Primeira Fase - Nível C

Escrito por Akira Ito, Gabriel Hemétrio, Paulo Henrique, Lucas Tavares, Matheus Felipe R. Borges, Pedro Tsuchie, João Gabriel Pepato, Alex Carneiro

Você pode acessar a prova clicando aqui.

Questão C.1

Assunto Abordado

Óptica

[collapse]
Solução

Primeiramente, utilizaremos as equações da óptica geométrica para encontrar a posição da imagem.

\dfrac{1}{p}+\dfrac{1}{p'}=\dfrac{1}{f}

Como o espelho é esférico, o foco se relaciona com o raio do espelho da superfície esférica da seguinte forma

|f|=\dfrac{R}{2}

|f|=\dfrac{40}{2}

|f|=20\,\rm{cm}

Como o espelho é convexo, deve-se colocar o valor do foco negativo

f=-20\,\rm{cm}

Então, encontrando a posição da imagem

\dfrac{1}{80}+\dfrac{1}{p'}=\dfrac{1}{20}

\dfrac{1}{p'}=\dfrac{1}{20}-\dfrac{1}{80}

\dfrac{1}{p'}=\dfrac{4-1}{80}

\dfrac{1}{p'}=\dfrac{3}{80}

{p'}=\dfrac{80}{3}\,\rm{cm}

Pela equação do aumento da imagem

\dfrac{y'}{y}=-\dfrac{p'}{p}

y'=-y\dfrac{80}{3\times 80}

y'=-60\dfrac{1}{3}\,\rm{mm}

y'=-20\,\rm{mm}

O sinal de menos apenas indica que a imagem foi invertida.

\boxed{|y'|=20\,\rm{mm}}

Portanto, a resposta é Item c).

[collapse]
Gabarito

Item c)

[collapse]

Questão C.2

Assunto Abordado

Óptica

[collapse]
Solução

 

A ampliação, ou aumento, pode ser calculado da seguinte forma

A=\dfrac{y'}{y}=-\dfrac{p'}{p}=\dfrac{f}{f-p}

 

O aumento total é igual o produto do aumento de cada lente

A_T=\dfrac{h_2}{h_0}=\dfrac{h_1}{h_2}\dfrac{h_2}{h_1}=A_{\rm{objetiva}}A_{\rm{ocular}}

A_T=A_{\rm{objetiva}}A_{\rm{ocular}}

A_T=\dfrac{f_{\rm{objetiva}}}{f_{\rm{objetiva}}-p_{\rm{objetiva}}}\cdot\dfrac{f_{\rm{ocular}}}{f_{\rm{ocular}}-p_{\rm{ocular}}}

A_T=\dfrac{4}{4-5}\dfrac{5}{5-4}

A_T=-20

O sinal de menos apenas indica que a imagem foi invertida.

\boxed{|A_T|=20}

Portanto, a resposta é Item a).

[collapse]
Gabarito

Item a)

[collapse]

Questão C.3

Assunto Abordado

Hidrostática/densidade

[collapse]
Solução

Considere que a pressão que a bomba exerce seja P_B e a pressão atmosférica P_A. Pela relação de Stevin:

P_B+\rho g h=P_A

Tanto para o mercúrio quanto para água. A altura que a água/mercúrio sobe será máxima quando a pressão da bomba for mínima, ou seja, tender a 0.

\rho g h_{\rm{max}}=P_A

Então para os dois líquidos a expressão \rho g h_{max} é igual a pressão atimosférica

\rho_{\rm{mercurio}} g h_{\rm{max,mercurio}}=\rho_{\rm{agua}} g h_{\rm{max,agua}}

\rho_{\rm{mercurio}} h_{\rm{max,mercurio}}=\rho_{\rm{agua}} h_{\rm{max,agua}}

Sabendo que \rho_{\rm{mercurio}}=13,6\rho_{\rm{agua}} e h_{\rm{max,mercurio}}=76\,\rm{cm}

13,6\rho_{\rm{agua}}\times 76\,\rm{cm}=\rho_{\rm{agua}} h_{\rm{max,agua}}

13,6\rho_{\rm{agua}}\times 76\,\rm{cm}=\rho_{\rm{agua}} h_{\rm{max,agua}}

h_{\rm{max,agua}}\approx 1000\,\rm{cm}

\boxed{h_{\rm{max,agua}}\approx 10\,\rm{m}}

Portanto, a resposta é Item b).

