Segunda Fase (Nível 3)

Escrito por Lucas Tavares, Pedro Tsuchie, Lucas Praça, Vitor Takashi, João Victor Evers e Athur Gurjão

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Questão 1.

Uma barra de 200 \;\rm{g} de uma substância à temperatura inicial T_i = 0 ^{\circ}C é aquecida dentro de um recipiente que lhe transfere energia na forma de calor a uma taxa constante. A figura ao lado mostra a variação da temperatura da substância em função do tempo. Sabendo que ao final de 18 minutos foram transferidas 453,6\;\rm{kJ}, determine:

(a) O calor latente de fusão desta substância em \rm{cal/g}.

(b) A razão c_l/c_s onde c_l e c_s são, respectivamente, os calores específicos desta substância nas
fases líquida e sólida.

Assunto abordado

Calorimetria

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Solução

(a)  Com a energia total (E) e o tempo total (t), podemos achar a potência transferida:

P = E/t = 420\;\rm{W}

 Com isso, podemos pegar o tempo que demora a fusão para achar o calor latente:

P t_F = m L

L = P t_F/m

Portanto:

\boxed{L = 180\;\rm{cal/g}}

(b) Com o a variação de temperatura e o tempo em cada fase, podemos escrever que:

P = m c_l \Delta T_l / t_l = m c_s \Delta T_s / t_s

c_l /c_s = \Delta T_s t_l/ t_s \Delta T_l

Portanto:

\boxed{c_l /c_s = 0,75}

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Gabarito

a)

\boxed{L = 180\;\rm{cal/g}}

b)

\boxed{c_l /c_s = 0,75}

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Questão 2

A figura ao lado mostra um fio que passa por duas polias ideais e que é tensionado por dois blocos de massa M = 6,00 \;\rm{kg} que estão presos às suas extremidades. O trecho horizontal do fio tem comprimento L = 0,90 \;\rm{m} e o conjunto está em equilíbrio estático. O diâmetro do fio é 0,40 \;\rm{mm} e a densidade do aço é 8000 \rm{kg/m^3}. Determine:

(a) A densidade linear de massa do fio, em \rm{g/m}.

(b) A menor frequência, em \rm{Hz}, da onda estacionária transversal que o trecho horizontal do fio pode apresentar.

Assunto abordado

Ondulatória

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Solução

(a) A densidade linear é definida por:

\mu=\frac{\Delta m}{\Delta l}

Onde \Delta l é o comprimento de um pedaço de fio e \Delta m sua massa. Já a densidade volumétrica é definida por:

\rho=\frac{\Delta m}{\Delta V}=\frac{\Delta m}{A\Delta l}

Onde \Delta V é o volume do pedaço de fio de massa \Delta m. A área A é a de seção transversal do fio. Disso, obtemos:

\mu=\rho A

E substituindo numericamente A=\pi r^2:

\boxed{\mu\approx 1\times 10^{-3}\;\text{kg/m}}

(b) A menor frequência corresponde ao harmônico fundamental, isto é, $\lambda=2L$. A velocidade da onda é dada por:

v=\sqrt{\frac{T}{\mu}}

A tração vale Mg. Portanto:

f=\frac{1}{2L}\sqrt{\frac{Mg}{\mu}}

\boxed{f\approx 136\;\text{Hz}}

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Gabarito

(a)

\boxed{\mu\approx 1\times 10^{-3}\;\text{kg/m}}

(b)

\boxed{f\approx 136\;\text{Hz}}

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Questão 3

Diodos emissores de luz, ou LEDs, da sigla em inglês Light Emiting Diode são dispositivos eletrônicos cada vez mais utilizados. A intensidade da luz emitida por um LED é uma função crescente da corrente que o percorre e que não pode superar determinado valor i_{max} que poderia queimá-lo. Por isso, em geral, um LED é ligado em série com uma resistência de proteção cuja função é limitar a corrente. Outra característica importante de um LED é o valor mínimo da tensão V_0 abaixo do qual ele não brilha (e a corrente que o percorre é nula ou desprezível).
O circuito ao lado apresenta, ligados em série, um LED L (entre os terminais a e b), uma bateria ideal de tensão V=9,00\;\rm{V} e um resistor de resistência R. Suponha que a máxima corrente suportada pelo LED seja i_{max} = 20,0 \;\rm{mA}, que o circuito opere com uma corrente de 75% de i_{max} e que a tensão aplicada no LED seja V_d = 3,00 \;\rm{V}.

(a) Qual a potência dissipada no LED, em \rm{W}?

(b) Qual o valor de R, em \Omega (ohms)?

