Problemas Aula 1.4 - Leis de Newton

Escrito por Pedro Tsuchie

Alguns exercícios para você estudar a teoria estudada. O grau de dificuldade dos problemas está indicado com *. Problemas com * são equivalentes a problemas de primeira fase da OBF, ** equivalentes à segunda fase e *** equivalentes à terceira fase.

Problema 01*

Para empurrar um bloco de massa 10kg, João aplica uma força F. Se João aplicar a mesma força em um bloco de massa 20kg, qual a razão das acelerações \frac{a_{10kg}}{a_{20kg}}? Desconsidere quaisquer outras forças.

Solução

Usando \vec{F}=m\vec{a} temos para o corpo de massa 10kg :

a_{10kg}=\frac{F}{10}

Para o corpo de 20kg:

a_{20kg}=\frac{F}{20}

Fazendo a divisão:

\frac{a_{10kg}}{a_{20kg}}=2

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Gabarito

A razão é 2

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Problema 02*

Uma força Fé aplicada a um corpo de massa m, inicialmente parado. Determine a posição em função do tempo, considerando que ele começa na posição 0. Desconsidere quaisquer outras forças.

Solução

Pela segunda lei de Newton,  a=\frac{F}{m}

Usando a fórmula S=S_0+v_0t+\frac{1}{2}at^2

Como o corpo está inicialmente parado, v_0=0 e como ele começa em 0,S_0=0

Logo:

S(t)=\frac{1}{2}at^2=\frac{1}{2}\frac{F}{m}t^2

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Gabarito

S(t)=\frac{1}{2}\frac{F}{m}t^2

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Problema 03*

Calcule a aceleração do bloco ao longo do plano.

Solução

O problema é basicamente decomposição de vetores, já que a única componente que importa é a x( na direção do plano).

 

 

Da figura:

P_x=Pcos(90-\theta)=Psen(\theta)

Da segunda lei:

mgsen(\theta)=ma_x

Logo:

a_x=gsen(\theta)

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Gabarito

a=gsen(\theta)

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Problema 4*

 

 

São dadas as massas m_1 , m_2 e a aceleração local \vec{g}, encontre a aceleração dos blocos e a tração no fio. Considere o fio inextensível e sem massa. Despreze os atritos entre todas as superfícies.

Solução

Balanceando as forças nos corpos 1 e 2 ,respectivamente:

m_1gsen(\theta)-T=m_1a_1

T-m_2g=m_2a_2

Como o fio é inextensível:

a_1=a_2=a

Resolvendo as equações:

a_1=a_2=g\frac{m_1sen(\theta)-m_2}{m_1+m_2}

T=g\frac{m_1m_2}{m_1+m_2}(1+sen(\theta))

OBS: \vec{a_1} aponta para baixo no plano e \vec{a_2} aponta para cima

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Gabarito

a_1=a_2=g\frac{m_1sen(\theta)-m_2}{m_1+m_2}

T=g\frac{m_1m_2}{m_1+m_2}(1+sen(\theta))

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Problema 5*

Encontre o coeficiente de atrito estático \mu mínimo para que o bloco de massa m permaneça no plano.

Solução

Para resolver o problema devemos marcar as forças em m na direção do plano e na direção perpendicular ao plano:

mgcos(\theta)=N

mgsen(\theta)=F_{atrito}

F_{atrito}=\mu N

Perceba que a força de atrito deve assumir seu valor máximo para que \mu seja mínimo. Resolvendo as equações:

\mu = tan(\theta)

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Gabarito

\mu = tan(\theta)

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Problema 6*

Henrique, um aluno de física muito aplicado, fica intrigado com a dificuldade em mover uma caixa na direção paralela ao solo. Ele pensava qual seria a força de resistência e por que ela aumentava com a massa. Depois de uma aula com seu professor de física, Henrique finalmente entendeu qual a força que resistia o movimento: o atrito! Considere que a força de atrito seja

F\leq\mu N

Em que N é a força normal e \mu uma constante que depende do chão e da caixa. Detalhe: o atrito é sempre contrário ao movimento . Determine a força ,completamente horizontal, mínima que deve ser aplicada à fim de movimentar o bloco. Considere dado a massa, a gravidade e \mu. A fórmula do atrito fornecida deve ser memorizada, já que é muito necessária para fazer provas de olimpíadas e vestibulares.

