Soluções Física - Semana 149

Escrito por Wesley Antônio

Iniciante

Assunto abordado

Leis de Kepler

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Solução

Primeiro, façamos uma dedução simples para a Terceira Lei de Kepler, no caso de um corpo em movimento circular uniforme. Nesse caso, podemos igualar o módulo da força centrípeta ao da gravitacional, obtendo:

F_{cp} = \dfrac{mV^2}{R} = \dfrac{GMm}{R^2}

V^2 = \dfrac{GM}{R}

Assim, como V = \dfrac{2\pi R}{T},

\dfrac{4 \pi^2 R^2}{T^2} = \dfrac{GM}{R}

\dfrac{R^3}{T^2} = \dfrac{GM}{4\pi^2}

Tal resultado pode ser generalizado para órbitas quaisquer, apenas substituindo o raio R pelo semieixo maior a.

Portanto, veja que o lado direito da equação sempre se mantém constante, pois estamos considerando que a massa do corpo orbitado não muda com o tempo. Então, a Terceira Lei de Kepler nos diz que

\dfrac{a^3}{T^2} = cte

Utilizando tal resultado no nosso problema, podemos dizer que

\dfrac{a^3}{T^2} = cte = \dfrac{\left(a+\Delta a\right)^3}{\left(T+ \Delta T\right)^2}

\dfrac{a^3}{T^2} = \dfrac{a^3\left(1+\dfrac{\Delta a}{a}\right)^3}{T^2\left(1+\dfrac{\Delta T}{T}\right)^2} \Rightarrow \left(1+\dfrac{\Delta T}{T}\right)^2 = \left(1+\dfrac{\Delta a}{a}\right)^3

Agora, podemos utilizar a aproximação dada no enunciado, para obter que

1+2\dfrac{\Delta T}{T} = 1+3\dfrac{\Delta a}{a}\Rightarrow \boxed{\Delta a = \dfrac{2a}{3} \dfrac{\Delta T}{T}}

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Gabarito

 \boxed{\Delta a = \dfrac{2a}{3} \dfrac{\Delta T}{T}}

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Intermediário

Assunto abordado

Oscilações, Energia e Termodinâmica

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Solução

(a) Em um MHS, podemos escrever a energia do corpo da seguinte forma:

E = \dfrac{mV^2}{2} + \dfrac{kx^2}{2}

Pela conservação de energia, sabemos que E é constante. Além disso, como p = mv, v = \dfrac{p}{m}. Substituindo na equação da energia:

E = \dfrac{p^2}{2m} + \dfrac{kx^2}{2}

Tal equação pode ser transformada em uma equação de elipse fazendo:

\dfrac{p^2}{\left(\sqrt{2mE}\right)^2} + \dfrac{x^2}{\left(\sqrt{\dfrac{2E}{k}}\right)^2} = 1

Essa elipse terá um semieixo \sqrt{2mE} e outro \sqrt{\dfrac{2E}{k}}. Pelo enunciado, sabemos que a área dessa elipse deve ser conservada. Então, como a área de uma elipse de semieixo maior a e semieixo menor b se dá por A = \pi ab:

\pi \sqrt{2mE}\sqrt{\dfrac{2E}{k}} = cte

\dfrac{E}{\sqrt{k}} = cte

Finalmente, como em um M.H.S. k = m \omega^2, e \omega = 2\pi f, \sqrt{k} = 2\pi f \sqrt{m}. Portanto, substituindo na equação anterior, chegamos a

\boxed{\dfrac{E}{f} = cte}

Logo, tal quantia é um invariante adiabático.

(b) Podemos utilizar a informação encontrada no problema anterior para resolver tal problema. Para tanto, devemos, primeiro, expressar E e f em função dos valores no enunciado. Para a energia, sabemos que, em x = A, V = 0. Logo, como a energia se conserva, E = \dfrac{kA^2}{2}. Agora, utilizaremos a expressão encontrada um pouco antes de \dfrac{E}{f}=cte, que foi \dfrac{E}{\sqrt{k}} = cte, pois aí já estaríamos lidando com os dados desse problema. Portanto, temos que:

\dfrac{kA^2}{\sqrt{k}} = cte

kA^4 = cte

Assim,

k_1 A_1^4 = k_2 A_2^4 \Rightarrow \boxed{A_2 = A_1\sqrt[4]{\dfrac{k_1}{k_2}}}

(c) Nesse sistema, temos que o diagrama de fases vai ser da seguinte forma:

Onde l é a distância entre as parede em um determinado momento e v é a velocidade da bolinha. A origem, isto é, x = 0, é tomada na parede que permanece fixa. Portanto, podemos utilizar que A = mlv - (-mlv) = 2mlv = cte \Rightarrow lv = cte. Além disso, podemos considerar que V = lS \Rightarrow Vv = cte.

