Problemas Aula 1.6 - Energia, Trabalho e Potência

Escrito por Akira Ito

Alguns problemas para você praticar a teoria estudada. O grau de dificuldade dos problemas está indicado com asteriscos (*). Problemas com 1 asterisco é o equivalente a um problema de primeira fase de OBF, 2 asteriscos (**) um de segunda fase,  e 3 asteriscos (***) um de terceira fase.

 

Problema 01 *

O bloco da Figura parte do repouso, empurrado por uma força F de intensidade constante que atua durante todo o percurso. O trecho a é liso, e o trecho b é áspero. Determine a intensidade da força de atrito que agiu sobre o bloco no trecho b, sabendo que o bloco para ao final do percurso.

Solução

Para que o bloco pare no fim do percurso, o trabalho total realizado pelas forças deve ser zero. Dessa forma não há variação de energia cinética entre os pontos final e inical e, como o bloco começou com velocidade nula, ele tabém terminará com velocidade nula. Assim:

 \Sigma \tau = \Delta E_c

 F(a+b)+F_{at}b=0

 F_{at}=-F\left( 1+ \dfrac{a}{b} \right)

O sinal negativo indica que a força de atrito aponta no sentido contrário ao deslocamento do bloco, conforme já era esperado.

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Gabarito

 F_{at}=-F\left( 1+ \dfrac{a}{b} \right)

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Problema 02 ***

Um bloco é solto a partir do ponto mais alto de um hemisfério liso com velocidade inicial nula. Calcule o ângulo \theta marcado na figura em que o bloco perde contato com o hemisfério. A gravidade local vale g e o raio do hemisfério vale R.

Solução

Podemos calcular a velocidade do bloco em função da altura usando a conservação de energia mecânica:

 E_{mec}=E_c+U

 mgR = mgR\cos{\theta}+\dfrac{1}{2}mv^2

 v^2=2gR(1-\cos\theta)

No ponto de escape, temos que a força normal deve ser nula pois não há mais contato entre os corpos. A resultante centrípeta na direção radial se torna, portanto:

 mg\cos\theta-N=\dfrac{mv^2}{R}

g\cos\theta=\dfrac{v^2}{R}

 v^2=gR\cos\theta

Substituindo uma equação na outra, temos:

gR\cos\theta= 2gR(1-\cos\theta)

 \cos\theta = 2 - 2\cos\theta

\cos\theta=\dfrac{2}{3}

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Gabarito

\cos\theta=\dfrac{2}{3}

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Problema 03 ***

(OBF) Após certo tempo de uso as tesouras devem ser afiadas para manter sua performance. Considere um esmeril (roda de pedra para amolar) de raio r de 15 cm que gira com uma frequência de 10 Hz. A tesoura é mantida contra o esmeril com uma força Fde intensidade 160 N como esboçado na figura abaixo, onde o ângulo \theta é igual a 60^o. Qual a potência desenvolvida pelo esmeril? Considere que o coeficiente de atrito entre o esmeril e a tesoura é 0,30.

no title (8)

 

Solução

Para resolver este problema vamos primeiro encontrar a força de atrito que faz com que a velocidade angular da roda diminuir. Para calcular tal força de atrito, K, usaremos que essa força em função da força normal N aplicada nele é:

K=N\mu

Neste caso N é a componente radial da força F, dada por N=F*cos(60^o)=\frac{F}{2}. Assim a  força de atrito é K=N\mu=0,15*F=24 N.

De modo que a Potência pedida no enunciado é simplesmente P, onde P=K*v, onde v é a velocidade da roda no ponto de contato do esmeril, dado por v=\omega r. Onde \omega é a velocidade angular, dada por \omega=2\pi f, onde f é a frequencia da roda.

Assim, \omega=60 rad/s, de modo que v=9 m/s. Note que foi usado que \pi=3.

Dessa forma, com P=K*v, temos que

P=K*v=216 W \approx 2,0*10^{2} W

 

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Gabarito

A potencia é 216 W \approx 2,0*10^{2} W

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Problema 04 ***

(OBF - Adaptada) Um bloco de massa m é abandonado a partir do repouso do ponto B em uma pista lisa, paralela a um plano vertical, que inclui um trecho curvo dado por um círculo de raio R, conforme ilustrado na figura abaixo. Encontre a velocidade do bloco no instante em que ele perde contato com a pista.