Solução

Balanceando as forças na vertical e percebendo que o bloco não sobe nem desce:

mg=N

Forças na horizontal, considerando o atrito máximo:

F-\mu mg=ma

A força mínima é tal que a aceleração é zero:

F=\mu mg

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Gabarito

F=\mu mg

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Problema 7**

Henrique, depois de alguns testes percebeu que existiam direções em que ele precisava fazer forças menores. Considere dado a massa, a gravidade e \mu.

a) Escreva a equação que fornece F em função do ângulo \theta que a força faz com a horizontal. Considere que o bloco nunca sai do chão.

b) Diga o \theta que minimiza a força para \mu=1 e encontre a força mínima. Dica: 2sen(\theta)cos(\theta)=sen(2\theta)

Solução

a)

Percebendo que o corpo não deve perder contato com o solo e balanceando as forças na vertical:

Fsen(\theta) + N=mg

N=mg-Fsen(\theta)

Forças na horizontal, considerando que no caso mínimo a aceleração é zero:

Fcos(\theta)-\mu N=0

Fcos(\theta)=\mu (mg-Fsen(\theta))

F=\frac{\mu mg}{cos(\theta)+\mu sen(\theta)}

b)

Para \mu =1 temos:

F=\frac{ mg}{cos(\theta)+ sen(\theta)}

Para minimizar Fem função de \theta devemos maximizar o denominador, isto é, maximizar:

cos(\theta)+ sen(\theta)

Para maximizar esta função vamos chamá-la de y e elevar os dois lados ao quadrado:

y^2=(cos(\theta)+ sen(\theta))^2

y^2=1+2sen(\theta)cos(\theta)

Usando que 2sen(\theta)cos(\theta)=sen(2\theta) temos que:

y^2=1+sen(2\theta)

Queremos maximizar y e ,portanto, maximizar y^2. Logo queremos \theta tal que sen(2\theta) seja máximo. O \theta que maximiza sen(2\theta) é o 45°.

Logo \theta=45°

A força é, substituindo:

F=\frac{mg}{\sqrt{2}}

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Gabarito

a)

F=\frac{\mu mg}{cos(\theta)+\mu sen(\theta)}

b)

\theta=45°

F=\frac{mg}{\sqrt{2}}

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Problema 8*

Na maioria dos problemas ignoramos a massa das cordas. Neste problema, porém, considere uma corda de massa m, uniformemente distribuída, e tamanho L pendurada no teto. Podemos considerar a tração constante por toda a corda? Encontre a Tração como função da altura. Considere o ponto mais baixo da corda como a altura 0.

Solução

 

Da figura percebemos que T_y é responsável por suportar a parte y da corda.

T(y)=\lambda yg

Em que \lambda é a densidade linear da corda. Por conta da densidade ser uniforme:

\lambda =\frac{m}{L}

Logo:

T(y)=\frac{myg}{L}

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Gabarito

T(y)=\frac{myg}{L}

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Problema 9*

Escreva a posição em função do tempo de um bloco de massa m que começa no repouso e à partir de t=0 está sujeito à uma força horizontal F. Considere que o coeficiente de atrito entre o bloco e o chão é \mu.

Solução

Escrevendo a segunda lei de Newton para o bloco:

F-\mu N=ma

N=mg

Logo a aceleração é:

a=\frac{F}{m}-\mu g

 Usando a fórmula S=S_0+v_0t+\frac{1}{2}at^2:

S(t)=(\frac{F}{m}-\mu g)\frac{t^2}{2}

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Gabarito

S(t)=(\frac{F}{m}-\mu g)\frac{t^2}{2}

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Problema 10**("Introduction to Classical Mechanics", David Morin)

Uma corda de densidade linear \lambda e tamanho L está presa em um plano inclinado de ângulo \theta e coeficiente de atrito estático \mu. Encontre os valores que a tração do topo da corda pode assumir. Considere que o topo está preso ao plano e que tan(\theta) < \mu .

