Segunda Fase - Nível C

Escrito por Matheus Felipe R. Borges e Rafael Ribeiro

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C1

Assunto abordado

Pressão de vapor, Mudanças de Fase

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Solução

a) Essas bolhas surgem devido à ebulição do éter presente na garrafa. Por estarmos num local com menor pressão atmosférica, a pressão de vapor do líquido não precisa chegar até 760 \ mmHg (1 \ atm) para entrar em ebulição: basta chegar à pressão local de 630 \ mmHg, o que requer uma temperatura menor do líquido. Isto é, a temperatura de ebulição de um líquido diminui conforme diminuimos a pressão ambiente, permitindo que o simples calor proveniente do capô do carro aqueça o éter a ponto de entrar em ebulição.

b) Isso ocorre pois em Campos de Jordão, a temperatura de ebulição da água é menor do que 100 \ ^{o}C, de modo que o fogão precisa dar menos calor até a água ebulir, levando menos tempo para ferver então. Por outro lado, por não estar tão quente quanto estaria ao nível do mar, a água conduz uma potência para os alimentos que tentamos cozinhar, de modo que é necessário um maior tempo de cozimento.

c) Isso ocorre pois a pressão local é menor do que aquela ao nível do mar, o que facilita que as moléculas de acetona escampem para o ar e se tornem vapor, esvaziando o frasco.

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Gabarito

Vide a solução acima

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C2

Assunto abordado

Mecânica e Movimento Circular

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Solução

a) A lei responsável por esse afastamento é a Primeira Lei de Newton. Conforme a rotação se inicia, o atrito cinético entre a pedra e o fundo da máquina gera um impulso tangencial (isso é, na direção da rotação). Devido à falta de uma força radial para manter o movimento circular, a pedra continua tendo movimento radial de acordo com a Lei da Inércia até que encontre uma força que possa agir como resultante centrípeta, o que ocorre quando atinge a parede externa da máquina de lavar. Assim, a lei responsável por esse fenômeno é a

\boxed{\textbf{Primeira Lei de Newton}}

 

b) Como a massa de roupa e da máquina de lavar está simetricamente distribuída, a única contribuição para força resultante na máquina de lavar é a força de reação entre a pedra e a parede interna da máquina, que corresponde à componente centrípeta da pedra. Assim:

F = \dfrac{mv^{2}}{R} = m \omega^{2} R

Fazendo o equilíbrio desta força com o atrito estático:

F = F_{f} \leq \mu_{e} N = \mu_{e} Mg

Usando os dados do enunciado, e sabendo que o coeficiente de atrito estático é sempre maior do que o cinético:

F_{max} = 0,8 \cdot 50 \ 10 \ N

\boxed{F_{max} = \mu_{e} Mg = 400 \ N}

c) Usando as equações obtidas acima, obtemos:

F_{max} = m \omega_{max}^{2} R = \mu_{e} Mg

\omega_{max} = 2\pi f_{max} = \sqrt{\dfrac{\mu_{e} Mg}{mR}}

f_{max} = \dfrac{1}{2\pi} \sqrt{\dfrac{\mu_{e} Mg}{mR}} = \dfrac{1}{2 \cdot 3}\sqrt{\dfrac{0,8 \cdot 50 \cdot 10}{0,8 \cdot 0,2}} \ Hz

f_{max} = \dfrac{50}{6} \ Hz = \dfrac{50}{6} \cdot 60 \ rpm = 500 \ rpm

\boxed{f_{max} = \dfrac{1}{2\pi} \sqrt{\dfrac{\mu_{e} Mg}{mR}} = 500 \ rpm}

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Gabarito

a) \boxed{\textbf{Primeira Lei de Newton}}

b) \boxed{F_{max} = \mu_{e} Mg = 400 \ N}

c) \boxed{f_{max} = \dfrac{1}{2\pi} \sqrt{\dfrac{\mu_{e} Mg}{mR}} = 500 \ rpm}

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C3

Assunto abordado

Óptica Geométrica

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Solução

a) Para essa questão, devemos pensar como na óptica geométrica. Assim, sendo Alex o emissor da onda sonora, ele é o nosso Ponto Objeto. E como as ondas sonoras finalmente convergem para Marcos, ele é o nosso Ponto Imagem.

Quanto à mudança de função dos amigos, o Princípio da Reversibilidade dos Raios de Luz (nesse caso, "raios sonoros") nos mostra que não há necessidade de os amigos mudarem de posição.

b) Sabemos que Marcos (Ponto Imagem) está a p' = 2 \ m de distância da calota côncava, enquanto Alex dista p = 2 + 2 + 12 + 2 \ m = 18 \ m desse objeto. Assim, usando a Equação dos Pontos Conjugados:

\dfrac{1}{f} = \dfrac{1}{p} + \dfrac{1}{p'}

\dfrac{1}{f} = \dfrac{1}{2} + \dfrac{1}{18} \ m^{-1} = \dfrac{9}{18} + \dfrac{1}{18} \ m^{-1} = \dfrac{10}{18} \ m^{-1}

\boxed{f = 1,8 \ m}

c) Isso ocorre devido aos efeitos de propagação das ondas sonoras em três dimensões. Conforme as frentes de onda se propagam afastam da fonte, a sua energia se dispersa segundo a Lei do Inverso do Quadrado, reduzindo a intensidade do som. Assim, quando Alex fala, Marcos escuta bem por estar próximo à concavidade que concentra as ondas sonoras em sua posição, de modo que essa redução de intensidade é menor. Já quando Marcos fala, Alex se encontra bastante distante da fonte sonora que é a concavidade, fortalecendo esse efeito de redução.