Solução

Considere o seguinte diagrama:

Pela conservação de energia, temos:

 2mgR= mgR + mgR\sin\theta + \dfrac{1}{2}mv^2

 2gR(1-\sin\theta) = v^2

Na condição de perda de contato, a força normal é nula. Portanto, a força centrípeta resultante vale:

 mg\sin\theta+N= \dfrac{mv^2}{R}

 v^2=gR\sin\theta

Logo:

 2gR(1-\sin\theta)=gR\sin\theta

 2 - 2\sin\theta = \sin\theta

 \sin\theta=\dfrac{2}{3}

Substituindo isso na expressão da velocidade, temos:

 v^2=\dfrac{2gR}{3}

 v= \sqrt{\frac{2gR}{3}}

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Gabarito

 v= \sqrt{\frac{2gR}{3}}

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Problema 05 *

(OBF) Os alunos do Professor Physicson realizaram uma experiência em sala de aula que consistia em soltar, de uma altura de 2,0 m, uma bolinha de aço sobre uma superfície quadrada, com espessura de 5,0 cm, feita com massa de modelar. Cada vez que a bolinha em queda livre atingia essa superfície, ela penetrava 2,0 cm, exercendo uma força de intensidade média igual a 20,0 N. Dessa forma, os alunos concluíram acertadamente que:
a) Durante a penetração o trabalho total envolvido foi de 0,4 J;
b) Durante a penetração o trabalho total envolvido foi de 4,0 J;
c) Durante a penetração o trabalho total envolvido foi de 40,0 J;
d) Durante a penetração o trabalho total envolvido foi de 0,04 J;
e) Durante a penetração o trabalho total envolvido foi de 400,0 J;

Solução

O trabalho de uma força F que atua durante um deslocamento d, no mesmo sentido, é dado por:

\tau = Fd

Com isso, temos que o trabalho durante a penetração é:

\tau = 20\cdot 0,02

\tau = 0,4 J

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Gabarito

Item a)

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Problema 06 **

(OBF) Durante uma erupção vulcânica, podem ser expelidos vários tipos de materiais, em diferentes estados físicos: fragmentos de rocha sólida, lava e gases. O poder de destruição em uma erupção é maximizado pelo lançamento de rochas ígneas chamadas bombas vulcânicas. Considere que uma dessas “bombas” possa ser lançada até uma altura de 2,0 km. Desprezando o atrito com o ar, qual o valor aproximado da velocidade vertical inicial da “bomba”?

Solução

Como a energia mecânica é conservada, basta calcular a energia cinética inicial e calcular qual a energia potencial gravitacional máxima que o corpo estudado pode subir:

 \dfrac{1}{2}mv^2=mgh

v_{y}=\sqrt{2 g h}

v_{y}=2*10^{2} \frac{m}{s}

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Gabarito

v_{y}=2*10^{2} \frac{m}{s}

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Problema 07 *

Um projétil de m=2,0\,\textrm{kg} é arremessado com uma velocidade inicial de v=10\,\textrm{m/s} fazendo um ângulo \theta=30^\circ com a horizontal. Calcule o trabalho realizado pela força peso desde o início do lançamento quando o projétil alcança a altura máxima.

Solução

Na altura máxima, a velocidade vertical do projétil é nula. Portanto, podemos usar o teorema da energia cinética:

 \Sigma \tau = \Delta E_c

 \tau = \left( \dfrac{1}{2}mv_x^2 - \dfrac{1}{2}mv^2\right)

Em que v_x=v\cos\theta. Além disso, temos que v^2=v_x^2+v_y^2, em que  v_y=v\sin\theta . Portanto:

 \tau = -\dfrac{1}{2}mv_y^2

 \tau = -\dfrac{1}{2}m (v\sin\theta)^2

 \tau=- 25\,\textrm{J}

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Gabarito

 \tau=- 25\,\textrm{J}

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Problema 08 *

Um projétil de massa m=100\,\textrm{g} atinge perpendicularmente uma parede vertical com velocidade escalar  60\,\textrm{m/s} . O projétil penetra na parede e desloca-se  20\,\textrm{cm} até parar. Determine a intensidade da força média que a parede exerce no projétil e que se opõe ao movimento.

