Escrito por Lucas Tavares
Alguns problemas para você praticar a teoria estudada. O grau de dificuldade dos problemas está indicado com asteriscos (*). Problemas com 1 asterisco é o equivalente a um problema de primeira fase de OBF, 2 asteriscos (**) um de segunda fase, e 3 asteriscos (***) um de terceira fase.
Questão 1 *
(OBF) Um pedaço de gelo de a é colocado em um recipiente termicamente isolado contendo de água a . Determine a temperatura e a composição final do sistema. Dados: calor específico da água ; calor latente de fusão da água
No equilíbrio térmico, tem-se que a soma dos calores é . Sendo assim:
Em que é o calor associado ao derretimento do gelo, é o calor associado ao resfriamento da água e é o calor associado ao aquecimento do gelo derretido. Portanto:
Substituindo os valores:
Com isso:
Mas isso é um absurdo, pois não é possível que o sistema atinja o equilíbrio nessa temperatura. Portanto, conclui-se que o gelo não derreteu completamente e a temperatura do equilíbrio é de . Vamos calcular a massa de gelo que permaneceu.
Portanto ainda haverá no sistema:
,
a uma temperatura de
,
Questão 2 *
Um bloco de gelo de massa , que está a uma temperatura de , é colocado em um calorímetro (recipiente isolado de capacidade térmica desprezível) contendo de água, à temperatura de . Qual a quantidade de gelo que sobra sem se derreter? Dados: calor específico do gelo ; calor latente de fusão do gelo: .
No equilíbrio, o calor total será nulo. Logo:
Substituindo os valores:
Questão 3 *
Uma barra metálica é aquecida conforme a figura; , e são termômetros. Admita a condução de calor em regime estacionário e no sentido longitudinal da barra. Quando os termômetros das extremidades indicarem e , quanto o intermediário indicará?
No regime estacionário, o fluxo de calor ao longo da barra será constante. Portanto:
Substituindo os valores:
Questão 4 *
Explique o funcionamento físico de um vaso de Dewar, esclarecendo como os conceitos físicos acerca dos processos de transferência de calor são utilizados na sua fabricação.
Vaso de Dewar é o nome científico dado para a famosa garrafa témica! Com o intuito de manter a temperatura interna da garrafa, vamos construir um vaso de Dewar com o conhecimento que temos. Para o nosso objetivo, temos que extinguir todas as formas de transferência de calor, que podem se dar por convecção, condução e radiação.
Para a radiação, a forma mais simples é utilizando superfícies refletoras. Então utiliza-se uma superfície refletora interna (para manter o calor do café, por exemplo) e uma superfície refletora externa (para manter a água gelada, por exemplo). Para isso, pode-se utilizar papel alumínio para revestir as superfícies da garrafa.
A convecção terá uma contribuição desprezível para a troca de calor, mas para garantir que não ocorra, vamos considerar um vácuo entre as paredes da garrafa. Isso também será útil para evitar a condução. Entretanto, um vácuo perfeito não será possível de consegui. Pode-se então utilizar um material que seja um péssimo condutor de calor. Exemplos de materiais para isso: jornal, isopor.
Perceba que agora o único ponto que haverá uma grande condução de calor será na tampa da garrafa. Para evitar essa condução, utiliza-se uma pequena borrachinha na tampa. Veja na figura abaixo um esquema da garrafa:
Questão 5 **
A energia radiante que a Terra recebe do Sol sob incidência normal, por unidade de tempo e de área, é denominada constante solar e vale . O gelo tem densidade absoluta e calor de fusão . Suponha que a Terra seja revestida por uma camada uniforme de gelo de espessura , a . Determine, em metros, essa espessura, sob condição de que o gelo seja fundido em dias por efeito do calor radiante proveniente do Sol, que ele absorve integralmente, e com exclusão de qualquer outra troca de calor.
Como o enunciado indica, todo o calor absorvido do sol será utilizado para derreter o gelo. Logo:
A área em que a Terra recebe radiação do Sol será dada por . Você pode interpretar isso como sendo a área efetiva da Terra que recebe radiação, pois apenas a face virada para o Sol receberá a radiação.