Assunto abordado

Circuitos

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Solução

a) Sabendo que a potência dissipada é dada por:

P= U \cdot i

No caso do LED temos que U = V_{d} e i=75\% i_{max}. Logo,

P= V_{d} \cdot 0,75 \cdot i_{max}

Substituindo os valores do enunciado, sendo V_d = 3,00 \;\rm{V} e i_{max} = 20,0 \;\rm{mA}:

P = 3 \cdot 0,75 \cdot 20 \cdot 10^{-3}

\boxed{P = 0,045 \;\rm{W}}

b) Pela Lei de Kirchhoff das Malhas:

V= R \cdot i + V_d

V= R \cdot 0,75 i_{max} + V_d

Sendo V=9 \;\rm{V}, V_d=3 \;\rm{V} e i_{max}=20,0 \;\rm{mA}:

V= R \cdot 0,75 \cdot i_{max} + V_d

9= R \cdot 0,75 \cdot 20 \cdot 10^{-3} + 3

R= \dfrac{6}{15 \cdot 10^{-3}}

\boxed{R= 400 \;\rm{\Omega}}

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Gabarito

a)

\boxed{P = 0,045 \;\rm{W}}

b)

\boxed{R= 400 \;\rm{\Omega}}

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Questão 4

Uma curva de estrada é compensada quando o plano de rodagem se inclina em direção ao centro de curvatura de um ângulo \theta em relação à horizontal. Na figura (fora de escala) o eixo vertical y passa pelo centro da trajetória circular de raio R executada pelo carro. Se \theta = 0^{\circ} a curva não é compensada.

Um engenheiro está planejando uma estrada na qual o coeficiente de atrito estático entre os pneus e o pavimento é \mu = 0,60 e está considerando o caso em que carros trafegam com velocidade de módulo constante de v = 108 \;\rm{km/h}. Determine o menor valor de R, em \rm{m}, com o qual os carros fazem as curvas sem derrapar, nos casos:

(a) \theta = 0.

(b) \theta = 15^{\circ}.

Assunto abordado

Dinâmica

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Solução

Para resolver esse problema, devemos entender qual a direção que o atrito aponta. Realizando o diagrama de forças no carro:

     ou

Obs: no diagrama de forças, a força centrípeta não deve ser representada idealmente, mas por motivos de didatica, ela foi incluida

Do diagrama, é possível perceber que existem 2 direções possíveis para força de atrito: para diagonal-cima ou para diagonal-baixo, como na figura. De modo simples, para que tenhamos o menor raio de curvatura, resultande centrípeta deverá ser máxima, afinal F_{cp} = \dfrac{mv^2}{R}, ou seja, a resultante centrípeta é inversamente proporcional ao raio de curvatura. Portanto, para que a resultante centrípeta seja máxima, e assim o raio de curvatura seja mínimo, o atrito deverá apontar para a direção diagonal-baixo. Então, o diagrama da direita será utilizado.

Pelos diagramas de forças no eixo y (vertical):

N \cos \theta = F_{at} \sin \theta + mg

No eixo x (horizontal):

N \sin \theta + F_{at} \cos \theta = F_{cp}

Rearranjando e aplicando a definição da F_{at}=\mu N e F_{cp}=\dfrac{mv^2}{R}:

N(\cos \theta - \mu \sin \theta) = mg

N(\sin \theta + \mu \cos \theta) = \dfrac{mv^2}{R}

Substituindo a força normal:

R=\dfrac{v^2}{g} \dfrac{\cos \theta - \mu \sin \theta}{\sin \theta + \mu \cos \theta}

a) Para \theta=0:

R=\dfrac{v^2}{g} \dfrac{\cos 0 - \mu \sin 0}{\sin 0 + \mu \cos 0}

Substituindo os valores do enunciado, sendo v = 108 \;\rm{km/h} = 30 \;\rm{m/s}, g = 10,0 \;\rm{m/s^2} e \mu = 0,60:

R=\dfrac{30^2}{10 \cdot 0,6}

\boxed{R=150 \;\rm{m}}

b) Para \theta=15^{\circ}:

R=\dfrac{v^2}{g} \dfrac{\cos 15^{\circ} - \mu \sin 15^{\circ}}{\sin 15^{\circ} + \mu \cos 15^{\circ}}

R=\dfrac{30^2}{10} \dfrac{0,97 - 0,6 \cdot 0,26}{0,26 + 0,6 \cdot 0,97}

\boxed{R \approx 87 \;\rm{m}}

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Gabarito

a)

\boxed{R=150 \;\rm{m}}

b)

\boxed{R \approx 87 \;\rm{m}}

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Questão 5

Uma fita metálica de cobre de largura L = 1,00 \;\rm{cm} e espessura d = 10 \mu \;\rm{m} é percorrida por uma corrente de i = 2,0 \;\rm{A}, conforme mostra a figura. A fita está na presença de um campo magnético uniforme \vec{B} perpendicular ao plano da fita e, portanto, na direção da espessura da fita. Nos terminais a e b, cada um deles ligado a um dos lados da fita, é conectado um voltímetro (não mostrado na figura) que mede a diferença de potencial V_a-V_b = 12 \mu \;\rm{V}. Considere que o cobre apresenta 8,5\cdot{10^{28}} elétrons de condução por \;\rm{m^3} e adote a convenção de que B > 0 se \vec{B} estiver saindo do papel. Determine:

(a) A velocidade de deriva dos elétrons v_d, ou seja, a velocidade associada à corrente i, em \rm{m/s}.

