Soluções Física - Semana 118

Escrito por Wanderson Faustino Patricio

Iniciante

Assunto Abordado

Conservação da Energia e Resultante Centrípeta

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Solução

Temos a seguinte configuração para o movimento:

Onde o vetor \vec P é a força peso na massa, o vetor \vec N a força de contato normal, e o vetor \vec v a velocidade da massa, tangente à semiesfera.

Da trigonometria tiramos inicialmente que: h=R\cos{\theta}

Como não existem forças dissipativas no sistema, a sua energia mecânica será conservada.
Sabemos que no início a energia cinética da partícula é zero, e podemos utilizar o solo como referencial para energia potencial nula. Portanto:

E_{p_0}+E_{c_0}=E_p+E_c

mgR+0=mgh+\frac{mv^2}{2}

mgR=mgR\cos{\theta}+\frac{mv^2}{2}

\rightarrow v=\sqrt{2gR(1-\cos{\theta})}

Olhando para as forças na direção centrípeta, vemos que a resultante nessa direção é:

F_{cp}=P\cos{\theta}-N=mg\cos{\theta}-N

Podemos então aplicar a segunda lei de Newton sabendo que a velicidade v é tangente à semiesfera.

F_{cp}=\dfrac{mv^2}{R}

mg\cos{\theta}-N=\frac{mv^2}{R}

N=m(g\cos{\theta}-\frac{v^2}{R})

Na perda de contato a força de contato normal para de agir, logo, nesse momento a normal é zero:

g\cos{\theta}-\frac{v^2}{R}

\rightarrow v=\sqrt{gR\cos{\theta}}

Igualando as velocidades encontradas pela energia e pela resultante centrípeta temos:

\sqrt{2gR(1-\cos{\theta})}=\sqrt{gR\cos{\theta}}

2(1-\cos{\theta})=\cos{\theta} \rightarrow 3\cos{\theta}=2

\cos{\theta}=\dfrac{2}{3} ou \theta =\arccos(\frac{2}{3})

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Gabarito

\cos{\theta}=\dfrac{2}{3} ou \theta =\arccos(\frac{2}{3})

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Intermediário

Assunto Abordado

Oscilações acopladas

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Solução

(a) Como estamos trabalhando com molas ideais a força resultante nelas deve ser nula, logo, a força que as molas exercem nos átomos  de oxigênio tem mesmo módulo e sentido contrário a força que as molas exercem no åtomo de carbono.
Temos portanto a seguinte representação para as forças:

Como o comprimento natural da mola é desconsiderável o módulo da força exercida por uma mola será F=k\Delta x, onde \Delta x será o comprimento da mola. Logo:

F_{12}=k(x_2-x_1) e F_{23}=k(x_3-x_2).

Seguindo como orientação positiva para a direita, temos:

• A força no oxigênio 1 é F_1=k(x_2-x_1)
• A força no carbono é F_2=k(x_3-x_2)-k(x_2-x_1)
• A força no oxigênio 2 é F_3=-k(x_3-x_2)

(b) Aplicando a segunda Lei de Newton em cada corpo:

(1) M\ddot {x}_{1}=k(x_2-x_1)
(2) m\ddot {x}_{2}=k(x_3-2x_2+x_1)
(3) M\ddot {x}_{3}=k(x_2-x_3)

(c) Como dito pelo enunciado x_i=A_i\cos{(\omega t)}, basta acharmos \ddot {x_i}.

\frac{dx_i}{dt}=-\omega A_i\sin{(\omega t)} \rightarrow \frac{d^2x_i}{dt^2}=\ddot {x}_{i}=-\omega ^2 A_i\cos{(\omega t)}.

Analisemos as equações de movimento do item (b) (as quais devem ser validas para qualquer momrnto) com esse resultado encontrado:

(1)

M(-\omega ^2 A_1\cos{(\omega t)})=k(A_2\cos{(\omega t)}-A_1\cos{(\omega t)})
\rightarrow -M\omega^2 A_1=k(A_2-A_1)

(2)

m(-\omega ^2 A_2\cos{(\omega t)})=k(A_3\cos{(\omega t)}-2A_2\cos{(\omega t)}+A_1\cos{(\omega t)})
\rightarrow-m\omega^2 A_2=k(A_3-2A_2+A_1)

(3)

M(-\omega ^2 A_3\cos{(\omega t)})=k(A_2\cos{(\omega t)}-A_3\cos{(\omega t)})
\rightarrow-M\omega ^2 A_3=k(A_2-A_3)

Chegamos Portanto ao seguinte sistema:

\begin{cases} (M\omega ^2-k)A_1 + kA_2 +0\cdot A_3=0 \\ kA_1 +(m\omega ^2-2k)A_2 +kA_3=0 \\ 0\cdot A_1 +kA_2 +(M\omega ^2-k)A_3=0 \end{cases}

Como não queremos a solução trivial para esse sistema (A_1=A_2=A_3=0) é preciso:

\begin{vmatrix} (M\omega ^2-k)&k&0\\k&(m\omega^2-2k)&k\\0&k&(M\omega^2-k) \end{vmatrix}=0

Resolvendo o determinante chegamos a:

\omega^2(k-M\omega^2)(k(m+2M)-mM\omega^2)=0

Temos três possibilidades:
(I) \omega=0. O sistema não oscilará, portanto, não é solução.