Como a camada de gelo será muito pequena comparado ao raio da Terra, seu volume se dará por: . Portanto:
Substituindo os valores:
Questão 6 **
(OBF) Um estudante observa que sua família, por comodidade, prefere secar as roupas em uma máquina elétrica ao invés de pendurá-las no varal, onde o clima em geral seco de sua região, as secaria sem custo. Para estimar o gasto mensal com a máquina de secar, o estudante seleciona uma amostra representativa das roupas da casa que, quando secas, têm massa e, quando úmidas (logo após lavadas e torcidas ou centrifugadas, ou seja, prontas para ir para o varal ou secadora), têm massa de . Considerando que, na máquina, o calor usado para secar a roupa vem da eletricidade, estime o custo mensal para secar as roupas na secadora sabendo que em média, por mês, são lavados de roupas e o custo do energia elétrica na região é de .
Deve-se perceber que a diferença de massa depois da secagem é proveniente da água que evaporou durante o processo, que é posterior ao de lavagem. Primeiramente, façamos uso de uma proporção simples com os dados do enunciado para encontrar a massa das roupas molhadas no processo mensal (perceba que é a massa apenas das roupas secas ou antes de serem lavadas), e deste número subtraímos os de forma a obter a massa de água evaporada:
O calor necessário em calorias para a evaporação foi, então (note que, em primeira aproximação, podemos desconsiderar o calor sensível, visto também que nada foi informado sobre a temperatura inicial da água):
Em joules:
Façamos, então, uma nova proporção para encontrar o custo C desse processo, em reais, dado que correspondem à :
Questão 7 **
Um bloco de gelo de tonelada, destacado de uma geleira, desliza por uma encosta de de inclinação com velocidade constante de . O calor latente de fusão do gelo é de . Calcule a quantidade de gelo que se derrete por minuto em consequência do atrito. Use se precisar: e ;
A potência dissipada pelo atrito vai se dar por . Como a potência dissipada derreterá o gelo:
Assim:
Como a velocidade é constante, o bloco está em equilíbrio e assim
Logo, substituindo os valores:
Lembre-se que deve-se converter a unidade do calor latente para
Questão 8 **
(OBF) As figuras abaixo ilustram dois arranjos experimentais usados para investigar a taxa de transferência de calor entre os corpos e . As temperaturas e , com , são mantidas constantes por equipamentos não representados na figura. Em ambos os arranjos, são usadas duas barras cilíndricas de dimensões idênticas. A barra 1 tem condutividade térmica e a barra 2 tem condutividade térmica . Ambas as barras são isoladas termicamente em suas superfícies laterais de modo que o calor é conduzido de a sem perdas para a vizinhança. Suponha que, no regime estacionário, a taxa de transferência de calor de para , nos arranjos e sejam, respectivamente e . Determine a razão nos seguintes casos:
(a) as barras têm as mesmas condutividades térmicas ;
(b) a condutividade térmica de uma barra é o triplo da outra .
Resolveremos o problema para o caso geral , para então depois particularizar de acordo com as condições desejadas.
I) Chame de e o fluxo térmico (energia por unidade de tempo) através das barras 1 e 2, respectivamente. Seja a secção reta das barras (as dimensões das barras são iguais) e a temperatura na junção das barras, com .. Utilizando a Lei de Fourier, temos que
.
.
No estado estacionário, deve valer a continuidade de fluxo para a associação em série: . Logo:
.
.
Somando as duas equações, isolamos para obter
.
II) No segundo cenário (associação em paralelo), o fluxo total se divide entre as duas as barras. Isto é:
.
Novamente, pela Lei de Fourier, vale escrever:
,
.
Então, a razão é dada por:
(a) Para :
.
(b) Para :
.
(a)
(b)
Questão 9 **
Uma peça, de seção transversal constante, é composta por três metais arranjados, conforme a figura, onde estão indicadas as condutibilidades de cada parte, bem como suas respectivas dimensões. Para o calor fluir no sentido indicado pelas setas, calcule a condutibilidade equivalente da peça.
