Escrito por Paulo Henrique
Questão 1 (exclusiva para alunos da 1ª série)
Segunda lei de Newton
a) Observe que se considerarmos nosso sistema físico como todas as massas junto com as molas, as únicas forças externas atuando são o peso total do sistema e a tração. Como o sistema está em equilíbrio:
b) Antes do corte, atuam na primeira massa a tração (calculada no item a), seu peso, e a força elástica. Esta última vale , pelo equilíbrio dinâmico dessa massa. Perceba que a força elástica depende apenas da elongação da mola (a menos de uma constante), que só varia depois de um tempo finito após o corte. De fato, para que mude, as massas devem ganhar velocidade, mas imediatamente após o corte elas são nulas. Logo, a força elástica não muda nessa transição. Como a força elástica mais o peso somam para baixo, a aceleração da primeira massa é para baixo.
a)
b)
Questão 2 (exclusiva para alunos da 1ª série)
Segunda lei de Newton
Observe que, pela segunda lei de Newton, a força resultante no bloco é nula, pois o mesmo desce com velocidade constante. Analisando o problema no plano de movimento do bloco, as força atuando são a componente tangencial do peso (mg\sin{\theta}), a força de atrito e a força mística. Sabemos que a força de atrito deve ser antiparalela à velocidade. Portanto, é impossível a configuração na qual o bloco "desce" (na direção do ) o plano com velocidade constante, pois a força mística contribuiria com uma componente horizontal e o bloco não estaria em equilíbrio. Então, a configuração real é o bloco com uma velocidade fazendo um certo ângulo com a vertical (direção de ). A força de atrito é perpendicular à força mística e a soma das mesma deve anular o . Portanto, aplicando teorema de Pitágoras
A força de atrito é dada pelo produto da normal pelo coeficiente de atrito cinético . Portanto, resolvendo para :
Questão 3 (exclusiva para alunos da 1ª série)
Dilatação térmica
O período de um pêndulo simples é dado por
Ao final do processo, o comprimento do fio será . Portanto, o período final é
Usando a aproximação binomial
Portanto, a variação relativa será
Substituindo o valor de
Questão 4 (exclusiva para alunos da 1ª série)
M.U.V.
Adotando um sistema de coordenas com origem coincidente com o ponto inicial do primeiro carro, enunciemos a posição de encontro:
Onde é o tempo de encontro. Reorganizando
A expressão acima é quadrática em . Observe que o que queremos é que não tenha solução para essa equação, caso contrário os carros se encontrariam. Portanto, fazendo o discriminante dessa equação igual a zero, descobrimos a aceleração mínima.
Logo
Questão 5
Colisões bidimensionais
a) Representemos as quantidades relacionadas à bolinha inicidente pelo íncide e as relacionadas às duas bolinhas emergentes de e . Com essa notação, as equações de conservação de momento e energia são escritas da seguinte forma
e
Tomando o produto escalar da primeira equação por ela mesma:
Por comparação
b) Depois da colisão, as bolas formarão um ângulo reto entre si e cairão em buracos diferentes. Logo:
Onde é a distância da bola estacionária à um buraco, é a distância até o outro buraco e é a distância entre os buracos. Adotando coordenadas cartesianas com origem em um dos buracos, a equação acima fica:
Reorganizando
Essa é a equação de uma circunferência com centro no ponto médio de separação entre buracos. Como a bola não pode ser posicionada no outro lado dos buracos, a coleção de ponto requerida é uma semicircunferência.
a) Demonstração
b) Semicircunferência
Questão 6
Dinâmica rotacional
a) Por definição, o impulso linear é a massa do sistema multiplicada pela variação de velocidade do centro de massa da barra (vetor). Como a velocidade inicial é nula:
Portanto
b) O impulso angular em torno do centro de massa é
O mesmo pode ser escrito como o momento de inércia em relação ao centro de massa multiplicado pela variação da velocidade angular do corpo (vetor):
Da equação acima, extraímos . O ponto da barra de velocidade é tal que
Onde é a distância do ponto até o centro de massa. Logo, substituindo os valores de e :
A distância até o centro de massa da barra é
a)
b)
Questão 7
Relação de Taylor e segunda lei de Newton
Pela relação de Taylor
Onde é a tração no fio e é a densidade linear de massa da corda. Pelo equilíbrio de forças no bloco, essa tração é igual ao peso do blobo . Na segunda situação, a nova tração deverá se igual ao peso equivalente do bloco, ou seja, a soma vetorial do peso com o empuxo. O último é facilmente calculado:
Onde é a densidade requerida. Igualando a expressão acima com a nova tração , com , descobre-se . O resultado é
Questão 8
Gravitação e parábola de segurança
a) O campo gravitacional dentro de uma esfera (a uma distânicia do centro) com massa uniformemente distribuída é
Onde é o vetor que aponta do centro da esfera até o ponto em que queremos calcular o campo. Procedendo como pede o enunciado, façamos a superposição das duas configurações, somando (vetorialmente) os campos devido a cada uma separadamente.
