Solução 1:
Primeiro, vejamos o que acontece se um dos números é igual a . Assumimos sem perda de generalidade que o número é o
mas nos dando as soluções
,
,
e permutações.
Agora, assumimos que todos são não-nulos:
Como ,
Assim, analogamente, e
. Somando essas 3 equações:
Finalmente, como
Então . Daí as únicas soluções que nos restam são
Solução 2:
Veja que quando colocamos fatoriais no meio desses números o expoente dos primos que dividem o produto muda muito! (O expoente de p na fatoração desse produto será chamado de daqui em diante) Mas será que dá para controlá-lo?
O que acontece se colocarmos um fatorial após um primo , o
do produto muda? Não! pois
que tem
, que é o mesmo de
. Além disso, os expoentes também não mudam para primos
maiores que
. Assim, é natural pensar que todos os expoentes podem ser controlados a serem pares na maioria dos casos.
se for primo? Independente de onde colocarmos os fatoriais o
do produto continuará igual a 1. Assim, o produto nunca pode ser quadrado perfeito. Caso contrário, vamos fazer um algoritmo para que ele seja um QP: Primeiramente, seja
o maior primo menor que
, se o expoente de
no produto no começo for ímpar, colocamos um ! após
, assim, o expoente de
aumenta em exatamente um, se tornando par, caso contrário, não faremos nada e seguiremos para o próximo passo: Ao final de cada passo
passamos de
para
, onde
é o maior primo menor que
, e assim por diante. Veja que, ao aplicarmos esse algoritmo várias vezes, teremos um produto com todos os expoentes pares, pois ao colocar um fatorial em
nenhum expoente de um primo anterior muda. Ou seja, um quadrado perfeito! Como queríamos.
Solução 3:
Inicialmente, vamos tentar achar essa constante. Seja um grafo associado ao nosso tabuleiro
onde os vértices são as casas do tabuleiro e ligamos dois vértices se as casas associadas a eles são adjacentes no tabuleiro. Veja que um conjunto tropical é o mesmo que um conjunto de vértices cujo complementar em
é um subgrafo que é uma floresta. Vamos tentar achar o número mínimo de vértices que precisamos tirar de
para que o grafo resultante seja uma floresta (é equivalente a achar o menor tamanho de um subconjunto tropical). Inicialmente, temos
vértices e
arestas (cada linha e cada coluna tem
arestas) assim, para o grafo resultante seja uma floresta, precisamos que
. Sabemos que cada vértice tem grau no máximo
, pois cada casa tem no máximo 4 vizinhos. Assim, se tiramos k vértices do grafo no mínimo para ele se tornar uma floresta:
Logo,
Nosso objetivo é achar as constantes tal que
, para todo
, portanto,
fazendo . Logo, temos que os
's possíveis são
. Vamos provar que
funciona:
Tome a seguinte cobertura de um tabuleiro :
Em que pintamos todas as diagonais de casas ,
em que
. Veja que este conjunto é tropical e usa no máximo
das casas do tabuleiro. Como queríamos!