Terceira Fase (Nível Jr)

Escrito por Lucas Tavares, Pedro Tsuchie, Lucas Praça, Vitor Takashi, João Victor Evers e Athur Gurjão

Questão 1

Dentro de uma geladeira de temperatura interna T_i = 6^\circ \text{C} há uma cuba de base quadrada de lado a = 10\;\rm{cm} . Dentro da cuba há 750 \;\rm{g} de água e 194,4 \;\rm{g} de manteiga na forma de uma barra cúbica. A figura ao lado, fora de escala, mostra a cuba com a água e a manteiga, onde h e H são, respectivamente, as alturas em relação à base da cuba dos níveis mais altos de água e de manteiga.

Considere que a manteiga tem temperatura de fusão T_f = 26^\circ \text{C} e densidade constante de 0,9 \;\rm{g/cm^3} e trata-se de um dia quente de verão de temperatura ambiente T_a = 36^\circ \text{C}. Desconsidere a dilatação da água e do recipiente.

(a) Determine os valores de h e H, em cm, com a cuba ainda na geladeira.

(b) Determine os valores de h e H, em cm, após a cuba ter sido retirada da geladeira, apoiada em uma mesa horizontal e esperado até que toda a manteiga tenha se derretido.

Assunto abordado

Hidroestática

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Solução

(a) Equilibrando a força de empuxo com o peso, encontramos que:

\rho_aV_ig=mg\implies V_i=\frac{194,4}{1}\ \text{cm}^3=194,4\ \text{cm}^3

Com isso, sabemos que esse é o volume deslocado de água, então podemos equacionar o volume total como:

V_a=a^2h-V_i\implies 750\ \text{cm}^3=100h\ \text{cm}^2-194,4\ \text{cm}^3

Finalizando as contas encontramos que:

\boxed{h=9,444\ \text{cm}}

O volume total de manteiga é \frac{194,4}{0,9}\ \text{cm}^3=216\ \text{cm}^3, o que leva ao fato de que o lado do bloco cúbico é l=V^{\frac{1}{3}=6\ \text{cm}}. Além disso, o comprimento que está imerso em água deverá ser l_i\frac{V_i}{l^2}=5,4\ \text{cm}.

Observando o diagrama acima, você pode facilmente perceber que H=h+l-l_i, portanto:

\boxed{H=10,044\ \text{cm}}

(b) Todo o volume de manteiga irá derreter, gerando uma camada de espessura d=\frac{216\ \text{cm}^3}{a^2}=2,16\ \text{cm}. Como a manteiga é menos densa, ela irá para cima da água gerando uma camada, assim como mostra a figura.

A altura da água será seu volume total, 750\ \text{cm}^3, dividido por a^2, portanto D=7,5\ \text{cm}.

Disso, temos que:

\boxed{h=7,5\ \text{cm}}

\boxed{H=9,66\ \text{cm}}

 

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Gabarito

(a)

\boxed{h=9,444\ \text{cm}}, \boxed{H=10,044\ \text{cm}}

(b)

\boxed{h=7,5\ \text{cm}}, \boxed{H=9,66\ \text{cm}}

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Questão 2

Júlio Verne pode ser considerado o criador do gênero literário de ficção científica. Em 1873, ele publicou o romance de aventura A Volta ao Mundo em 80 Dias no qual a rapidez e a integração dos transportes são destaques da trama.

Considerando uma viagem de volta ao mundo que dura exatamente 80 dias, determine a velocidade escalar média (rapidez média) dos viajantes, em \rm{km/h}, nos casos:

(a) A viagem é feita ao longo do equador.

(b) A viagem é feita ao longo do paralelo de latitude 30^{\circ} norte.

Assunto abordado

Cinemática

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Solução

(a)

Para dar uma volta pela Terra na linha do Equador, os viajantes precisariam andar uma distância d=2\pi R, que é o comprimento de uma circunferência de raio R. Se a viagem dura 80 dias, ela vai durar t=24\cdot 80 horas. Logo, a velocidade em km/h será:

v=\frac{2\pi R}{t} = \frac{2\pi\cdot 6400}{24\cdot 80}

Portanto,

\boxed{V = 20\;\rm{km/h}}

(b)