Solução

O trabalho realizado pela parede é capaz de mudar a energia cinética do projétil. Usando o teorema da energia cinética:

 \Sigma \tau = \Delta E_c

 F\cdot d=\left( 0-\dfrac{1}{2}mv^2 \right)

 F=\dfrac{mv^2}{2d}

 F=900\,\textrm{N}

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Gabarito

 F=900\,\textrm{N}

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Problema 09 *

Uma pequena esfera de isopor, de densidade \rho_o = 0,2 \,\textrm{g/cm}^3, é abandonada no fundo de um tanque contendo água até uma altura H = 10 \,\textrm{cm}. A densidade da água vale \rho = 1 \,\textrm{g/cm}^3, determine a altura máxima x atingida pela bola, medida a partir da superfície da água. Despreze quaisquer forças de resistência (atrito, viscosidade etc.).

Solução

Vamos calcular a força de empuxo:

 E= \rho V g

Usando o teorema da energia cinética, temos:

 \Sigma \tau = \Delta E_c

 \tau_E+\tau_P = 0

 E\cdot H - mg(H+x)=0

 \rho VgH= (\rho_0 V)g(H+x)

 \rho H = \rho_0 H + \rho_0 x

 x=\dfrac{H(\rho-\rho_0)}{\rho_0}

 x=40\,\textrm{cm}

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Gabarito

 x=40\,\textrm{cm}

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Problema 10 *

Um bloco de massa m = 1,0 \,\textrm{kg} desloca-se sobre um plano horizontal com atrito e comprime uma mola de constante elástica k = 10 \,\textrm{N/m}. O coeficiente de atrito vale \mu = 0,3. Sabendo que a máxima compressão atingida pela mola vale x=40 \textrm{cm} , calcule a velocidade da caixa ao tocar a mola.

Solução

Parte da energia cinética do bloco é convertido em energia potencial elástica ao longo da compressão da mola e o resto da energia é perdida na forma de atrito. Portanto, podemos usar a conservação de energia mecânica:

 \dfrac{1}{2}mv^2=\dfrac{1}{2}kx^2+F_{at}x

 v=\sqrt{x^2\dfrac{k}{m}+2\mu gx}

 v= 2\,\textrm{m/s}

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Gabarito

 v= 2\,\textrm{m/s}

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Problema 11 *

(Semana 161 - Adaptada) Zucas Lanoni é um dos responsáveis pela Exposição Anual de Objetos Históricos em Valinhos e, para o ano de 2023, Zucas foi encarregado de levar uma estátua da Ilha de Páscoa para o evento. Nesse problema vamos analisar, de maneira hipotética e simplificada, a extração de uma estátua parcialmente submersa.

As estátuas da Ilha de Páscoa (conhecidas como Moais) são grandes esculturas de pedra com o formato de uma cabeça humana, conforme ilustra a figura abaixo. Para a nossa análise simplificada, vamos aproximar a estátua para um paralelepípedo uniforme de massa M=5000\,kg e altura L=5,0\,m e largura D=1,0\,m. Considere a gravidade g=10\,ms^{-2}.

A estátua de interesse está parcialmente coberta por uma coluna de terra (de altura H=1,0\,m) e não é possível levá-la direto para um avião. Assim será necessário primeiro extraí-la para depois transportá-la. Suponha que a força necessária para manter o corpo em equilíbrio vertical está representada no gráfico abaixo:

O eixo vertical representa a força que deve ser aplicada para conseguir levantar a estátua (em unidades de Mg) em função da profundidade. Note que, inicialmente, a profundidade vale H=1,0\,m. Calcule o trabalho que deve ser realizado para extrair completamente a estátua do solo.

Solução

O trabalho de uma força variável é a área sob o gráfico de Força vs Deslocamento. Dessa forma, o trabalho é a área do gráfico entre os pontos x=0,0\,m e x=1,0\,m.

