Escrito por Akira Ito e Gabriel Hemétrio
Iniciante
Mecânica
a)
A demonstração que segue é um pouco formal, mas outras soluções menos detalhadas também existem, então não desanime se fez diferente!
Suponha que a partícula chega com velocidade e sai com velocidade . Nosso objetivo é provar a relação , em módulo.
Inicialmente, a velocidade da partícula na direção perpendicular ao plano vale:
Depois da colisão, temos:
Usando a definição do coeficiente :
Logo, provamos a relação .
Note que, na direção ao longo do plano, não há nenhuma força, então podemos usar a relação de que as velocidades ao longo do plano devem ser iguais:
Mas, se e , significa que ambas as coordenadas de e são iguais, então .
b)
Quando calculamos a variação do momento linear da partícula (quantidade de movimento), temos a relação abaixo. Tome muito cuidado pois estamos trabalhando com vetores, então é preciso considerar as direções e sentidos nos cálculos.
É claro que esse momento não pode surgir do nada. Esse momento que a partícula ganhou foi obtido a partir da colisão com a parede. Enquanto a bolinha recebeu um impulso de para cima, a parede recebeu um impuso igual, mas para baixo. Alguns alunos podem acabar esquecendo desse fato pois consideramos que a parede fica parada, mas ela troca momento com a bolinha durante a colisão.
c)
A energia da partícula pode ser calculada com a expressão da energia cinética:
Mas lembre-se que , então:
d)
Esse é o item mais difícil do problema e é necessário que o leitor tome alguns cuidados. Não é muito prático conservar o momento linear ao longo das direções horizontal e vertical pois a geometria não é favorável. Ao invés disso, vamos conservar o momento linear ao longo da direção radial (perpendicular) e tangencial. Outro detalhe importante é que não necessariamente é igual a nessa parte do problema.
Vamos começar pela direção radial. A partícula se aproxima com velocidade , então o momento ao longo dessa direção é, inicialmente:
Depois da colisão, a partícula se move com velocidade e o sabre de luz (cilindro) recua com velocidade . Logo, o momento final é:
Muito cuidado com os sinais! Leia com atenção para garantir que não trocou nenhum. Igualando os momentos radiais antes e depois, temos:
Agora vamos fazer a mesma análise na direção tangencial. Porém, note que não há nenhuma força atuando nessa direção, assim como vimos no item a. Assim, temos inicialmente:
Após a colisão:
Logo, temos as relações:
e)
Assumindo que a colisão é elástica, temos que . Portanto, precisamos analisar as velocidades antes e depois da colisão, ao longo da direção radial, que é onde as forças estão atuando.
A velocidade de aproximação é:
A velocidade de afastamento é:
Logo:
Agora, basta resolver as equações. Depois de um pouco de álgebra, obtemos:
Quando >m " />, podemos usar a aproximação , logo .
f)
Como se trata de um problema de estimativa, o objetivo é apenas encontrar a ordem de grandeza da resposta real (a potência de 10 mais próxima), então vamos considerar uma colisão normal.
Encontramos uma expressão que relaciona energia e momento de uma partícula no item c. Assim, o momento de uma partícula é:
No nosso caso, estamos considerando partículas de luz (fótons), que se movimentam na velocidade da luz . Além disso, existem fótons em um disparo, de acordo com o enunciado
Logo, o impulso fornecido ao sabre de luz vale:
a)
(Demonstração)
b)
O momento veio da parede. Veja a solução para ver a explicação completa.
c)
d)
e)
f)