Escrito por Matheus Ponciano
Iniciante:
Conservação de Energia.
Como a barra que une os corpos é rígida, ambos giram com mesma velocidade angular em torno do eixo . Sendo assim, igualando as velocidades angulares, encontraremos uma relação entre e .
Tendo em vista que podemos desprezar quaisquer forças dissipativas atuando no sistema, conservaremos a energia mecânica, admitindo um nível de referência na horizontal em que as massas estavam antes:
Substituindo em função de :
Resolvendo para :
E temos também então:
Velocidade da partícula :
Velocidade da partícula :
Intermediário:
Óptica geométrica.
Podemos fazer a lei de Snell para cada camada. Obtemos assim:
Perceba então que o produto permanece constante independente da camada. E como o índice de refração diminui ao se aprofundar nas camadas, o ângulo que a luz faz nessa camada deve aumentar. Para que ocorra a reflexão, na última camada o ângulo que a luz faz é aproximadamente maior que o ângulo limite. Fazendo então o caso do ângulo limite:
Pela questão:
Como é o número de camadas, a altura de camada de ar será:
Caso não seja inteiro, devemos pegar o maior valor inteiro mais próximo.
Avançado:
Oscilações e Dinâmica do Corpo Rígido.
Vamos chamar o ponto de contato da esquerda de e o ponto de contato da direita de . Vamos pegar um instante pouco tempo depois da barra ser solta, estando com o ponto de contato ainda em e fazendo um ângulo com a horizontal. Fazendo o torque na barra em relação a esse ponto:
Aproximando para ângulos pequenos:
Que é negativo pois a tendência da barra é de diminuir o ângulo. Calculando então o momento de inércia da barra em relação a este ponto:
Como , podemos aproximar em binômio de Newton:
Temos então:
Onde é a aceleração angular da barra.
Perceba que a aceleração angular é constante, podemos escrever então as equações de movimento da barra enquanto ela está no ponto de contato :
Perceba que se , a barra estaria dentro da caixa. Por isso, quando tende a ficar negativo, ele faz uma transição no ponto de contato, mudando de para , atuando nele o mesmo torque e possuindo o mesmo momento de inércia que em , mas agora possuindo uma velocidade angular para cima. O tempo para chegar em é:
Assim como se fosse em uma queda livre, o tempo que a barra leva para cair em vai ser o que ele leva para subir em , descer de ou subir em , retornando para o ângulo . O período de oscilações da barra vai ser então: