Soluções Física - Semana 120

Escrito por Paulo Henrique

Iniciante

Assunto abordado

Mecânica: Cinemática

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Solução 1

O problema poderia ser resolvido geometricamente no refencial S que se move com aceleração constante g para baixo. Nesse referencial, os projéteis se movem com velocidades constantes e a plataforma se move aceleradamente com g pra cima. O esquema relevante é o seguinte (o instante t=0 é definido como o instante de lançamento do projétil B):

 

Perceba que \theta_A' é diferente de \theta_A, pois após \Delta{t} segundos, o referencial S têm velocidade -g\Delta{t} para baixo, e portanto, deve ser feita a soma vetorial para descobrir a velocidade de A nesse referencial. Logo, sua velocidade terá mudado e o ângulo com a horizontal também (diferentemente de B). Devido a essas complicações, a solução analítica é mais viável. De qualquer forma, pode-se atacar o problema de duas formas no mínimo. Podemos calcular a diferença entre os tempos de lançamento simplesmente calculando a diferença entre os tempos necessários para que cada projétil atinga o ponto de encontro, que tem coordenadas, digamos y_p e x_p. Adotando a origem como o ponto de lançamento, teremos:

x_p=V_0\cos{\theta_B}t_B=V_0\cos{\theta_A}t_A\to{t_B=t_A\dfrac{\cos{\theta_A}}{\cos{\theta_B}}}

e

y_p=V_0\sin{\theta_A}-gt_A^2/2=V_0\sin{\theta_B}-gt_B^2/2

Substituindo a primeira equação na segunda, obteremos uma equação linear em t_A, resolvendo:

t_A=\dfrac{2V_0}{g}\dfrac{\cos{\theta_B}\sin{(\theta_B-\theta_A)}}{\cos^2{\theta_A}-\cos^2{\theta_B}}

Para t_B, basta permutarmos os índices A e B. Tomando a diferença entre os tempos:

t_B-t_A= \Delta t=\dfrac{2V_0\sin{(\theta_B-\theta_A)}}{\cos{\theta_A}+\cos{\theta_B}}

Para descobrirmos as coordenadas do ponto de encontro basta susbstituirmos um dos tempos nas expressões para x_p e y_p, obtendo:

x_p=\dfrac{2V_{0}^{2}}{g \left( \tan \theta_{A} + \tan \theta_{B} \right)}

e

y_{p} = -\dfrac{2V_{0}^{2}}{g \tan \left(\theta_{A}+\theta_{B} \right) \left( \tan \theta_{A} + \tan \theta_{B} \right)}

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Solução 2

Escrita por Antonio Italo

a) Já que é garantido no enunciado a colisão entre os projéteis, basta encontrar o ponto de interseção das trajetórias do mesmo. Utilizando a equação da trajetória, temos:

x_{p} \tan \theta_{A} - \dfrac{g x_{p}^{2}}{2 V_{0}^{2}} \left(1 + \tan^{2} \theta_{A} \right) =x_{p} \tan \theta_{B} - \dfrac{g x_{p}^{2}}{2 V_{0}^{2}} \left(1 + \tan^{2} \theta_{B} \right)

x_{p}=\dfrac{2V_{0}^{2}}{g} \dfrac{\tan \theta_{A}- \tan \theta_{B} }{\tan^{2} \theta_{A} - \tan^{2} \theta_{B} } = \dfrac{2V_{0}^{2}}{g \left(\tan \theta_{A} + \tan \theta_{B} \right) }

Substituindo novamente na eq. da trajetória e manipulando:

y_{p} = -\dfrac{2V_{0}^{2}}{g \tan \left(\theta_{A}+\theta_{B} \right) \left( \tan \theta_{A} + \tan \theta_{B} \right)}

b) Como \theta_{A} < \theta_{B}, temos V_{x_{A}}>V_{x_{B}}, portanto para que os projéteis cheguem ao mesmo tempo no ponto calculado anteriormente o projétil B deve ser lançado antes. Portanto:

\Delta t = t_{B}-t_{A} = \dfrac{x_{p}}{V_{0}}\left(\sec \theta_{B} - \sec \theta_{A} \right)

\Delta t = \dfrac{2V_{0} \left( \sec \theta_{B} - \sec \theta_{A} \right)}{g \left( \tan \theta_{A} + \tan \theta_{B} \right) } = \dfrac{2V_{0} \left( \cos \theta_{A} - \cos \theta_{B} \right)}{g \sin \left(\theta_{A} + \theta_{B} \right) }

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Gabarito

a)

t_a-t_b=\dfrac{2V_0\sin{(\theta_B-\theta_A)}}{\cos{\theta_A}+\cos{\theta_B}} = \dfrac{2V_{0} \left( \cos \theta_{A} - \cos \theta_{B} \right)}{g \sin \left(\theta_{A} + \theta_{B} \right) }

b)

x_{p} = \dfrac{2V_{0}^{2}}{g \left(\tan \theta_{A} + \tan \theta_{B} \right) }

y_{p} = -\dfrac{2V_{0}^{2}}{g \tan \left(\theta_{A}+\theta_{B} \right) \left( \tan \theta_{A} + \tan \theta_{B} \right)}

