Soluções Física - Semana 88

Escrito por Matheus Ponciano

Iniciante:

Situação Física

Ao colocar o disco no mercúrio ele ficará em equilíbrio por atuarem nele seu peso e a força de empuxo.

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Solução

Ao por o disco no mercúrio, atuarão nele duas forças: o seu próprio peso e a força de empuxo. Como ele fica em equilíbrio no líquido:

F_{peso}=F_{empuxo}

mg=\rho_{mercurio}gV_{submerso}

m=\rho_{mercurio}V_{submerso}

A massa do disco pode ser dado por:

m=\rho_{disco}V_{disco}

Daí:

\rho_{disco}V_{disco}=\rho_{mercurio}V_{submerso}

\rho{disco}=\rho_{mercurio}\dfrac{V_{submerso}}{V_{disco}}

Como foi observado que:

\dfrac{V_{submerso}}{V_{disco}}=\dfrac{7}{9}

Temos que:

\rho_{disco} = \dfrac{7}{9}\rho_{mercurio}

\rho_{disco} = \dfrac{7}{9} *13,5

\rho_{disco} = 10,5 g/cm^3

Então o disco de Natônio realmente é de prata.

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Gabarito

SIm, o disco de Natônio é de prata.

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Intermediário:

Situação Física

Este prolema pode ser divido em 2 partes para ter o tempo mínimo, uma enquanto o saco de cimento se move aceleradamente para cima  e a outra enquanto ele desacelera  para chegar com velocidade 0 na altura H.

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Solução

A forma mais rápida de levantar o saco de cimento é acelerando ele na máxima tensão suportada pela corda para que em um altura h a corda fique solta, para que ele suba desacelerando com a gravidade e atingindo a altura H em repouso. Podemos separar este movimento então em 2 etapas, uma acelerada e a outra retardada.

Na etapa 1 atuarão o peso e a tração da corda no saco de cimento, fazendo com que ele acelere com:

Ma=nMg - Mg

a = \left( n-1 \right)g

A altura h onde devemos parar de atuar a tração na corda é:

h=\dfrac{(n-1)}{2}gt_1^2

Onde t_1 é o tempo na etapa 1.

E a velocidade que ele atinge é:

V=(n-1)gt_1

Na etapa 2 como só atua seu peso, a sua aceleração será g. Como ele deve chegar sem velocidade no topo, temos que:

0 = V - gt_2

(n-1)gt_1=gt_2

(n-1)t_1=t_2

Onde t_2 é o tempo na etapa 2.

E também temos:

H-h = Vt_2-\dfrac{1}{2}gt_2^2

H-h = (n-1)gt_1t_2 - \dfrac{1}{2}gt_2^2

H-h = gt_2^2 -\dfrac{1}{2}gt_2^2

H-h=\dfrac{1}{2}gt_2^2

H - \dfrac{(n-1)}{2}gt_1^2=\dfrac{1}{2}gt_2^2

H - \dfrac{(n-1)}{2}gt_1^2=\dfrac{(n-1)^2}{2}gt_1^2

H=(n-1)\dfrac{(n-1)+1}{2}gt_1^2

H=(n-1)\dfrac{n}{2}gt_1^2

H=\dfrac{n(n-1)}{2}gt_1^2

t_1^2 = \dfrac{2H}{n(n-1)g}

t_1 =\sqrt{\dfrac{2H}{n(n-1)g}}

Dessa forma:

t_2 = (n-1)\sqrt{\dfrac{2H}{n(n-1)g}}

O tempo total é então:

T=t_1+t_2

T=\sqrt{\dfrac{2H}{n(n-1)g}}+(n-1)\sqrt{\dfrac{2H}{n(n-1)g}}

T=n\sqrt{\dfrac{2H}{n(n-1)g}}

T=\sqrt{\dfrac{2nH}{(n-1)g}}

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Gabarito

T=\sqrt{\dfrac{2nH}{(n-1)g}}

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Avançado:

Situação Física

O satélite ao girar em torno de seu eixo fará que as partículas do gás sintam uma aceleração centrífuga, empurrando elas para fora e fazendo com que a pressão aumente quanto mais distante do eixo.

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Solução

Por ser um satélite, ele deve ter tamanho radial na ordem de metros e por isso não é preciso considerar o efeito gravitacional. Como a aceleração na extremidade é g temos que:

g = \Omega^2R_o

Pelo satélite estar girando em torno de seu eixo, as partículas do gás sentem uma aceleração centrífuga apontando do centro para fora. Desta forma, a pressão cresce com a distância até o centro, ou seja, o raio. Fazendo um cilindro infinitesimal de altura dr com eixo perpendicular ao eixo do satélite e a uma distância r do mesmo, temos que a variação de pressão dP entre as superfícies é dada pelo teorema de Stevin, e é:

 dP = \rho a\, dr

Onde \rho é a densidade do gás no cilindro e a é a aceleração centrífuga.

A aceleração a é causada pela rotação, logo:

a=\Omega^2 r

E escrevendo a equação de Clapeyron para os gases ideais:

PV = nRT

PV = \dfrac{m}{M}RT

P =\dfrac{\rho RT}{M}

\rho =\dfrac{PM}{RT}

Substituindo temos:

dP = \dfrac{PM}{RT} \Omega^2rdr

\dfrac{dP}{P} = \dfrac{M \Omega^2}{RT} rdr

Integrando do centro até a superfície, com a pressão variando de P_c a P_s e o raio de 0 a R_o:

{\displaystyle\int\limits_{P_c}^{P_s}\dfrac{dp}{P}} = \dfrac{M \Omega^2}{RT} {\displaystyle\int\limits_0^{R_o}rdr}

ln \left( \dfrac{P_s}{P_c} \right) = \dfrac{M \Omega^2}{RT} \dfrac{R_o^2}{2}

\dfrac{P_s}{P_c} = e^{\left(\dfrac{M \Omega^2}{RT} \dfrac{R_o^2}{2}\right)}

\dfrac{P_c}{P_s} =e^{\left(\dfrac{-M \Omega^2}{RT} \dfrac{R_o^2}{2}\right)}

Substituindo a condição de g = \Omega^2 R_o

\dfrac{P_c}{P_s} = e^{\left(\dfrac{-M g R_o}{2RT}\right)}

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Gabarito

\dfrac{P_c}{P_s} = e^{\left(\dfrac{-M g R_o}{2RT}\right)}

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