Soluções Física - Semana 82

Escrito por Matheus Ponciano

Iniciante:

Situação Física

Ao lançar um bloquinho para cima num plano inclinado liso, devido ao seu peso, ele está condicionado a voltar para seu ponto de lançamento, com uma velocidade -v_o por ser um sistema conservativo. A questão busca alguns parâmetros que podem ser obtidos, como a altura máxima atingida e quanto tempo leva para acontecer o movimento de ida e volta.

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Solução

a) Como o bloquinho se movimenta num plano liso, ou seja, sem atrito, podemos considerar que não atuam forças dissipativas no bloquinho e conservar sua energia mecânica de quando ele é lançado até quando ele para, logo:

E_{mec_o} = E_{mec_f}

 E_{cin_o} + E_{pot_o} = E_{cin_f} + E_{pot_f}

Definindo o nível de referência no ponto que ele é lançado, e como queremos a altura quando ele está parado:

\dfrac{m v_o^2}{2} + 0 = 0 + m g H

\dfrac{v_o^2}{2} = g H

H = \dfrac{v_o^2}{2g}

b) Podemos trabalhar agora num sistema de coordenadas definido de tal forma que o eixo x esteja paralelo ao plano, com direcionamento positivo subindo o plano, e o eixo y perpendicular ao plano, sendo positivo para fora do plano. Podemos obter as componentes do peso nesse sistema de coordenadas:

Em x:

P_x = - mg \sin (\theta)

Sendo negativo pois aponta na direção de descida do plano.

Em y:

P_y = - mg \cos (\theta)

Sendo negativo pois aponta para dentro do plano.

Atuará no bloquinho uma força normal N entre o plano e o bloquinho, agindo de tal forma que ele não desprende do plano, logo:

N= - P_y

N=mg \cos (\theta)

Dessa forma, o bloquinho acelera apenas ao longo do eixo x, com aceleração a:

m a = P_x

m a = -m g \sin (\theta)

a = - g \sin (\theta)

Por esse ser um sistema conservativo, podemos concluir que quando o bloquinho volte ao ponto de lançamento, ele possuirá a mesma velocidade v_o, mas agora com o bloquinho se movimentando de forma a descer o plano. Escrevendo a equação horária da velocidade, temos que:

v=v_o + at

v=v_o - g\sin(\theta) t

Como v=-v_o

-v_o = v_o - g\sin(\theta) t

2v_o=g\sin(\theta) t

t = \dfrac{2v_o}{g\sin (\theta)}

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Gabarito

a) H = \dfrac{v_o^2}{2g}

b) t = \dfrac{2v_o}{g\sin (\theta)}

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Intermediário:

Situação Física

Ao associar lentes, observa-se que ocorre a formação de um sistema óptico com um foco característico. Como ficaria o foco equivalente para uma associação de justaposição de n lentes delgadas?

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Solução

Podemos escrever a equação de Gauss para cada lente:

\dfrac{1}{f_1}= \dfrac{1}{p_1} + \dfrac{1}{p'_1}

\dfrac{1}{f_2} = \dfrac{1}{p_2} + \dfrac{1}{p'_2}

. . .

\dfrac{1}{f_{n-1}} = \dfrac{1}{p_{n-1}} + \dfrac{1}{p_{n-1}}

\dfrac{1}{f_n} = \dfrac{1}{p_n} + \dfrac{1}{p'_n}

Pelo motivo das lentes serem delgadas e estarem justapostas, nós temos que a imagem formada de uma lente atua como objeto para outra, de forma subsequente, ou seja: A imagem da lente 1 atua como objeto para a lente 2, a imagem desse objeto atua como objeto para a lente 3, seguindo esse padrão até a lente n, onde sua imagem se torna a imagem do sistema óptico.

Mas, nessa sequência de formação de imagens, caso a imagem de uma lente fosse real, por as lentes estarem justapostas e serem delgadas, essa imagem formaria-se depois da próxima lente, ou seja, ela no caso atuaria como sendo um objeto virtual. O caso inverso, de ser formada uma imagem virtual, acarretaria na formação de um objeto real para outra lente, dessa forma, na equação de Gauss, os valores são invertidos, ou seja:

p'_1 = - p_2

p'_2 = -p_3

. . .

p'_{n-1}=-p_n

Dessa forma, ao somar todas as equações, restaria:

\dfrac{1}{f_1} + \dfrac{1}{f_2} + ... + \dfrac{1}{f_{n-1}} + \dfrac{1}{f_n} =\dfrac{1}{p_1} + \dfrac{1}{p'_n}

O foco equivalente desse sistema óptico é obtido quando o objeto da primeira lente situa-se no infinito, e a imagem da n-ésima lente situa-se então no foco do sistema óptico, logo:

Quando p_1 \rightarrow \infty:

p'_n = f_{eq}

Daí:

\dfrac{1}{f_{eq}} = \dfrac{1}{f_1} + \dfrac{1}{f_2} + . . . + \dfrac{1}{f_{n-1}} + \dfrac{1}{f_n}

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Gabarito

Demonstração.

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Avançado:

Situação Física

O feixe de luz ao sair horizontalmente, passará para uma camada de ar em uma maior altitude, tendo então um índice de refração diferente. Para que esse feixe consiga circundar o planeta, deve existir uma condição, que nesse caso está ligada ao raio.

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Solução

Podemos interpretar o fenômeno da luz movendo-se "em círculo" como o resultado de sucessivas reflexões internas. Essas reflexões passam a ocorrer quando o seno do ângulo de incidência \alpha em uma superfície é igual à razão dos índices de refração dos materiais que delimitam a superfície.

Podemos ao invés de tratar o índice de refração como uma grandeza que varia continuamente, dividir nossa atmosfera em diversas sub-regiões de índice de refração constante, tendo essas sub-regiões uma variação de altitude infinitesimal, que chamaremos de \delta h. Do esquema ilustrado de como seria o percurso da luz nessas condições, podemos obter que:

sen(\alpha) = \dfrac{R}{R+\delta h}

Temos, do conceito de ângulo limite, que:

sen(\alpha) = \dfrac{n(\delta h)}{n(0)}

sen(\alpha) = \dfrac{\dfrac{n_o}{1+\delta h \varepsilon}}{\dfrac{n_o}{1}}

sen(\alpha) = \dfrac{1}{1 + \delta h \varepsilon}

Juntando as duas equações:

\dfrac{R}{R+\delta h} = \dfrac{1}{1 + \delta h \varepsilon}

R + Rh \varepsilon = R + \delta h

R\varepsilon = 1

R = \dfrac{1}{\varepsilon}

 

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Gabarito

R = \dfrac{1}{\varepsilon}

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