Escrito por Akira Ito, Gabriel Hemétrio, Paulo Henrique, Lucas Tavares, Matheus Felipe R. Borges, Pedro Tsuchie, João Gabriel Pepato, Alex Carneiro
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1B
Óptica Geométrica
Analisando as alternativas:
I) Falso. Após passar pelos dois prismas, a luz voltará ao seu estado original, de modo que não será possível perceber sua característica policromática.
II) Verdadeiro. Após passar pelo prisma, a luz será decomposta, podendo perceber sua característica policromática.
III) Falso. O experimento prova justamente o contrário.
Item C
2B
Dinâmica
Nesse caso, como, quando atinge o solo, a partícula realiza voltas cada vez menores, há uma força de atrito atuando como resultante centrípeta no a partícula. Como sabemos, em nosso universo a força de atrito atua somente na direção oposta ao vetor velocidade, de tal modo que, nesse caso, o atrito é diferente nesse universo.
Item A
3B
Estática
Nesse caso, como a balança se desequilibra dentro da água, o empuxo que atua em cada objeto é diferente. Sabemos, entretanto, que o empuxo depende diretamente no volume do objeto de tal modo que, assim, os dois objetos possuem volumes diferentes e, consequentemente, densidades diferentes.
Item D
4B
Termologia
Vamos analisar alternativa por alternativa:
a) Falso. Perceba que, nesse caso, quanto maior a temperatura, maior será o volume ocupado pelo gás, de tal modo que o nível de água diminuirá.
b) Falso. Além da água, o vidro também dilata, apesar de desprezivelmente.
c) Falso. A mudança no nível do termometro se deve à dilatação do líquido.
d) Correto. Por ser hermeticamente fechado, a pressão atmosférica não influencia no temormêtro.
Item D
5B
Cinemática
Nesse caso, devemos perceber que o tempo total entre o Galileu tirar o capuz e ver a vela é igual ao tempo que leva para luz ir e voltar a distância entre Galileu e seu assistente. Matematicamente:
Numericamente:
perceba, que o resultado encontrado equivale à .
Item A
6B
Estática
Para resolver essa questão, perceba, primeiramente, que o espelho rotaciona no sentido anti-horário na presença das outras esferas. Assim, consequentemente, o ângulo marcado pelo indicador de ângulos irá diminuir ao longo do movimento do espelho. Além disso, perceba, pela propriedade dos espelhos, que o ângulo incidente da luz num espelho é igual ao ângulo refletido. De tal modo, quando o ângulo refletido desvia-se de , o ângulo incidente também se desvia de , de modo que o ângulo total formado diminui-se num total de . Conclui-se, então, que a marcação final é igual à .
Item B
7B
Óptica
Do enunciado, sabemos que a distância focal do espelho é igual à distância do objeto ao centro somada à distância do objeto ao ponto focal:
A distância do objeto ao vértice é igual à distância focal somada à distância do foco ao objeto:
Pela equação de Gauss,
Da equação do aumento,
Logo, o item correto é o item b).
item b)
8B
Gravitação
a) (F) Sabemos que o modelo clássico é válido para a órbita de Urano, logo a fórmula ainda é aplicável, embora devamos considerar a interação de Urano com outros corpos.
b) (F) A massa do Sol é uma constante independente do planeta sendo analisado.
c) (F) Como Saturno possui órbita de menor raio do que a de Urano, uma interação entre eles ocasionaria uma aproximação entre os planetas e a consequente diminuição da distância de Urano ao Sol.
d) (V) Como o planeta desconhecido (Netuno) possui órbita de maior raio do que a de Urano, uma interação entre eles ocasionaria uma aproximação entre os planetas e o consequente aumento da distância de Urano ao Sol.
item d)
9B
Matemática
Podemos calcular o valor do ângulo por regra de três, uma vez que a Lua executa aproxidamente um movimento circular uniforme em torno da Terra:
A partir da figura, como a soma de todos os ângulos do triângulo deve ser igual a :
Desprezando e resolvendo para :
Pela imagem:
Como o raio da órbita lunar é igual a :
Logo, o item correto é o item c).
item c)
10B
Dinâmica/Estática
a) (V) Os pesos das massas são constantes durante o movimento e responsáveis por ele.
b) (F) Uma corda mais pesada faz com que a tensão na corda não seja constante em todo o seu comprimento e seu valor também pode variar durante o movimento, variando a força resultante nas massas.
c) (V) Se o peso das massas fosse parecido, as suas acelerações não seriam muito altas por conta da baixa força resultante, ocasionando maior lentidão no movimento.
d) (V) Uma roda muito leve conseguiria adquirir facilmente a velocidade angular necessária para que não houvesse deslizamento entre ela e a corda, de forma que o atrito fosse desprezível.