Solução

A chave deste problema está em lembrar que o atrito pode assumir as duas direções.

Considerando o atrito para cima na direção do plano obtemos a Tração mínima:

T+\mu Lgcos(\theta)=\lambda Lgsen(\theta)

T_{min}=\lambda Lg(sen(\theta)-\mu cos(\theta))

A tração máxima ocorre quando o atrito aponta para baixo:

T_{max}=\lambda Lg(sen(\theta)+\mu cos(\theta))

Logo  \lambda Lg(sen(\theta)-\mu cos(\theta)) \leq T \leq \lambda Lg(sen(\theta)+\mu cos(\theta))

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Gabarito

\lambda Lg(sen(\theta)-\mu cos(\theta)) \leq T \leq \lambda Lg(sen(\theta)+\mu cos(\theta))

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Problema 11** ("Competitive physics", Bernard Ricardo")

Para a máquina de atwood abaixo, encontre as acelerações das massas e a tração no fio que segura m_1

Solução

Assim como todos os problemas de máquinas de atwood, devemos marcar as forças e encontrar um vínculo geométrico que represente a constância do fio.

Considerando para cima como positivo e marcando as forças nos corpos:

Forças em m_1:

T-m_1g=m_1a_1

Forças em m_2:

4T-m_2g=m_2a_2

Utilizando a ideia de trabalho resultante igual a 0: se m_1 sobe x_1 e m_2 sobe x_2 então, igualando o trabalho total a zero:

4Tx_2+Tx_1=0

Cortando a tração e derivando duas vezes( se você não sabe o que é derivar, pense que estamos dividindo ambos os lados por um \Delta t muito pequeno duas vezes):

a_1+4a_2=0

Temos ,assim, o seguinte sistema de equações:

T-m_1g=m_1a_1

4T-m_2g=m_2a_2

a_1+4a_2=0

Resolvendo o sistema chegamos em :

a_1=g\frac{4m_2-16m_1}{m_2+16m_1}

a_2=g\frac{4m_1-m_2}{m_2+16m_1}

T=\frac{5m_2m_1g}{m_2+16m_1}

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Gabarito

a_1=g\frac{4m_2-16m_1}{m_2+16m_1}

a_2=g\frac{4m_1-m_2}{m_2+16m_1}

T=\frac{5m_2m_1g}{m_2+16m_1}

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Problema 12**

Esse problema será muito importante para a solução do problema 13, portanto, recomenda-se resolvê-lo antes do próximo problema. Neste problema buscaremos introduzir o conceito de massa equivalente, em que, basicamente, substituímos uma polia e duas massas por uma massa que produz o mesmo efeito. Para ajudá-lo considere a situação na figura à seguir. Qual massa m_{eq} devemos escolher para substituir as massas m_2 e m_3 ?

Solução

Escrevendo a segunda lei para as três massas, considerando para baixo como positivo:

m_1g-2T=m_1a_1

m_2g-T=m_2a_2

m_3g-T=m_3a_3

O vínculo geométrico pode ser encontrado pelo método do trabalho 0:

2Tx_1+Tx_2+Tx_3=0

a_1=-\frac{a_2+a_3}{2}

Resolvendo o sistema chegamos em:

a_1=g\frac{m_1m_2+m_1m_3-4m_2m_3}{m_1m_2+m_1m_3+4m_2m_3}

Comparando com a expressão de a_1 da máquina de atwood clássica(a_1=g\frac{m_1-m_{eq}}{m_1+m_{eq}}) chegamos a conclusão que:

m_{eq}=\frac{4m_2m_3}{m_2+m_3}

 

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Gabarito

m_{eq}=\frac{4m_2m_3}{m_2+m_3}

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Problema 13***("Introduction to classical mechanics", David Morin)

Encontre a aceleração da primeira massa de uma máquina de atwood infinita como mostrado na figura à seguir. Dica: O resultado da questão anterior será muito útil.