Onde o índice representa o centro da esfera maior e o centro da cavidade. O sinal de menos no segundo termo devêm do fato explicado no enunciado. Observe que para qualquer ponto dentro da esfera:
Logo
Para qualquer ponto da cavidade. Ou seja, o campo é constante dentro da cavidade.
b) O ponto desejado é a interseção da equação da cavidade (no plano )
com a parábola de segurança (veja aqui)
Onde é a gravidade dentro da cavidade (calculada no item a). Resolvendo para x:
A raíz
É maior que , portanto, não é válida.
a)
b)
Questão 9
Calorimetria
a) Como a vaporização é muito rápida, o calor necessário para vaporizar só pode ser obtido através do calor de fusão. Portanto, se uma massa de água se solidifica e se vaporiza, temos
Como a mssa total é
b) O metal esfria cedendo um calor , que derrete uma quantidade de gelo:
Onde é variação de temperatura. A massa do metal é constante, portanto, pela sua dilatação volumétrica, podemos escrever
Logo
Igualando com o calor necessário para derreter a quantidade requerida de massa de gelo
Contudo, isso é mais do que a massa total de gelo, portanto, todas as de gelo derretem.
a)
b)
Questão 10
Leis da Termodinâmica e trabalho mecânico
a) Pelo balanço de energia
b) O rendimento máximo de qualquer maquina térmica é igual ao rendimento de Carnot. Na maquina de Carnot, as trocas infinitesimais de calor entre a fonte quente e a fonte friar devem respeitar
Como a fonte quente cede calor
Por outro lado, como , onde é a capacidade térmica do corpo (ela é proporcional a temperatura no presente caso), temos
Aplicando a relação para os instantes inicial e final do processo:
Logo
c) O trabalho fornecido pela maquina térmica deve ser, no mínimo, igual a variação de energia potencial do sistema . Portanto, a gravidade máxima será
a)
b)
c)
Questão 11
Dioptro esférico
Consideremos que a primeira superfície somente refrate e a segunda somente reflete. Dessa forma, apenas uma imagem é formada. Os raios de luz vão refratar, refletir na segunda superfície e refratar de novo. A "imagem" da primeira refração, que servirá de objeto para a reflexão, deverá ter uma posição tal que os raios de luz, depois de refletirem, refrataram para o ponto de onde partiram (a fonte ). Como a situação deve ser simétrica, essa posição é justamente o diamêtro da esfera oposto à fonte. De fato, os raios que voltam da reflexão, chegam na primeira superfície exatamente como vieram (todos os raios com o mesmo ângulo de incidência), portanto, também convergirão para . Portanto, devemos simplesmente impor que a distância imagem de devido à primeira refração seja :
Resolvendo para
Questão 12
Relação de Taylor
Pela relação de Taylor, a velocidade de propagação de uma onda viajante numa corda esticada é
Lembre-se de que, na dedução dessa fórmula, é suposto que não há deslocamento horizontal (de cada ponto da corda), ou seja, essa velocidade calculada é, na realidade, em relação ao referencial no qual o meio de propagação está em repouso. Sendo assim, para descobrirmos a velocidade da onda em relação á Terra devemos somá-la (vetorialmente) com a velocidade de giro da corda (velocidade do meio de propagação). Evidentemente, o tempo mínimo é obtido quando essas duas velocidades estão na mesma direção. Para descobrir a velocidade em relação à corda, devemos descobrir a tração de um fio que gira com velocidade angular constante. Considere um arco infinitesimal da corda que subtende um ângulo central , essa arco tem massa e sofre uma aceleração centrípeta . A resultante centrípeta é . Como o arco é infinitesimal, , logo
Ou seja , a velocidade em relaçao ao meio de propagação é . Sendo assim, a velocidade máxima em relação à Terra é . Como a onda deve viajar uma distância de para completar uma volta, o tempo mínimo é
Demonstração