Para dar uma volta pela Terra na latitude \phi=30, os viajantes precisariam andar uma distância d=2\pi R\cos(\phi), que é o comprimento de uma circunferência de raio R\cos(\phi), que é o raio efetivo da sua latitude. Se a viagem dura 80 dias, ela vai durar t=24\cdot 80 horas. Logo, a velocidade em \rm{km/h} será:

v=\frac{2\pi R\cos(\phi)}{t} = \frac{2\pi\cdot 6400\cdot \cos(30^\circ)}{24\cdot 80}

Portanto,

\boxed{V = 17\;\rm{km/h}}

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Gabarito

a)

\boxed{V= 20 \;\rm{km/h}}

(b)

\boxed{V = 17 \;\rm{km/h}}

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Questão 3

Um móbile fixado no teto está em equilíbrio estático, conforme a figura ao lado. As hastes, de massas desprezíveis, têm marcas verticais a cada a = 5 \;\rm{cm} onde podem ser penduradas bolas. As massas das bolas estão indicadas na própria figura. Considere que m = 30\;\rm{g} , logo, uma bola marcada com $2m$ possui massa de 60 \;\rm{g} e assim por diante. Determine:

(a) A massa de M_a, em \rm{g}.

(b) A massa de M_b, em \rm{g}.

Assunto abordado

Estática

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Solução

(a)

Como o sistema está em equilíbrio e analisando a barra que possui M_a, vemos que 3 forças atuam nela. Uma força peso devido à massa M_a, uma força peso devido à massa m e uma tração de valor inicialmente desconhecido. Duas condições precisam ser satisfeitas para que haja o equilíbrio: Força resultante = 0 e Torque resultante = 0. Como não sabemos o valor da tração, a condição mais interessante para trabalharmos para achar M_a é a do torque resultante nulo. Sabemos que se uma força passa por determinado ponto, ela não contribui para o torque relativo àquele ponto, pois a distância na fórmula do torque (\tau = F\cdot d\cdot sen(\theta)) será nula. Então, vamos calcular o torque resultante relativo ao ponto que passa a tração, já que podemos ignorar sua contribuição.  Calculando:

\tau_a + \tau_m=0

M_ag\cdot (-2a) + mg\cdot 6a =0

Logo, chegamos que

\boxed{M_a = 3m = 90\;\rm{kg}}

 

(b)

Novamente, devemos analisar a barra com a massa de valor desconhecido. Temos 5 forças atuando nela, um peso m, um peso M_b, duas trações para baixo e uma tração para cima. Podemos ver que as trações debaixo têm vínculo com as massas que estão abaixo delas e, portanto, podem ser calculadas. Desse modo, devemos novamente utilizar o fato de que o torque resultante é nulo na barra de M_b e escolher o ponto com a tração para cima para calculá-lo. Entretanto, antes disso, devemos calcular as trações desconhecidas analisando quantas "m"s elas seguram. A tração da esquerda segura M_a+m+2m+4m+6m = 16m, enquanto a tração da direita segura 2m+m=3m. Agora basta calcular o torque resultante no ponto de interesse:

16mg\cdot (-a) + mg\cdot (-4a) + M_bg\cdot 2a + 3mg\cdot 6a =0

Resolvendo as contas, chegamos que

\boxed{M_b=m=30\;\rm{kg}}

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Gabarito

 

(a)

\boxed{M_a =90 \;\rm{kg}}

(b)

\boxed{M_b=30 \;\rm{kg}}

 

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Questão 4

Sondas espaciais movidas a velas solares utilizam a pressão (força por unidade de área) da luz solar para propulsão. Quando um fóton (partícula de luz) colide com um objeto ele exerce uma pequena força sobre ele. Em uma vela solar, os milhares de bilhões de fótons que formam o feixe de luz colidem com a superfície refletora da vela, empurrando-a.

Quando um feixe de intensidade de I (energia por unidade de tempo por unidade de área) incide perpendicularmente em uma vela perfeitamente refletora de área A a força de radiação
F_r é dada por

F_r = \dfrac{2IA}{c}

onde c é a velocidade da luz no vácuo.
Considere uma sonda impulsionada por uma vela solar de área A = 80 \;\rm{m^2}, de superfície
perfeitamente refletora, orientada perpendicularmente aos raios solares em uma região do espaço
no qual a intensidade deles é I = 1400 \;\rm{J/(s \cdot m^2)}. Determine:

(a) Quais entidades presentes na propulsão de uma barco a vela são, respectivamente, análogas às apresentadas no texto: (1) feixe de luz, (2) fótons?

(b) Quais as transferências de energia que ocorrem nos dois sistemas de propulsão.