(II) \omega=\sqrt{\dfrac{k}{M}}. Nessa configuração A_2=0 e A_1=-A_3. O atomo de carbono fica imóvel nessa condição e os átomos de oxigênio oscilam ao seu lado.

(III) \omega=\sqrt{\dfrac{(m+2M)k}{mM}}. Os átomos oscilam ao redor do centro de massa.

Logo, os modos normais de vibração são:

\omega=\sqrt{\dfrac{k}{M}} e \omega=\sqrt{\dfrac{(m+2M)k}{mM}}

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Gabarito

a)

• A força no oxigênio 1 é F_1=k(x_2-x_1)
• A força no carbono é F_2=k(x_3-x_2)-k(x_2-x_1)
• A força no oxigênio 2 é F_3=-k(x_3-x_2)

b)

(1) M\ddot {x}_{1}=k(x_2-x_1)
(2) m\ddot {x}_{2}=k(x_3-2x_2+x_1)
(3) M\ddot {x}_{3}=k(x_2-x_3)

c)

\omega=\sqrt{\dfrac{k}{M}} e \omega=\sqrt{\dfrac{(m+2M)k}{mM}}

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Avançado

Assunto Abordado

Magnetostática e Radiação de Lamour

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Solução

(a) Como temos uma carga em movimento num campo elétrico, ela sofrerá a ação da força de Lorentz:

\vec F=q\cdot (\vec v \times \vec B)

Vemos que essa força atuará como resultante centrípeta, pois sempre estará perpendicular à velocidade.
Como o campo magnético também é perpendicular à velocidade temos que: \left |\vec v \times \vec B \right |= v\cdot B.

F_{cp}=\dfrac{mv^2}{r}=qvB \rightarrow r=\dfrac{mv}{qB}

Para r=R_0 a velocidade é v=v_0, logo:

R_0=\dfrac{mv_0}{qB}.

(b) Para relacionarmos a equação de Lamosr com o raio da trajetória precisamos saber como a energia e a aceleração se relacionam com o raio.

(I) Como visto no item (a) \dfrac{mv^2}{r}=qvb \rightarrow v=\dfrac{qBr}{m}.

(II) A energia da particula é a energia cinética

E=\dfrac{mv^2}{2}=\dfrac{m}{2}(\dfrac{qBr}{m})^2

E=\dfrac{q^2B^2r^2}{2m}

Pela regra da cadeia: \dfrac{dE}{dt}=\dfrac{dE}{dr}\dfrac{dr}{dt}

\frac{dE}{dr}=\frac{q^2B^2}{2m}\frac{d(r^2)}{dr}=\frac{q^2B^2r}{m}

\rightarrow \dfrac{dE}{dt}=\dfrac{q^2B^2r}{m}\dfrac{dr}{dt}.

(III) Aplicando a segunda lei de Newton:

ma=qvB \rightarrow a=\frac{qB}{m}\frac{qBr}{m}

a^2=\frac{q^4B^4r^2}{m^4}

Aplicando as relações encontradas na fórmula de Lamor:

\dfrac{q^2B^2r}{m}\dfrac{dr}{dt}=-\dfrac{q^2}{6\pi \epsilon_0 c^3}\dfrac{q^4B^2r^2}{m^4}

\dfrac{dr}{r}=-\dfrac{q^4B^2}{6\pi \epsilon_0 m^3 c^3} dt

Seja \tau = \frac{6\pi \epsilon_0 m^3 c^3}{q^4B^2}; logo:

\dfrac{dr}{r}=-\dfrac{dt}{\tau}

Para t=0 o raio é r=R_0.

\displaystyle \int_{R_0}^R\frac{dr}{r}=-\displaystyle \int_0^t \frac{dt}{\tau}
\ln R - \ln {R_0} =-\frac{t}{\tau}

R=R_0\cdot e^{-\frac{t}{\tau}}

(c) olhando para a equação (II) do item (b):

\dfrac{dE}{dr}=\dfrac{q^2B^2r}{m}

O movimento esde o raio R_0 ate o limite do raio tendendo a zero.

\displaystyle \int_{E_0}^E dE =\frac{q^2B^2}{m}\displaystyle \int_{R_0}^0 rdr

E-E_0=\Delta E=\dfrac{q^2B^2}{m}(-\dfrac{R_0^2}{2})

Como R_0=\frac{mv_0}{qB}:

\Delta E=\dfrac{q^2B^2}{2m}\dfrac{m^2v_0^2}{q^2B^2}

\rightarrow \Delta E =-\dfrac{mv_0^2}{2}

O sinal negativo indica que houve perda de energia.
Perceba que toda a energia da partícula foi perdida na forma de radiação.

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Gabarito

a)

R_0=\dfrac{mv_0}{qB}.

b)

R=R_0\cdot e^{-\frac{t}{\tau}}

c)

\rightarrow \Delta E =-\dfrac{mv_0^2}{2}

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