(b) \frac{B}{|B|} (Responda 1 se \vec{B} estiver saindo do papel e −1 caso contrário.)

(c) |B| em tesla.

Assunto abordado

Magnetismo

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Solução

(a)  Sabemos que a concentração de elétrons

\eta = \dfrac{8,5\cdot{10^{28}}}{\;\rm{m^3}}.

Como cada elétron tem carga e=-1,6\cdot{10^{-19}}C, isso significa que a densidade de carga volumétrica é:

\rho=\dfrac{Q}{Vol}=e\cdot{\eta}=-1,36\cdot{10^{10}}\;\rm{C/m^3}

Entretanto,  sabemos também que a corrente

i=\dfrac{\Delta Q}{\Delta t}

Como

Q=\rho\cdot{Vol}

Temos que:

i=\dfrac{\rho\Delta Vol}{\Delta t}.

\Delta Vol é o volume "varrido" em um \Delta t pela corrente.

\Delta Vol = Ld\cdot{v_d\Delta t}

Logo, considerando que \dfrac{\Delta Vol}{\Delta t}=Ld\cdot{v_d}, concluímos que:

i=\rho\cdot{Ld}\cdot{v_d}

v_d=\dfrac{i}{\rho\cdot{Ld}}

v_d=\dfrac{2}{-1,36\cdot{10^{10}} \cdot 10^{-2} \cdot 10 \cdot 10^{-6}}

v_d=\dfrac{-1}{680}

Portanto, a velocidade é igual a:

\boxed{v_d=-1,47 \cdot 10^{-3} \;\rm{m/s}}

Obs: Como o enunciado não especifica se a velocidade do elétron deve ser considerada apenas em módulo ou não, acreditamos que tanto a velocidade positiva quanto a negativa devem ser aceitas. Além disso, o sinal negativo indica que a velocidade é contrária ao sentido da corrente elétrica.

(b)

Sabendo que a força magnética \vec{F_m}=q\vec{v}\times\vec{B} e que a diferença de potencial entre A e B é positiva, isso significa que a força aponta para a esquerda, já que o sentido do campo elétrico é para direita, e a carga do elétron é negativa. Se a força elétrica aponta para esquerda, então \vec{v_d}\times\vec{B} deve apontar para a direita, por conta do sinal de menos de "q" por se tratar de um elétron. Pela regra da mão esquerda, como v_d aponta no sentido contrário ao da corrente, o campo precisa apontar para dentro da folha. Logo,

\boxed{\frac{B}{|B|}=-1}.

(c) Sabendo que o elétron deve estar em equilíbrio de forças, temos que:

F_{ele}=F_{mag}

Eq = q |v_d| B

B=\dfrac{E}{|v_d|}

Sendo, V_a-V_b= E \cdot L:

B=\dfrac{V_a-V_b}{L|v_d|}

Portanto,

B=\dfrac{ 12 \cdot 10^{-6}}{10^{-2} \cdot 1,47 \cdot 10^{-3}}=\dfrac{40}{49}

\boxed{|B|=0,816 \;\rm{T}}

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Gabarito

a)

\boxed{v_d=-1,47 \cdot 10^{-3} \;\rm{m/s}}

b)

\boxed{\frac{B}{|B|}=-1}.

c)

\boxed{|B|=0,816 \;\rm{T}}

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Questão 6

Fazendo uma trilha com sua bicicleta, um ciclista desce uma rampa com uma velocidade constante de 6,0 \;\rm{m/s}. A figura abaixo à esquerda, na qual H = 9,00 \;\rm{m} e L = 12,0 \;\rm{m}, mostra a rampa e a figura abaixo à direita mostra o sistema de freios a disco instalados nas duas rodas da bicicleta. Ao acionar o freio com a roda em movimento a peça A aplica uma força dissipativa de intensidade F no disco a uma distância média de R = 80 \;\rm{mm} do eixo de rotação. Nesta bicicleta as rodas têm diâmetro de 700 \;\rm{mm}, os discos são feitos de aço (calor específico de 0,100 \;\rm{cal/g^{\circ}C}) e cada um tem uma massa de 150 \;\rm{g}. Desconsidere a ação das demais forças dissipativas. A massa do conjunto ciclista-bicicleta é 80 \;\rm{kg}.