Para resolver esse problema, vamos fazer associações das peças! Antes de tudo, vamos definir a espessura (profundidade) da peça total como , a temperatura da direita, do meio e da esquerda como , e , respectivamente. Percebe-se que as peças de e estão em paralelo. Logo, para a associação, tem-se:
Agora, perceba que o sistema é formado por duas peças, como mostra a figura abaixo:
Note que nesse novo sistema, cada peça está em série. Sendo assim:
Como a associação é em série:
Portanto:
Questão 10 **
Têm-se três cilindros de secções transversais iguais de cobre, latão e aço, cujos comprimentos são, respectivamente, e . Soldam-se os cilindros, formando o perfil em , como indica na figura. O extremo livre do cilindro de cobre é mantido a , e dos cilindros de latão e aço, a . Suponha que a superfície lateral dos cilindros esteja isolada termicamente. As condutividades térmicas do cobre, latão e aço valem, respectivamente, e , expressas em . No regime estacionário de condução, qual a temperatura na junção?
Perceba que no sistema, a barra de Aço () e a barra de Latão () estão em paralelo, pois ambas as extremidades estão na mesma temperatura. Perceba também que a barra de Latão + Aço () estão em série com a barra de Cobre (). Sendo assim, esse problema fica extremamente parecido com o problema anterior.
Associando as barras em paralelo:
Em que é a temperatura da junção e a secção transversal das barras.
Pelas barras em série:
Substituindo os valores, encontra-se:
Questão 11 ***
Em um belo dia frio de inverno, a temperatura do ar atmosférico é de . Um cilindro, de material perfeitamente isolante, é preenchido com água a . Sabendo que o calor latente de fusão da água vale , a densidade do gelo vale e a condutividade térmica do gelo vale , determine o tempo para toda a coluna de água () ser transformada em gelo.
Quando a água é congelada, a camada de gelo formada servirá de isolante térmico de tal forma que o calor do ambiente será conduzido pelo gelo. Portanto, vamos analisar a condução de calor através do gelo. Em um instante genérico, tem-se:
Em que é a espessura da camada de gelo que já congelou. Perceba que esse fluxo de calor "negativo" representa a quantidade de calor que a água perde para o ambiente, transformando-se assim em gelo. Portanto, pode-se dizer que:
Para calcular o tempo total, vamos fazer uma analogia à cinemática. Em um MRUV, a velocidade é dada por . Para calcular o espaço percorrido, pode-se calcular área do gráfico dado por por , ou seja, por . Da mesma fora, para calcular o tempo total na questão, vamos calcular a área do gráfico de por . Perceba que nessa analogia, seria a "velocidade do tempo", seria análogo ao tempo e análogo ao espaço percorrido. Com isso, tem-se o seguinte gráfico:
Calculando a área desse gráfico e, portanto, :
Questão 12 ***
Uma casa tem três paredes idênticas, cada uma delas podendo ser tratada como um corpo negro. A distância entre cada par de planos é muito menor que as dimensões das paredes. Considere que os sistemas estão no vácuo. Determine a temperatura de equilíbrio no regime estacionário da parede interna se a parede da esquerda está a uma temperatura e a da direita tem temperatura
No equilíbrio, o fluxo resultante em cada placa será nulo, ou seja
Logo, para a paca do meio:
Logo,
Questão 13 ***
Em um dia quente de páscoa, Matheus Felipe tira da geladeira um pequeno coelho de chocolate de , deixa em cima de uma mesa e percebe que o coelho derrete completamente em cerca de . Curioso com isso, Matheus Felipe decide estimar em quanto tempo iria demorar para que um ovo de páscoa de derreta completamente. Ajude Matheus Felipe a estimar esse tempo.
Como esse é um problema de estimativa, fatores numéricos (como fatores devido à geometria do objeto) não serão considerados. Portanto, analisaremos apenas proporcionalidades entre as grandezas para estimar o tempo de derretimento.