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Gabarito

a) Vide a solução acima

b) \boxed{f = 1,8 \ m}

c) Vide a solução acima

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C4

Assunto Abordado

Eletrodinâmica

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Solução

No texto, o carregador é dividido em dois circuitos: um de ENTRADA, em que o carregador opera como um receptor e a tomada como gerador, e outro de SAÍDA, em que o carregador opera como gerador e o celular como receptor. Vamos às definições: o texto chama de f_{em} a diferença de potencial na bateria que gera energia, ou seja, f_{em_{ENTRADA}}=110Vf_{em_{SAIDA}}=5V, e chama de f_{cem} a diferença de potencial na bateria que recebe energia, ou seja, f_{cem_{ENTRADA}}=\epsilon'f_{cem_{SAIDA}}=3V.

a) Analisando a seguinte frase do enunciado

"[...] a potência consumida pela f_{cem} do circuito ENTRADA é igual à potência produzida pela f_{em} do circuito de SAÍDA."

concluímos que a potencia cosumida na bateria de ddp \epsilon' é a mesma produzida na bateria de ddp 5\,V, logo

f_{cem_{E}}\times{I_{E}}=f_{em_{S}}\times{I_{S}}

0,2\epsilon'=2\times{5}\,V

\boxed{\epsilon'=50\,V}

b) Analisaremos agora cada circuito independentemente. No cirtuito ENTRADA temos que a resistência equivalente é apenas o R_1, logo, ao utilizar a lei das malhas, encontramos

f_{em_{E}}-f_{cem_{E}}=R_{eq}\times{I_{E}}

110-50=0,2R_1

\boxed{R_1=300\Omega}

Analogamente para o circuito SAÍDA

f_{em_{S}}-f_{cem_{S}}=R_{eq}\times{I_{S}}

Porém, agora a resistência equivalente vala R_{eq}=R_2+(0,4\,\Omega)

5-3=2(0,4+R_2)

\boxed{R_2=0,6\,\Omega}

c) A diferença de potencial na bateria pode ser calculado da seguinte forma

U_{bat}=f_{cem_{S}}+R_2\times{I_{S}}

U_{bat}=(3+0,4\times{2})\,V

U_{bat}=3,8\,V

Pois atua como um recepitor. A energia armazenada pela bateria é calculada da seguinte maneira

E_{bat}=U_{bat}\times{Q}

Onde Q é a carga total que passa pela bateria Q=2500mAh. Para encontrar a energia em joules precisamos utilizar a ddp em volts e a carga em coulomb, então precisamos converter a carga que está em mAh para C. A unidade mAh (lê-se miliampere-hora) mede a quantidade de carga que passa com um miliampere de corrente em uma hora, ou seja

1mAh=(1mA)\times(1h)={10^{-3}}\times(60\times60)\,As

1mAh=3,6\,C

Portanto, a carga total mede

Q=2500mAh=2500\times3,6\,C

Q=9000\,C

Logo a energia armazenada na bateria mede

E_{bat}=(4,2\times9000)\,VC

\boxed{E_{bat}=34200\,J}

Para calcular o tempo, utilizaremos a corrente (I_{S}=2\,A)

I_{S}\Delta{t}=Q

2\Delta{t}=9000\,s

\boxed{\Delta{t}=4500\,s}

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Gabarito

a) \boxed{\epsilon'=50\,V}

b) \boxed{R_1=300\Omega}, \boxed{R_2=0,6\,\Omega}

c) \boxed{E_{bat}=34200\,J}, \boxed{\Delta{t}=4500\,s}

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C5

Assunto Abordado

Termodinamica e calorimetria

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Solução

a) Primeiramente, para calcular o fluxo de calor pelo disco utiliza-se a lei de fourier

\phi=\dfrac{kA\Delta{T}}{l}

Onde k=80\,W.m^{-1}.^{\circ}C é a condutividade do ferro, \Delta{T}=(293-273)^{\circ}C^{-1} é a diferença de temperatura entre o gás e água, A=1dm^2=0,01m^2 é a área do cilíndro e l=4cm=0,04m é a espessura. O valor de \phi mede o calor por unidade de tempo que passa pelo cilíndro.

\phi=\dfrac{80\times0,01\times20}{0,01}

\phi=1600\,W

Calculando o calor

Q=\phi\Delta{t}

Q=1600\times80\,Ws

\boxed{Q=128000\,J}

b) O calor que passou foi usado para transformar água em gelo

Q=mL

Onde L=320J/g é o calor latente da água e m a massa que foi transformada em água.

128000=320m

\boxed{m=400g}

c) Para calcular o trabalho exercido pelo êmbolo no gás utilizaremos a primeira lei da termodinâmica

W=\Delta{U}+Q

Onde W é o trabalho externo (realizado pelo êmbolo), \Delta{U} é a variação de energia do gás -- nesse caso \Delta{U}=0, pois a temperatura do gás não muda --  e Q é o calor que sai do gás.

Obs.: Você pode ter visto essa lei escrita de forma diferente  (\Delta{U}=Q-W) e elas não são diferentes! O que muda são as definições de Q e W, pois nesse segundo caso Q é o calor que entra no gás e W o trabalho realizado pelo gás.

Conclui-se que o trabalho realizado pelo êmbolo(externo) vale

W=Q

\boxed{W=128\,kJ}

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Gabarito

a) \boxed{Q=128000\,J}

b) \boxed{m=400\,g}

c) \boxed{W=128\,kJ}

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