[collapse]
Gabarito

Item b)

[collapse]

Questão C.4

Assunto Abordado

Termologia

[collapse]
Solução

Primeiramente, analisemos a definição de coloria:

"Caloria é o calor que 1 grama de água precisa para aumentar 1 ^{\circ}\rm{C}"

Fazendo as trocas que a questão pede:

"Caloria é o calor que 1 quilograma de cobre precisa para aumentar 1 ^{\circ}\rm{F}"

Calcularemos a relação entre a nova definição de caloria (chamarei a unidade de cal_n) com a velha definição (chamearei a unidade de cal_v), a mudança de nomenclatura serve para não confundir o aluno nas contas.

Q=mc\Delta T

Em uma variação de 1 ^{\circ}\rm{F} temos:

\dfrac{T_c-0}{100-0}=\dfrac{T_F-32}{180}

\dfrac{T_c}{5}=\dfrac{T_F-32}{9}

\dfrac{\Delta T_c}{5}=\dfrac{\Delta T_F}{9}

\dfrac{\Delta T_C}{5}=\dfrac{1}{9}

\Delta T_C=\dfrac{5}{9} ^{\circ}\rm{C}

Então, o calor que 1 quilograma de cobre precisa para aumentar 1 ^{\circ}\rm{F} em função de cal_v é:

Q=(1000\,\rm{g})(0,09\,\rm{cal_v}/\rm{g}^{\circ}\rm{C})\dfrac{5}{9} ^{\circ}\rm{C}

Q=50\,\rm{cal_v}

Isso por definição é 1\,\rm{cal_n}

1\,\rm{cal_n}=50\,\rm{cal_v}

A proporção é de 1 para 50 então o calor latente do gelo será

L=\dfrac{1}{50}\cdot80\,\rm{cal_n}/g

L=1,6\,\rm{cal_n}/g

\boxed{L=1,6\,\rm{cal}/g}

Portanto, a resposta é Item a).

[collapse]
Gabarito

Item a)

[collapse]

Questão C.5

Assunto Abordado

Termodinâmica

[collapse]
Solução

Analisaremos item a item:

a) Como o gás retorna à sua situação inicial, nesse ciclo, não existe perda de calor para o ambiente. (Falsa)

Caso o ciclo não perdesse calor para o ambiente, violaríamos a segunda lei da termodinâmica, pois todo o calor que é dado ao cíclo seria convertido em trabalho, violando o enunciado de Kelvin:

"É impossível a construção de uma máquina que, operando em um ciclo termodinâmico, converta toda a quantidade de calor recebido em trabalho"

Logo o item está falso.

b) Os calores trocados pelo gás e as fontes térmicas nas duas adiabáticas do ciclo de Carnot são opostos. (Falsa)

Nas adiabáticas não ha troca de calor. Logo o item está falso.

c) Quanto maior a diferença nas temperaturas das fontes, menor será o rendimento desse ciclo. (Falsa)

O rendimento do ciclo de Carnot em função das temperaturas das fontes fria e quente são:

\eta=1-\dfrac{T_F}{T_Q}

Quando maior a diferença entre as fontes menores a razão:

\dfrac{T_F}{T_Q}

Então, maior será o rendimento.

Logo o item está falso.

d) Se fosse possível atingir o zero absoluto, uma máquina de Carnot poderia atingir 100% de rendimento. (Verdadeira)

Pelo rendimento de Carnot:

\eta=1-\dfrac{T_F}{T_Q}

Caso a temperatura da fonte fria fosse T_F=0\,\rm{K}, o rendimento seria

\eta=1

Portanto, a resposta é Item d).