(c) Como a orientação da vela influencia sobre a força de radiação exercida sobre ela. Em qual orientação a força é máxima? Em qual é mínima? Faça diagramas.

Assunto abordado

Dinâmica

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Solução

(a)

(1) O feixe de luz que atinge a vela solar é análogo ao vento que sopra na vela de um barco. Assim como o vento empurra a vela e faz o barco se mover, o feixe de luz (composto por fótons) exerce uma pressão sobre a vela solar, impulsionando a nave no espaço.

(2) Os fótons, que compõem o feixe de luz, são análogos às partículas de ar (moléculas de ar) que constituem o vento. Cada fóton, ao colidir com a vela solar, transfere uma pequena quantidade de momento à vela, assim como cada molécula de ar que bate na vela de um barco transfere um pouco de momento, ajudando a mover o barco para frente.

(b) No sistema de propulsão do barco a vela, ocorre a transferência de energia cinética das partículas de ar para o barco, enquanto no sistema de propulsão da vela solar, ocorre transferência da energia do fóton para a vela, de modo que o fóton diminua sua energia eletromagnética.

(c) A orientação da vela muda seu ângulo de contato com o feixe de fótons. O diagrama abaixo mostra a visão vertical da colisão do feixe de fótons com a vela solar.

Logo, pela conservação da quantidade de movimento da colisão de cada fóton com a placa solar:

p_{feixe}\cos{\theta} = \Delta p_{vela} - p_{feixe}

Mas, o momento do feixe de fótons pode ser calculado pela densidade de fótons em um certo volume, ou seja:

p_{feixe} = p_{foton}k\Delta x

Assim,

F = \dfrac{\Delta p_{vela}}{\Delta t} = 2 p_{foton}kc \cos{\theta}

Pelo enunciado, para \theta = 0,  2 p_{foton}kc = \dfrac{2IA}{c}

F = \dfrac{2IA}{c}\cos{\theta} = F_r\cos{\theta}

Portanto, como 0\leq\cos{\theta}\leq 1:

\boxed{F_{min} = 0\;\rm{N}}

Diagrama para a situação:

\boxed{F_{max} = F_r}

Diagrama para a situação:

OBS: A análise da densidade de fótons para calcular a intensidade não é necessária para a resolução da questão, apenas a análise do \cos{\theta} e os desenhos mostrados acima

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Gabarito

(a)

\boxed{F_r \approx 7,5\cdot 10^{-4}\;\rm{N}}

(b)

Ver comentário

(c)

\boxed{F_{min} = 0\;\rm{N}}

Diagrama para a situação:

\boxed{F_{max} = F_r}

Diagrama para a situação:

 

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Questão 5

Um estudante de física está fazendo um experimento em sua casa no qual observa o
aquecimento de 3 litros de água pura, colocadas em uma panela grande, em diferentes situações.
Os queimadores do fogão de sua casa podem ser ajustados para “fogo baixo” e “fogo alto”, que
fornecem, segundo o fabricante, energia, respectivamente, a taxas de 600 joules por segundo e
3000 joules por segundo. Ele observa três situações:

1. Sobre um queimador em fogo baixo a água da panela nunca entra em ebulição. Mesmo
depois de passados 30 minutos, o nível de água na panela é aproximadamente o mesmo.

2. Sobre o queimador em “fogo alto” a água entra em ebulição depois de 7 minutos em que
é ligado.

3. Com a água em ebulição e reajustando o queimador de “fogo alto” para “fogo baixo”, após
alguns instantes, a água da panela deixa de estar em ebulição.

(a) Por que a água não entra em ebulição na situação 1?

(b) Qual a temperatura da água após 7 minutos da panela na situação 2.

(c) Estime o intervalo de tempo, em minutos, a partir do instante em que se liga o queimador,
para que toda a água da panela se evapore na situação 2

Assunto abordado

Calorimetria

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Solução

a)

O esperado seria que, passado bastante tempo, muita energia seria absorvida pela água e ela entraria em ebulição. No entanto, isso não ocorre pois, simultaneamente, a água está perdendo energia para o ambiente. Ou seja, a energia absorvida pela água é rapidamente perdida para o ambiente, evitando que ela evapore,

b)

Se a água entra em ebulição em 7 minutos, ela estará, nesse instante, com 100\rm{^ \circ C}(como o enunciado não diz nada, consideraremos uma pressão de 1 atm).

c)