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Intermediário

Assunto abordado

Mecânica: Gravitação

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Solução

a) Consideremos a energia total E do satélite. Essa quantia é, evidentemente, conservada. Como a força é central, o momento angular é conservado. Sendo assim, o movimento do satélite se dá em um plano: definamos esse plano como sendo o plano z=0. Portanto, o satélite tem coordenadas r, \theta e z=0. O módulo da velocidade é:

v^2=v_r^2+{\omega}^2r^2

Onde o subscrito r significa "radial". O momento angular (seu módulo) é L=m{\omega}r^2. Portanto:

v^2=v_r^2+\dfrac{L^2}{m^2r^2}

E a energia pode ser escrita da seguinte forma:

E=\dfrac{mv_r^2}{2}+\dfrac{L^2}{2mr^2}-\dfrac{GMm}{r}

Procuremos as soluções da equação acima quando v_r=0. Seja r=r_0 a solução:

\left(\dfrac{1}{r_0}\right)^2\dfrac{L^2}{2m}-\left(\dfrac{1}{r_0}\right)GMm-E=0

A equação acima é quadrática e têm duas soluções reais distintas. As duas soluções representam os inversos das distância à Terra quando o satélite tem v_r=0, ou seja, no apogeu e no perigeu. Portanto, as duas raízes da equação acima são r_1 e r_2. Podemos escrever:

r_1+r_2=r_1r_2\left(\dfrac{1}{r_1}+\dfrac{1}{r_2}\right)

Usando as relações de Girard de soma e produto das raízes, chegamos em:

r_1+r_2=\dfrac{S}{P}=-\dfrac{GMm}{E}\to{E=\dfrac{-GMm}{r_1+r_2}}

A equação acima é um importante resultado que deve ser memorizado pelo aluno na forma E=\dfrac{-GMm}{2a}, onde 2a é o eixo maior da órbita, dado por 2a=r_1+r_2. Escrevendo a energia no apogeu:

E=\dfrac{-GMm}{r_1+r_2}=\dfrac{L^2}{2mr_2^2}-\dfrac{GMm}{r_2}

Resolvendo para L:

L=\pm\sqrt{\dfrac{2Gm^2r_1r_2}{r_1+r_2}}

O sinal de L depende do sentido da órbita, que é totalmente arbitrário e depende da convenção do eixo z. Escolhamos a positiva, sem perda de generalidade.

b) Aplicando "F=ma"" para a órbita circular, obtemos a velocidade necessária para que tal movimento ocorra:

v'=\sqrt{\dfrac{GM}{r_2}}

\Delta{v} é simplesmente a diferença entre a velocidade acima e a velocidade no apogeu da órbita elíptica. Essa última pode ser obtida através do momento angular já calculado:

v_a=\dfrac{L}{mr_2}\to{v_a=\sqrt{\dfrac{2GMr_1}{r_2(r_1+r_2)}}}

Logo:

\Delta{v}=\sqrt{\dfrac{GM}{r_2}\left(1-\sqrt{\dfrac{2r_1}{r_1+r_2}}\right)}

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Gabarito

a)

L=\pm\sqrt{\dfrac{2Gm^2r_1r_2}{r_1+r_2}}

e

E=\dfrac{-GMm}{r_1+r_2}

 

b)

\Delta{v}=\sqrt{\dfrac{GM}{r_2}\left(1-\sqrt{\dfrac{2r_1}{r_1+r_2}}\right)}

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Avançado

Assunto abordado

Eletricidade: Resistores

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Solução

Parte 1

a) Observe que a cada malha temos 3 conexões em paralelo entre A e B, com exceção da primeira célula, que há quatro. Logo:

\dfrac{1}{R_{eq}}=\dfrac{1}{R}+\dfrac{3n}{R}

Logo:

R_{eq}=\dfrac{R}{3n+1}

b) Temos, olhando para uma malha:

\dfrac{1}{R_n}=\dfrac{3}{R}+\dfrac{1}{R_{n-1}}

Usando R_1=R/4 e observando que a relação de recorrência acima é uma P.A. em B_n, resolvemos para o termo geral:

B_n=\dfrac{3n+1}{R}

Parte 2

a) Observe que, devido a simetria, todas as três resistência têm valor r. Usando o conhecido resultado que a resistência entre dois pontos adjacentes numa malha infinita é \dfrac{2R}{n}, onde n é o número de fios que saem de um ponto, temos que:

R_{AB}=\dfrac{r.2r}{r+2r}=\dfrac{2R}{6}\to{r=\dfrac{R}{2}}

b) Usando a sugestão do enunciado, percebemos que o circuito com o fio cortato é o delta do item anterior adicionado de uma resistência -R entre B e C (r em paralelo com -R resulta numa resistência equivalente de R). Com isso podemos calcular todas as resistência pedidas:

R_{AC}=R_{AB}=\dfrac{R/2.3R/2}{R/2+3R/2}=\dfrac{3R}{8}

e

R_{BC}=\dfrac{R.R}{R+R}=\dfrac{R}{2}

 

 

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Gabarito

Parte 1

R_n=\dfrac{R}{3n+1}

Parte 2

a)

R_{AC}=R_{AB}=R_{CB}=R/2

b)

Req_{AB}=Req_{AC}=\dfrac{3R}{8}

e

Req_{BC}=R/2

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