Soluções Física - Semana 160

Escrito por Akira Ito e Gabriel Hemétrio

Iniciante

Assunto abordado

Estática

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Solução

Note que há diversas maneiras para resolver esse problema, inclusive técnicas que utilizam-se de "força bruta" (balanceamento de torque e força). Entretanto, iremos buscar uma solução mais formal e elegante para resolver essa questão. Para isso, utilizaremos o Teorema das Três Forças e, a partir disso, resolveremos a questão geometricamente. Pelo teorema das três forças, caso um objeto esteja em equilíbrio estático sob a ação de três forças, elas devem se cruzar em um ponto do espaço. Em nosso problema, a normal N_1 devido ao plano da esquerda, a normal N_2 devido ao plano da direita e o peso mg se intersectam no ponto P representado na figura abaixo.

Defina um sistema de coordenadas com um eixo y vertical que seja positivo para cima e um eixo x horizontal que é positivo para a direita. A origem está no ponto que intersecta os dois planos. Deixe que as coordenadas de a extremidade esquerda da haste seja \left(x, y \right). Então, as coordenadas da extremidade direita e do centro da barra são, respectivamente, \left(x + l \cos \theta, y - l \sin \theta \right) e \left(x + l \cos \theta, y - l \sin \theta \right). Para que as três forças sejam concorrentes, a coordenada x do ponto de interseção das duas forças normais deve ser x + l \cos \theta . Suponhamos que esta condição seja satisfeita e definamos as coordenadas do ponto de interseção das forças como \left(x+ l \cos \theta , k \right). Assim, para que as coordenadas propostas do ponto de interseção sejam corretas, as inclinações entre os pontos de ação do forças normais e o ponto de interseção devem ser proporcionais ao valores mencionados.

\dfrac{y - l \sin \theta - k}{x + l \cos \theta - (x + l \frac{\cos \theta}{2})} = -\dfrac{1}{\tan \beta}

\dfrac{k - y}{x + l \frac{\cos \theta}{2} - x} = \dfrac{1}{\tan \alpha}

Resolvendo para \theta:

\boxed{ \tan \theta = \dfrac{1}{2} (\cot \beta - \cot \alpha) }

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Gabarito

\boxed{ \tan \theta = \dfrac{1}{2} (\cot \beta - \cot \alpha) }

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Intermediário

Assunto abordado

Mecânica, oscilações

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Solução

Para resolver este problema, basta modificar levemente o sistema conhecido que é o pêndulo simples. O período de um pêndulo simples é:

 T=2\pi\sqrt{\dfrac{L_{ef}}{a_{ef}}}

Em que L_{ef} e a_{ef} são o comprimento efetivo e a aceleração efetiva, respectivamente. Nesse problema, a aceleração (e consequentemente a força) perpendicular ao plano inclinado não interfere no período, afinal ela é é compensada pela normal. Assim, temos que:

 a_{ef}=g\sin{\alpha}

Quanto ao comprimento do fio, note que apenas a projeção do fio ao longo do plano é relevante, ou seja:

 L_{ef}=l\cos\beta

Afinal, se conectássemos um fio de comprimento l\cos\beta na bolinha e na base da haste, nada mudaria no período. Assim, por comparação direta:

\boxed{T=2\pi\sqrt{\dfrac{l\cos\beta}{g\sin\alpha}}}

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Gabarito

\boxed{T=2\pi\sqrt{\dfrac{l\cos\beta}{g\sin\alpha}}}

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Avançado

Assunto abordado

Mecânica

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Solução

A condição de contato é a força normal ser maior ou igual a zero, logo, a normal é nula no caso limite. A bolinha da esquerda descola quando a tração no fio for máxima, que ocorro quando o fio está na vertical. Nessa situação, o equilíbrio na bolinha esquerda é:

T+N-mg=0

Mas N=0, então T=mg. Da conservação de momento linear na direção horizontal, podemos afirmar que os dois corpos possuem a mesma velocidade horizontal u, porém, em sentidos opostos. Da conservação de energia:

\dfrac{1}{2}mv^2=mgl+\dfrac{1}{2}(2m)u^2

 v^2=2gl+2u^2

Para encontrar o valor de u, basta calcular a força centrípeta. Mudando o referencial para a bolinha da esquerda, temos:

T+mg=\dfrac{m(2u)^2}{l}

u^2=\dfrac{gl}{2}

Substituindo na expressão anterior, obtemos:

\boxed{v=\sqrt{3gl}}

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Gabarito

\boxed{v=\sqrt{3gl}}

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