Como a água perde calor para o ambiente, devemos calcular o quanto ela perde para este. Para isso, iremos calcular a energia dada a água e subtrair do quanto realmente foi utilizad0. Total em 7 minutos:

E_{Tot}=3000\cdot 7\cdot 60=1260000\;\rm{J}

Considerando que a água estava, inicialmente, à 25\rm{^ \circ C}, foram absorvidos:

Q=3000\cdot 4,2\cdot 75=945000\;\rm{J}

A diferença é perdida para o ambiente:

E_{perdida}=E_{Tot}-Q=315000\;\rm{J}

Dividindo pelo tempo:

P_{perdida}=\frac{315000}{7\cdot 60}=750\;\rm{J/s}

Valor este consistente com a impossibilidade de se ebulir a água com o fogo baixo!

A taxa real de absorção é:

3000-750=2250\;\rm{J/s}

Assim, depois que começar a ebulir, demorarão:

\frac{3000\cdot 540\cdot 4,2}{2250}=3024\;\rm{s}

O que equivalem a 50,4 minutos.

 

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Solução

a)

Devido, principalmente, ao fato que a perda para o ambiente supera o ganho pelo fogo

b)

\boxed{100\rm{^ \circ C}}

c)

\boxed{50,4 \;\rm{minutos}}

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Questão 6

A figura ao lado mostra a etiqueta de informação nutricional de uma embalagem de um litro de leite integral. Observe que as linhas que começam com espaçamento inicial são subcategorias do grupo alimentar. Por exemplo, no grupo gorduras totais, que inclui todo o tipo de gordura, a etiqueta discrimina a parte que é saturada e a parte que é trans (entre outras). Os alimentos que fornecem energia pertencem aos grupos alimentares carboidratos, proteínas ou gorduras. Considere que um grama de carboidrato ou de proteína fornece aproximadamente 4 \;\rm{kcal} (quilocalorias).

(a) Qual o valor energético em \rm{kcal} de uma porção de leite?

(b) Considerando uma porção de leite, quanta energia, aproximadamente, em kcal, é fornecida por cada grama de gordura?

Assunto abordado

Conceitos matemáticos

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Solução

a)

Basta interpretarmos a figura. Na parte superior, é dito que uma porção equivale a 200\;\rm{ml} de leite. Dessa forma, pegando a coluna que trata de 200\;\rm{ml}, descobrimos que o valor energético é de 119\;\rm{kcal}.

b)

Devemos pegar a energia total e subtrair da energia contida em proteínas e carboidratos, as quais conseguimos encontrar pelos dados do enunciado. Como cada grama de proteína/carboidrato concede 4\;\rm{kcal}, temos:

E= (9,5+6,3)\cdot 4=63,2\;\rm{kcal}

Logo, a energia contida em todas as gorduras é:

E_{Total}-E=119-63,2=55,8\;\rm{kcal}

Como temos 6,2\;\rm{g} , a energia por grama é:

\frac{55,8}{6,2}=9\;\rm{kcal}  por grama.

A resposta, então, é :

\boxed{9\;\rm{kcal/g}}

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Gabarito

a) \boxed{119 \;\rm{kcal}}

b)\boxed{9 \;\rm{kcal}}

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Questão 7

Um helicóptero decola no instante t = 0 nas proximidades de um aeroporto. A tabela mostra as coordenadas cartesianas do helicóptero em um sistema de referência com origem no radar do aeroporto durante os 25 minutos em que ele voa em sua zona de segurança. Os eixos x e y, são paralelos às direções cardeais, com o eixo y apontando para o norte e o eixo x para o leste. A tabela mostra os instantes nos quais o helicóptero muda de direção de movimento e o instante final no qual o helicóptero deixa de ser monitorado pelo radar.

Durante o intervalo de tempo em que o helicóptero é monitorado pelo radar:

(a) Faça um gráfico da trajetória do helicóptero.

(b) Determine a distância percorrida e o deslocamento do helicóptero.

(c) Determine a velocidade escalar média e a velocidade média do helicóptero.

