Física - Semana 115

Escrito por Paulo Henrique

Iniciante

Duas partículas são lançadas de um mesmo ponto, em uma grande altitude, com velocidade iguais de mesmo módulo V_0 que formam respectivamente ângulos \alpha e \beta com a horizontal, sendo que uma delas foi lançada para a esquerda e a outra, para direita. Se a gravidade local é g, determine a distância entre as partículas após um intervalo de tempo \delta{t} desde o momento do lançamento.

Intermediário

Uma bomba a vacúo tem a capacidade de manter a pressão numa câmara com pressão P_c. Considere que a bomba seja então conectada a uma câmara de volume V através de um conector circular de raio R. Quanto tempo a bomba de vácuo demora para evacuar esta câmara, inicialmente na pressão atmosférica P_0 (P_0>P_c). Considere que a temperatura permanece constante e que a velocidade média das moléculas de gás é <v> e que, nas condições do problema, o caminho livre médio é muito menor que a abertura em que a bomba é conectada à câmara.

Avançado

Parte A: Princípio de Fermat

Nesse problema, invetigaremos a refração de um raio de luz em um meio não isotrópico. Para isso, o aluno deve conhecer o famoso principio de Fermat. Considere dois pontos do espaço A e B. O princípio afirma que a trajetória de um raio de luz entre esse dois pontos será tal que o caminho óptico desse raio é extremo, ou seja, é mínima, máximo ou estacionário (invariante sob pertubações da trajetória em primeira ordem). Seja n o índice de refração do meio, que pode variar com a posição (isto é, o meio pode ser não homogêneo), o tempo \tau que leva para um raio de luz viajar de A para B é dado por:

\tau=\dfrac{1}{c}\int_{A}^{B} n(x,y,z)ds

Onde ds é a variação infinitesimal do vetor deslocamento (seu módulo, é claro). Na expressão acima, L_{OP}\equiv{\int_{A}^{B} n(x,y,z)ds} é o caminho óptico do raio. O princípio afirma que L_{OP} é extremo, ou seja, se é feito uma variação infinitesimal dessa integral, essa quantidade será nula sempre (isso que significa o "extremo"). Isso quer dizer, que se a trajetória real do raio é ACB (veja a figura abaixo) e a trajetória AC'B seja uma trajetória ficcticia que levaria \tau', \tau é maior, menor ou igual a \tau' para todos os caminhos próximos (extremo localizado) de trajetória como AC'B. Esse princípio é a base da óptica clássica e sua dedução pode ser obtida através das equações de Maxwell do eletromagnetismo.

a) Considere um meio homogêneo, ou seja, n é constante e igual a n_0 em todo o espaço. Dados dois pontos no espaço A e B, qual trajetória é descrita pelo raio? Faça isso a partir do princípio de Fermat.

b) Considere que um raio de luz refrate na interface de dois meios de índices de refração n_1 e n_2. A partir do princípio de Fermat, prove que a relação entre os ângulos de incidência e de refração é:

n_1\sin{{\theta}_1}=n_2\sin{{\theta}_2}

Parte B: Refração em um meio não isotrópico

Um meio isotrópico é meio em que suas propriedades são as mesmas em todas as direções. Nessa parte, investigaremos a refração de um raio na interface de dois meio homogêneos, sendo o segundo não isotrópico. É possível mostrar que quando um raio atinge um meio não isotrópico, ele é dividido em dois raios, o raio extraordinário e o ordinário. O ordinário tem velocidade igual para todas as direções, portanto, obedece a lei de Senell. Já o extraordinário, como o nome já diz, possui velocidade diferentes para diferentes direções. É possível mostrar que a equação que relaciona o índice de refração com a direção é a seguinte (ver figura abaixo):

n^2(\theta)=n_0^2\cos^2{\theta}+n_e^2\sin^2{\theta}

Onde n_0 e n_e são constantes e \theta é o ângulo entre a direção de propagação do raio e o eixo óptico. Agora, considere o sistema abaixo, onde o meio acima é homogêneo e isotrópico de índice de refração n_1 e o segundo é o meio não isotrópico cujo índice de refração é dado pela relação do raio extraordinário. O raio, dado que viajará do ponto A ao ponto B, seguirá uma trajetória específica.

c) Determine a relação entre o ângulo de refração e indidência para esse sistema.