarrow dp = adV \Rightarrow \dfrac{dp}{dV} = a. Assim, substituindo essas relações na f[ormula anterior, chegamos a

5aV_C +5b+3V_Ca = 0 \Rightarrow \boxed{V_C = -\dfrac{5b}{8a}}

Analisando os valores do gráfico, podemos ver que p = \dfrac{255}{224}-\dfrac{}31{224}V. Ou seja, \boxed{V_C = 5,14 \, L}.

c) Agora, queremos que, para qualquer ponto X da reta, dQ_X < 0. Assim, desenvolvendo as contas da mesma maneira que no item anterior, chegamos a 5p_X+3V_X\dfrac{dp}{dV} < 0. Como todas essas transformações são lineares, temos que

p = mV+n \Rightarrow 8mV_X+5n<0

Essa relação vale, inclusive, para X\equiv A:

\Rightarrow 8mV_A+5n<0 \Rightarrow 8m+5n<0

Como a pressão em A é 1\cdot 10^5 Pa, temos que:

1=m\cdot 1+n

Portanto:

8m+5(1-m) < 0 \Rightarrow m < -\dfrac{5}{3}

Assim, na reta AD, que é a condição extrema, m = -\dfrac{5}{3}. Então, podemos fazer:

p_D = p_A - \dfrac{5}{3}(V_D-V_A) \Rightarrow \boxed{V_D = 1,58 \,L}

[collapse]
Gabarito

a)

Q = 248,4 \, j

b)

V_C = 5,14 \, L

c)

V_D = 1,58 \, L

[collapse]

Questão 10

Assunto Abordado

MHS e empuxo hidrostático

[collapse]
Solução

a) Como o balão estará em equilíbrio vertical, temos que a tração será a diferença entre o empuxo e o peso do balão cheio. Assim,

P = g(3\cdot10^{-3}+0,20\cdot15\cdot10^{-3}) = 6\cdot10^{-2} \, N = 0,06 \, N

E = \rho_{ar}gV = 1,20\cdot10\cdot15\cdot10^{-3} = 0,18 \,N

Assim,

T = 0,18 - 0,06 = \boxed{0,12 \, N}

b) Podemos fazer uma analogia com o pêndulo simples. Temos que mg_{efetiva} = E-P = 0,12 \Rightarrow g_{efetiva} = 20 \, m/s^2. Assim, como

T = 2\pi \sqrt{\dfrac{L}{g_{efetiva}}}

E queremos a primeira passagem pelo ponto de equilíbrio, o intervalo de tempo será \Delta t = \dfrac{T}{4}. Portanto,

\Delta t = \dfrac{\pi}{2}\sqrt{\dfrac{L}{g_{efetiva}}} = \boxed{0,31 \, s}

[collapse]
Gabarito

a)

T = 0,12 \, N

b)

\Delta t = 0,31 \, s

[collapse]

Questão 11

Assunto abordado

Óptica geométrica

[collapse]
Solução

"Espelhando" a caixa em relação ao espelho, temos (numa vista aérea da situação):

Claramente vemos que não há impedimento na visão de A'B', o reflexo de AB. Logo:

\boxed{\dfrac{A_{o}}{A_{f}} = 1}

Obs: Possivelmente essa questão foi disponibilizada com o enunciado incorreto. Nós, criadores de materiais do Noic, supomos que, originalmente, o espelho ocuparia apenas uma parte da face esquerda da caixa, tornando o problema mais desafiador. No entanto, seguindo o comando da questão obtido durante a prova, a resolução correta é essa mostrada acima.

[collapse]
Gabarito

\boxed{\dfrac{A_{o}}{A_{f}} = 1}

[collapse]

Questão 12

Assunto abordado

Potência e Intensidade

[collapse]
Solução

Precisamos obter uma função para a intensidade da onda sonora em função da distância até a britadeira. Desprezando perdas de energia para o ar e considerando que a britadeira se porte como uma fonte pontual, temos que:

P(r) = I(r) \cdot 4\pi r^{2} = \text{constante}

Para r = 2 \ \text{m}, a intensidade é de I(2 \ \text{m}) = 2,0 \ \text{W/m}^{2}. Logo:

I(r) \cdot 4\pi r^{2} = 2,0 \cdot 4 \pi \cdot 2,0^{2} \ \text{W}

I(r) \cdot r^{2} = 8,0 \ \text{W}

I(r) = \dfrac{8}{r^{2}} \ \text{W/m}^{2}

Igualando essa expressão à intensidade de 0,1 \text{W/m}^{2}:

0,1 = \dfrac{8}{r^{2}}

r^{2} = 80 \ \text{m}^{2}

\boxed{r = 4 \sqrt{5} \ \text{m} \approx 8,8 \ \text{m}}

 

[collapse]
Gabarito

\boxed{d = 4 \sqrt{5} \ \text{m} \approx 8,8 \ \text{m}}

[collapse]