item b)
11B
Cinemática
Perceba que no flash, a esfera percorreu exatamente na direção vertical. Sendo o intervalo de tempo entre dois flashes consecutivos, sua equação de movimento é tal que
Logo, o item correto é o item é o item a).
item a)
12B
Óptica
Pela equação de Gauss para as lentes,
Da equação do aumento,
Para a lente objetiva, e , logo . Para a ocular, e , logo . O módulo do aumento total é tal que
Logo, o item correto é o item c).
item c)
13B
Termologia
Usaremos a fórmula:
O exercício consiste em calcular qual é a energia necessária para elevar a temperatura de 1 quilograma de cobre em 1 °F. Assim, , e . Devemos nos atentar às unidades.
Deixaremos em pois queremos a resposta em calorias.
Como a unidade de massa presente em é , trocaremos por : .
Como a unidade de temperatura em é , devemos trocar por : como , um corresponde a um .
Assim, a energia necessária para elevar a temperatura de 1 grama de cobre em 1 °F é
item a)
14B
Termodinâmica
O enunciado nos diz que a relação entre a temperatura e a pressão é linear, então, com dois pontos , já conseguimos descrever essa reta calcular o de desejado.
O enunciado nos dá a temperatura e a altura da coluna de mercúrio em dois pontos – não nos dá a pressão, mas podemos calculá-la.
Pelo teorema de Stevin: .
Não sabemos o valor de , mas podemos calculá-lo. O enunciado nos diz que a pressão atmosférica equivale à pressão gerada por uma coluna de 76 cm de mercúrio. Então:
Assim, podemos chegar nos dois pontos que desejamos:
- Quando , , então
- Quando , , então
Os dois pontos que temos são e .
A função de uma reta tem a forma .
Para calcular o coeficiente angular da reta (a), usamos que:
.
Para calcularmos o coeficiente linear da reta (b), pegamos os valores de e correspondentes a algum ponto e o colocamos na equação da reta:
Aqui, escolhemos e , mas poderíamos ter escolhido e também.
.
O zero absoluto se daria quando . Nesse ponto, a temperatura seria:
.
O valor obtido por Amontons é então , enquanto o valor atual é . A diferença entre esses dois valores é .
item c)
15B
Óptica
a) Se a pupila fosse um “furo” pequeno, em relação ao globo ocular, só conseguiríamos ver com intensidade em uma ambiente muito iluminado.
CORRETA: A quantidade de energia luminosa que entra pela pupila é diretamente proporcional à área da pupila e à intensidade luminosa. Assim, se a abertura da pupila é pequena, necessitamos que a intensidade luminosa seja grande – que o ambiente seja muito iluminado – para enxergarmos.
b) Como o cristalino é uma lente convergente, ela consegue direcionar para um ponto da retina todos os raios oriundos de um ponto do objeto que passam pela pupila.
CORRETA: Todo raio de luz que incide na lente convergente paralelamente ao eixo óptico é direcionada ao ponto focal.
c) Como a pupila é um “furo” pequeno, em relação ao globo ocular, as imagens projetadas na retina seriam nítidas sem a presença do cristalino.
INCORRETA: O cristalino – uma lente convergente – focaliza na retina os raios de luz que recebe. Se não houvesse o cristalino, os raios de luz se encontrariam muito antes, depois, ou nem mesmo se encontrariam, fazendo com que as imagens formadas não fossem nítidas.
d) O cristalino precisa ser flexível para mudar a distância focal a fim de deixar nítidas as imagens de objetos localizados em distância diferentes.
CORRETA: Para focalizar os raios de luz na retina, o cristalino precisa adequar a sua distância focal baseando-se na distância dos objetos. Assim, ao depender da distância dos objetos observados, o cristalino é esticado ou relaxado para alterar a sua distância focal.
item c)
16B
Dinâmica/Estática
A figura acima o peso do trecho do colar no cateto oposto e o peso tangencial do segmento do colar na hipotenusa.
Como o colar está em equilíbrio, .
Mas, segundo o enunciado: “o peso aparente da porção que está na hipotenusa (comprimento do plano inclinado) é igual ao peso real da porção rente ao cateto oposto a a (altura do plano inclinado) .” Assim, .
Logo . O seno do ângulo alfa é dado por . Dessa forma:
.
OBS: Outra maneira de resolver esse exercício é usando análise dimensional. A unidade de cada termo da equação deve ser igual (i.e. a equação não faria sentido, uma vez que o lado esquerdo tem unidade de força – como Newton – e o lado direito tem unidade de massa – como kg). Vamos analisar o caso de cada alternativa:
- a) Tanto o lado esquerdo quanto o lado direito da equação são adimensionais (não têm unidades de medida)
- b) O lado esquerdo tem unidade de peso, enquanto o lado direito tem unidade de distância
- c) O lado esquerdo tem unidade de peso, enquanto o lado direito tem unidade de distância.