Agora, para incluirmos a pressão nessa equação, podemos usar que P = \dfrac{F}{S}, e como estamos considerando um caso de uma bolinha com velocidade bastante elevada, temos que F_{med} = \dfrac{ \Delta p}{ \Delta t} = \dfrac{2mv}{ \dfrac{2l}{v}} = \dfrac{mv^2}{l} = \dfrac{mSv^2}{V} \Rightarrow P = \dfrac{mv^2}{V} \Rightarrow v^2 = \dfrac{PV}{m}. Portanto, Vv = cte \Rightarrow V^2v^2 = cte \Rightarrow V^2PV = cte \Rightarrow \boxed{PV^3 = cte}

Agora, precisamos provar que tal relação é equivalente a PV^{ \gamma} = cte. Para tanto, basta provarmos que, nesse caso,  \gamma = 3.

Primeiro, pelo teorema da equipartição de energia, e sendo i o número de graus de liberdade do sistema, sabemos que U = iN \dfrac{kT}{2} = i \left( nN_a\right) \dfrac{kT}{2} = \dfrac{inRT}{2} = nC_vT \Rightarrow C_v = \dfrac{i}{2}R.

Assim, pela relação de Mayer, C_p = C_v + R = \dfrac{i+2}{2}R. Portanto,  \gamma = \dfrac{C_p}{C_v} = \dfrac{i+2}{i}.

No nosso sistema, temos que i = 1, já que só há um graus de liberdade (o eixo x). Então,  \gamma = \dfrac{1+2}{1} = 3, como queríamos demonstrar.

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Gabarito

(a) Demonstração

(b)  \boxed{A_2 = A_1\sqrt[4]{\dfrac{k_1}{k_2}}}

(c) Demonstração

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Avançado

Assunto abordado

Eletromagnetismo

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Solução

(a) Pela lei de Biot-Savart, temos que

\vec{B} = \dfrac{\mu_0 I }{4\pi} \displaystyle \oint \dfrac{d\vec{l} \times \hat{r}}{r^2}

Pela figura, e usando a regra da mão direita, podemos ver que d\vec{l}\times\hat{r} = -dl\sin{\phi}\hat{z}. Além disso, pela figura novamente, vemos que rd\theta = dl\sin{\phi}. Logo,

\boxed{B = \dfrac{\mu_0 I}{4\pi} \displaystyle \oint \dfrac{d\theta}{r}}

(b) Para um loop circular, r(\theta) = R. Logo, B = \dfrac{\mu_0 I}{4\pi} \displaystyle \oint \dfrac{d\theta}{r} = \dfrac{\mu_0 I}{4\pi} \dfrac{2\pi}{R} = \boxed {\dfrac{\mu_0 I}{2R}}, conforme era esperado.

(c)

B = \dfrac{\mu_0 I}{4\pi a} \displaystyle \int_{0}^{2\pi} \sqrt{\theta}\, d\theta = \dfrac{\mu_0 I}{4\pi a} \left[\dfrac{2}{3}\theta^{3/2}\right] \Biggr |_{0}^{2\pi} = \boxed{\dfrac{\mu_0 I \sqrt{2\pi}}{3a}}

(d)

B = \dfrac{\mu_0 I}{4\pi p}\displaystyle \int_{0}^{2\pi} (1+e\cos{\theta})\, d\theta = \dfrac{\mu_0 I}{4\pi p} (2\pi) = \boxed{\dfrac{\mu_0 I}{2p}}

Veja que o campo magnético depende apenas do semi-latus rectum p, independendo da excentricidade.

(e) Primeiro, calculemos o fluxo \phi na elipse em função do tempo.

\phi (t) = \pi ab B = \pi (a_0 e^t)(b_0 e^t) \dfrac{\mu_0 I(t)}{2p} = \dfrac{\pi \mu_0 a_0 b_0 }{2p} (I_0+kt)e^{2t}

Logo, usando a equação de Faraday-Lenz,

\varepsilon = -\dfrac{d\phi}{dt} = -\dfrac{\pi \mu_0 a_0 b_0}{2p} \dfrac{d}{dt}\left((I_0+kt)e^{2t}\right) = -\dfrac{\pi \mu_0 a_0 b_0}{2p} \left(ke^{2t}+(I_0+kt)2e^{2t}\right)

\Rightarrow \boxed{\varepsilon = -\dfrac{\pi \mu_0 a_0 b_0}{2p} \left(2I_0+(2t+1)k\right)e^{2t}}

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Gabarito

(a) Demonstração

(b) \boxed {\dfrac{\mu_0 I}{2R}}

(c) \boxed{\dfrac{\mu_0 I \sqrt{2\pi}}{3a}}

(d) \boxed{\dfrac{\mu_0 I}{2p}}

(e) \boxed{\varepsilon = -\dfrac{\pi \mu_0 a_0 b_0}{2p} \left(2I_0+(2t+1)k\right)e^{2t}}

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