(a) Considere que 60% da energia mecânica dissipada durante a descida seja convertida em calor transferido aos discos (os 40% restantes são transferidos para o ambiente, pelo vento, radiação, etc). Qual a variação da temperatura dos discos em ^{\circ}\rm{C}?

(b) Considere que o freio á aplicado nas duas rodas de maneira uniforme em toda a descida. Qual a intensidade de F em \rm{N}?

Assunto

Calor, trabalho e energia

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Solução

(a) A energia dissipada corresponde apenas à energia potencial perdida, já que a cinética permanece constante. Veja:

Q=MgH

Então, para aquecer os dois discos de massa 150 \rm{g} cada temos:

2mc\Delta T=0,6MgH\implies \Delta T=\frac{0,3MgH}{mc}

Resultando em:

\boxed{\Delta T \approx 34,3^{\circ}\text{C}}

(b) O responsável por dissipar energia nesse caso é o torque da força de resistência; O trabalho do torque é:

\Delta E=\tau\Delta\theta

A variação de energia é \Delta E=mgH. O \Delta\theta é encontrado número de voltas dado pela roda, veja:

\Delta\theta=2\pi\times\frac{\sqrt{L^2+H^2}}{\pi D}

Igualando o trabalho do atrito à variação de energia, temos (o 2 vem devido o fato de existirem dois freios):

2FR\times 2\pi\times\frac{\sqrt{L^2+H^2}}{\pi D}=MgH

Encontramos portanto:

F=\frac{1}{4}\frac{MgHD}{R\sqrt{L^2+H^2}}

Numericamente:

\boxed{F = 1050\;\text{N}}

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Gabarito

a)

\boxed{\Delta T \approx 34,3^{\circ}\text{C}}

b)

\boxed{F=1050\;\text{N}}

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Questão 7

Um pequeno peixe se lança com velocidade \vec v_0 do alto da crista de uma onda em direção à crista da onda à frente, conforme mostra a figura. As ondas têm velocidade de 3,00 \;\rm{m/s} e frequência de 2,00 \;\rm{Hz}. A velocidade \vec v_0 forma um ângulo \theta=15^{\circ} com a horizontal. Considere apenas o movimento do centro de massa do peixe e despreze a resistência do ar.

(a) Qual a distância entre as cristas das ondas, em \rm{m};

(b) Qual o módulo velocidade com que o peixe emerge da crista v_0, em \rm{m/s}?

Assunto

Ondulatória

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Solução

(a) Pela relação fundamental da ondulatória, temos:

v=\lambda f\implies \boxed{\lambda=1,5\text{m}}

(b) Como o peixe pula em direção à outra crista seu alcance horizontal é o próprio \lambda (pela definição). Então, temos que:

\lambda=\frac{v_0^2\sin{2\theta}}{g}

Então temos que:

v_0=\sqrt{\frac{\lambda g}{\sin(2\theta)}}

Portanto encontramos que:

v_0 = \sqrt{2}\sqrt{3}\sqrt{5}\;\rm{m/s} \approx 1,4\cdot 1,7\cdot 2,2\;\rm{m/s}

\boxed{v_0\approx 5,24\text{m/s}}

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Gabarito

(a)

\boxed{\lambda=1,5\text{m}}

(b)

\boxed{v_0\approx 5,24\text{m/s}}

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Questão 8

Um proprietário rural cava uma cisterna em sua residência e utiliza uma bomba periférica para elevar a água coletada a uma altura de 20 \;\rm{m} em relação à superfície da água na cisterna. Para transportar a água ele usa uma mangueira cilíndrica de área de seção transversal 3,00 \;\rm{cm^2}. O gráfico abaixo mostra como varia a pressão manométrica em função da vazão da água na saída da tubulação para diferentes modelos de bomba. O proprietário instalou o modelo
de bomba CV30.

(a) Qual a potência mínima da bomba, em \rm{W}?

(b) Qual a velocidade da água na mangueira, em \rm{m/s}?

Assunto abordado

Energia

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Solução

(a)  Pelo gráfico, é possível achar a vazão da bomba CV30 para uma altura de 20 metros:

Q = 2000\;\rm{L/h}

 A potência pode ser achada como a energia adicionada à água por segundo. Como a vazão é o volume por segundo,  podemos achar a potencia por:

P = \rho g Q h

Em unidades do SI:

\boxed{P = 111\;\rm{W}}

(b) A vazão pode ser calculada como o produto da velocidade vezes a área transversal, então:

v = Q/A

Portanto:

\boxed{v = 1,85\;\rm{m/s}}

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Gabarito

a)

\boxed{P = 111\;\rm{W}}

b)

\boxed{v = 1,85\;\rm{m/s}}

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