 \tau = A_{rea}

 \tau = \dfrac{(1+3)\,Mg\times 1\,m}{2}

Logo, usando Mg=5\times10^4\,N:

\tau=1,0\times 10^5\,J

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Gabarito

\tau=1,0\times 10^5\,J

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Problema 12 *

Um pêndulo constituído por uma esfera de massa M = 5 \,\textrm{kg}, presa a um fio ideal de comprimento L = 1 \,\textrm{m}, está inicialmente em repouso, quando sofre a ação de uma força F = 90 \,\textrm{N} horizontal constante causada por um forte vento naquela direção. Pede-se determinar a velocidade final com que a bola atingirá o teto. Considere efeitos gravitacionais.

Solução

Podemos simplesmente calcular o trabalho realizado pelo vento e aplicar o teorema da energia cinética. Um detalhe importante para se notar é que, embora a trajetória da partícula seja curva, a força sempre possui direção e sentido constante, então podemos calcular o trabalho como sendo qualquer "caminho" imaginário que a bolinha pode percorrer.

Então, ao invés de somar cada parcela de trabalho de várias etapas ao longo do trajeto circular, podemos simplesmente calcular o trabalho do segmento horizontal de comprimento L, que vale \tau=LF, e somar com o trabalho do segmento vertical de comprimento L, que vale \tau=0 pois o deslocamento é perpendicular à direção da força. A mesma ideia vale para o trabalho da força peso.

Logo:

 \Sigma \tau = \Delta E_c

 FL-mgL=\left( \dfrac{1}{2}mv^2-0 \right)

 v= 4\,\textrm{m/s}

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Gabarito

 v= 4\,\textrm{m/s}

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Problema 13 *

(OBF) Dois corpos, A e B, de massas diferentes (m_A = 3m_B) foram lançados verticalmente para cima com velocidades iniciais diferentes. Um deles (A) atingiu uma altura quatro vezes maior do que o outro (B). Desprezando as resistências impostas ao movimento, quantas vezes é a sua velocidade inicial superior a do outro?
a) V_{0(A)} = 2 V_{0(B)}
b) V_{0(A)} = 4 V0(B)
c) V_{0(A)} = V_{0(B)}
d) V_{0(B)} = 2 V_{0(A)}
e) V_{0(B)} = 4 V_{0(A)}

Solução

Como se despreza qualquer tipo de resistência, podemos conservar a energia nos lançamentos de cada corpo e achar uma relação entre suas velocidades de lançamento e a altura máxima atingida. Temos então que:

E_{cinA} = E_{potA}

\dfrac{m_{0(A)}V^2_A}{2} = m_A g H_A

V_{0(A)}^2 =2 g H_A

V_{0(A)} = \sqrt{2 g H_A}

Esse processo é análogo para o corpo B, logo:

V_{0(B)} = \sqrt{2 g H_B}

Podemos extrair do enunciado que:

H_A = 4 H_B

Com isso:

V_{0(A)} = \sqrt{2 g 4 H_B}

V_{0(A)} = 2\sqrt{2g H_B}

V_{0(A)} = 2V_{0(B)}

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Gabarito

Item a)

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Problema 14 *

(OBF) Sobre uma mesa horizontal o Professor Physicson espalhou cinco blocos idênticos de madeira com massa de 500,0 g e espessura de 10,0 cm cada. A partir daí, ele solicitou de uma aluna que empilhasse sobre a mesa todos os blocos, um após o outro. Ao término dessa tarefa, desprezando-se os atritos existentes e que inicialmente não havia nenhuma superposição entre os blocos, perguntou à turma qual foi o trabalho, em Joules, realizado pela aluna. Acertadamente, eles responderam: (adote g = 10 \frac{m}{s^2} )

a) 3,0
b) 2,0
c) 5,0
d) 4,0
e) 1,5

Solução

Pelo teorema da energia cinética:

\tau_{res}=\Delta{E_{cinetica}}=\tau_{mg}+\tau_{aluna}

Como a variação da energia cinética é nula (Os blocos estão em repouso no início e no final do processo), temos:

-\tau_{mg}=\tau_{aluna}

O trabalho do peso é dado por -mg\Delta{h} para um incremento positivo \Delta{h} da altura do centro de massa de um dos blocos. Como 4 blocos são empilhados, determinemos o trabalho total realizado pelo peso:

\tau_{mg} = -mge-2mge-3mge-4mge = -10mge

onde e é a espessura dos blocos. Portanto:

\tau_{aluna} = 10mge = 5J

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Gabarito

Letra c)

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Problema 15 **

Considere o sistema do problema 4. Encontre a menor altura H que a bolinha deve ser abandonada para que ela consiga dar uma volta no trajeto circular sem descolar do trilho.