- d) O lado esquerdo tem unidade de peso, enquanto o lado direito tem unidade de peso
Apenas a alternativa a é dimensionalmente coerente.
item a)
17B
Dinâmica/Estática
O que acontece nesse exercício é o seguinte:
O peso desce, puxando o fio que está ligado à mola. Assim, a mola é estendida, puxando o carrinho.
Comprimento natural da mola: polegadas
Comprimento da mola:
Tempo total das 10 oscilações do pêndulo:
Constante elástica da mola:
Massa do carrinho:
Aceleração do carrinho:
A força que a mola gera no carrinho é dada pela lei de Hooke: . Assim, pela segunda lei de Newton, .
Como a aceleração é constante, a distância percorrida pelo carrinho em um tempo é dada pela função horária do espaço: .
No segundo experimento, polegadas e libras. Substituindo esses valores na equação para :
. O enunciado não nos deu o valor de , então devemos calculá-lo. Para isso, usaremos os dados da primeira experiência.
Na primeira experiência, polegadas, libras e polegadas.
Usando a equação para , libras.
Subsituindo o valor de na equação para , temos que:
polegadas.
item d)
18B
Mecânica
Para começarmos, vamos calcular a velocidade de cada carrinho logo antes da colisão.
Como o enunciado diz, a velocidade do carrinho A logo antes da colisão é .
Para calcular a velocidade do carrinho B logo antes da colisão, devemos usar a equação de Torricelli: .
Não sabemos o valor de , então queremos deixar apenas em função de V. Para isso, deveremos escrever a equação de Torricelli que descreve a descida do carrinho A:
. Substituindo por na equação de , temos que .
Dessa forma, logo antes da colisão, o carrinho A se move para a direita com velocidade e o carrinho B se move para a esquerda com velocidade .
A quantidade de movimento total antes da colisão é:
.
Como os carrinhos se engatam, eles têm a mesma velocidade após a colisão . A quantidade de movimento após a colisão é:
A quantidade de movimento total se conserva, então a quantidade de movimento total antes da colisão é igual à quantidade de movimento total após a colisão .
Assim, .
item a)
19B
Cinemática, Dinâmica
Vamos primeiramente usar as leis de Newton para encontrar a aceleração de cada bola. Além da força da gravidade, que puxa os objetos para baixo, ainda há a força de resistência do ar na situação apresentada. Dessa forma, a força resultante na esfera pequena vale:
Mas o enunciado diz que a força de resistência do ar vale do peso total, então:
Na esfera maior, de acordo com o enunciado, a força de resistência do ar é desprezível, então a aceleração da esfera maior é simplesmente .
Da cinemática, sabemos pela equação horária da posição:
O caminho percorrido vale , que é a altura da torre. Além disso, pois as esferas partem do repouso, então:
Para a esfera maior:
Para a esfera menor:
Note que, ao invés de , usamos na distância percorrida pela esfera menor. Além disso, é importante salientar que os tempos são iguais. Assim, podemos dividir as duas equações para encontrar:
Resolvendo a equação, temos . Portanto item b).
item b)
20B
Termodinâmica
Vamos analisar as alternativas separadamente:
a) Falso. O ciclo de Carnot é reversível e, ao fim de um ciclo, retorna para o ponto inicial, mas isso não significa que não há calor trocado. Na realidade, ao longo de um ciclo, o calor fornecido pela fonte quente é transformado em trabalho e parte desse calor é perdido para a fonte quente. Vale salientar que a eficiência com que esse processo ocorre (ou seja, o trabalho gerado sobre o calor da fonte quente) vale .
b) Falso. O calor fornecido pela fonte quente é maior do que o calor perdido para a fonte fria, pois parte da energia se transforma em trabalho.
c) Falso. A eficiência de Carnot vale , então percebe-se que uma maior diferença de temperatura pode proporcionar, na realidade, um aumento de eficiência. No entanto, tome muito cuidado com comparações descuidadas, uma diferença entre as temperaturas maior não significa necessariamente que a eficiência é maior. Imagine por exemplo, duas máquinas de Carnot (A e B): as temperaturas das fontes de A são e , enquanto as de B são e . Embora a diferença entre as temperaturas de B seja maior por , a eficiência de A é muito maior.
d) Verdadeiro. Embora não seja possível atingir a temperatura de , essa afirmação é verdadeira.
Portanto item d).
item d)