Solução

Considere que o sistema é equivalente a uma massa m acoplada a uma massa equivalente m_R. Caso adicionemos mais uma massa m à esse sistema, sua massa equivalente não pode mudar, já que o sistema é infinito.

Portanto m_R deve satisfazer:

m_R=\frac{4mm_R}{m_R+m}

Isolando m_R:

m_R=3m

Logo todo nosso sistema excluindo a primeira massa é equivalente a uma massa de 3m. L0go basta acharmos a aceleração da massa m quando acoplada a uma massa 3m em uma mesma polia. Para isso basta substituir esses valores na fórmula para a máquina de atwood tradicional:

a_1=g\frac{m_1-m_2}{m_1+m_2}

a_1=-\frac{g}{2}

Ou seja o corpo de cima acelera a metade da gravidade para cima!

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Gabarito

a_1=-\frac{g}{2}

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Problema 14***

Neste problema estudaremos conjuntos de massa m, isolados do restante do universo, de maneira que as únicas forças atuantes são de natureza gravitacional. Considere que a força que uma massa M faz em uma de m é\vec{F}=\frac{GMm}{r^2}\hat {r}  em que r é a distância entre elas , Guma constante e \hat {r} o vetor unitário que aponta na direção de \vec{r}, de m para M. Observação: para este problema a fórmula fornecida não será tão importante, porém é necessário tê-la decorada, já que é muito cobrada na OBF. Considere que as massas estão presas aos vértices.

a) Se dispormos 3 massas m na forma de um triângulo equilátero de lado l e uma ao centro, qual a força na massa central?

b) Repita a mesma pergunta para um quadrado de lado l e uma massa ao centro.

c) O que acontece se retirarmos uma das massas do quadrado? Qual é, agora ,a força na massa do centro?

d) Faça o mesmo que o item a) para um polígono de n lados. Considere que a distância de um vértice ao centro é r.

e) Encontre a força na massa central de um polígono de n lados com uma massa faltando.

Solução

a)

O centro do triângulo equilátero é equidistante de seus vértices e é incentro e baricentro do triângulo. Por conta disso, as retas que ligam seus vértices ao seu centro formam ângulos de 120°. Aqui podemos usar uma propriedade de soma de vetores bastante conhecida: a soma de dois vetores de mesmo módulo ,com um ângulo de 120°entre eles, possui o mesmo módulo que um dos vetores e aponta para a bissetriz. Usando este fato, é bastante intuitivo que a soma é 0. Observe a imagem:

 

 

b)

Este é ainda mais fácil: o centro do quadrado é o encontro das diagonais e ,portanto, existem duas massas simetricamente opostos cujas forças cancelam-se. Logo a força é 0.

c)

Método 1

O primeiro método consiste em usar a simetria que utilizamos no item b), um par de massas irá se cancelar e a outra massa faz a força resultante. A força será a de duas massas m com distância de metade de uma diagonal, ou seja:

 r=\frac{l\sqrt{2}}{2}

Colocando esse r na fórmula fornecida:

F=\frac{2Gm^2}{l^2}

Método 2

O segundo método, importantíssimo para uma generalização, consiste em notar que a situação descrita no item c) é equivalente à situação inicial superposta à uma só massa -m no vértice que falta uma das massas. De fato, juntando estes casos teremos 3 vértices preenchidos com massa m e um com massa m-m=0, justamente como queríamos. Basta, portanto, somar as duas forças, a primeira é zero por simetria e a segunda é simplesmente a força de duas massas m, só que com o sentido invertido devido ao sinal negativo da massa*. Dessa forma chegamos ao mesmo valor que no método 1:

F=\frac{2Gm^2}{l^2}

*Observe que não estamos assumindo que exista massa negativa, apenas usamos esta ferramenta puramente algébrica para simplificar o problema.

d)

