Soluções Física - Semana 36

Iniciante:

Solução enviada por: Victor Hugo de Souza Daniel

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PS:. As aproximações utilizadas estão corretas, contudo não era necessário de se utilizar Taylor, pois a relação obtida é de uso comum.

Intermediário:

Situação Física: quando ondas chegam em fase em um mesmo ponto (ex. ambas chegam em crista), há um máximo, pois a interferência construtiva gerada possui a maior amplitude possível, a soma da máxima de cada uma. Já quando chegam fora de fase (ex. uma em crista e a outra em vale), a interferência é destrutiva, pois é como se uma possuísse amplitude negativa, logo quando as soma, o resultado é inferior ao de uma. Além disso, trabalhamos com dois outros efeitos: a inversão de fase devido a reflexão e a mudança do comprimento óptica devido ao índice de refração do prisma.

Para que as ondas cheguem em fase, a diferença dos caminhos óptico tem de ser, normalmente, um múltiplo de onda. Contudo, como houve inversão devido a reflexão, a diferença tem de corresponder a um não inteiro de um múltiplo de onda, ou seja, a um \frac{1}{2}+Z, onde Z é um inteiro. Para corrigir a mudança no comprimento de onda devido ao prisma, podemos substituir o referido por um espaço que tenha ao invéz de d, um Nd. Logo temos que o caminho de onda do raio paralelo ao espelho é D+d(N-1). O caminho de onda do segundo raio é dado por 2(H^2+(\frac{D}{2})^2)^\frac{1}{2}.  Temos que: 2(H^2+(\frac{D}{2})^2)^\frac{1}{2}-D+d(N-1)=(\frac{1}{2}+Z)\lambda. Logo H^2=\frac{((Z+\frac{1}{2})\lambda+D+d(N-1))^2}{4}-\frac{D^2}{4}\rightarrow H=(\frac{((Z+\frac{1}{2})\lambda+D+d(N-1))^2}{4}-\frac{D^2}{4})^\frac{1}{2}

Para o caso destrutivo, temos que a diferença de caminho óptico deve ser equivalente a Z\lambda, sendo Z um inteiro. Obtemos que 2(H^2+(\frac{D}{2})^2)^\frac{1}{2}-D+d(N-1)=Z\lambda. Deste modo H^2=\frac{(Z\lambda+D+d(N-1))^2}{4}-\frac{D^2}{4}\rightarrow H=(\frac{(Z\lambda+D+d(N-1))^2}{4}-\frac{D^2}{4})^\frac{1}{2}

Avançado:

Quem não está familiarizado com relatividade talvez não entendido muito bem o problema, uma vez que para tais casos, não utilizamos o conceito "padrão" de massa, e sim a seguinte relação: E^2=m^2C^4+P^2C^2+E'^2, onde E é a energia da partícula, P é seu momento, m sua massa de repouso, C a velocidade da luz e E' a energia de repouso. Também sabemos que \frac{dE}{dX}=F, sendo F a força aplicada na partícula e X seu deslocamento. Deste modo fica fácil obter: E''^2=TxL+Tx2L+TxL+Tx2L+E''', sendo E'' a energia da partícula resultante e E''' a soma as energias iniciais de cada uma. Sabemos que todas tem mesma massa de repouso m e inicialmente estavam paradas, logo E'^2=m^2C^4\rightarrow E'=mC^2.

Assim temos que E''=6TL+4mC^2, e como o momento resultante após as colisões será zero, pois os P das partículas se anulam, E''^2=M^2C^4 \rightarrow M=\frac{E''}{C^2} \rightarrow M=\frac{6TL}{C^2}+4m.

Para obter o tempo, temos de olhar a situação logo antes de a colisão ocorrer, de modo que as partículas ainda têm momento. Sabemos que \frac{dP}{dt}=F, sendo t o tempo. Usando a expressão do item anterior, obtemos que a energia da partícula logo antes da colisão é TL+mC^2 para as horizontais e 2TL+mC^2 para as verticais. Com isto obtemos o tempo de cada colisão:

Horizontais - E^2=m^2C^4+P^2 C^2\rightarrow P^2C^2=(TL)^2+2TLmC^2\rightarrow P=(\frac{(TL)^2}{C^2}+2TLm)^\frac{1}{2}. Tendo que P=Tt obtemos t=\frac{(\frac{(TL)^2}{C^2}+2TLm)^\frac{1}{2}}{T}.

Verticais - Repetimos o mesmo processo com L=2L. Obtemos t'=\frac{(\frac{(T2L)^2}{C^2}+4TLm)^\frac{1}{2}}{T}

Logo: \frac{t'}{t}=\frac{((2TL)^2+4TLmC^2)^\frac{1}{2}}{((TL)^2+2TLmC^2)^\frac{1}{2}}, razão que cresce com T. Para \frac{TL}{mC^2} << 1\rightarrow t'=((2TL)^2+4TLmC^2)^\frac{1}{2}= (\frac{TL}{mC^2}+1)^\frac{1}{2}\rightarrow por aproximação do Binômio de Newton \rightarrow t'=2(mTL)^\frac{1}{2}(1+\frac{TL}{2mC^2}) e analogamente t=(2mTL)^\frac{1}{2}(1+\frac{TL}{4mC^2}), já para \frac{TL}{mC^2} >>1\rightarrow t'=\frac{2TL}{C}(1+\frac{mC^2}{2TL}) e t=\frac{TL}{C}(1+\frac{mC^2}{TL})

Por fim, para \frac{TL}{mC^2}=1 obtemos t=\frac{TL}{C}(\frac{2mC^2}{TL}+1)^\frac{1}{2}=\frac{TL}{C}3^\frac{1}{2} e t'=\frac{2TL}{C}(\frac{mC^2}{TL}+1)^\frac{1}{2}=\frac{2TL}{C}2^\frac{1}{2}, tendo que \frac{t'}{t}=\bigg (\frac{8}{3}\bigg )^\frac{1}{2}.

É fácil ver que para \frac{TL}{mC^2} << 1, no caso não relativístico \frac{t'}{t}=2^\frac{1}{2}.

E no ultra-relativístico, \frac{TL}{mC^2} >>1 temos \frac{t'}{t}=2.