O calor recebido ao longo do chocolate para que ele derreta se dará pela Lei de Fourier. Logo:
O calor propagado será utilizado para derreter o chocolate, ou seja
Como a massa é dada pela densidade vezes o volume, teremos que
Assim, teremos que:
Sendo assim, o tempo total vai ser proporcional a . Logo, fazendo uma simples regra de três, teremos que o tempo que o ovo de chocolate vai demorar para derreter será:
Questão 14 ***
(OBF) De acordo com a lei de Stefan-Boltzmann, a taxa de energia irradiada por um corpo de área a temperatura em um ambiente de temperatura é dada por
onde é a constante universal de Stefan-Boltzmann, é a emissividade característica da superfície, que é um valor entre e , e as temperaturas são dadas em . Uma lâmpada de potência é colocada no centro de uma caixa cúbica suspensa por fios e perfeitamente vedada. Suas paredes de lado e espessura são feitas de um material sintético de emissividade e condutividade térmica é . Como o ar é um mal condutor de calor, pode-se considerar que todas as ttrocas de energia da caixa com o ambiente exterior se dão por irradiação. Determine a temperatura de equilíbrio do ar no interior da caixa quando a lâmpada está ligada e a temperatura ambiente é .
Analisando a caixa inteira, sabendo que um corpo negro () absorve toda a energia que incide sobre ele, deduz-se que no equilíbrio toda a potência absorvida pelo interior da caixa será transferida para o exterior por condução, e então ao ambiente por radiação.
Portanto,
e
Assim, podemos obter o valor de .
Agora, analisando cada lado da caixa como uma placa isolada, percebe-se que as potências irradiadas pelas superfícies interna e externa devem ser iguais. Logo:
Obtendo então o valor de , a temperatura do ar no interior da caixa:
Questão 15 ***
(OBF) Muito antes da existência dos atuais refrigeradores, alguns povos antigos desenvolveram uma técnica para a produção de gelo. Em uma noite sem luar, na qual a temperatura é de , é possível obter gelo ao colocar uma certa quantidade de água sobre um recipiente de área de , devidamente isolado em sua base, por exemplo com palha, e deixando-o exposto por aproximadamente horas. Esse fenômeno é explicado pelas trocas de energia por radiação térmica entre o corpo e o céu noturno. Em regiões desérticas onde essa técnica é usada, sob certas condições climáticas, o céu pode ser considerado aproximadamente um corpo negro de temperatura . Considere que a taxa com que um corpo troca energia por irradiação com um meio que se comporta como um corpo negro de temperatura é dada por
onde é a constante de Stefan, é a emissividade do corpo, é a área pela qual a energia é irradiada e sua temperatura. Determine a quantidade de gelo, em gramas, obtida na situação descrita acima, considerando que o sistema (conteúdo do recipiente) troca energia apenas com o céu noturno. (Assuma que a emissividade da água é .)
Há duas interpretações para este problema. Uma considera o calor sensível trocado e a outra não.
A primeira interpretação considera que a "certa quantidade de água" descrita no enunciado é o próprio gelo. Em outras palavras, toda água congela. Primeiramente, a água dentro do recipiente troca calor sensível com a vizinhança até atingir a temperatura de fusão . Perceba que a potência instantânea varia durante essa mudança de temperatura, mas para fins de aproximação, deve-se utilizar uma temperatura média (veja abaixo). Depois que a água atinge ela começa a derreter a temperatura constante (mudança de fase). O calor total trocado (sensível+latente) é dado pelo produto da potência (utilizaremos uma potência média) pela duração do processo( horas). Dessa forma, temos que
Onde e . A potência pode ser aproximada a partir da média das temperaturas dos dois processos
A potência é dada por
Substituindo os valores em :
Observe que essa não é a resposta exata desta solução. Veja mais abaixo para a solução exata. Uma solução mais precisa para essa interpretação seria perceber que o calor latente da água é bem maior do que o calor necessário para resfriá-la em , sendo assim, poderia-se utilizar como estimativa da potência média a potência quando a água estivesse à . Dessa forma, obteríamos:
E a massa derretida seria:
A segunda interpretação considera que, como o enunciado não nos dá informações sobre a massa de água inicial no recipiente, não podemos inferir que toda água derrete. Sendo assim, não há como saber o tempo que água leva para chegar a temperatura de fusão: esse tempo poderia ser arbitrariamente grande, dependendo da massa de água. Esse tempo deveria ser subtraido de para descobrirmos o tempo que a água em fusão troca calor com o céu noturno. Portanto, seguindo essa linha de raciocíonio é natural concluir que o tempo fornecido no enunciado () se refere somente ao tempo que a água em fusão troca calor. O calor sensível não entra nos cálculos, e a temperatura permanence constante durante toda a troca de calor, logo:
Aqui, . Fazendo os cálculos:
E a massa derretida:
Essa é a resposta exata para a segunda interpretação.