Solução

No ponto mais alto da trajetória circular, a bolinha deve estar na iminência de "descolar" do chão. Ou seja, a força normal é nula nesse instante. Portanto, temos a seguinte relação para a força centrípeta:

 mg+N=\dfrac{mv^2}{R}

 mg=\dfrac{mv^2}{R}

 v^2=Rg

Agora vamos usar a conservação de energia:

 mgH=mg(2R)+\dfrac{1}{2}mv^2

 mgH=mg(2R)+\dfrac{1}{2}mRg

 H=\dfrac{5}{2} R

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Gabarito

 H=\dfrac{5}{2} R

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Problema 16 **

(OBF) As figuras abaixo mostras duas situações, nas quais dois blocos de formas cúbica e cilíndrica feitos de material, homogêneo, isotrópico com distribuição uniforme e que serão lançados sobre as superfícies horizontais e rugosas de mesmo coeficiente de atrito. Os blocos cúbico e cilíndrico são lançados com as energias cinética K_{1} e K_{2} respectivamente. Sejam d_{1} e d_{2} as distâncias percorridas pelos blocos cúbico e cilindrico respectivamente sobre a superfície rugosa até parar, de forma que d_{1}=3d_{2}. Determine a razão \frac{K_{1}}{K_{2}}

AtritoOBF-TOP

Solução

Os corpos vão iniciar o movimento com uma certa energia cinética, e esta será dissipada pela força de atrito que o chão exerce sobre eles. Pode-se dizer que a variação de energia cinética de um corpo é igual à resultante de trabalho de forças externas sobre ele, que no caso é apenas o trabalho da força de atrito. Inicialmente um dos corpos terá energia cinética K, e após parar terá zero, portanto:

\Delta K=0-K=-K=W

Onde W é o trabalho das forças externas. A força de atrito sobre o corpo é cinética, pois ele se move em relação ao solo durante a aplicação desta, e portanto vale F_{at}=\mu N, onde \mu é o coeficiente de atrito entre o corpo e o chão é N é a força de reação normal do solo. Como o corpo está em equilíbrio na direção vertical, vale que N=mg, que é o peso do corpo. Portanto, pela definição de trabalho:

W=\vec{F} \cdot \vec{d}=-F_{at} d=-K

K=\mu m g d

A razão da energia cinética entre os corpos 1 e 2 é portanto:

\frac{K_{1}}{K_{2}}=\frac{m_{1} d_{1}}{m_{2} d_{2}}

A massa dos corpos é dada por m=\rho V, onde \rho é a densidade deles, que é igual, e V seu volume. O volume de um cubo de lado a é igual a V_{1}=a^{3}, e o de um cilindro de raio r e altura h é V_{2}=\pi r^{2} h, e como 2 r=h=a, este é V_{2}=\frac{\pi a^{3}}{4}. Portanto, vale que:

\frac{K_{1}}{K_{2}}=\frac{V_{1} d_{1}}{V_{2} d_{2}}=\frac{4*d_{1}}{\pi d_{2}}=\frac{12}{\pi}

A questão terminaria aí normalmente, contudo como a OBF dá o valor de \pi como sendo 3 no início de qualquer prova, você deve simplificar a resposta para:

\frac{K_{1}}{K_{2}}\approx\frac{12}{3}=4

Onde a aproximação foi feita para deixar um algarismo significativo de resposta, pois todos dados foram dados com um significativo. Contudo, é bom em geral você colocar o valor exato no gabarito seguido pela sua aproximação, assim como é colocado na secção "Gabarito" dessa solução.

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Gabarito

\frac{K_{1}}{K_{2}}=\frac{12}{\pi} \approx 4

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