Precisamos somar muitos vetores que partem do centro até os vértices de um polígono regular, no caso, de n lados. Existem diversas formas de provar que o resultado da soma é zero, mas utilizaremos a forma mais simples. Considere que os lados do polígono são na realidade vetores que apontam em um sentido, por exemplo horário, é sabido que a soma deles é 0. Separe o polígono em triângulos compostos de um dos lados do polígono e dois vetores que ligam vértices ao centro. Olhe a figura

Da figura temos

\vec{u}+\vec{u_1}=-\vec{v}

\vec{u}+\vec{u_1}+\vec{v}=0

Repetindo este processo, somaremos todos os vetores que são lados do polígono 1 vez e todos os vetores que ligam o centro até um vértice 2 vezes. Teremos então que a soma de todos os vetores centro-vértices somados duas vezes mais a soma dos vetores lado é igual a 0. Porém, sabemos que a soma dos vetores lado é 0 e ,portanto, a soma dos vetores centro-vértices é 0 também. Na forma de equações:

\sum\vec{l} + 2\sum\vec{r}=0

\sum\vec{r}=0

Em que \vec{r} são os vetores centro-vértices e \vec{l} os vetores lado. Portanto, a força na massa central é 0.

e)

Depois de provado que a força resultante é zero, podemos usar o mesmo argumento do método 2 do item c e superpor um polígono com n-1 massas m e um vértice com uma massa -m. Logo a força é idêntica:

F=\frac{Gm^2}{r^2}

Lembre-se que definimos r de maneira diferente que l.

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Gabarito

a) 0

b) 0

c) F=\frac{2Gm^2}{l^2}

d) 0

e) F=\frac{Gm^2}{r^2}

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Problema 15***

Um clássico problema consiste em analisar blocos em planos inclinados. Até agora, tratamos de plano que se encontram imóveis, isto é apenas o bloquinho se movia. Neste problema considere que o bloquinho tem massa m e o plano inclinado de \theta e massa M. Encontre a aceleração do plano. Desconsidere o atrito.

Solução

Este problema dispõe de duas soluções: na primeira, usamos conceitos mais básicos e na segunda usaremos o conceito de forças inerciais.

Solução 1

A primeira solução consiste em marcas as forças e escrever as leis de Newton para os dois blocos. Neste caso, como temos acelerações na horizontal é melhor adotarmos o plano cartesiano normal com o x sendo positivo para a direita e o y positivo para cima. Marcando as forças em x no bloquinho e no plano, respectivamente:

Nsen(\theta)=-ma_x

Nsen(\theta)=MA

Em que a_x é a aceleração do bloquinho. Escrevendo a segunda lei na vertical para o bloquinho:

Ncos(\theta)-mg=ma_y

Analisando as equações percebemos que algo está faltando: a condição para que o bloquinho não perda o contato com o plano. Suponha que o bloco ande x para a direita e y para cima e o plano X para a direita. Para que o bloco se mantenha no plano é necessário que:

tan(\theta)=\frac{y}{x-X}

Dividindo em cima e em baixo por  \Delta t 2 vezes:

tan(\theta)=\frac{a_y}{a_x-A}

Lembre-se que a_x é negativo por nossa convenção.

Resolvendo as equações temos que :

A=g\frac{msen(\theta)cos(\theta)}{M+msen^2(\theta)}

Solução 2

Passemos para o referencial do plano inclinado que se move com \vec{A} . Disso surgirão forças inerciais no bloco e no Plano. Desta vez, como o plano está parado, adotaremos as direções paralela e perpendicular ao plano.

Segunda lei para o bloquinho na direção paralela do plano:

mgsen(\theta)+mAcos(\theta)=ma_x

Segunda lei para o bloquinho na perpendicular:

N+mAsen(\theta)=mgcos(\theta)

Forças no plano na horizontal:

MA=Nsen(\theta)

Para solucionar só precisamos das últimas duas equações e chegamos na mesma resposta:

A=g\frac{msen(\theta)cos(\theta)}{M+msen^2(\theta)}

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Gabarito

A=g\frac{msen(\theta)cos(\theta)}{M+msen^2(\theta)}

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