Comentários a respeito das interpretações:
Acreditamos que, tendo o enunciado como ferramenta, as duas interpretações são válidas se discorridas corretamente na prova. Caso o aluno optasse pela primeira, ela deveria explicar em sua solução que, no seu entendimento, toda a massa de água derrete. Alternativamente, se o aluno escolhesse a segunda interpretação, seria adequado explicar o porquê de não incluir o calor sensível em seus cálculos por não termos informações da massa inicial e talvez mostrar a expressão que fornece o calor sensível. Acreditamos também que a primeira interpretação é a que os elaboradores da OBF pensaram. Isso porque ela inclui o cálculo do calor sensível e destaca que água precisa ceder certo calor para atingir a temperatura de ebulição. Mas como o enunciado não ficou claro, as duas interpretações deveriam ser, dentro do possível, consideradas corretas.
Solução exata da primeira interpretação (Mesmo que não acompanhe a matemática, veja a conclusão final)
Na solução aproximada, consideramos uma potência média. Aqui, mostraremos que essa solução é de fato bastante concisa visto que a variação de temperatura é baixa comparada com seus valores extremos. Pelo enunciado, a duração total do processo é de seis horas. Portanto, vejamos quanto fica o tempo necessário para a água atingir a temperatura de fusão:
Defina . Essa última integral pode ser resolvida notando que
Portanto, a integral pode ser dividida em duas:
A segunda é simplesmente , a primeira é mais trabalhosa. Fazendo a substituição de variável , ficamos com
Essa última é dada por
Dessa forma, como varia de a , podemos computar essa integral. O resultado para é
A duração do processo de derretimento é de que é igual a
Onde é a potência (constante) durante a fusão da água. Substituindo valores numéricos, somos capazes de determinar exatamente (a menos de aproximações numéricas) :
Esse valor é muito próximo do resultado da segunda interpretação: por que?
Ao substituirmos nas expressões para e , vemos que . Ou seja, o tempo no qual a temperatura está entre e é consideravelmente menor que o tempo em que a temperatura está fixa em (o que inclusive corrobora com a segunda solução da primeira alternativa, onde consideramos a potência média com o valor de ) correspondendo a fusão da água. Observe que o resultado da segunda interpretação é a massa obtida se desconsiderarmos completamente a transição de para . Quando assumimos que toda a água disponível inicialmente derrete chegamos que o tempo de transição é muito pequeno, comparado as horas. Portanto, é de esperar que esse resultado praticamente coincida com o da segunda interpretação. Mas não conclua então que as duas interpretações são equivalentes: o que acontece é que para concluir que o tempo de transição é pequeno, devemos fazer a consideração da primeira interpretação. Caso não fizéssemos, nunca poderíamos calcular esse tempo. Observe também que a diferença de massa entre a solução aproximada e a exata é de um pouco mais de : quando colocamos uma temperatura média, nós superestimamos o tempo em que a água atinge a temperatura de ebulição. Evidentemente, a solução exata não deve ser requerida na correção da questão: além de ter que computar integrais não triviais, os valores de logaritmos e tangentes não podem ser feitos "na mão".
OBS: Caso você queira um desafio nível TBF, você pode fazer esse problema do CF.