[collapse]
Gabarito

Item d)

[collapse]

Questão C.6

Assunto Abordado

Eletricidade

[collapse]
Solução

Analisaremos item a item:

a) Para Franklin, a nuvem da experiência da pipa descrita acima estava eletrizada com carga elétrica negativa. (Verdadeira)

Como descrito no texto:

"Os tipos de eletricidade ativa se manifestavam quando, a partir do estado de carga nula, o corpo recebia fluido elétrico (carga elétrica positiva) ou o corpo perdia fluido elétrico (carga elétrica negativa)."

Para Franklin, o fluido elétrico saia de onde a carga estava negativa, ou seja, a nuvem estava eletrizada com carga elétrica negativa. Logo o item está verdadeiro.

b) A parte inferior da nuvem que eletrizou a barra metálica da experiência da pipa estava cheia de prótons em excesso. (Falsa)

Como estava carregada negativamente, a nuvem estava cheia de elétrons. Logo o item está falso.

c) Na teoria do fluido elétrico concebida por Franklin, a eletricidade resinosa foi associada à carga elétrica positiva. (Falsa)

Segundo Franklin, a eletricidade saia do corpo para deixá-lo neutro, ou seja, a carga resinosa será nula. Logo o item está falso.

d) Na linguagem atual, o sentido do movimento do suposto fluido elétrico tornou-se o sentido da corrente elétrica convencional. (Falsa)

O sentido do fluido elétrico indica para onde as cargas negativas vão, ou seja, o movimento dos elétrons. Então, indica o contrário do sentido convencional de corrente. Logo o item está falso.

 

Portanto, a resposta é Item a).

[collapse]
Gabarito

Item a)

[collapse]

Questão C.7

Assunto abordado

Circuitos/Eletricidade

[collapse]
Solução

Utilizando os dados do enunciado ou utilizando conhecimentos prévios, sabemos que a carga será proporcional ao raio da esfera. Dessa forma suponha que no procedimento 1 haviam 5C de carga. Ao final do procedimento 4C estarão na esfera de 8r enquanto 1C estará na esfera de 2r. O procedimento 2 consiste em pegar a esfera de 4C e colocá-la em contato com outras 3 esferas de raio 8r. Como as esferas possuem o mesmo raio, possuirão a mesma carga. Logo cada uma ficará com 1C ao final do procedimento 2. No final, então, todas as esferas terão a mesma carga, logo a alternativa a) é a correta.

[collapse]
Gabarito

a)

[collapse]

Questão C.8

Assunto abordado

Astronomia/Gravitação

[collapse]
Solução

Como descrito pelo texto, o fato de a força gravitacional ser proporcional ao quadrado da distância fazia com que uma esfera oca não produzisse efeitos em seu interior. De maneira análoga, uma esfera eletricamente carregada não produziu efeitos em seu interior no experimento, uma evidência de que sua fórmula de força seja similar à fórmula de força gravitacional, que é proporcional ao quadrado da distância. Desta forma, o experimento traz evidências de que a força elétrica também seja proporcional ao quadrado da distância, o que é descrito na alternativa a).

[collapse]
Gabarito

a)

[collapse]

Questão C.9

Assunto abordado

Termologia

[collapse]
Solução

Para esta questão precisamos lembrar de duas relações fundamentais:

P=\frac{U^2}{R}

Q=mc\Delta T

A primeira relaciona a potência dissipada no resistor com a ddp de seus terminais e a segunda a energia necessária para variar a temperatura de um corpo. Toda a energia dissipada pelo resistor serve para esquentar a água, logo Q=P\Delta t. A massa de água é a mesma, logo a única diferença no \Delta T é devido ao tempo e as pilhas novas. Dobramos o tempo e dobramos a ddp, logo a variação de temperatura será 8 vezes maior (lembre-se que a ddp possui um fator quadrático). A variação de temperatura inicial foi de 3\rm{^ \circ C}, logo a variação final será de 24\rm{^ \circ C}. Como a temperatura inicial é de 6\rm{^ \circ C}, a temperatura final será de 30\rm{^ \circ C}, condizente com a alternativa c).