Assunto abordado

Cinemática

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Solução

(a) O gráfico pedido fica semelhante à:

(b) A diferença entre distância percorrida e deslocamento é que o deslocamento só leva em conta os pontos inicial e final, enquanto a distância percorrida leva em conta todo o trajeto. Dessa forma, o deslocamento do helicóptero é a distância entre o ponto P(0,3) inicial e o Q(16,3) final, portanto o deslocamento \Delta S é:

\boxed{\Delta S=16\ \text{km}}

Para a distância percorrida vamos separar o percurso em 4 etapas retilíneas:

d=d_1+d_2+d_3+d_4

Que são calculados usando a fórmula para a distância entre dois pontos:

d_{12}=\sqrt{(x_1-x_2)^2+(y_1-y_2)^2}

d_1=\sqrt{(-4-0)^2+(6-3)^2}=5

d_2=\sqrt{(-12+4)^2+(6-0)^2}=10

d_3=\sqrt{(-12-0)^2+(0+9)^2}=15

d_4=\sqrt{(16-0)^2+(3+9)^2}=20

Fazendo as contas, obtemos:

d=5\ \text{km}+10\ \text{km}+15\ \text{km}+20\ \text{km}

Com isso:

\boxed{d=50\ \text{km}}

(c) A diferença entre velocidade escalar média e velocidade média é que na velocidade escalar devemos fazer \frac{d}{\Delta t}, onde d é a distância percorrida, enquanto na velocidade média temos que fazer \frac{\Delta S}{\Delta t}, onde \Delta S é o deslocamento. Portanto:

v_{esc}=\frac{50}{25/60}\ {\frac{\text{km}}{\text{h}}}

\boxed{v_{esc}\approx 120\ {\frac{\text{km}}{\text{h}}}}

Enquanto que para a velocidade média:

v_{med}=\frac{16}{25/60}\ {\frac{\text{km}}{\text{h}}}

\boxed{v_{med}\approx 38,4\ {\frac{\text{km}}{\text{h}}}}

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Gabarito

(a) Gráfico

(b)

\Delta S=16\ \text{km}, d=50\ \text{km}

(c)

v_{esc}=120\ {\frac{\text{km}}{\text{h}}}, v_{med}=38,4\ \frac{\text{km}}{\text{h}}

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Questão 8

Um pixel é o menor elemento da tela de um dispositivo eletrônico digital ao qual se pode definir. uma cor. Ele é formado por três subpixels que emitem luz, em diferentes intensidades, cada um em uma das cores primárias: vermelha, verde e azul. Como um pixel é muito pequeno, em distâncias típicas de observação, nossa visão o percebe como sendo um ponto de uma cor uniforme dada pela mistura das cores primárias na proporção das intensidades da luz emitida por seus subpixels.

O sistema RGB, acrónimo dado pelas iniciais em inglês das cores primárias vermelho (red). verde (green) e azul (blue) pode ser usado para identificar as possíveis cores emitidas por um pixel. Em geral, neste sistema a cor de um pixel é dada pela tripla ordenada (R; G: B), onde R, G e B indicam respectivamente as intensidades emitidas por seus subpixels vermelho, verde e azul.

Considere um dispositivo digital antigo onde cada sub-pixel pode emitir luz em 16 intensidades, onde a intensidade 0 indica que o sub-pixel não emite luz (está apagado) e a intensidade 15 indica que ele está emitindo em sua intensidade máxima. No modelo RGB, a cor (0; 0; 0) 6 preta e a cor (15; 0; 0) é a cor vermelha mais intensa.

(a) Qual tripla RGB se refere à cor amarela mais intensa?

(b) Quandos tons de cinza este dispositivo pode apresentar? Escreva os códigos RGB dos cinzas mais claro, intermediário, e mais escuro.

(c) Quantas cores, incluindo branco, preto e tons de cinza, o dispositivo pode apresentar?

Assunto abordado

Óptica - Formação de cores

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Solução

(a) No sistema RGB, o amarelo é formado pela mistura do vermelho com o verde em partes iguais, ou seja, o amarelo vai ser formado por (x;x;0). Logo, para a maior intensidade de amarelo, a configuração do RGB será

\boxed{(15;15;0)}

Afinal, o 15 representa a cor mais intensa.

(b) No modelo RGB, o preto é apresentado como (0;0;0), enquanto o branco é representado como (15;15;15). Como o cinza pode ser entendido como uma "mistura" entre o preto e o branco, ele será dado na forma

(x;x;x)

Portanto, variando x de 1 a 14, tem-se 14 tons de cinza.

(c) Cada cor é representada por (x;y;z). Logo, ao variar cada uma dos valores x,y ou z, tem-se uma cor diferente. Como há 16 valores pra cada, o total de cores será:

16\times 16\times 16 = 16^3

\boxed{4096}

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Gabarito

(a)

\boxed{(15;15;0)}

(b)

\boxed{14}

(c)

\boxed{4096}

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