[collapse]
Gabarito

c)

[collapse]

Questão C.10

Assunto abordado

Magnetismo

[collapse]
Solução

O campo magnético terrestre é gerado pelo núcleo de ferro que , graças a rotação da Terra, produz corrente responsável por criá-lo. Portanto, é possível explicar o magnetismo terrestre com se ela fosse um eletroímã, resultando na alternativa c)

[collapse]
Gabarito

c)

[collapse]

Questão C.11

Assunto abordado

Magnetismo

[collapse]
Solução

Para essa questão precisamos relembrar a direção da força magnética. Podemos lembrar da regra da mão esquerda ou lembrar da regra do produto vetorial. De qualquer maneira, queremos que uma partícula negativa se locomovendo para cima seja desviada para cima, logo precisamos de um campo saindo da página ,que corresponde ao número 3, alternativa c).

[collapse]
Gabarito

c)

[collapse]

Questão C.12

Assunto abordado

Óptica

[collapse]
Solução

Vamos analisar os detectores um de cada vez

D1: O raio de cima(A) refrata por S1, reflete em E1 e reflete por S2. Dessa forma ,A chega com uma fase* de \Pi. O raio de baixo(B) reflete por S1, reflete por E2 e refrata por S2.Dessa forma, B chega com uma fase de \Pi. Logo A e B interferem construtivamente.

D2: O raio de cima(A) refrata por S1, reflete em E1 e refrata em S2.Dessa forma, A chega com uma fase de \Pi /2. O raio de baixo(B) reflete em S1, reflete em E2 e reflete em S2. Dessa forma, B chega com uma fase de 3\Pi /2. Logo A e B interferem destrutivamente.

Logo em D1 chega intensidade e em D2 não, correspondendo à alternativa c).

[collapse]
Gabarito

c)

[collapse]

Questão C.13

Assunto Abordado

Física Moderna

[collapse]
Solução

Quando um fóton é emitido e atinge o primeiro espelho semitransparente, ele possui uma probabilidade igual de ser refletido e ser transmitido, de forma que cada detector tende a ser atingido por metade dos fótons emitidos. É claro que, por conta da natureza probabilística desse problema, as medidas dos dois detectores não serão exatamente iguais todos os instantes, mas, na média, elas serão iguais. Portanto item a).

[collapse]
Gabarito

item a)

[collapse]

Questão C.14

Assunto Abordado

Cinemática, Relatividade Restrita

[collapse]
Solução

Primeiramente vamos calcular o tempo que leva para um múon chegar na superfície da Terra no referencial da Terra:

 t=\dfrac{d}{v}

 t=\dfrac{9\cdot 10^3}{0,995c}

No referencial de um múon, o tempo passa mais devagar devido à dilatação do tempo, de forma que:

 t=\gamma t'

Logo, temos que o tempo t' vale:

 t'=\dfrac{t}{\gamma}

O fator de Lorentz vale:

 \gamma=\dfrac{1}{\sqrt{1-v^2/c^2}}

 \gamma=\dfrac{1}{\sqrt{0,01}}

 \gamma=10

O número de meias-vidas vale:

 N= \dfrac{t'}{2\cdot 10^{-6}}

 N\approx 1,5

Logo, item b).

[collapse]
Gabarito

item b)

[collapse]

Questão C.15

Assunto Abordado

Relatividade Restrita

[collapse]
Solução

Com as informações fornecidas, podemos utilizar o teorema de Pitágoras para relacionar os momentos lineares do raio-x original, emergente e do elétron:

 p^2_0= p^2+p^2_e

Em que p_0 é o momento do raio-x original,  p^2 do raio-x emergente e p^2_e do elétron. Logo, substituindo as fórmulas fornecidas:

 \left( \dfrac{hf_0}{c} \right)^2 = \left( \dfrac{hf}{c} \right)^2+(m_0\gamma\beta c)^2

Resolvendo a equação e substituindo os valores numéricos para encontrar f, temos:

 2,4\cdot10^{20} Hz

Portanto, item b).

[collapse]
Gabarito

item b)

[collapse]